Errante
Borboleta errante.
Eu vi borboletas voando em duplas.
Depois de um tempo, só uma voltou.
Bem vinda borboleta ao meu mundo
De possuir o céu,
de voar sem rumo,
de amar o prumo da vida,
de ter a esperança perdida,
de encontrar nesse quintal mundano,
a outra borboleta que errando,
foi com o vento passear.
No túmulo frio do meu peito errante,
Sou zumbi que vagueia sem rumo certo.
Não sou vivo, nem morto, apenas distante,
Entre sombras escuras e lembranças de deserto.
Meus passos arrastados ecoam na solidão,
Entre ruas de concreto e almas sem cor.
Alimento-me de memórias, na escuridão,
De um passado que se desfez como pó.
Oh, como é amargo o sabor deste viver sem vida,
Onde meus olhos não veem, apenas fitam o vazio.
Meus dias são espinhos cravados na ferida,
De um coração que já não pulsa, apenas desafio.
À luz da lua, busco o alento dos sonhos perdidos,
Mas só encontro a névoa densa da desilusão.
Neste corpo frio e dormente, escondo meus gemidos,
De um tempo que se esvaiu na maré da ilusão.
Sou zumbi de mim mesmo, espectro de um naufrágio,
Afogado nas águas turvas da desesperança.
Onde tudo que resta é o eco do meu presságio,
De um destino traçado com tinta de lembrança.
Não me chame de vivo, pois sou apenas um eco,
De quem um dia respirou, mas perdeu a razão.
Zumbi de sentimentos, de amor desfeito em tropeço,
Sou o que restou de uma vida, perdida na escuridão.
Como os versos que escrevo, na penumbra do meu ser,
Sou a sombra que dança no muro do esquecimento.
Triste zumbi de mim, naufragado no meu próprio querer,
Busco em cada passo um alívio, um alento, um alimento.
Mas só encontro desespero, desamparo, solidão,
Neste mundo onde ser zumbi é a sina que me coube.
E assim sigo, sem vida, sem morte, sem redenção,
No labirinto sem fim de uma existência que me dobrou.
Ah, Menina, se soubesses do peso desta condição,
Da alma que vagueia sem destino, sem direção.
Talvez me entenderias, entre linhas de ilusão,
Como um zumbi que lê, que escreve, que clama por perdão.
Uma analogia inteligente..
Assim como o albatroz-errante, que não tem asas (aleijado) para dar seus vôos rasantes, também é o homem que não tem uma única paixão no coração..., é como se fosse uma ave forrageia, que não é capaz de submergir na vida em busca de novas conquistas, é um ser no talude... Torna-se, tão frágil, que a sua incapacidade não o permite mergulhar nas águas profundas da vida, para alimentar o seu vazio interior, se alimentando apenas das lulas da vida.
Soneto 2
Amas, amas em teu ser verdadeiro!
Coração errante, sem temor de errar.
És flecha do cupido, o mensageiro,
Que sempre no alvo sabe onde acertar.
Amas como o fogo que arde inteiro,
Aquecendo a alma em inverno a gelar.
És um eterno amante, verdadeiro,
Com prudência da serpente a caminhar.
Amas por completo, com paixão,
A tua eterna amada, teu tesouro.
O amor que te consome em devoção.
Amas com intensidade e desvelo,
Como quem guarda em si o puro ouro,
Do sentimento mais puro e belo.
Sou uma viajante errante sem compromisso com a constância, a lógica ou qualquer outro tipo de script ou roteiro. Nessas minhas viagens inusitadas sigo a clarividência poética dos meus sonhos, as setas que a beleza aponta e a correnteza desse rio caudaloso de emoções que leva para dentro de mim mesma. Sou poeta!
O homem sem o companheirismo de uma mulher é como um planeta errante vagando pelo universo em busca de uma estrela.
Sempre em declínio, sempre em queda, assim me sinto nesta vida errante, um ser em decadência, sem saída, com um peso sobre os ombros constante. Não há alívio para o peso da existência, somente o peso da própria consciência, que nos leva a pensar e a refletir, sobre o destino incerto que está por vir.
Não querer ter nascido é um fardo pesado, mas já que estou aqui, não quero ficar parado.
Não vou lamentar minha existência, pois há tanto para viver, com toda a essência.
A vida me pregou uma peça, mas não vou me deixar abater. Vou buscar a minha própria prece, e encontrar motivos para viver. Às vezes, sinto-me sem poder, como se fosse um mero acidente ao nascer.
Não queria ter nascido, em um mundo tão cruel, onde tudo é tão difícil, e a vida é um carrossel.
A vida às vezes parece uma maldição, mas não quero me entregar a essa tristeza, nem deixar que o sofrimento me defina. Não importa o que a vida me trouxe, nem as feridas que me fez sofrer, conheço o meu coração eu vou encontrar a minha voz.
A dor pode ter me moldado, mas eu decido como vou agir, não vou deixar o passado me prender. Continuo a lutar, a buscar alguma forma de me libertar, do peso da vida e da dor da existência, encontrando a luz em meio à escuridão da decadência.
Não pedi para nascer, mas agora eu escolho viver. Farei da alegria minha vingança, eu quero me vingar da vida sendo feliz. Não me curvarei diante do sofrimento, pois quero mais do que apenas sobreviver, eu quero rir, amar e ser feliz, e a vida não me impedirá de viver. E fazer da minha existência um eterno renascer. Pode até ser uma luta diária pela sobrevivência, mas não vou me entregar à desesperança, vou me vingar da vida com minha existência.
Vou me vingar da vida, sim. Com cada riso e cada sim. Com cada abraço e cada amor. Com cada sonho que eu conquistar.
A vida pode ter me dado um início difícil, mas eu escolho como será meu final. Vou encontrar a felicidade, com um sorriso mesmo na dor, e mostrar para a vida quem é que está no controle afinal.
Vou me vingar da vida sim, com a alegria do meu amor.
Luz opaca, madrugada
Alma errante tenaz, só.
pendurando fantasias,
sonhando que virem pó.
Ah! essas tolas manias
sujando meu paletó
permaneço sendo nada.
Instrumento de um ser errante cavalgando na congelação do espaço de um Mundo carmico de diferenças sutis entre os seres alados pousados nos cristais atômicos de uma cura supérflua de muitos outros que nos dizem o que devemos e como seremos em um mundo de contemporiedade de antigamente castigada por muitos e muitos objetos celestes de uma aurora límpida no cosmos, e apenas um semblante me explica a natureza de ser um eu, sendo o meu eu e o não um eu, juntos e distantes de mim em um universo quase paralelo trocando por lírios artificiais cunhados nas pedras do alto de um universo de seres de um passado que já existe até hoje, e mesmo o agora que nunca existiu.
Vênus
À procura de ti,
Vênus, planeta errante
distante...
Vício de ti,
Vênus, estrela Dalva...
Estrela d’alva
Seu brilho intenso...
objeto mais brilhante desse imenso céu
que me cobre com seu véu.
Joia do céu...
Planeta irmão da Terra
brilhas tu por eras e eras...
"Vaguei por caminhos obscuros da vida, como uma criatura errante em busca de um lar.
Procurei por alguém que tirasse minha dor, preenchesse meu coração com o amor que sempre sonhei.
Tropecei muitas vezes, a luz foi tirada de meus pés, a escuridão invadiu meu caminho.
Vi o destino em muitas vezes reescrevendo minha vida, acrescentando ou tirando páginas de minha história.
Eu quis apagar muitas coisas, perdoar erros passados, tentar dar um novo rumo a vida.
Mas o caminho é escuro, obstáculos e espinhos por todos os lados, ferindo a pele com cicatrizes, marcas que não podem desaparecer.
Eu gritei tanto por socorro, já esgotada vi alguém chegar, imaginei que a tristeza iria acabar, então os pesadelos voltariam a ser sonhos.
(Roseane Rodrigues)
Se errei uma ou duas vezes não significa que serei sempre uma pessoa errante.Chega um dia que tambem cansamos de tantas tentativas frustantes e resolvemos percorrer outros caminhos,pois tenho em mim o sonho de que tudo ainda poderá dar certo'
Entre Murais e Memórias: Crônicas de um Coração Errante
Prefácio
Nesta história, realidades e sonhos se entrelaçam. Em meio a muralhas medievais, surge uma donzela e seu cavaleiro, unidos por gestos, palavras e sentimentos que resistem ao tempo e à dor. O amor, aqui, é vivido em suas formas mais profundas — como descoberta, como saudade, como força.
O que você encontrará nestas páginas são relatos verdadeiros, transformados em uma ficção simbólica. Cada personagem, cada lugar, carrega o reflexo de pessoas e momentos reais. Este diário é uma viagem — uma forma de dar voz ao que foi sentido e calado, de contar histórias vividas como lendas.
Venha comigo. Atravesse muralhas, leia entre linhas e se aventure em um mundo onde o coração é o mapa e a emoção, o destino
Ninguém é tão perfeito que não consiga em algum momento ser errante... Porém, a dignidade humana o conduz para que reconheça o erro cometido e possa se libertar buscando o perdão de Deus.
Traços
Rastros
Que se vão...
Por ir...
... São teus,
Mulher errante!
Encontro-me
Numa pane
No fundo
Esvairado...
Me congelaste...
Moça de vida fácil?...
Virgem dos lábios núbeis
De olhares soslaios
-cheiro de traição:
Minh´alma se confunde
Duas mortes
Num só luar
Eu e tu...
Vaguei pelas noites sem pensar,
errante como um vagabundo,
me lixando pra esse mundo,
destruindo minhas prisões,
libertando a mente das amarras.
Agora!!! Já posso amar
sem cobrar.
Sobre o que quero...
Te quero o bastante
Para que no instante
Sinta constante
O carinho errante
Que tanto causou
Te quero sorrindo
Como menino
Com toque ladino
Que pertubou
Te quero suado
Num abraço apertado
Sentir teu sabor
Te quero assim
Todo pra mim
num beijo roubado
No momento exato
Todo sentimento
Buscando o alento
Da vontade que ficou
TM@
18/12/20
Sou divergente espírito errante...
Nas sombras julgo meus medos...
Sendo minha alma sombria...
Sentimentos foragidos...
No remanso do amor...
Debulho em tantas vidas...
Ciladas do destino...
Mero desejo profundo...
Laços de ternura...
Assombroso temor de minha paixão...
Alma singular no meu pior ainda assim faz parte do meu passado...
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