Entre Gritos Risadas Pulos eu me Escondo
Tentei poetizar o meu silencio no papel enquanto gritos ecoavam da minha alma. Então eu percebi que talvez o meu silencio grite.
(Alerta).
Onde há gritos, pode haver rebuliço..., por isso, seja prudente, - silencie e dali se afaste!
Acordei aos gritos implorando sua presença, mesmo sem saber qual seria a sentença. Já calado esperei seu chamado. Iludido; não sabia o quanto estava enganado. As lágrimas cairam enquanto esperava, após perceber que em meus sonhos ficou quem me amava.
Ela era apenas uma criança que só queria ser amada! Ela queria ouvir músicas no lugar de gritos...suplicava por dentro para ter uma família feliz como de seus amiguinhos. Seria ela a culpada de todas as frustrações de sua mãe? Seus pais que deveriam amar e proteje-la ,não a poupava de ver todas as agressões físicas e verbais. Sua mãe que quando nervosa com as situações que ela escolheu, desferia nela palavras de tormenta e a espancava, deixando-a com medo e muita dor ,seu coração sangrava... Naqueles momentos de terror ela só queria ouvir EU TE AMO! ESTOU AQUI COM VOCÊ, VAI PASSAR... DEUS ESTA CONOSCO. Mas ao contrário disso, os gritos eram ouvidos, ela ia embora, e a deixava ver o seu pai aos prantos com lágrimas nos olhos implorando para ela não ir. Que ele iria mudar...a bebida iria ficar de lado e uma família feliz iríamos nos tornar. Ela chora pois quer voltar para o seu lar e ter o seu pai ao lado para amar. Acredita que com muito amor e paciência isso tudo poderia mudar...mais um aninho se passando, será que esse ano vai dar para ter um bolinho e poder chamar os amiguinhos? Mas com o coração aperdado deixava de lado o seu desejo de aniversário, mais um ano de sua infância roubado.
E nessa tormenta toda ela descobre que vai ter uma irmazinha, seria ela uma nova amiguinha? Ela toda feliz ouve que irá perder seu trono( mas que trono?) Ela ainda suplicava para ter aquele amor que não teve...e sua mãe lhe dá a missão de cuidar da casa e de sua irmã para que ela possa trabalhar. Mas ela era apenas uma criança cuidando de outra criança. Mesmo assim esta disposta a ajudar.
Com isso ela perde sua infância, e as coisas continuam a piorar. Oh Deus! Quando irá me escutar?
Ouço e reflito;
Embora haja barulho, gritos, estes
Não são de alegria.
Embora não haja nem um pedido,
São sim pedidos de socorro.
Quem não compreendi um grito,
Jamais comprenderá o silêncio.
Entre poças de sangue e gritos de horror
O povo grita pra cessar sua dor
Dor que consome,dor que invade
Dor que aniquila, a dor da crueldade
A garganta seca sem saber pra quem gritar
Sem Chapolin pra poder lhe ajudar
Cães ferozes, com sangue nos olhos
Saem na calada e já sabemos o propósito
A vida grita, te cobra, te exige até que você entenda tudo como uma lição, então os gritos, as cobranças continuam surgindo, não cessam, mas você aprendeu que nem sempre gritar de igual pra igual com ela irá resolver os seus problemas, irá te trazer a paz e a solução que buscas a Alma.
Centrar, respirar fundo, bem profundo, fechar os olhos, assim é a forma mais coerente, mais madura para que o desequilíbrio momentâneo se vá e dê espaço para a solução se apresentar.
Nada é definitivo, nada dura para sempre, e quando passamos a olhar por essa perspectiva, os gigantescos problemas tomam seu tamanho real.
Os problemas têm o tamanho proporcional que damos a eles, e duram o tempo que os alimentamos, através da forma que são tratados e enxergados.
E se não há a solução, não há a solução. Então a única coisa sensata que podemos fazer é aprendermos com eles; Ou não.
Nada é definitivo, nem os nossos problemas!
Meu grito.
Meus gritos eclodem dentro de mim...
Uns me devoram...
Outros me rejuvenescem...
Alguns deles...
São de extremo silêncio....
Em minhas cordas vocais....
Existem barreiras que são eficazes...
Elas são tão precisas...
E ao perceberem o tipo de grito que está por vir...
Elas barram o grave e o agudo de minhas vozes....
Ando em busca de uma tecnologia ainda mais aprimorada....
Para ser guardiã dos meus gritos...
As vezes me vejo um pouco exagerado.... Por enquanto vou tentando desdobrar em mim , o que me devora....
O que eu não posso é calcular....
Pois uma vez eu fazendo isso....
Covarde seria eu em segurar o eco de minha própria voz....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Nossos conselhos são sussurros, enquanto nossos exemplos são gritos ensurdecedores, quando queremos educar alguém.
Não te equivoques achando que seus gritos acompanhados de seu ânimo exaltado é que irão determinar a compreensão dos outros à sua fala, pois se seus argumentos forem limitados, pouca atenção você terá.
Se enriquecer seus argumentos, e deixar que suas palavras fluam suavemente, terá ai, toda a atenção desejada.
(Teorilang)
São nos momentos delicados da vida, que nossa alma chama... Gritos são abafados e silêncios são instalados, dos quais permitimos entrar e não sair!
A Gruta
Sempre que a noite vem, eu me lembro da escuridão daquela maldita gruta. E dos gritos ecoantes de meu melhor amigo, Victor. A ideia foi dele: fazer a Trilha da Morte. A trilha mais perigosa da Chapada dos Guimarães. 5km exaustivos por cima da terra e 9km infernais por debaixo dela. Os poucos profissionais, que já se arriscaram, tiveram incidentes tão graves que a trilha acabou sendo proibida. Mas meu amigo Victor viu, tanto no grau de dificuldade quanto na ilegalidade dessa expedição, um desafio à altura de sua audácia. Quando atravessamos a guarita da Polícia Florestal, disfarçados de ambientalistas, tive a sensação de que aquela aventura poderia ser divertida. Mas eu estava enganado. Depois de 6 horas subindo, descendo, escalando, desviando, caindo e levantando, chegamos ao Trevo. Um local exatamente como descrito por nossos antecessores. E, segundo eles, onde realmente começava a Trilha da Morte. Após uma revitalizante pausa de 25 minutos, goladas de água e algumas barrinhas de cereais, ligamos as lanternas de nossos capacetes e entramos na Gruta. Apesar de ser caminho único, ele era cheio de dificuldades. Algumas quase intransponíveis. Mas Victor, determinado, foi vencendo os obstáculos, um a um, enquanto eu o seguia. Quanto mais andentrávamos a imensidão da Gruta, mais a escuridão e o silêncio nos envolviam. O lugar tinha uma atmosfera densa, quase fantasmagórica. Respirações, passos, reflexões. Essa era a dinâmica de nossa caminhada. Interrompida, de repente, por um grito forte de dor que ecoou feito um trovão pela caverna. Imediatamente vi Victor no chão, abraçando suas pernas, enquanto gemia. “O desgraçado me picou! O desgraçado do escorpião me piscou!”. Corri ao seu encontro e tentei ajudar, mas fiquei atônito diante dos efeitos imediatos provocados pela ferroada. Parte da perna de Victor estava preta. Rapidamente lavei o local ferido e, com os itens que tinha na mochila, desinfetei-o. Mas Victor continuava se contorcendo no chão, enquanto o hematoma preto em sua perna aumentava. Apoiei-o sobre o meu ombro, tentando carregá-lo, mas ele não suportou a dor e se atirou no chão novamente. Eu não conseguia raciocinar com os gritos contínuos e cada vez mais agonizantes de Victor. Analisei sua perna mais uma vez, e ela já estava inteira tomada pela podridão preta. Ele também olhou e entrou em pânico. “Corta! Corta!”. Relutante, peguei o canivete e o cravei em sua perna. Victor gritou ainda mais alto, enquanto seu sangue escorria, empretecido. Contendo a ânsia de vômito, cortei a perna do meu amigo. Depois o arrastei por uma distância além de minha capacidade física. Ele gritava, gritava e gritava. Sob a luz de meu capacete, reparei que as veias de seu corpo estavam escuras. “Dói muito!”. E, dizendo isso, começou a morder sua própria mão, dilacerando seus dedos. Tentei o conter, mas ele estava ensandecido com a dor. Bati forte com o canivete em sua cabeça, e ele desmaiou. Segui arrastando-o por todo o caminho de volta da Gruta, parando apenas três vezes: para amputar seu pé, inteiramente preto, depois, suas orelhas, e, depois, uma de suas mãos. Ao alcançarmos a saída da Gruta, fui impactado pela luz do dia, e minhas pupilas tiveram que se readaptar. Passando o clarão, fui surpreendido por um Victor absolutamente saudável. Ele me olhou assustado e disse: “Ufa! Ainda bem que você acordou. O escorpião que te picou era dos mais venenosos”.
❀༺LINHAS TORTAS♥
Linhas tortas
Misterioso cemitério
Antigos fantasmas
Candeeiro luminoso
Gritos surdos
Triunfante sacrifício
Amor humilde
Pessoa virtuosa
Futuro esperançoso
Casa especial
Lembranças vividas
Formas escuras
Olhar perdido
Solidão sentida
Trevas revoltas
Tumulto sombrio
Inferno alucinado
Mar adormecido
Mudo adeus
Vergonha escondida
Vento forte
Verdadeira saudade
Tempo esquecido
Despedida cruel.
