Dança
A melodia desse amor me tirou para dançar
Descalça no salão das brasas
O silencio da duvida se escutava no ar
Cega e com as mãos atadas
Só sentia ele me levar
Tentava acompanhar
As nuvens me escutavam cantarolar
Meu corpo todo a se queimar
Chamava o vento para me lavar
Sentia as cores do mundo me misturar
Meu coração pedia para respirar
Você me olhava sufocar
Bebia tragos de mar
Embriagada de tanto te chamar
Me despia mais uma vez para sonhar.
Vamos dançar a dança que renova em vida estaremos feitos de alegrias cultuando o céu em seus traços de amor.
MATUTINA (soneto)
Na manhã matutina do planalto
Vagueia o horizonte tão rubente
Numa dança de cor em contralto
Cintilando o azul do céu nascente
Ultrapassa os jardins do asfalto
Sem esquinas, nuvem ausente
No espetáculo como ponto alto
Riscando o cerrado num repente
E o vento chia, é julho, tão frio
Brasília de curvas retas, feitio
Sereno, num panorama pleno
Rompi o dia em arauto gentil
Ipês floridos, de sertão bravio
E amanhecer nunca pequeno
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Planalto central - Brasília
O BRILHO DA LUA.
Márcio Souza 29.06.17
A lua cheia no infinito azul clareia,
Numa dança de luzes e esplendor,
As estrelas, a bailar, lhe rodeia,
Enchendo o céu de brilho e de amor.
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Alma Cigana
A fogueira acesa...
Em torno dela, as mulheres de pele acobreada dançam com suas saias amplas e coloridas... Nas mãos, o pandeiro que movimentam acompanhando a música executada por homens que cantam e sorriem sob o efeito da bebida forte que os faz esquecer as mazelas e os envolve febrilmente na magia das canções e do frenesi da dança...
Nesse momento nada importa... o amanhã ou o depois de amanhã...O ritmo "caliente", o requebro dos quadris, a troca de olhares apaixonados... como num transe entregam-se simplesmente à sua alma cigana.
Cika Parolin
Eu tenho vontade de te dizer como você é linda. De dançar com você - disse ele. - De saber por que você lê peças e quais são as suas preferidas. Quero abraçar você na praia à noite, quero fazer você sorrir. Quero que goste de mim: essa é a minha natureza. Mas eu tenho que resistir a isso. É muito mais seguro quando você me odeia, Mira. Porque se você me quisesse, se me amasse, eu poderia destruir você. Mesmo sem ter a intenção.
Apenas um holofote faz referencia a mim.
Apenas uma vida reverenciará no fim.
Apenas uma dança envolve todos enfim.
Mais outro desafio se aproxima, mas ainda amo os palcos.
Mais um erro me desanima, mas ainda me levanto em saltos.
Essa é a minha vida de bailarina, mas é você que faz os aplausos.
Escuto musica, não para me divertir, sorrir e dançar.
Escuto musica para entender e interpreta-la da melhor forma possível.
Acredito ainda que sou um interprete do samba.
Baila o mundo
Baila dentro do bailado
A dança da Criação, Segredo Profundo
Consagrando o Sagrado
Viva o Sol, Viva a Lua
Viva o vento, Viva a Terra
Semelhante imagem Tua
Detendo o pavor da guerra
Viva a Floresta
Viva o Mar
Segredo que se manifesta
Traduzindo o verbo amar
Esperar para entender
Decifrar para poder afirmar
Quem sabe compreender
Sabe muito bem amar
Não sou bailarina,
mas a vida me ensinou
a dançar
e a abusar dos ritmos.
Nem sempre conforme a música,
Apenas sigo dançando... [ao revés]
Dançando, vou atrás dos meus sonhos
a cada passo que dou;
a cada sopro de vida...
Que me anima os pés...
No último final de semana, em uma festa, um aluno brincalhão me perguntou: professor você dança “kuduro”? Claro que foi uma gargalhada só, da moçada que estava por perto, calmamente respondi: atualmente não, mas quando era mais jovem era muito comum eu dançar com a outra extremidade nas mesmas condições! (Pedro Marcos)
A vida poderia ser um belo musical, nasceríamos cantando, dançaríamos quando felizes, entoaríamos nossas dores e então, morreríamos embalados por uma singela canção de adeus.
Mesmo seguindo os mesmos passos, cada pessoa tem a sua maneira própria de dançar. Algumas são mais soltas e se empolgam com os movimentos, outras podem ser mais comedidas, e há quem fique em um meio termo.
Na vida afetiva, as coisas também são assim. Cada um tem um jeito pessoal de vivê-la.
quando tudo parece ser o fim...
venha dançar com a morte...
deixe seus pensamentos para trás...
seja feliz pois a vida é curta,
tire a roupa tudo vai parecer estar morto...
vamos dançar com os mortos...
e o dia vai parecer um pouco melhor,
até o amor que sinto deixará todos anjos estarão mortos....
mas madrugadas o mundo vai parecer chegar ao fim,
com desejo do meu coração que definha em seus lábios...
quando todos dormem...
SAUDADE DE UM CHORINHO CHORADO
Marcial Salaverry
Esse chorinho chorado,
dançando bem requebrado,
faz lembrar de um passado
que infelizmente não volta mais,
mas que era bom demais...
Falava-se na droga de um baile,
só quando o baile não prestava,
e não por causa do que se fumava,
ou do que se cheirava...
Dançava-se agarradinho,
no ritmo do chorinho...
Quero meu chorinho de volta,
e o que me revolta,
é ver que não se dança mais
como antigamente,
e agora é um ritmo demente,
cada qual por seu lado,
sem aquele chamego enroscado...
Quero dançar de novo o chorinho,
com aquele quadradinho
como nos tempos da gafieira,
quando se dançava sem fazer besteira...
E haja saudade...
