Crônicas do Cotidiano

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Inveja.
Nossas necessidades são aparentemente maiores do que as necessidades alheias.
Nossa vontade de querer sempre nos impulsiona para a busca de algo mais.
Nossa satisfação é em muitos casos efêmera e superficial. Vivemos a eterna luta da comparação. Ele tem a melhor casa, o melhor carro, tem mais dinheiro, aquele homem ou aquela mulher é mais bonita, enfim. Vivemos o dilema em cima do dito: A grama do jardim do vizinho, é sempre mais verde.
Ter necessidades e desejos é algo natural do ser humano, pois, chegamos ao estágio atual de desenvolvimento, superando as dificuldades existentes, e criando alternativas e produtos para vivermos melhor conosco e para com a sociedade que nos rodeia.
O que não podemos desenvolver em torno das necessidades que criamos é a maléfica inveja.
A inveja sempre nos colocará em situação de inferioridade em relação ao invejado. Ninguém inveja coisas ruins.
Ninguém quer desgraças para sua vida.
A inveja não carrega somente o desejo de ter, mas a frustração e a indignação pela pessoa que tem. A inveja faz com que o sentimento de inferioridade que se sente em relação a outra pessoa, faça o invejoso, nutrir sentimentos de raiva, desprezo e, em alguns casos, até ser capaz de lançar mentiras contra a pessoa invejada.
Veja que todas essas ações nos arrastam para um abismo sem fim. Temos que combater a inveja com esclarecimento e reflexão. Ora, se a pessoa tem algo, é porque ela conseguiu, simples assim. Se ela é mais bela, beleza é um conceito tão somente estético, mudando em razão da cultura e do tempo. Se ficarmos sofrendo com as conquistas alheias, jamais conquistaremos algo, ou se conquistarmos, nada nunca será bom.
A inveja impede de ver nosso próprio crescimento.
Todos nós somos grandes, cada um a sua maneira. Entendendo isso, vendo que através do esforço individual e do trabalho, seremos capazes de estarmos melhor e sermos melhor, não há porque querer estar no lugar de outro.
Nossos sucessos serão sempre medidos pelos passos que damos no caminho do progresso. E o caminho do fracasso começa na estagnação, na falta de vontade de aprender, de não viver uma vida satisfeita com o que se tem e com o que se conseguiu.
Reflita.
Paz e luz.
Massako. 🐢

Inserida por Massako

Nosso comportamento determina nossas experiências.
Se sou uma pessoa irascível, insensata, tudo a minha volta, tomará este tom.
É impossível querermos que o ambiente em que vivemos seja de paz e harmonia, se estivermos cheios de negatividade e mau humor.
Se quero e busco experiências positivas, tenho que trabalhar nesse sentido. Tenho que mudar meu comportamento, tornando ele mais altivo e sereno.
As vezes ficamos presos aos rótulos que criamos para nós mesmos. Se quero fazer algo ou me tornar alguém diferente, tenho que agir diferente. As mudanças, como sabem, estão em nós, e não conseguiremos mudar se não abrirmos a jaula dos rótulos cultivados e imputados a nós.
Não há problema em mudar. Posso hoje gostar e ser reconhecido por algo que eu faço e, amanhã, mudar totalmente o rumo de minha vida. Afinal, a vida é minha.
Imaginem ficar sofrendo por conquistas realizadas no passado, impossíveis de serem reproduzidas hoje. Tal ação gerará sofrimento e muita frustração.
Não tenha medo da mudança, antes, seja feliz com a mudança que propõe em sua vida. Aceite, fique em paz com seu ser.
Se faz algo que lhe incomoda e que você já não suporta mais, se já sente incômodo ao rótulo que lhe é imposto, acredito, seja a hora da mudança.
Reflita.

Inserida por Massako

Li uma frase que achei interessante. :" Se hoje houver tempestade, vou lembrar que ela servirá para limpar o ar que respiro".
Nossa vida sempre será repleta de tempestades. Passamos por problemas que parecem não ter fim. Mas, a cada obstáculo vencido, a cada conquista realizada, nos tornamos pessoas mais aptas e mais sábias. As tempestades vem e vão, e quão bom é após a tormenta. A paz que reina, sabemos, não será infinita, antes, apenas um breve intervalo para a próxima tempestade que se aproximará.
A vida têm essas nuances, a vida traz seus altos e baixos, por isso devemos aprender a andar com a devida cautela sob a chuva que cai.
Essas tempestades podem nos trazer infelicidades, nos deixar doentes, sem dinheiro, pode nos afogar em sofrimento.
Com um pensamento positivo ante a essas dificuldades, pensamos que após a tempestade, ficaremos satisfeitos quando essas dificuldades passarem. Mas, isso é falso, pois assim que paramos de sofrer por uma coisa, passamos a querer sofrer por outra.
Somos repletos de desejos e muitos destes trazem uma alegria efêmera. Por isso, acredito, que vivemos de tempestades após tempestades.
Tenhamos a consciência de que elas sempre estarão em nossa vida, que as tempestades, fazem parte de nosso crescimento, e que após a tormenta, além do ar que se limpa, pode haver o vislumbre do arco-íris.

Inserida por Massako

As limitações que criamos dentro de nós dificulta a nossa capacidade de viver.
Ao acharmos que precisamos mais do que temos e mais do que somos, começamos a fazer comparações com outras pessoas nos colocando em situação de inferioridade.
Comparamos e desejamos além de nossas próprias limitações.
Essa comparação e esse desejo nos leva ao fracasso e, ao fracassarmos deixamos de receber e obter tudo o que a vida poderia nos agraciar dentro de sua própria realidade.
Nossas limitações e dificuldades estão em nós mesmos.
Superar essa estagnação entendendo que a vivência dentro de nossa capacidade e limitação nos tornará mais felizes não é tarefa fácil.
Mas, é uma tarefa, um exercício a ser praticado diuturnamente e que pode ser começado sendo grato pelas coisas que possui.
Para que suas experiências lhe leve ao crescimento, necessário é que a compreendamos como elas aconteceram.
Todo dia, uma nova experiência.
Viva o presente, aceite ele como é.
Não deixe sua mente flutuar nas comparações e divagações infrutíferas e sonhadoras.
Reflita.
Paz e luz.

Inserida por Massako

A minha verdade ou a sua verdade.
Temos conceitos, ideias, opiniões, acerca de quase tudo.
Discutimos assuntos no qual muitas das vezes o que predomina é o conhecimento raso. E o pior, é que muitas vezes temos nossos conceitos como verdade absoluta.
É como uma discussão entre um ateu e um crente. Apesar dos argumentos de ambos os lados, nenhum deles aceitará o posicionamento do outro.
Ou seja, estão presos em seus próprios conceitos e não querem ver as mudanças e nem aceitá-las.
Aprender a ouvir, ler e pesquisar são formas de aumentar o conhecimento.
Quanto mais conhecimento, maior sua disposição em compreender as coisas e os fatos.
Assim, procure o conhecimento e quem sabe encontrará a sabedoria.
Quando as nossas crenças são ou estão abaladas isso é um alerta. E o fortalecimento delas está na busca do conhecimento e da reflexão.
Aceite, ouça, estude, analise, deseje o saber e silenciosamente compreenda.

Inserida por Massako

O banho gelado
me faz gritar
como em um
dia chuvoso.

Me lembra como
conseguimos aguentar
tantas coisas
das quais não
gostamos.

Na vida,
estamos sujeitos
á um banho gelado
todo dia.

Se você
não gosta
do banho
frio.

Você não está
preparado para
a vida em um
dia
de
chuva.

Inserida por SamuPsycho

É fácil ser otimista?
Não, não é.
Vivemos cercados por mazelas, problemas dos mais diversos e, isso nos afeta.
Toda negatividade existente, tende a criar em nós, uma barreira que visa em um primeiro momento nos proteger.
Só que essa barreira, nos isola para o mundo a nossa volta. Ficamos menos receptivos, ficamos presos em nossos conceitos, aprendemos a não ouvir os outros, começamos a desconfiar de uma boa ação, pois sempre achamos que há um interesse por trás. Enfim, criamos barreiras que impedem que nós acreditemos nas pessoas e, até mesmo, a duvidar de nós.
Ora, pessoas são pessoas, possuem algumas qualidades, alguns defeitos. Por isso, elas irão lhe agradar em um tempo e, desagradar ou desapontar em outro.
Entender que somos seres frágeis e dependentes, principalmente no campo emocional, não nos torna mais ou menos ser humano.
Você se tornará um ser humano ruim, se colocar barreiras em tudo. Pois se você se tornar um ser isolado do mundo, começará a se achar que ê uma joia rara, e, pelo seu comportamento, se tornará mais um ser, menos humano.
Derrube suas barreiras, ouça o que as pessoas têm a dizer, e depois de muito ponderar, se concordar, parabéns. Se, não concordar, parabéns também. Mas, isso deve ser feito, após uma ponderação, não antes.
Se você começar a derrubar as suas barreiras, se permitir encontrar seus momentos de alegria, ou, quem sabe de felicidade. Você começará a acreditar mais em si, e com certeza, o otimismo virá.
Não tente ser otimista pelo resultado alheio. Antes, acredite que a mudança está em si e na sua percepção de vida.
Acreditar e confiar, são elementos chave para o otimismo. Descrédito e desconfiança, sempre serão seus antagônicos.
No íntimo de sua razão e de seu coração, você aprenderá a tomar e a viver essas decisões. Não tenha medo.
Acredite.
Pense nisso.
Paz e luz.
Ilumine seu dia.

Inserida por Massako

Humanos vs Animais.
Se colocarmos em uma escala evolutiva, afirmaremos que o homem, dotado de inteligência está a frente dos animais.
Agora pense, se analisarmos as necessidades de cada ser vivo, poderemos resumir em: alimento, proteção e procriação.
O homem visando a atender essas necessidades, ele cria, inova e transforma as coisas ao seu redor. Fazendo isso, ele começa a ficar preso em sua criação, e totalmente dependente dela.
A partir dessa dependência, o homem coloca valores nas coisas criadas e começa a escravizar o outro homem.
Os animais ao contrário, apenas vivem. Nos por sermos superiores, olhamos para eles apenas como uma espécie a ser domada, estudada e até mesmo destruída.
Nossa superioridade faz com que criemos divisões entre nós mesmos. Ora, o mundo seria muito melhor se não houvesse essas divisões, o que é humanamente impossível, neste estágio.
Humanos estão acima dos animais, e acima de si mesmos.
Nossa vida é ínfima, em uma cronologia temporal, nascemos de um ventre materno, e nos primeiros momentos, somos alimentados e protegidos pelos nossos genitores, tal qual os animais. Quando começamos a tomar conhecimento das coisas, nossa vida, a partir daí, será somente para a aquisição de algo, visando algo, em torno de algo. Em resumo, você não viverá até os fins de seus dias.
Ser básico em um mundo como o de hoje, é missão quase impossível, nisso, os animais nos superam.
Eles dão exemplo de sobrevivência e sem toda essa loucura que criamos, apenas vivem.
Assim sendo, desprenda-se um pouco, seja mais natural, olhe para si mesmo, e se questione: O que realmente você precisa para viver, e ter mais tempo para viver para você?
Pense nisso.
Paz e luz.
Ilumine seu dia.

Inserida por Massako

►Navio Do Asfalto

Sombras indo e vindo
Calçados refletidos pelos vidros
Sorrisos e brincos, moletons contra o frio
Os quebra-molas que sempre são percebidos
Os raios do sol que desenham os cílios
Em um navio de metal,
Transportando os marujos até a capital,
Que desembarcam no ponto final.

Crianças no colo dos pais,
Que lembranças isso me traz
O navio possui o seu próprio conforto
O capitão está a caminho do porto
As ondas de concreto causam sono
As paisagens são expostas em cada canto
Normalmente os marujos não possuem um canto,
O silêncio as vezes é constante.

Ah dia que o tempo não passa
Outros, ele simplesmente me ultrapassa
Alguns eu mal adormeço e já chego em casa
Parece até que viajei dentro de uma espaçonave
E quando desço, me sinto pesado, e não leve
Posso levar para casa novas pessoas que conheci
Dentro deste navio também posso interagir.

Inserida por AteopPensador

O velho viajante estava perdido no deserto já fazia semanas... Toda a sua comida já tinha se esgotado dias atrás e seu cantil tinha derramado a última gota de água.
Ele tinha certeza de que não iria sobreviver por muito tempo, sem comida e sem água.
Com o passar do tempo ele avistava um ou outro oásis. Mas sempre que se aproximava, o então oásis se revelava ser uma miragem. Gastava então energia à toa, encontrando somente a ilusão...

Ele já estava fraco, magro e desidratado, quando avistou um outro oásis. Porém indignou-se com a sua própria vida e disse para sí mesmo que não gastaria suas últimas forças para encontrar uma outra miragem.
Mas então ele ouviu uma voz que lhe dizia: -Vá até o oásis, ele é a sua salvação!
O viajante relutou com a voz: -Não vou mais a lugar nenhum, sei que é mais uma outra miragem. Lembre-me que nesta parte do deserto não existem oásis, foi duro crer nisso, até tentei encontra-lo mas somente me iludi... Prefiro morrer com orgulho nestas areias a morrer sofrendo em meio à ilusão.
Porém a voz voltou somente a insistir: -Vá até o oásis, ele é a sua salvação!
Mesmo indignado e sem esperança, o viajante resolveu seguir o conselho da voz. Mesmo assim tinha a certeza de que morreria ao chegar lá e não encontrar nada...
Gastou suas últimas forças e ao chegar realmente não encontrou o oásis, mas encontrou uma caravana que o ajudou e salvou a sua vida!

Muitas vezes tentamos achar o caminho de nossa salvação,o caminho do sucesso, de nossas conquistas... Mas quando chegamos ao fim dele e não encontramos o que queríamos, achamos que a vida é injusta com nós. Isso porque não sabemos que o caminho não termina ali, mas sim nos interliga com o verdadeiro caminho de nossas conquistas. Deixamos de ouvir a voz da esperança e nos conformamos com o fim. Sendo de que o fim não é onde está escrito que é o fim, mas sim até onde cada um acha que pode chegar.

Inserida por paulosisko

►Pequena Roça

Sobre o sol um calor sem igual
Acima da estrada de terra, sobre o céu o grande farol
Os carros de bois seguem com uma trilha sonora
Os garotos estão ali, dando banho as hortas
O homem batalhando para o crescer de sua pequena roça
Reparando os portões de ferro enferrujados, com sua antiga solda
Sua esposa torna-se companheira de dança da enxada
E lá de longe pode ser ouvido a serenata da cigarra
Os vaga-lumes brilham nas noites mais claras.

O suor desce como lágrimas do Nordeste
E os corpos respiram com aquelas brisas leves
O campo rural floresce, e a santa Mãe as vozes agradecem
E aqueles humildes portões prevalecem
O tempo machuca os pais daquela terra,
E os filhos então tornam-se herdeiros dela.

Em meio ao trabalho árduo, um prestígio
Lá naquela casinha de madeira encontra-se um abrigo
Um lugarzinho quentinho, para fugir do frio
A pequena roça muitas vezes passa por momentos terríveis
O homem, com um palito em sua boca, sabe dos perigos
E na mata espreita animais que se tornam inimigos.

Viver sobre o solo arranhado não é difícil, disse um dos filhos
Difícil é racionalizar a força ao segurar o garfo
Pois o corpo se torna mecanizado, acostumado com o trabalho pesado
Ele acordou junto ao cacarejo do galo,
E fechou os olhos ao nascer da noite, com os dedos calejados
A vida no campo possui seus pontos altos e baixos
Seus pontos fortes e fracos,
Mas aquela família sempre estará pronta para o trabalho.

Inserida por AteopPensador

⁠A culpa é da palavra.

Não há nada mais apocalíptico do que o nascimento de uma palavra, para determinar possíveis males.
Me recordo quando na infância, carinhosamente era chamado aos berros pelos meus amigos por alguma alcunha ( Japão, japonês preto, índio) e, da mesma forma, retribuía aos apelidos, distribuindo outros.
Era comum, piadas sobre os diversos gêneros, raças, credos, nacionalidades, enfim.
Qual brasileiro nunca ouviu uma piada de português? Como também era comum, entre os meninos, a guerra de mamonas, o troca-tapas em algumas brincadeiras infantis como um tal de "garrafão". Era tapa para todo lado.
Mas, em determinado momento desta maravilhosa modernidade e evolução social, pessoas se sentindo ofendidas e, achando que esse comportamento era inadequado, fez gestar as palavras: bullying, estresse, depressão.
A partir daí, tudo ficou ofensivo e todos ficaram horrorizados com essas práticas. Destaca-se a hipocrisia do comportamento humano em detrimento a esses temas, como a mais pura qualidade do ser humano. Jornais, revistas, meios de comunicação. Denúncias das mais diversas saltaram ao alvorecer.
Bullyinólogos, estressólogos, depressólogos, mimissólogos. Todos empunhando uma bandeira contra essas ações, agora horrendas. Doentes gerando doença.
Que depressão, estresse, bullying podem levar a uma doença, tendo como resultado a morte, isso pode ocorrer. A exemplo, descobri a pouco tempo que o ovo, que também é um uma pequena parte, produto de amor dos galináceos, faz mal a saúde, parei de comer ovo, depois vi uma pesquisa na qual afirmava que o ovo faz bem, fiquei em dúvida, a dúvida gerou estresse, com medo de comer ou não, o ovo, se necessário ou não à minha saúde, fui parar no psicólogo, e após várias sessões, me encaminhou ao psiquiatra, que disse que eu estava depressivo, e me deu remédios. Graças a Deus, descobriram minha doença.
Falando em doença, que saudade de ouvir a simples palavra: "Virose, é só uma virose". Ou seja, toca o carro, se estragar a gente tenta consertar.
Hoje queremos ter um diagnóstico, um nome. Saímos felizes quando temos um nome de qualquer enfermidade. Eureka, #seiminhadoença.
E falando em eureka, descobriram a pouco que tem um vírus no Brasil desde novembro do ano passado. E que talvez, ele esteja há mais tempo aqui é há mais tempo ainda em outros países. Mas, aí veio alguém, o batizou e disse, você se chamará CORONA VIRUS, ou COVID-19, pronto, armou-se o caos.
Embora Deus no Velho Testamento condene a estultícia, a ignorância as vezes pode ser uma benção.
Pense e reflita.
Paz e bem.
Ilumine seu dia.

Inserida por Massako

⁠Ela chegou e Pan
Chegou impactando nossa rotina
Nossa harmonia
Foi uma Pan-cada no peito dos nossos
Afetos, desejos, empregos, planos tudo por agua abaixo
Em meio a esse esculacho em que nem mesmo os meros mortais imaginavam passar
Ainda achamos o que nos alegrar
Com uma convivência virtual do marasmo das redes que nao saciam mais
Os desejos de abraços enlaços beijos e aglomeração
Foi um Pan no cotidiano que por muito tempo viciou-nos a sempre andar em circulos
Sem nos propor nem mesmo um mero acaso de pisar fora da trilha do repetitivo
Mas a Pan nos fez reinventar
Sair do mecanico automático nos amar
Amar como sociedade,
Paridade, comun e unidade
Seja lá comunidade, irmandade
E assim vamos pra sei la quarto mes de Pan que nunca foi novidade
Que deixou nos longe porem mais maks sabios em meio a todo o tedio da Pan-dêmia...

Inserida por clebson_kell

►Cético

Este ano novo infelizmente será como os outros
Estarei apenas remoendo meus erros
Enraivecido pelos tantos enganos
Pelos "eu te amo" ditos com afeto, mas
Que acabaram morrendo no intenso deserto
E, me vi apaixonando novamente
O meu coração, tolo como só, se feriu gravemente
Se entregou, com caixa e tudo, tão inocente
Mas, na espreita daquele lindo jardim, se encontrava
A hedionda, repugnante falsidade, junto à ilusão
E, acabaram dilacerando o que pensava ser a tal paixão.

Este ano eu naveguei, sem encontrar terra
Beijei várias sereias, mas não encontrei a "certa"
Meus lábios se aqueceram no calor dos devaneios
Nas curvas e nos seios, em anseio
Mas, passarão a virada, em desespero.

Não espero um novo rumo, mudanças
Nunca conseguirei ser diferente do que sou hoje
Continuarei carregando a tristeza que tanto me cansa
Mas, talvez, só talvez, eu me torne um monge
Que eu passe a formar meus próprios planos
Sem que sofram mutações a favor de outros
Cansado eu me encontro, tantos desamores
Tantos desencontros, tantos abandonos
Tão cético ao ponto de esperar algo novo
Um amor, um conforto, até mesmo um sopro.

Inserida por AteopPensador

Alegoria

Eu sabia, mesmo sem ve-la, eu sentia, ela está no meu dia-dia.

Tecnologia, criticada ou amada é indispensável á nossa correria.
O que é hoje natural, sem ela não seria.

Todavia, sem hipocrisia ou analogia a nenhuma ideologia, através dela lhe apresento uma poesia. - Adilson Gregório

Inserida por AdilsonGregorioJr

Tijolos e Caniços

Estava acompanhando uma discussão em rede social sobre um determinado candidato à presidência. De um lado, o fã defendia o cara sob os argumentos de melhora na economia, reforma nas escolas e garantia de direitos humanos. Do outro, um grupo de cinco pessoas rebatia com xingamentos, emojis irritados e aquele tradicional: “Meu pensamento é melhor do que o seu”. Logo, o cara de cima respondeu embaixo reafirmando o pensamento, que, para mim, parecia muito melhor embasado.

Isso não tem a ver com direita ou esquerda. Vai muito além. Observando os comentários, eu percebi duas formas distintas de pensar: a forma estrutural e a superficial. Para mim, o pensamento superficial é como um tijolo sustentado por um caniço em riste. O tijolo representa as certezas, o pensamento imutável, aquilo que eu sei e todos os outros também devem saber. Basta apenas um sopro de vento para o caniço quebrar e o tijolo ir ao chão.

Já o pensamento estrutural é aquele construído tijolo a tijolo. Cada tijolinho é um conhecimento de mundo, uma descoberta sobre si mesmo, a formulação de um novo pensamento. Mas cada pensamento está co-relacionado com o tijolo anterior. Assim pode-se fazer afirmações, pois reconhece-se o porque do pensamento. Se eu tenho uma estrutura e sei porque penso desta forma, fica mais fácil de fazer o outro entender. Dá para explicar, tijolo a tijolo, os motivos para a construção da minha ideologia ou modo de pensar.

Quando o pensamento estrutural encontra o superficial há conflito, pois quem tem muitas certezas não pensa. Não reflete. Não reavalia as próprias escolhas nem ouve o outro lado. Quando dois pensamentos estruturais se encontram há diálogo. Há uma troca de materiais que auxiliam em ambas as construções. Mas quando o superficial encontra o superficial não há troca. Ou melhor, são palavras trocadas no vazio. Tão fracas e sem sentido quanto uma brisa que não levanta sequer a poeira de cima do tijolo.

Uma casa simples construída sobre base sólida é mais forte que uma mansão sustentada por caniços.

Inserida por gean_zanelato

Meu tipo de gente

Eu costumava aplaudir gente famosa. Ia a teatros para ver palhaços, via entrevistas para dar risadas, contava piadas para ser notado. Mas, de repente, eu mudei o meu tipo de gente. Não vejo mais graça em palhaços do twitter, reviro os olhos pras piadas levianas e prefiro as conversas sérias, aprofundadas, principalmente sobre assuntos que eu não domino.

Meu tipo de gente é quem me ensina. Quem faz com calma. Quem estende as mãos, sem pudor, e sorri se não há nada a dizer. Meu tipo de gente não tem motivos para palhaçadas. Pois já são trapezistas, mágicos e bailarinas, no dia a dia do espetáculo da vida. E eles não têm medo dizer o que pensam. Mas respeitam que existem os que sabem mais, e que ninguém no mundo pensa igual.

Gosto de gente bem resolvida. Que escolhe por si e não depende de conselhos. Gente que repensa a própria vida, os próprios erros, acertos, vitórias e derrotas. Meu tipo de gente conhece mais a si que aos outros. Por isso impõe limite entre a privacidade e a rodinha de bar. Compartilha, se quiser. Apenas se o assunto somar.

Meu tipo de gente é de verdade. Sente, chora, dança, cai, se levanta e sonha. Tudo numa mesma medida. Pode até chorar de menos, sentir de mais, mas não se deixa carregar pela incerteza de um sonho. Mantém um pé na realidade e trabalha para conquistar o que deseja. Quando não dá certo, a minha gente sorri, pois já sabe que o mundo não está aí para embalar ninguém.

Minha gente escuta boas histórias, assiste bons programas, lê o que lhes convém. São Marinas, Vivianes, Beatrizes e Isabellas, que, no fundo, nada tem a ver comigo. São só elas. Mas quem é muito diferente e me respeita como eu sou, essa é a minha gente.

Aplausos. Vocês merecem.

Inserida por gean_zanelato

Vontade, vaidade, ambição, loucura.

Quem nunca teve uma crise de Deus? Quem nunca quis que as coisas fossem diferentes de como elas são? Quem nunca acreditou ter a convicção e a razão das coisas? Será que é errado pensar ou agir assim?
Pois bem, em breve observação e para que possamos entender este pequeno ponto de vista que será demonstrado, peço que façamos uma analogia simples. Veja uma criança recém-nascida, ela é pura e frágil, totalmente dependente dos cuidados dos adultos que a cercam. E esses adultos, serão responsáveis por ensinar essa criança, sobre a vida, as dificuldades e facilidades que ela irá encontrar em sua jornada.
Ora, se pegarmos um recipiente vazio e limpo e, colocarmos coisas sujas dentro dele, o que acontecerá? Da mesma forma, se colocarmos coisas limpas e puras, o que acontecerá com esse recipiente? Assim somos nós, ou seja, somos produtos das mais variadas experiências, acumuladas no cotidiano, seja através da observação, da experiência prática ou até mesmo das influências recebidas por outras pessoas.
Em muitos casos, somos meros replicadores de ideias e conceitos, que já nos foram passados em tempo de outrora. Hoje, falta ao ser humano, uma maior capacidade de analisar os fatos sem ser movido pelas paixões. E é muito difícil, principalmente no campo comportamental, dissociar emoção e a razão, ou equilibrá-las.
Quando lá no título me reportei a “vontade”, falo da vontade de produzir, falo da vontade construtiva, da vontade em realizar algo em prol do bem-estar ou do bem comum. Mas, temos que tomar cuidado para que essa vontade, que é benéfica, não se transforme em ações e/ou sentimentos maléficos.
Tentarei ilustrar com um pequeno exemplo: Imaginemos que alguém ao assistir o noticiário, seja surpreendido com uma reportagem que traz pessoas passando por extrema necessidade, e aquela reportagem sensibiliza a ele. Em razão disso, ele começa a ter a vontade de poder fazer algo para aquelas pessoas, para amenizar o sofrimento delas.
Ele inicia em seus pensamentos, um plano de ação e, neste plano idealiza várias frentes de trabalho, seja uma campanha de arrecadação, um evento beneficente, uma doação, enfim. Até aqui, sua vontade em ajudar o próximo será com certeza salutar, benéfica e digna de louros e reconhecimento. Imaginemos o sucesso dessa ação.
Tendo as ações alcançado o seu objetivo e, com a demonstração do resultado positivo às outras pessoas, virão dessas os efusivos agradecimentos e elogios. E esses despontamentos positivos com certeza lhe farão bem e lhe trarão um conforto, mas, se esses elogios lhe “subirem a cabeça”, opa, problemas virão.
É possível que em decorrência desses problemas o doador comece a se achar como uma pessoa acima das demais, devido a sua ação de beneficência e, comece a acreditar que é o salvador da pátria, um ser iluminado que mesmo diante das dificuldades existentes, salvou pessoas em um momento de dificuldade, começa a ser escravo de suas ações e, a cegueira de seu comportamento o fará se fartar de vaidade. Essa vaidade fará com que esse ser não enxergue as ações de outras pessoas, ou se caso ocorram, sempre a sua ação será a mais necessária, a mais útil, e por que não a melhor. Torna-se um ser, caritativo por fora e para os outros, mas, escravo de si mesmo, torna-se dependente do brilho e dos aplausos e inicia uma busca frenética por reconhecimento.
Essa vaidade desmedida, se mistura com a ambição. Ambição, que apesar de dar frutos, podem serem estes oriundos de uma árvore ruim. Este ser começa a buscar formas para alimentar sua vaidade, entrega-se de corpo e alma, pois tal qual um vício, já não consegue viver mais sem os elogios, muitas vezes imerecidos, mas buscados a qualquer custo.
E as ações? Mesmo que pequenas, serão por ele exaltadas, como se essas fossem capazes de mudar o mundo em que vivemos. E quando se chega a esse ponto, podemos dizer que esse ser atingiu um certo grau de loucura.
Loucura essa que tem como remédio, os afagos, sorrisos e elogios de outras pessoas, fica esse ser dependente total do reconhecimento alheio. Acredito que já tenhamos conhecido alguém que fora acometido por esse “empoderamento” e não vive sem ele, em alguns casos é o famoso ser que “não larga o osso”, “não desocupa”, “não sai da cadeira”, ou seja, o tempo passou, e ele ficou preso nas alfaias das grandes virtudes pretéritas.
Um ser dominado pela vaidade, ambição e loucura, penso que facilmente possa ter crises de Deus, se achando superior as outras pessoas, acreditando que somente suas ações são as corretas e verdadeiras e, que o caminho a ser trilhado, deve ser traçado por ele, afinal ele é o norte iluminado.
Devemos ter cuidado sempre, e se possível, policiarmos nossas atitudes, revendo como as nossas ações estão ecoando em nosso ser interior. Temos que ter a lucidez de avaliar cada sentimento e saber qual devemos deixar florescer, e qual devemos tratar como erva daninha.
Concluo dizendo que somos seres alimentados pelas nossas próprias expectativas e ambições, elas de certa forma nos conduzem pelos diversos caminhos da vida. Lembrando que todos os dias colocamos algo em nosso recipiente e, prevalecerá o que de maior quantidade tiver. O ensinamento do Nazareno ao dizer que não se deve tocar trombetas diante de ti, nos é um ensinamento prático, ou seja, não é necessário que as ações sejam declamadas e cantadas em verso e prosa por si mesmo. Se busca reconhecimento, apenas trabalhe, e o faça em silêncio, não soe as trombetas, o reconhecimento virá de forma espontânea, natural ou até mesmo divina. Se não vier, não há problema, pois afinal, você estará trabalhando em prol de algo maior do que você mesmo e, sua recompensa certamente virá.

Inserida por Massako

POR AÍ

Hoje saí pelas ruas da cidade
Vi edifícios com mil janelinhas
Cada qual com uma história para contar
Vi gente apressada mesmo sem ter onde ir
Vi a moça fazendo bala de coco no tacho
O coco queimado no açúcar tinha cheiro de infância
Por alguns minutos fui criança outra vez

Senti cheiro de terra molhada ao passar por um jardim regado
Senti respingar na pele águas de um chafariz
Senti alegria ao ver o abraço entre duas crianças
Senti uma vontade danada de sentar numa calçada
E sentei

Hoje saí pelas ruas da cidade
Achei tantos tesouros
Que jamais poderia pagar.

Inserida por elis_barroso

Mesmice
Depois de um determinado tempo, acabamos por notar que os eventos se repetem, não estou falando apenas numa escala anual, mas mensal, semana e quem sabe até diária. Ficamos frente à frente com o marasmo, o comum, o cotidiano em si acaba nos tornando apáticos, é nesse momento que um antigo sonho humano acaba por não fazer muito sentido, o sonho de ser eterno, abandonar a possibilidade de abraçar a morte, a qual nos aguarda de braços abertos, não sabemos onde, não se sabe quando, não parece mais tão atraente. Será que o sentido da vida é escrito em cima do manto efêmero pelo qual a vida foi tecida? Deve ser por esse motivo que os Deuses da mitologia grega sempre são retratados como seres entediados, condenados à eternidade, que acabam encontrando na humanidade uma forma de passar o tempo, experimentando os prazeres humanos, mesmo aqueles os quais não são dignos de orgulho. Altos e baixos, alegrias e tristezas, vida e morte. Será a morte uma dádiva tão grande quanto a vida que nos foi dada? Não sei, deixo a resposta com vocês.

Inserida por professormariocelio

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