Cume
“Ninguém que esteja ainda escalando uma montanha conhece melhor os desafios para se chegar ao cume, senão quem já o tenha conquistado”
Diziam dos costumes de noites sem cume até você aparecer e completar as belezas e tranquilidade das vórtices do ser.
Versos não enviados
Escrevi na leitura do coração
Em lapidar inspiração o cume
Ao dispensar a razão
As razões me consomem
Letras letras
Nas entrelinhas da ponta
Nas tantas tintas despontas
Nas imperfeições discretas
Desses versos um dia escritos
E não enviados a ninguém
Semente ao tempo
Somente ao tempo
(Prêmio Poetize/2017)
Serenidade é alcançar o cume e ter a consciência de que o perigo e o fracasso, ainda se encontram do outro lado da encosta.
A paz que sonhamos adormece dentro de cada um, aguardando ser apenas despertada com o cume das vitorias conquistadas.
Nossas vontades chegaram ao topo do coração, no auge dos desejos, no cume dos sentimentos. Porque nossas vontades se constroem através de algo bem mais forte que nós mesmos. Elas se fundamentam no amor.
Chegar ao cume de uma montanha é a arte de deixar gotas de suor na estrada, noite e dias de lutas, planejamentos e abdicação dos finais de semanas de laser por objetivos fixados na sua vontade de vencer.
Ao cume para revoar
Alterar o canto em prece
Deixar a brisa fluir e ultrapassar
Com uma camada de brio se enrijece
Para nesses seus dourados que desperta
Esteja desperto no fogo do brasão
Alimente esta balda que liberta
Tenha o seu ímpeto dragão
Caatinga até os vales esgotados
Tudo continua ressequido, como cóleras
Heróis alados para um povo imputados
Que podiam a fazer, fizeras
Um altar em veneração
Persegue a vontade de bailar
Ter em mente que as nuvens não decretaram imposição
Que além poderá vagar ver o sol brilhar
Abjugue desses grilhões
Apeteço alcançar meus irmãos de cobre
Antes que o molesto retorne aos milhões
Inescusável pairar, passar o tempo votar a ser nobre.
Ao contrário do que muita gente julga, para atingir o cume de uma montanha você não precisa seguir qualquer pegada.
JUVENTUDE
Um guarda-chuva no tempo... Goteiras
sobre o cume da cumeeira, pingos
d'água sobre os ventos... Enquanto
o pintor faz seu patinado em sua parede...
O menino patina pela chuva das tardes
dos seus dias, patina, escorrega sobre a
lama, uma vez ou outra, cai, cai abraçando
a poça d'água... Tudo é vida! A juventude
tem lá, seus meios de felicidades, e vive
os efeitos de suas saúdes e suas alegrias.
Mãe... Estou adentrando no meu casulo,
quem sabe se um dia eu possa quebrar
os cascos da minha armadura e voltar
a viver aquilo que não vejo, sob a
lamina fria do meu espelho.
Antonio Montes
Relato budista
“Devadatta lhe arremessou uma rocha pesada desde o cume de uma colina. A rocha caiu ao lado de Buda e Devadatta não conseguiu acabar com a sua vida. Buda, mesmo percebendo o que acontecera, permaneceu impassível, sem nem sequer perder o sorriso.
Dias depois, Buda cruzou com seu primo e o cumprimentou afetuosamente. Muito surpreso, Devadatta perguntou: “Você não está bravo?”; “Não, claro que não.”, assegurou Buda.
Sem sair do seu assombro, Devadatta continuou: “Por quê? E Buda replicou: “Porque nem você é mais aquele que lançou a rocha, nem eu sou mais aquele que estava ali quando foi arremessada.”
“Para aquele que sabe ver, tudo é transitório; para o que sabe amar, tudo é perdoável.”
- Krishnamurti -
Amenteémaravilhosa
“5 maravilhosos relatos budistas que o tornarão mais sábio.”
https://amenteemaravilhosa.com.br/5-relatos-budistas-tornarao-mais-sabio/
Para toda e qualquer escalada a montanha, o maior prêmio é a contemplação a partir de seu cume e o sentimento de superação de si mesmo.
