Epifania
CÓRREGOS DE EPIFANIA
Sinto Frida Khalo
Passear pela pradaria dos meus pensamentos:
Na tela de mim,
Ela pinta uma mulher sem rosto
Que faz verter sangue
Das tetas cor de rubro.
E do fluido vividamente vermelho
Assoma e fulgura
Um cavalo radiosamente negro
A trotar airosamente ligeiro.
Ele é um corcel
Que viaja sob o signo
Da velocidade da luz:
O colossal e galhardo quadrúpede
Traz impresso sobre o seu rutilante lombo
A imagem de uma velhaca águia gigante voando.
Ela, a águia,
Expele vórtices de fogo
E sorve o betúmico oceano caudaloso;
Ela, a águia,
Semeia espigas de ouro,
Colhendo para si o alcoólico dínamo suntuoso
E fomentando a fome para o infausto povo;
Ela, a águia,
E as outras magnas aves de rapina
Subjugam o mundo vivaz, pleno, maravilhoso
E deixam como legado
O caos, o crepúsculo, a dantesca mansão do vácuo para todos.
Ah, mas eu só pude sentir
A supernova do nosso milenar planetário
Quando a Frida Khalo
Fez da minha viagem
Á inefável esfera dos sonhos
Seu mais belo, eloquente e audacioso quadro novo.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
EPIFANIA
Musica me tira deste mundo,é oque entorpece meus sentidos,é oque desperta minha raiva ou simplesmente me abraça. É oque quando me calo , fala por mim. Sou eu .É oque me faz suportar o nada.
Amor é epifania. Mistério que se revela. Segredos partilhados. Mergulho que perscruta as profundezas do outro.
Pensou até que a vida fosse sua, pobre Dona Estella, teve a sua epifania dura e desorientada, como se descobrisse então o clímax de toda sua história em um momento doido que ela jamais teria imaginado acontecer-lhe, quando criança.
"E a epifania veio rápida porque já quase passava a hora, como se para salvá-la para sempre, mostrar-lhe que sua amargura era inocente? Não, não. Tão logo foi-se essa agonia bonita, voltou a ser feliz ao seu modo, que era mais fácil."
Capítulo VII, pág. 33
Beijo de Jasmim
Epifania.
Vida é isso:
O verso,
O inverso,
O universo.
Aquilo que foi,
que é
E nunca será.
Aquilo que não foi,
Não é
E que será.
Que na verdade,
Não há verdades,
Há sonhos.
Há esperança,
Há mentiras,
Que há crença.
Só a criança
Sabe viver
Porque não sabe.
Não sabe
Das sombras
E das bombas.
Mas sabe que nas bombas
Há luz e há luz
Nas sombras.
Mas só há luz
Para as crianças
Que não sabem.
E neste instante,
Exatamente,
Sei que não sei.
Do ponto de vista filosófico, a epifania significa uma sensação profunda de realização, no sentido de compreender a essência das coisas. Ou seja, a sensação de considerar algo como solucionado, esclarecido ou completo.
Até que ponto temos essa certeza? Até que ponto nos sentimos realizados? Até que ponto podemos ajudar o outro a realizar-se?
Epifania qualquer ainda que Cesariana
Se eu pudesse nascer novamente, Gostaria de ter nascido poesia.
Não soneto, limerique ou haicai,
Apesar de apreciar a brevidade.
Gostaria de ser um prolongado
E magistral poema épico,
Em versos livres.
Escrito obviamente por uma Poetisa. Poetas, desconhecem a imaculada poeticidade.
São audazes amadores, neste campo de saberes,
Dominado inteiramente, pela sensitiva feminilidade,
Munida de empírica coragem inexaurível
E hipertrofiada na expressividade e sinestesia.
Se eu pudesse nascer de novo,
Gostaria de nascer POESIA.
Epifania boêmia
Não posso culpar alguém
por meu erros alienados
infantis e desajeitados
a culpa não foi de ninguém
Cansei-me de lamentar
por algo que não sei
por algo que pouco me dei
nao aprendi como amar
Não aprendi a te dizer
não aprendi a me virar
não aprendi a te perdoar
não aprendi... a viver
Um dia, quem sabe
eu morra para o mundo
e seja mais vagabundo
antes que tudo desabe
EPIFANIA
Tocam a campanhia. Mas que hora...
Hora de por a mesa, de esperar os filhos.
Atendo. Como sempre, é mecânico, ou epifânico?
É sempre um andarilho que, veladamente, tudo pede:
o pouco que ouvimos e o muito que não.
Volto com dois potes, de margarina,
que sempre guardo para esse se dar:
feijão com arroz, carne de panela em um,
noutro salada e por cima deles,
no papel toalha, um pão e uma colher de plástico.
Tudo é descartável, menos o amor com que embrulhei.
Ao entregar, comento:
- Tá quente hoje!
- De onde eu venho é mais quente ainda.
- E de onde o senhor vem?
Pronto! É a senha. A chave que abre a porta
que nos separa e nos segrega do amor ao próximo
(que não basta ser amor, tem que ser incondicional).
Feita a conexão, ouço a história, me acrescento,
partilho meu tempo, me dôo em palavras de alento.
Com poucos dentes e um sorriso aberto
que mais me parece um abraço
ele me abençoa e vai. Eu agradeço e entre.
Do meio da rua, se volta e me chama:
- ô dona...
- Pois não.
- A senhora tem o Espírito Santo!
Sorrio. Meu coração transborda. Eu sei.
Hoje foi dessa maneira
que DEUS bateu à minha porta.
Meus momento de epifania que fazem eu " filosofar " esta ligada diretamente a minha melancolia , chato.....
Certo dia em meus pensamentos tive uma epifania, de que razão nada mais é do que, um instinto humano de proteção ao próximo.
Ja hoje me ocorre que, razão também nos priva de desfrutar algo bom, por zelarmos de mais desse próximo.
De forma que, razão se torna um paradoxo entre, viver sem preocupações, ou viver aprisionado por cuidar de mais.
Quando um dia a epifania bater sua porta e lhe revelar a plenitude da vida ou o interior de algo que lhe aprisiona ou lhe deixa livre, escreva um conto, uma poesia, um romance. Prenda-a no cárcere da razão
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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