Crônicas sobre Escola

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Na escola do mundo somos os piores alunos.
Estamos em todos os lugares e as vezes em lugar nenhum.
Somos amigos de todos,mas sempre estamos sós.
Queremos sempre estar nos melhores lugares,e as vezes permanecemos no mesmo lugar.
Mas no fim a única coisa que nos sobra são as lembranças daquilo que fomos capazes de fazer e das coisas que deixamos de fazer.
Nunca arrependidos e sempre aprovados,triste e revoltados,alegres e realizados...
Somos todos alunos repetentes,filhos do mundo,aprendizes do destino.

AMIZADE OU AMOR



Na escola te conheci
Mas sua amiga eu curti
Nossa amizade era tão legal
Que vi que o amor por sua amiga era banal

Sua amizade consquistei
Diversas vezes por ti chorei
Comecei a me apaixonar
Queria ver no que ia dar

Mas pelo mais que eu pensava que nossa amizada nao tinha fim
Por essa minha paixão louca acabou
Nos distanciamos,nunca mais juntos ficamos

Após um tempo comecei a me aproximar de ti novamente
Mais novamente aconteu
Meu coração por ti bateu

Como sou Brasileiro e não disisto nunca
Resolvi novamente tentar
Vê no que essa paixão podia dar

E agora to aqui
Sem saber pra onde correr,pra onde ir
Meu coração batendo sem parar
Esperando uma resposta pra me alegrar

E agora to aqui
Sem saber oque fazer,tento sorrir
Amar você eu sei que vou amar
Só não quero ver nossa amizade se acabar

O Menino e a Menina da Escola
O menino aos três anos de idade fora para uma Escolinha (Pré Primário) era particular, pois naquela época o Governo só oferecia primário, ginásio e colegial, a Escola era improvisada na garagem da casa da Professora o qual lhe ensinou as primeiras letras, palavras o primeiro cartão que o menino escreveu para sua mãe, era uma folha com um girassol com pétalas de papel colada um a um formando uma linda flor amarela com os dizeres “Feliz dia das mães”, fora a primeira vez que o menino escreveu, ficou lá até aos seis anos de idade e aos sete anos entrou no primário e lá também tivera uma ótima Professora que lhe acompanhou até a quarta série contando histórias do bairro, do Rio Tietê o qual o pai dela costumava nadar e pescar, neste primeiro ano o menino conheceu uma menina, não era só uma menina, era uma Princesinha loira de olhos azuis, (Maria Aparecida) o menino então não sabia o que estava acontecendo, o porque ficava tão encabulado, com as mãos suadas e gaguejando diante aquela menina tão linda, a escola era muito boa, tinha Biblioteca, quadra, um pátio onde brincavam e comiam lanches que traziam de casa nas suas lancheiras o qual tinha uma garrafinha acoplada, alguns traziam leite o menino gostava de trazer suco de frutas, na entrada da Escola tinha a Tia do doce, o Tio do algodão doce e o Tio do sorvete de abacate, (Um sorvete de abacate feito em formas de gelo, muito desajeitado pra chupar), o menino ia de ônibus escolar do seu Zè bananeiro, era uma jardineira azul e branca e tinha uma alavanca pra fechar a porta, os bancos eram azuis escuro e tinha alguns vermelhos, o seu Zè bananeiro morava na rua acima da casa do menino, próximo a Chácara onde tinha um acampamento de Ciganos e um Casarão com porão, o seu Zé vendia banana com uma charrete e depois montou um depósito de bananas em sua casa, um de seus netos estudava na mesma escola que o menino, na esquina da casa do seu Zè tinha a Dona Maria que criava porcos, galinhas, patos, perus e codornas, tinha um fogão a lenha feito de barro, ela usava um lenço branco na cabeça e fumava cachimbo de barro, ( Um ano depois ela cuidou do menino e seu irmão para sua mãe trabalhar), o seu Zè era muito atencioso com todos e cuidadoso ao leva lós para a Escola, Escola que tinha uma fanfarra com alunos que costumavam desfilar na Festa de 1° de Maio que acontece no bairro, o menino então queria fazer parte na fanfarra, mas era muito novo e tinha que esperar mais alguns anos, assim ele se conformou brincando nas aulas de educação física e adorava quando era para apostar corridas em torno da Escola com seus amiguinhos e a menina dos olhos azuis o qual ele costumava comprar balas e pirulitos para ela, o menino sempre vaidoso, gostava de usar um anel de ouro que sua mãe mandou fazer com o nome dele gravado, também uma correntinha de ouro com um pingente de uma santinha e andava sempre perfumado, o uniforme da escola era camisa branca, calça ou bermuda azul marinhos e sapatos pretos, tinha que comprar o bolso da camisa que a escola vendia ( O nome da escola Octávio Mangabeira e tinha um desenho de um gorila tocando surdo)ai sua mãe costurava o bolso na camisa e as meninas camisa branca, saia azul marinho, meias brancas até o joelhos e sapatos pretos, o menino tinha uma mala preta de carregar na mão, uma estojo de madeira com a tampa verde e uma lancheira de plástico azul e branca que usou até a quarta série, também tinha os passeios, o qual o menino sentava ao lado da menina no ônibus de excursão, um destes passeios o menino pegou pela primeira vez na mão da sua princesinha de olhos azuis, foi em um passeio no Museu do Ipiranga o qual não reparou direito o que tinha lá, por ficar o tempo todo olhando para a menina, no ano seguinte o menino começou ir a pé para escola junto com seus amiguinhos que eram vizinhos de sua casa e todos os dias ele pegava duas rosas ou outras flores em uma casa que tinha um jardim na frente e uma cerca de arames baixinha, a dona da casa costuma sair e chamar atenção do menino e ele saia correndo, as flores era uma para sua professora (Silvia), a outra para a menina e assim o fez enquanto tinha flores no jardim do caminho da escola, até que um certo dia a mulher dona do jardim estava no portão com duas rosas na mão e disse é pra você menino, leve pra sua professora, o menino não sabia, mas a professora era sobrinha da mulher do jardim e assim ele passou a receber as flores por muitos meses para levar pra menina dos olhos azuis que era prima de um amiguinho que morava na rua de cima de sua casa, já na quarta série o menino considerava a menina como sua namoradinha e nos dias dos namorados pediu para sua mãe comprar um cartão o qual escreveu lindas palavras para a menina, mas ele estava triste pois seria o último ano dele naquela escola, iria mudar pra outra escola a uma quadra de sua casa, onde iria cursar a quinta série ginasial e sabia que a menina iria continuar na mesma escola, o menino aproveitou todos os instantes para segurar a mão de sua princesa e ao chegar no último dia de aula o qual a despedida foi uma festa na sala com tubaína, doces, bolos, salgadinhos e uma recordação dada para cada aluno da Professora Silvia e ao sair da escola o menino segura a mão da menina que estava indo para a casa de seu primo que era perto da sua, sem falar nada o menino andava ao lado de sua “Namoradinha”, uma fraca chuva caia e os dois de mãos dadas caminhavam sem pressa e aquele lindos cabelos loiros molhados a deixava mais linda, o menino sempre teve um olhar penetrante que a deixava encabulada, escolheram o caminho mais longo para ficar mais tempo juntos, já que era o último dia e ao chegar em seus destinos o menino olhou para ela, a segurou em seus ombros e a beijou, ela o abraçou e com lagrimas nos olhos disseram adeus, ficaram alguns segundos de mão dadas um de frente pro o outro, olhavam se com lagrimas, mas era hora de partir e então o menino partiu...
(Alguns anos depois se encontraram em uma festa)
E o resto da noite dançou pra valer
Se teus olhos me olharam fingiram não ver
No meu canto eu fiquei entre o riso e a dor
Lembrando do primeiro amor
Lá-rá-lá-lá-rá
(Trecho da Musica Primeiro Amor – José Augusto)
(Ricardo Cardoso)

APRENDI COM O TEMPO

Olá meu nome é João
Tenho 12 anos
E eu estou voltando da escola
Com o dever de casa
Sobre o que eu aprendi na vida
Acho que já sei o que fazer

Aprendi que o amor de uma pessoa
tem um valor unitário
que cada sentimento explicito
pode ser explicado pela ciência

Que mentir e feio, mas que a verdade não serve pra nada

Aprendi que Honestidade não é algo natural
e sim uma qualidade
que umas pessoas tem e outras não

Que temos que crescer um contra o outro
pra que ele não tome meu emprego

Aprendi que é normal a mulher cuidar da casa e dos filhos
mas que o homem só esta ali pra ajuda

Que o feminismo sim tem que ter voz e poder
Mas que o machismo não pode morrer
porque a sociedade tem que ser igual

Aprendi que existe racismo no Brasil
só que ninguém sabe a onde

Que a confiança é um brinquedo
que deve ser utilizado só quando você quiser

Aprendi que criminoso e todo aquele
que sempre insiste na mesma coisa

Que temos que justifica erros
pra coloca a culpa na vitima

Aprendi tudo isso ate agora
porque foi o que me ensinaram

João estudou a vida inteira em escola particular com o auxílio educação que a mãe sempre recebeu como servidora pública.
João cursa faculdade particular que é o pai que paga.
João tem um carro que os pais lhe deram ao completar 18 anos.
João tem uma mansão fruto de herança do avô que era uma pessoa renomada.
João sempre frequentou restaurantes caros.
Os pais de João acham ele um cara esforçado por ter passado em 3o lugar em engenharia. Um menino que se deu bem na vida mesmo tendo nascido em uma nação tão desigual.
Todos acham João um cara bacana, ele apenas é contra ações assistencialistas pois conhece o que é fome do que leu em livros.
Contudo, ninguém está preocupado com o João que sempre teve privilégios. As pessoas estão preocupadas com o Pedro a com a questão das cotas que é " pura segregação*" ( contém ironia*). Quem vai amenizar o dano social que o Pedro sempre sofreu na vida por ter nascido pobre, preto e na periferia, por não ter o privilégio de pais ricos e herança de vovô renomado?
Ah... Mas isso não é importante!
O Brasil tá cheio de João. Pedro continua invisível e quando visto é apenas julgado.

Mãe de menino.

Ao acordar, beija e abraça em quem mais ama.
Vamos para a escola meu amor? Levanta dessa cama!

Brinquedos por toda casa, espalhados pelo chão.
Prepara seu filho, pois a tia da escola lhe espera no portão.

E lá vai ele, mas do pensamento não sai.
Será que ele vai ficar bem? Pois hoje quem vai buscá-lo será seu pai.

Arruma o que pode, toma banho e vai trabalhar.
Pensando em que o filho vai querer comer hoje no jantar.

O dia inteiro sem o filho parece a eternidade.
Saudade bate e aperta sem piedade.

Retorna para casa, aproveita recolhe boneco, carrinho, motinha e caminhão.
Um chamado, é a voz do pai, vindo lá do seu portão.

Corre com um sorriso, e ganha um abraço apertado.
O filho, é tudo que ela mais precisa do seu lado.

Já tomou banho? Seu pai te deu banho? Já comeu?
Perguntas, que seu filho não esquece desde quando ele nasceu.

Janta, brinca e assiste televisão.
Deita no colo, e sente um leve carinho da sua leve mão.

Gestos que se repetem todos os dias com sua incansável mãe amorosa.
Gestos de mãe de verdade, de uma mulher incrível, simplesmente maravilhosa.

Boa noite filho, dorme com Deus, essa é a minha oração.
Pois a mãe te ama e sempre te guardará em meu coração.

MENINA AMADA
Foi num belo dia em que olhei no corredor da escola
e vir você , quando os olhos brilharam o coração bateu
mais forte e algum sentimento amoroso ali estava se
criando , aquele dia passou e a vontade de te ver
novamente aumentava a cada momento a loucura começava
a subir ao cerebro e faze-lá somente pensar em você,
dias se passaram e a cada dia o coração esperava por uma
voz sua , os olhos esperavam para que você tambem me olhasse , depois de certo tempo vir que sem você não conseguiria mais viver e que a minha vida não teria mais
sentido sem você ao meu lado , hoje escrevo para você
amar direi a você e quem sabe no proximo dia eu me casarei
com você , quero ser feliz ao seu lado quero aprender a te
amar de um jeito inédito e fazer você se sentir a menina
mais feliz do mundo , quero somente que você saiba de uma coisa aprendir a formula de te amar e perdir a receita de te esquecer , ao lado tenho certeza que vou sentir a pessoa mais feliz do mundo ..

Sobre os tempos de escola

Lembro-me como se fosse ontem o meu primeiro dia de aula. Incrível como o tempo passa...
Queremos tanto nos livrar desta fase de escola, que quando nos damos conta, já passou.

Saudades daqueles momentos tão simples, que até então, para mim não eram significativos na época. Eu estava somente vivendo aqueles momentos, e nunca notei que a vida passaria tão depressa.

Sinto saudades daqueles alunos que faziam graça na sala de aula, e aqueles quietinhos que sentavam-se logo nas primeiras carteiras junto ao professor. Tinha sempre um que destacava-se, seja pela bagunça ou pela educação exagerada. Eu nunca fui das melhores, mas também nunca fui um mal exemplo. verdade, juro!

Sinto saudades do barulho do sinal, que à qualquer momento era sempre um alívio... Menos o que tocava na hora de entrar. Como eu detestava ir a escola.
Mas é incrível como existem coisas que marcam a vida da gente. Quando sinto cheiro de giz, por exemplo, logo o associo a minha infância. Seria mentira se eu dissesse que não sinto nem um pingo de saudades, sinto sim.

Com o passar do tempo, percebi que a vida de cada um acabou tomando um rumo diferente. Rumo que o próprio destino se encarregou de traçar. O cotidiano foi e é sempre a luta pela sobrevivência. Trabalhar e se ocupar, preocupar-se com o futuro. Então aqueles amigos que fiz durante a infãncia, aos poucos foram se distânciando... E cada vez mais, até que nunca mais os vi com a mesma frequência de antigamente. O tempo passa, há e como passa.

Graças aos avanços da tecnologia, nesse mundo tão moderno... Usamos o orkut, ferramente indispensável nos dias atuais pois ele ajuda matar um pouquinho dessa saudade.

Hoje tudo é tão estranho. Nunca me imaginei adulta! Quer dizer, sempre imaginei, mas não achava que me tornaria tão rapido. Vejo que alguns daqueles velhos amigos e colegas são, pais de família. Aqueles que na época eu jurava que nunca teriam jeito por serem tão bagunceiros, hoje tem otimos empregos e vivem bem. Aquelas que eram as mais tímidas e certinhas, que defendiam sempre o ponto de vista pessoal, hoje são mães de um ou mais filhos. Aquelas que eram lindas e maravilhosas, que onde quer que fossem todos menininhos olhavam, hoje estão a grande maioria feias e acabadas. E ainda tem algumas daquelas que nunca foram notadas, as feinhas... Que hoje são cisneis lindos... Que Mundo louco, isso prova que realmente ele dá voltas.

Não há quem diga que o tempo não passa, ele passa para qualquer pessoa.

Ao longo destes poucos anos que se passou, poucos porque ainda sou jovem... Pude perceber que a vida é curta independente de qualquer coisa e valiosa. E como todos, durante esse tempo que passou fiz amizades e perdi porque algumas pessoas a vida se encarregou de levar!

Tive colegas que os via com uma certa frequência, e que mesmo jovens já se foram. E eu que achava naquele tempo que quem morria eram só pessoas mais velhas. Que pensamento mais inocente.

Ter vivido estes momentos na escola me ensinou muito além das contas de matemática e aulas de português. Aprendi mais uma vez que é muito importante dizer o que sentimos aos outros. Muitas daquelas pessoas que estavam comigo sempre, hoje não estão mais... Algumas por causa do cotidiano como eu já havia dito, e outras porque a vida levou. Essas que a vida levou, foram-se não porque era tarde, mas porque o Mundo é moderno.

...Moderno porque deveria ser como meu pensamento inocente da época.

Por isso, aproveitem todos os dias como se fossem o ultimo de suas vidas... Não porque será, mas porque um dia vai sentir saudades destes tão simples momentos. Diga o que sente, demonstre e vai sentir-se com vinte quilos menos.

ESTE É O DIA QUE O SENHOR FEZ; REGOZIJEME-NOS NELE. (salmo 118.24)

Poesia na Escola Pública: Livro “Folheto de Versos”

De como a USP-Universidade de São Paulo, com um Projeto de Culturas Juvenis sob a Coordenação da Professsora-Doutora Mônica do Amaral, trabalhou Poesia e Folclore do Cangaço em Sala de Aula, Rendendo um belo Livreto de Alunos Produzido Pela Mestranda Maíra Ferreira e Colegas.

“Perdi minha origem
E não quero voltar a encontrá-la
Eu me sinto em casa
Cada vez que o desconhecido me rodeia(...)”

Wanderlust, Bjork (Cantora Islandesa)



Com a suspeita midiática culpabilização dos Professores de Escola Pública pela falência da Educação Pública como um todo, o que engloba na verdade suspeitas políticas neoliberais de sucateamento de serviços públicos em nome de um estado mínimo (e no flanco o quinto poder aumentando os índices de criminalidade além da impunidade já generalizada em todos os níveis), quando uma universidade de porte como a USP vai até onde o povo está, no caso, uma comunidade carente da periferia de São Paulo, trabalhando com o corpo discente da EMEF José de Alcântara Machado Filho, fica evidente aquela máxima poética de que “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.

Intervenções em salas de aula, leituras trabalhadas, declamações com suporte afetivo, oficinas de palavras e rimas, trocas, somas, cadências didático-pedagógica num contexto de criação a partir da ótica de um humanismo de resultados, e assim, a Mestranda Maira Ferreira e colegas acadêmicas e mesmo profissionais da escola, e, quando se viu, pronto, estava semeada a leitura, estava plantado o verbo criar no assento poético, e, os manos sim, os manos, as minas, mandaram bem: saiu a produção “Folheto de Versos” como arte final do projeto de ótimo alcance literal e humanizador que é que vale a melhor pedagogia no exemplo.

Sou a favor das chamadas antologias, em que alguém visionário e generoso se propõe a bancar autores novos, temas específicos, tentando juntar turmas, abranger variadas óticas, fomentando a divulgação lítero-cultural de anônimos criadores desses brasis gerais, em nome da poesia porque assim a emoção sobrevive, a arte se torna libertação, e, falando sério, enquanto houver arte ainda há de haver esperança, parafraseando um rock moderno aí.

A escola pública carente, a escola sem estrutura técnico-administrativo funcional, os professores mal-remunerados, e, um conjunto de profissionais de educação segurando a barra pesada do que é mesmo a docência, então, uma luz no fim de tudo apresenta jovens acadêmicos potencializando intervenções em classes. É o caso da Sétima Série (2007), Oitava Série (2008) da EMEF José de Alcântara Machado Filho, que rendeu o livreto – que bonitamente lembra edições de cordel – chamado Folheto de Versos. Resistir na arte é uma criação histórica que tende a mudar planos de vôos, para os alunos carentes. A periferia agoniza mas cria.

Com um enxuto projeto gráfico da Comunicação e Midia-FEUSP, a arte letral composta no Projeto “Culturas Juvenis X Cultura Escolar: Como Repensar as Noções de Tradição e Autoridade no âmbito da Educação (2006/2008, Programa Melhoria do Ensino Público), a Mestranda Maira Ferreira e a Bolsista Técnica Pátria Rabaca foram a campo. Foram a luta. Levaram a universidade ao seio da escola pública, a sala de aula. Daí a aula fez-se verso, o verso lembrou hip hop ou mesmo RAP (Ritmo e Poesia), o verbo poetar virou verbo exercitado, da poesia fez-se o humanismo de abrir espaços, quando e viu, Saravá Baden Powel, a voz da periferia soou suas lágrimas com rimas e contações de realidades escolares.

Trinta e duas páginas de produção poética de alunos. “Chegando em casa, pensei bem/Vou fazer este cordel/Resumir nossa conversa/De maneira bem fiel/Pros alunos do Alcântara/Acompanharem no papel(...) (Pg. 3 Maira Ferreira). Estava dado o mote. Sinais e parecenças. E daí seguiu-se o rumo: Escravidão – Nós Somos Contra o Preconceito (Emerson, Stéffani, Adriely, Paloma), Depois Diogo, Bruno, Roberta in “Sou Afro/Sou Brasileiro/Sou Negro de coração(...)”. Ensinar, passa por ensinar a pensar. Pensar leva ao criar. Criar é colocar amarguras e iluminuras no varal das historicidade e chocar dívidas sociais impagas desde um primeiro de abril aí.

Nesse rocambole de idéias, os achados do projeto: alunos devidamente trabalhados, estimulados, compreendidos, sabem exercitar a sensibilidade muito além de suas rebeldias às vezes com as vezes sem causas.

E daí descambou a criação, acrósticos, versos brancos, rimas e rumos, citações (Rap é compromisso), até liberdades poéticas (O Cangaço e o Bope), rascunhos, resumos, xérox de despojos criacionais em salas de aula, despojos e, quem mesmo que disse que aula tem que ser chata, que sala de aula tem que ser cela de aula? Pois é. FOLHETO DE VERSOS é um achado como documento de um momento, um tempo, um espaço, um lugar, uma comunidade.

Dá identidade a quem precisa. Dá voz a quem se sente excluído. Imagine um país sem divisas sociais. E a emoção de um aluno simples, humilde, podendo colocar no papel – e ver-se impresso – como se no quarador das impossibilidades pudesse tentar reverter o quadro de excluído das estatísticas de dígitos estilo Daslu, para se incluir (certa inclusão social na criação de arte popular, literária) porque lhe foi dado palco e vez, palanque educacional e espírito criativo aguçado pelas sóbrias intervenções, debates cívicos, críticas dialogadas, esparramos de idéia, mas, antes e acima de tudo e sobre todas as coisas, o aluno tendo vez e voz-identidade num livreto que, sim, pode ser a página de rosto de sua existência, colorir o livro de sua vida, fazendo dele um cidadão que quer soltar a voz (precisa e deve soltar); botar a boca no trombone, dizer a que veio, e, sim, se a escola ainda é de certa forma uma escada, quando a sua criação impressa é um documento de identidade de cidadão enquanto ser e enquanto humano. Já pensou que demais?

O canto dos oprimidos.

“Fizemos essa letra com força de vontade/Só queremos expressar um pouco da realidade”(...), in Realidade Não Fantasia (Cesário, Diógenes e Gabriel).

Quando o sol bater na janela de sua esperança, repara e vê “Folheto de Versos” resgata e registra poemas de jovens querendo libertações, porque além de “ser jovem” ser a melhor rebeldia deles, há corações em mentes querendo mais do que ritmo e poesia.

A dor dessa gente sai no jornal e os seus cantares joviais oxigenam perspectivas, arejam possibilidades.

“Uma aurora a cada dia” diz a Canção do Estudante do Milton Nascimento.

Há coisa mais bonita do que o sonho?

-0-

Poeta Prof. Silas Correa Leite
E-mail: poesilas@terra.com.bnr
Site: www.itarare.com.br/silas.htm
(Texto da Série: Resenhas, Críticas e Documentos de Lutas e Sonhos)
Blogues: www.portas-lapsos.zip.net
ou
www.campodetrigocomcorvos.zip.net

A pequena mistura do clássico ao moderno , do preto no branco ,
da velha escola californiana envolta ao estilo do novo mundo.
Mescla da esperança de dias melhores envolvida a realidade momentanea ,
mas com a certeza de que um destino ainda desconhecido seja a a grande surpresa
de um tempo que ainda nos causa ansiedade !
Sou a sombra e o impacto de um sonho distinto ,
algo ...que poderia definir como chocolate amargo !

Ainda vejo o mundo com os mesmo olhos voltados a aquilo que desejo ,
poderia eu sim, me perguntar , mais isso só em si já não é o suficiente ?
Realmente não acho que um dia irei me confomar com o comodismo tal qual
insiste em adoecer aqueles que pelos caminhos escolidos decidiram se
estabelecer com algo .. posso eu sim ser um pouco egoísta mas afinal nada é eterno
e sejamos francos melhor deixar algo bom na lembrança que seja sincero , do que apenas deixar
fotografias apagadas
de algo que quemou de forma abstrata .

Poderia sim encontrar algo a sombra ofuscada de pele morta , envolvida em cores desbotadas ,
que nos mostra cicatrizes de um tempo passado de um momento vivido ,
tranformando tinta colorida em eternidade .

Eu ainda aguardo desacomodado ,
encontrar um brilho no fundo dos meus olhos acinzentados , assim como encontro nas minhas memórias ,
algo sutil , tranformando , algo fraco simples, em exemlos como benjamins , cajueiros ,
Algo encontrado como num velho carvalho plantado em um jardim centenario de algum antigo reinado ...
faço parte da antiga escola , e ao mesmo tempo pertenço ao grande centro formado
pela imensidão cinza , pela força conjunta de algo que não vivi .

Não preciso das suas falsas mentiras nem de seu censo de humor ,
alias tenha calma , não tente me forçar a nada, tudo deve ser devidamente ajustado ,
o suave e o forte , nada esagerado alias , tudo vem ao seu tempo não tente comprar aquilo
que não cabe a você decidir afinal , somos livres por nossas escolhas e apesar de
momentaneamente nos sertimos bem junto aquilo que desejamos a nós ,
o melhor momento ainda é definitivamente
quando estamos a sós e nos encontramos tranparentes como a
camisa amarelada de uma antiga memória...
Mas não espere encontrar em mim as suas respostas , cada um abraça seu caminho ,
estamos sósinhos correndo atras de algo que fortaleça a nossa escensia ,
para ser feliz . basta querer encontrar-se em si mesmo , o verdadeiro caminho ,
seeja este o caminho triste , alegre ,culto , ou apenas simples , por que como um grande homen ja dizia ,
não vale a pena se ter raiva o tempo todo .

Um certo dia um homem foi em uma escola falar de DEUS. Chegando lá perguntou se as crianças conheciam a Deus, e elas responderam que sim. Continuou a perguntar e elas disseram que Deus é o nosso pai, que ele fez o mar, a terra e tudo que está nela, que nos fez como filhos Dele, etc. E o homem se impressionou com a resposta dos alunos e foi mais longe: “Como vocês sabem que Deus existe, se nunca ninguém O viu?”
A sala ficou toda em silêncio, mas Pedro, um menino muito tímido, levantou as mãozinhas e disse: “A minha mãe me disse que Deus é como o açúcar no meu café com leite que ela faz todas as manhãs. Eu não vejo o açúcar que está dentro da caneca no meio do café com leite, mas se não colocá-lo , fica sem sabor. Deus existe, e está sempre no meio de nós, só que não O vemos; mas se Ele sair de perto, nossa vida fica sem sabor...” O homem sorriu e disse: “Muito bem Pedro, eu agora sei que Deus é o nosso açúcar e que está todos os dias adoçando a nossa vida...” Deu a bênção e foi embora da escola surpreso com a resposta daquela criança. Deus quer tornar a nossa vida muito abençoada, mas para que isso aconteça é necessário deixarmos que Deus faça milagres e uma grande transformação em nosso coração. Pense nisso, hoje e não esqueça de colocar "AÇÚCAR" em sua vida!

Era um país
Muito engraçado,
Faltava escola,
Sobrava estádio!
Governo vinha
Com enrolação
Quem discordava
"Ó o camburão!"
Cada pessoa
Tinha que ser burra,
Pois do contrário
Levava surra!
Ninguém podia
Protestar não,
Porque a PM
Sentava a mão!
Um belo dia
Tudo mudou,
Esse país
Enfim acordou!
O povo disse:
"Chega, não mais!"
Enfrentou balas
Suportou gás!
Não é apenas
Por vinte centavos,`
Pois do sistema
Somos escravos!
Lutemos pois,
Pela verdade
E conquistemos
A liberdade!
Seguindo vamos,
Todos unidos,
Sem depender
De podres partidos!
E o resultado
É que essa união
Pode acabar
Em REVOLUÇÃO!

Comer, beber, sorrir.
A ternura dos vizinhos.
O olhar varado
das moçoiras saídas da escola.
As rezes berrando, longe.
O zumbizar das cigarras.
Saudades que se amontoam
e não cabem num tuíto.
Um dia desses desato.
E apareço sem avisar
naquelas casas
dos meus amigos.
Só pra reviver passados inesquecíveis.
Pra beber vinhos que ficaram velhos
com tanto tempo escorrido por debaixo
da ponte entre o antes e o agora.
É isso: Nostalgias e gastrite.
Um dia mais perto da morte.
Duas ou três escolhas.
Apenas um caminho.
Lá vou eu.
Vento no rosto
e sorriso nos lábios.

A escola de Olavo Bilac

Geneviéve estudava em uma escola
Que ficava numa velha cidade do interior,
Todo dia andava até ficar cansada,
E seus pés doíam como no dia anterior.
A escola tinha nome de poeta,
Também tinha pátio, também tinha professor,
Geneviéve só não gostava da inspetora,
e muito menos do diretor.
Todo dia tinha aula
E toda aula uma história,
E toda história tinha doutor, bandido
E até o poeta com o nome da escola.
De tardezinha Geneviéve voltava para casa,
No rosto, um sorriso que nunca se fechava,
Já esperando um novo dia,
Uma nova história,
A via láctea...

Quando o professor de biologia nos ensinou na escola como um louva-deus devora o macho depois do acasalamento, percebi a lição mais importante que eu jamais havia aprendido.
Perdão é aprofundar-se no amor sabendo que ele te rasgará em pedaços, e ainda assim, recebê-lo de braços abertos, dando-lhe tudo o que você tem.

Pé no chão!

Saudade do pé no chão,
De voltar da escola,
De fazer lição,
Saudade de jogar bola,
Saltar das árvores,
Com pernas de mola,
Saudade do castigo,
Por ter desobedecido,
E ter ido na casa do amigo,
Saudade do tempo,
Que brincar na rua,
Era seguro,
Que pular o muro,
Era um ato de coragem,
E falar entre as grades da garagem,
Era pura viagem,
Que saudade de poder dormir,
No banco de trás do carro,
Enquanto meu pai dirigia,
Com minha mãe,
Fazendo companhia,
Pois é, hoje sou eu,
Que compra a bola,
Que não enrola,
E manda fazer lição,
Sou eu que presto atenção,
Que desliga a televisão,
E pede pra tirar o pé do chão,
Infelizmente muita coisa mudou,
Tudo está sem cor,
E amigo, só pelo computador,
Bons tempos aqueles, não?
Que a vida tinha mais emoção,
Árvores, muros, bola e lição,
Rua, terra, grama e pé no chão.

A vida é uma estrada em construção e uma escola de sentimentos. Antes de entrar em qualquer relação saiba que vai ter altos e baixos. Se em toda relação que você entrar for feita só de maravilhas, saberás que uma parte e verdade e outra parte fingimento. Não existe felicidade o tempo inteiro. O que existe são momentos de felicidade. Mas deixo um conselho:

- Antes de gostar de outra pessoa, se ame em primeiro. Se a relação deu certo, agradeça, se não, agradeça do mesmo jeito. Dela você vai extrair boas lições que vão ser levadas para vida inteira. O que não nos destrói nos refaz. Nos torna cada vez mais forte.

A ESCOLA

A escola é um porto seguro
onde a mente está protegida
é a base pro seu futuro
nos primeiros passos da vida

Um beijo na despedida
Papai e mamãe vão trabalhar
mas esperam na saída
o prazer de te abraçar

A professora vai ensinar
transmitindo mais carinho
pra quem sabe soletrar
e também quem lê sozinho

Aprendem mais um pouquinho
quando começam bem cedo
a escola é o melhor caminho
pra criança seguir sem medo

Pode até levar brinquedo
pro momento encantador
e o giz que mancha o dedo
é a arma do professor

O estudante é um sonhador
que se dedica anos e anos
não estuda pra sentir dor
nem fugir de atirador
nem morrer sonhos e planos.

Todo dia eu acordo e já não realmente importa se agora é a faculdade o que antes era a escola. Continua sendo sempre a mesma coisa, o mesmo dia. Se por descaso ou por faltas, as notas não vão bem, em casa não faz diferença, ninguém espera que eu vá mais além.
Eu não entendo esse vazio tão cheio, a agonia da falta de não ter. E eu não sinto e não entendo o meu presente. Não quero aquilo que não posso escolher.
Minha mãe, sempre ocupada, só me encontra quando vai fazer as unhas ou o cabelo no salão. E o meu pai acha que se eu tivesse nascido homem, o estudo importaria bem mais do que a boa educação. E a empregada acha estranho minha maneira de conversar, mas sabe que é só com ela que eu sou sincera ao falar.
No fim de semana quando eu saio, eu procuro coisas novas. Novas drogas, novos homens, pra tentar me fazer sentir. E quando já é de manhã, e eu volto pra casa, não há nada além de lágrimas, não há palavras pra exprimir. Então eu choro, choro e tento entender o que acontece... Mas eu não entendo.

(Adap. Madalena - Unidade Imaginária)

Escola, família e comunidade: a tríade para o futuro

O escritor argentino Jorge Luis Borges costumava dizer que o maior acontecimento de sua vida foi a biblioteca de seu pai que o conduziu às veredas fascinantes da existência real e onírica. Já o cantor, compositor e escritor brasileiro Chico Buarque - filho do historiador Sérgio Buarque de Hollanda - também teve sua história profundamente ligada ao gosto pela leitura, adquirido desde a infância. O autor de clássicos como A Banda, Construção e Cálice afirma que, já na adolescência, era impossível não ceder aos encantos daquelas obras tão convidativas que lotavam as prateleiras de sua casa a ponto de impedir a abertura de algumas janelas. Para arrematar, temos a declaração reveladora da escritora Hilda Hilst, quando se lembra da influência de seu pai - o poeta, jornalista e fazendeiro Apolônio de Almeida Prado Hilst - na sua vida e na sua carreira: "Meu pai foi a razão de eu ter me tornado escritora (...). E eu tentei fazer uma obra muito boa para que ele pudesse ter orgulho de mim." Como vimos - nesse paradoxal pequeno/grande universo recolhido apenas da seara das letras e das músicas e que faz referência somente à influência paterna - a participação, o incentivo e o exemplo da família na formação emocional e intelectual dos indivíduos é, muito mais do que um dever, uma ação fundamental. Mesmo nos lares cujos pais, mães, tios e avós não têm uma formação educacional regular, nem condições financeiras para adquirir livros, é importante que haja, sobretudo, a transmissão do amor pelo saber, pelo conhecimento, pela educação e, é claro, pela escola. O governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Educação, está atento a essa necessidade de intensificar a integração entre os alunos da rede estadual de ensino e as suas famílias, ampliando esse vínculo por intermédio da escola e da comunidade. Cremos que as instituições públicas educacionais possam ser a porta de entrada para o novo tempo com o qual têm sonhado gerações sucessivas. Um tempo em que a escola seja um centro de luz capaz de irradiar o gosto pelo aprendizado constante, pelo esporte e, por que não, pelo lazer, uma combinação infalível para a construção de uma nação realmente soberana, fruto de uma experiência educativa lúdica, afetuosa e responsável. Uma nação capaz de exercer plenamente a sua cidadania. Por isso, com planejamento, entusiasmo, criatividade e o auxílio precioso de numerosos profissionais, parceiros e voluntários desenvolvemos o Programa Escola da Família, que está colocando em prática uma iniciativa inédita: abrir as mais de seis mil escolas da rede nos fins de semana, para a convivência familiar e comunitária. Neste sábado, domingo e em todos os fins de semana do ano, colocaremos à disposição dos seis milhões de alunos dos Ensino Fundamental e Médio, de suas famílias, amigos e vizinhos as praças esportivas, as áreas de lazer e os ambientes escolares em todos os municípios paulistas. Todos terão acesso a uma programação variada que inclui atividades artísticas, culturais, esportivas e recreativas, além de oficinas profissionalizantes. Atividades decididas em conjunto com os moradores do entorno da escola, respeitando os usos e os costumes locais. Para tanto, temos parcerias importantes, como a da Unesco, a do Faça Parte - Instituto Brasil Voluntário e também do Instituto Ayrton Senna, que é, desde o início, responsável pela capacitação dos educadores, universitários e voluntários envolvidos no programa. Contamos, ainda, com a participação das Associações de Pais e Mestres (APMs). Aos universitários que se inscreveram no programa, a Secretaria de Estado da Educação está oferecendo 25 mil bolsas de estudo. Cada bolsa vale metade das mensalidades, até um teto máximo de R$ 267,00. O valor restante será complementado pelas instituições de ensino onde estudam. Assim, os selecionados, que necessariamente precisam ter cursado o Ensino Médio na escola pública, terão 100% das respectivas mensalidades cobertas. Em troca, trabalharão nas escolas aos sábados e domingos como monitores. O sonho do acesso à universidade e o sonho da escola-cidadã ocorrendo de forma simultânea. O Programa Escola da Família é um convite para que sejamos mais do que executores, corresponsáveis pela construção desse novo modelo educacional. Um modelo capaz de originar, com a ajuda e o incentivo das famílias e comunidades, novos autores extraordinários... Não somente de livros e de canções deslumbrantes, mas, sobretudo, de novos amanhãs que sejam tão harmônicos quanto bem escritos. Amanhãs que receberão a contribuição valiosa da esfera da ficção e da criação artística, mas, que serão, para a nossa alegria, muito mais reais e palpáveis.