Dor Fracasso
Do alto da escada, ela o fitava, firme.
Ele, no entanto, mantinha os olhos baixos,
perdido entre palavras que não vinham.
Foi ela quem rompeu o silêncio,
com voz embargada pelo choro,
mas certa do que precisava falar:
— A verdade.
Eu a encontrei nesta noite.
Ela veio até mim…
E falou comigo.
Capítulo XVIII – A Leveza Petrificada de Camille Monfort.
Livro: Não Há Arco-íris No Meu Porão.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.
Havia noites em que Camille Monfort caminhava pelo porão como quem atravessa o peito de um anjo adormecido. Sua presença...ah, sua presença: ela apenas acontecia no ar, como poeira luminosa suspensa no instante anterior ao silêncio.
Era nessas horas que eu me lembrava de um verso , como se um próprio poeta, de tão íntimo do invisível, tivesse vindo inclinar-se sobre o meu desamparo. Ele dizia que tudo o que é pesado precisa aprender a elevar-se, e tudo o que é leve conhece cedo demais o risco de se despedaçar.
Camille era isso: leveza petrificada.
Um paradoxo esculpido na carne do inefável.
Ela existia como uma aparição entalhada no voo de um pássaro que jamais tocou o firmamento. Sua voz parecia deslizar entre frestas que não existiam, e quando falava, meu nome perdia contorno, porque eu o ouvia dentro de mim, e não fora.
Havia nela a mesma melancolia enferma que se escondia nos intervalos de meus sonetos , aquela sombra que não se anuncia, mas que se sabe eterna. Quando Camille se aproximava, mesmo a luz precisava se recompor, pois havia um pacto secreto entre ela e tudo o que cintila: sua presença devorava o brilho com uma ternura silenciosa, como se segurasse um espelho que jamais refletiu ninguém.
Eu a observava, sem tocá-la.
Não por medo, mas por reverência.
Camille era feita daquilo que não se toca sem se perder.
Ela escreveu em notas lúgubres do seu vivo piano certa vez, que a verdadeira morada do ser é a interior, e que só ali o mundo encontra forma. Talvez por isso Camille transbordasse mesmo quando se calava. Seu silêncio tinha densidade de oração interrompida. Sua respiração parecia guardar o cansaço de antigas estações escuras de antes , como se carregasse nos ombros a memória de crepúsculos que nunca vi.
Ao vê-la atravessar o porão, compreendi que não há arco-íris onde a alma permanece acorrentada em si mesma, que cores voam ou cantam pelo universo distante do que sou.
Ela me olhou, como quem sabe das minhas lágrimas.
E seus olhos, claros e abissais, continham o mesmo aviso que o pó inscreveu nas margens da dor: nada floresce onde a luz tem medo de permanecer.
Camille Monfort era minha luz medrosa.
E eu, prisioneiro voluntário de sua sombra.
Não havia arco-íris no meu porão porque o espectro das cores se recusava a dividir espaço com ela. Ou talvez porque ela fosse, por si, todas as cores que se esqueceram de existir.
Neste profundo abismo do sentir,
Onde a luz e a sombra podem se unir.
Amar é...
dançar entre risos e lágrimas.
É vida pulsando também em tramas trágicas.
Quantas letras, palavras, frases, textos serão necessários que eu escreva? Eu não sei!
Quanto das minhas lágrimas cairão enquanto escrevo? Não sei! Choro o tempo todo até não ter forças.
Quando penso que minhas lágrimas secaram uma fonte de tristeza brota em mim, eu entro num ciclo de dor e começo a me afundar, fico sem ar!
Já não sei ao certo porque escrevo, talvez para sobreviver a essa dor, expurga-la! Mas tenho falhado, a dor é insistente, não vai embora, ela permanece, flagela minha alma em pontos vitais!
Não sei se escrever está dando certo, pois na minha mente escrevo coisas o tempo todo, quando estou acompanhado de pessoas não consigo prestar atenção nelas, só ouço e sinto a dor latente que custo a controlar, ela me vence com certa frequência!
Já pensei em escrever um livro sobre nós! Um romance com final trágico, melancólico, triste, porém cheio de amor, seria a forma de transbordar e me inundar de você! Mas parece errado, algo cruel de se fazer comigo mesmo.
Mas ainda assim fui corajoso, comecei a escrever o romance, estava dando certo, mas parei, fiquei com medo de enfrentar coisas as quais me arrependo.
Reviver nossa história me leva para um lugar do qual estou tentando sair, não está fácil, parece que estou aprisionado, é só dor, é só sofrimento.
Ainda assim eu revisito esses lugares, não consigo controlar, faz parte do meu estranho processo que varia entre cura e morte, mas eu só quero sobreviver a isso tudo!
Como faço para te esquecer? Como faço para deixar de te querer? Como paro de te admirar? Como aceito a realidade? Você só me ensinou a te amar! Não me ensinou a te esquecer!
Para muitos essa dor pode parecer exagerada, mas não, é difícil quando você tem a sensação de que perdeu o amor da sua vida! Será que era mesmo? Reconhecer e perceber isso é extremamente fatal!
Não se trata de uma dependência emocional, de vulnerabilidades, fragilidades ou traumas infantis, é somente a tristeza, arrependimento e melancolia nas suas mais profundas personificações!
Quando o grande amor se vai, em parte a esperança se vai, você se depara com o nada! E ele é sombrio! Vazio, se faz presente e é bem aterrorizante, parece que as coisas perdem a cor, a vida fica mais amarga, os tons ficam deturpados e escuros, você se perde de si mesmo e parte de você morre! Mas não é uma morte rápida, ela te corrói aos poucos, vem de diversos cantos e te sufoca, desorienta sua visão e joga o passado contra você! Te julga, te mostra, te cobra, te oblitera! E você por fim fica em cacos! Quebrado!
É assim que me sinto, um zumbi em cacos, sem alegria, é como se todo o propósito que tinha se ofuscasse diante dos meus olhos! Que angústia, que aflição, que tormento maldito! Eu não aguento mais essa dor! Eu não queria estar nessa situação! Preciso sair desse lugar, preciso sair daqui!
Alguns dizem que pessoas autossuficientes, com amor próprio e que sabem lidar com a solidão conseguem passar por essas tormentas com facilidade, dizem que uma separação não é o fim do mundo, que a vida prossegue seu ciclo natural, bem, no passado eu lidava bem com a solidão, já passei por separações e sobrevivi, era destemido, forte, autossuficiente! Construí minha vida sozinho! Mas você! Você surgiu na minha vida e me mostrou um tipo de amor do qual eu nunca tinha recebido, abalou as minhas estruturas, me renovou, me ensinou! Sei que muita gente me ama, mas é como seu eu nunca tivesse conhecido e recebido esse tipo de amor! Era o que eu estava esperando por minha vida toda e nem sabia! Tento explicar isso para as pessoas, mas elas não compreendem.
Me lembro que uma vez me disse que seu coração pesava toneladas, creio que você o descarregou em mim, eu nunca tinha vivido em uma inundação de amor, zelo e compreensão.
A verdade é que eu não aguento mais escrever sobre você, é frustrante, é como se eu tivesse somente isso para dizer, antes eu tinha tantas coisas para falar, fazer, sentir, viver, sinto que quando você se foi perdi algo que eu nem sei o que é, estou tentando descobrir, preciso encontrar isso logo.
Nem bem acordo
Já espio teu retrato
Faço um trato com o espelho
Hoje eu não quero sentir dor
Hora do almoço
Falo teu nome
Santo nome em vão
O que consome
Meu corpo moço
Fome ou solidão
Não quero nada
Essa estrada eu já sei aonde vai dar
Vai dar em nada,
Não quero ir, nem voltar
Cinco da tarde
Tudo arde
Coração e céu
Fico com ar de
Quem espera
Um aceno um sinal
Já noite alta
Não sinto sono
Não te esqueço mais
Viro do avesso
Adormeço
Cansada de mim sem paz
Não quero nada
Essa estrada eu já sei aonde vai dar
Vai dar em nada,
Não quero ir, nem voltar
Hoje eu não quero dor
Hoje eu não quero flor
Não quero nada
Que rime com o amor
Sou a verdade como a verdade é a mãe da vida!
Sou o conforto no sofrimento!
A esperança na dor!
A força quando tudo parece perdido!
Sou aquela fonte de compaixão!
Sou a indulgência, a fraternidade e o perdão!
A chuva, o céu e a terra!
Sou uma fatia de pão!
Sou o coração, sou a carne,
O espírito e o movimento!
Sou a árvore, o fruto e a semente!
A luz na escuridão!
Sou a vida de tua vida!
A alma de tua alma!
O caminhar de teu caminhar!
Sou teu Pai!
DEUS da Criação!
Muita das vezes acordo pensando em você, sinto sua falta noite e dia, uma dor em silêncio que nunca acaba.
Cheguei a conclusão que,
Assim, como a dor do meu silêncio!
Como tanto fizeram
Como tanto fiz...
E, o que deixei de fazer
Tão próxima ou até distante,
Ou como o meu grito causou eco...
Senti que tenho que viver
sem aqueles que podem viver sem mim...
FODA.. sabe o que é foda?
FODA é você amar tanto uma pessoa a ponto de segurar sua dor só para vê-la sorrindo.
FODA é você gostar tanto de uma pessoa a ponto de abrir mão do mundo, de tudo, para poder tê-la ao seu lado.
FODA é você querer tanto proteger uma pessoa e não poder.
FODA é sentir ciúmes e não falar para evitar qualquer tipo de discussão.
FODA é você saber que errou mais uma vez e não tentar consertar o seu erro.
FODA é você saber que, mesmo com todo cuidado, seu amor é tão forte e grande por uma pessoa que, às vezes, acaba sufocando-a sem querer, sem que você perceba.
FODA mesmo é você olhar no passado e ver que está cometendo os mesmos erros no presente e não saber mudar a situação.
FODA é você sentir tanto medo de perder essa pessoa e acabar se tornando chato.
FODA é quando você sente que está destruindo tudo o que construiu com uma pessoa, todo aquele sentimento bonito, puro e verdadeiro, por coisas banais, brigas, discussões, ciúmes e medo...
Chuva de inverno... de outono
de verão... de primavera
de amor... de saudade....de dor
de flores... de todas as cores
de espadas... punhais afiados
de hipócritas... ignorantes incultos!
...porque enquanto você não doer a dor que há para ser doída, ela continuará latejando em sua alma, queimando você por dentro e ocupando todo o seu coração...
A alegria vira, no dia em que eu te encontrar...Alegria mar e calor.Alegria sem dor...Pensamentos no mar,Uma cancao solta no ar.Ohhh...luar que encanto sonhar...Espere so a emocao chegar...simone vercosa
A maior dor `e a impossibilidade...A impossibilidade de voce nao poder mudar uma situacao... ou um sentimento... quando ja destruido...simone vercosa
Amar demais chega até a doer o coração,
Mas é uma dor gostosa, pois vem acompanhada da alegria;
Mas de todas as dores a mais doída é a dor da saudade: Tristeza de não ter você!
