Dor Fracasso
Eu sei a dor, sei o quanto é agressiva a ilusão, eu to apaixonada mas você não está, e deixa bem claro isso, você não me ilude, você não é o vilão sou apenas eu.
Criando expectativas bobas, caindo em qualquer papo, consigo varias pessoas, mas tá na hora de aceitar que você, infelizmente, eu nunca conseguirei.
Mas admito que mesmo assim não me sinto culpada, eu só mergulhei no sentimento e simplesmente me afoguei, vai passar...
E espero que na próxima eu de um belo mergulho e consiga voltar a superfície, sem afogamento algum!
Você é a luz, você é a noite
Você é a cor do meu sangue
Você é a cura, você é a dor
Você é a única coisa que quero tocar
Nunca soube que isso poderia significar tanto
Saboreio no amargor do mate
O doce anseio de que nunca nos falte amor.
E que a dor daquele que nos falte
Salte afora esse imenso corredor
Chamado "caminho de nossa vida".
É estranho essa leve dor no peito ao ver a pessoa que você ama com um sorriso no rosto ao lado de outra pessoa que não é você!
O tic tac da vida
Tuntum bate tambor, na dança, na lambança, na semente da dor, é a peste viva e enraizada, no caráter dessa pátria mau amada, destila se um veneno fervoroso e poderoso contra uma classe majoritária, aquela mais precária, porém a manifestação é sedentária, triste situação, por uma reles ocasião, essa turbulência, o juiz não chama para audiência e tudo parece normal, mas o clima global tem sofrido rompimentos de direção, seria a haarp ou devastação, a natureza em destruição, o avanço da tecnologia, junto com ela a demagogia, porque, uma classe de poder, insiste em dizer que tudo vai bem, meu amigo, atente o que diz nosso senhor, o maligno tem a terra por penhor e somos moradores nesses currais, onde a alma de muitos é de satanás, não estou isento e nem fazendo julgamento, mas a máquina mundial está de parafuso solto e a loucura está crescendo a cada dia, a matéria transparente que o povo ignora e muitas palavras não são lidas, mas o rebento da dor está no tic tac da vida.
Giovane Silva Santos
Não cantes alegrias a fingir
Se alguma dor existir
A roer dentro da toca
Deixa a tristeza sair
Pois só se aprende a sorrir
Com a verdade na boca
O amor é a perdição,
Das rosas flamejantes;
É a dor no coração
E a paixão dos errantes.
in VERSOS - Trovas e Sonetos
E quem disse que a vida não faz chorar? Faz, e faz chorar muito, mas também nos dá dor na barriga e faz perder o ar de tanto rir muitas outras vezes. Quem disse que viver não dói? Dói, corta, sangra, mas também nos proporciona prazeres inenarráveis. Quem disse que a vida não tem obstáculos, abismos, pausas e horas em que a gente pensa em desistir de tudo? Tem e não é pouco, afinal a vida não é uma linha reta e linear. Mas, é isso o que chamam de vida não é? E a vida com certeza não teria tanto sabor se fosse de outra forma que não fosse essa.
Sinto dizer
Já não tem porque
O nós, os nós que demos
Desataram-se
Mas vá em paz
Que a dor ficou
Em mim e nas últimas doze temporadas
Que a gente encerrou
Passe com a sua dor no caminho, mas não olhe tanto para o chão , doutro modo deixa de ver o sol que acena no rosto de quem passa.
António Cunha Duarte Justo
in Poesia e aforismos de António Justo
"Até certo tempo eu sabia reconhecer uma dor se aproximando a léguas. Meus pastores alemães internos ladravam em sinal de alerta ao sentirem o cheiro de encrenca no ar. Hoje eles já não são tão eficientes assim. Estão velhos demais, dormem profundamente."
Só quem já passou pela dor
Ajuda quem se perde no Bojador
Entre tormentas e tempestades
Abraça por amor e traz claridades.
Viver com a dor, fisica, psiquica, realmente é arte. Uma arte que, nem toda pessoa tem a capacidade de entender!
Dizem que “a dor é inevitável, o sofrimento é opcional.”
Nós, seres humanos, temos a tendência de vitimização quando ocorre algo que nos desagrada dentro de nossa concepção, dentro do nosso entendimento do que seria bom para nós. Entendimento esse muito subjetivo e singular, porque cada um possui uma visão diferente do que seria bom ou ruim acontecer em nossas vidas.
Mas o ponto é, como você reage quando os acontecimentos fogem do que a sua mente imaginou, idealizou ou fantasiou?
Você aceita a situação como um sinal do universo de que talvez aquela porta não te levaria ao destino do seu coração ou que ainda não era o momento de iniciar aquele caminho, porque antes seria necessário passar por outras fases, para assim chegar ao “chefão” mais fortificado, mais preparado e mais inteiro ou você joga o controle do videogame na parede e lamenta durante dias que não consegue passar de fase?
Nesse instante tive um devaneio e fui transportada para a minha infância, nos dias das férias de inverno, em que ficava o dia todo jogando Super Nintendo e conduzindo o Mário Bros nas inúmeras fases de seu mundo encantado.
Enfim, devaneios à parte, quando algo não sai como esperamos, o mais sensato é não nadar contra a corrente e tampouco nos culpar e mostrar ao mundo como somos vítimas do sistema, ou como somos mal-amados por Deus ou pelo universo. Muito pelo contrário, eles estão nos mostrando sinais, mostrando que muitas vezes temos que apenas olhar para dentro e mudar a direção de nosso barco.
Por esses dias estive pensando quando sentimos dor, seja por uma proposta de emprego que não deu certo, seja pelo término de um relacionamento, ou seja por algo que a nossa mente teimou que era o caminho certo, mesmo quando o nosso coração gritava: “Não vá por esse caminho, não vá por esse caminho!"; não temos como deixar de senti-la. O ego é sensível, quando nos decepcionamos ele se transforma em uma criança ferida que sonhava em ganhar uma linda boneca e não ganhou, aí ele chora, grita, esperneia, mostra para o mundo que a sua dor é a maior do mundo
E esse raciocínio me remeteu à seguinte analogia, quando tomamos vacina, sentimos dor no momento em que o líquido entra em nossa pele, é inevitável, mas logo passa. Mas se quisermos assim optar, podemos ficar o dia todo reclamando que o nosso corpo está dolorido, que hoje estamos indispostos e que ninguém pode sequer nos relar. Ou podemos sentir a dor da vacina e ao deixar do centro médico já esquecemos da dor e vamos viver o dia, com disposição e da melhor forma possível.
Com a nossa dor emocional também podemos agir dessa maneira, temos que vivê-la sim, não podemos escondê-la, porque se assim fizermos ela volta mais tarde com mais força, mais assustadora. Mas se optarmos por vivermos esse sentimento, acolhendo-o, sem ficarmos revivendo e depois nos despedimos e abrirmos para que sentimentos novos possam entrar em nosso coração e assim possamos experimentar o belo, a luz, a verdade, a vida, descobriremos que o sofrimento não vale a pena.
Que possamos sempre ter a sabedoria para sabermos a hora de nos despedirmos da dor e saibamos tirar no momento certo o véu que tapa os nossos olhos de enxergar novos caminhos, novos sabores, novos amigos, novos amores.
Vai doer? Vai!
Mas é preciso sentir dor para aprender a continuar, para aprender a não se deixar abalar por pequenos deslizes que a vida dá.
