Dor Fracasso
Pai
Grande pai!
porrada na cara
filho caído
perdeu a memória.
Grande pai!
joga-se um livro
acerta na cara
boca inchada.
Grande pai!
tira sua roupa
te joga no chão.
Grande pai!
maior que você
menor que sua força.
A doença que cresce e vai devastando o ser humano por toda a vida é a principal responsável pela busca da imortalidade a ser alcançada pela obra de arte construída em independência da dor inafiançável e da exclusão educada do artista pelos companheiros e pelos pares.
Todo o mal que alguém praticar, será cobrado mais adiante. Para alguns, em pouco tempo; para outros, em vidas futuras. Mas nada fica de fora dessa conta. Nem quando surge algum pseudo iluminado afirmando que podemos dissolver carmas. Seria justo que uma pessoa devastasse sua vida e, contraindo um carma pesado com esse ato, fosse lá depois e dissolvesse esse carma? Naturalmente que não. As leis divinas não são passíveis de operações ridículas como essas. Se virou ‘dívida carmica’, não se dissolve: se paga. O lado educativo dessa questão é que o carma, quando vira dívida, pode ser pago com dor ou com amor. Com dor, é a necessidade de suportar o tranco que vier. Com amor, é a disposição de mudar de verdade e profundamente os comportamentos enraizados que levaram a pessoa a cometer a infração da lei cósmica, fazendo-a ter a oportunidade de repetir o erro, e escolher não fazê-lo.
porto
há uma saudade em mim no cerrado
ancorada nos barrancos ressequidos
são arrancos no peito em ronquidos
num espectral sentimento entalado...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Só mais um grito
Ela grita por socorro
Para teu olhar eu corro,
Mas como não tenho,
Aos cortes recorro,
Nessa dor eu morro.
Junto dessa dor,
Sentimento esclarecedor,
Tudo que sente é tristeza
Incerteza.
A morte chegando,
Seu coração não mais palpitando.
Naquela dor, novamente calvagando.
Dores não citadas,
Poesias não pautadas,
Guardo essa dor que a mim foi dada.
Só mais um grito por socorro
Como eu disse, aos cortes recorro,
Nos braços da vida eu escorro.
Término.
Com ele foi diferente, sabe?
Não foi como uma facada.
Talvez porque foi eu quem decidiu o fim.
Mas na conversa foi uma decisão mútua.
Na verdade não.
Eu decidi terminar,
Mas quem tinha deixado de amar não tinha sido eu.
Foi eu quem percebeu, claro
Também foi eu quem resolveu tomar uma iniciativa sobre esse fim iminente.
Talvez tenha sido sua decisão.
Afinal foi você quem resolveu deixar de dizer.
Você dizia tantas vezes, mesmo quando eu ainda não estava pronta para dizer de volta.
Você dizia sem hesitar.
Você me esperou.
Eu me joguei rápido demais com medo de você se cansar.
Mas acho que esse acabou sendo meu erro.
Queria entender por que você parou de dizer.
É óbvio que é porque parou de sentir, mas...
Por que parou de sentir?
Eu só queria ouvir mais uma vez, antes de me permitir chorar e seguir em frente.
Só mais uma vez você dizer, que me ama.
É difícil explicar, até mesmo sentir
O que as vezes se passa em nossa cabeça e coração.
Tentamos, nos confundimos.
Imaginamos, nos iludimos.
Somos enganados por nós mesmos.
Pensar demais de si além do normal é loucura.
Mas pensar nada é o que?
Tenho medo da solidão, do obscuro e complexo mundo mental.
Neste mundo louco, quem decide entendê-lo cai em suas insanidades.
Podemos apenas negar ou mentir nossos distúrbios?
O quer que façamos, não se pode negar a amargura
Que é está presa ao mundo podre, arisco e desumano.
Vamos firmes persiste, pois, o prêmio está por vim.
Eu luto por que acredito que a sociedade civil cidadã deve ser co-participe da governança paralelamente com o poder publico em todas as esferas.
Felicidade é extática. Não é virtude.
Está-se ou, mais comum, não.
Ser-se é cheio: plenitude.
Dar-se tudo, doar-se todo.
Sem arremedos.
Não adote a postura de fazer algo recorrentemente por alguém, se isso significar que esteja fazendo contra você, contra sua paz, seu equilíbrio, suas convicções e anseios mais nobres. Pior ainda se neste cenário você considerar que esteja fazendo algo no seu limite, e o outro pensar que ainda é pouco. O resultado, por norma, tende a ser dor e sofrimento.
Entrelinhas
Rainha, princesa, anjo, donzela!
(Escrava patética, louca égua sem cela).
Meu bem, tratarei-te como flor
(ao desestruturar-te, perderás vida-cor)
e te amarei para sempre, não importa como for!
(De mim tu não escapas, sou teu senhor).
Adoro-te e apenas quero teu bem
(obedeça-me se não quiser sofrer além);
por isso, sou capaz de tudo para te proteger
(daqueles que conspiram contra tua submissão-dever).
Escuta-me, deixa-me penetrar no teu cérebro
e mostrar-te o que meus olhos veem
(a implorar por piedade, tua figura célebre)
afim de que percebas a beleza que tens
(os berros teus pelos vida-vermes).
Quando você gosta de alguém, e este alguém te rejeita... dói muito, não é? Mas veja só, um dia este alguém estará precisando de alguém que lhe tenha afeto de verdade, e neste momento lembrará de você. E você? Bem, você deve está plenamente disposto a lhe dar atenção, até afeto se ainda for possível. Se não, seja gentil pelo menos. Pois a dor que sente, não deve ser desejada a ninguém. Seja uma alma linda sempre. Causar dor ao próximo, nunca te fará bem. Pelo contrário, te fará um ser amargo, que estará magoando principalmente, a si mesmo.
Muitas de nossas cicatrizes somem para sempre, mas algumas permanecem mesmo depois de sumirem, pois estas foram marcadas também em nossa Alma.
Algumas cicatrizes do corpo às podemos ver e não mais doerem, mas as cicatrizes da Alma, mesmo que invisíveis, podem doer muito.
MESSALINA (soneto)
Lembro, ao ter-te, as épocas sombrias
Dum outrora. A saudade se transporta
À tempos de prazer, e não dor à porta
De meninices, abarrotadas de alegrias
E nestas felicidades de glórias luzidias
Que a mostra era viço, não ilusão morta
O pouco era muito, e no pouco importa
O estorvo, a mais valia, eram as orgias
Tolas, e não só imaginação em ruína
De quimeras incolores e, assim impura
Num cortejo de recordação messalina
Ó saudade, acostamento de loucura!
Suspirando nostalgias tão cristalina
Tinta de tristura, que no peito segura...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Nenhum drogado
Nenhum bêbado
Nenhum adúltero
Ninguém que faça o mal
A si mesmo,
É capaz de amar alguém
"Como é difícil viver norteado por tantas pessoas em um mundo tão grande e se sentir sozinho...
A dor do vazio dói no corpo e na alma...
A dor do egoísmo em pensar que Deus em sua magnítude deixou de enviar sua luz... Que se esqueceu ou tomou para si outras prioridades...
Como dói acordar todos os dias desejando que este fosse o último. E como essa vontade é grande...
As forças estão acabando bem como o amor próprio.
Como dói viver uma vida por um amor irracional não correspondido. A sensação de fracasso por não conseguir ser compreendido e por não ser correspondido...
Se nesse momento eu tivesse voz para dizer ao mundo o quanto é importado se doar sem limites... se dedicar sem limite... Ter atenção a cada detalhe de quem esta próximo a você... Eu gritaria com toda a força da minha vida... Valorize, respeite e a todos os detalhes seja atento...
Quando se perde não há mais o que se fazer... Quando o que se fazer já não é mais uma opção...
Hoje só vivo por um único fio de luz que ainda me prende a esse mundo e quando e se por algum motivo essa luz se apagar, só peço a Deus a caridade de me levar para talvez uma evolução e que em algum momento eu possa novamente ter a oportunidade de tentar corrigir meus erros e receber o seu perdão e o perdão de todos com quem eu convivi.
Uma morte digna é talvez o fim de um sofrimento sem fim. Não é verdadeiro o ditado de que é permitido errar tentando fazer o certo. O certo é certo. O errado é errado sempre.
Não suportar a dor é a maior das dores... Sempre.
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