Cronicas de Luiz Fernando Verissimo Pneu Furado
Alcançar a lógica do Universo é entender que todos os seus elementos estão interligados e muitos não são compatíveis entre si, mas precisa ser dessa forma para que tudo funcione como deve. O lado branco e o lado negro trazem em seu núcleo o ponto contrário para lembrar que os opostos interagem, mas não perdem suas fronteiras, pois precisam delas para que o movimento do Todo se mantenha em perfeita harmonia.
O passado é precioso na medida em que nos permite entender como chegamos onde estamos e nos deixar orgulhosos do nosso agora. Mas deve ser tratado como um sonho bonito do qual nos lembramos ao acordar, e não como o lugar do qual nunca sairemos. Em vez de escravo do que experimentou no passado, opte por ser o arquiteto do seu futuro.
As nuvens fertilizam o solo muito abaixo delas e geram árvores que não provam dos próprios frutos. Os rios os carregam na corrente que leva as sementes para longe e as faz brotar, sem nunca guardar o precioso líquido para si. Todos nos dizem que a energia vital precisa circular para cumprir seu propósito, e de nada serve retida em vez de compartilhada.
A alegria é a força mais poderosa que trazemos em nós. Quando nos deixamos abater pela tristeza perdemos a capacidade de acioná-la, tornando-nos ainda mais vulneráveis às forças contrárias que precisam nos manter expostos e enfraquecidos. Urge então direcionar todo nosso esforço para reavivar a brasa interna antes que se apague, e resgatar a chama que nos devolve a energia vital. Como o lótus, ela nos mantém alvos e imunes ao lodo que nos rodeia, despertando o brancor dos demais para que também aflorem à tona e seu perfume inebriante dissipe a fetidez da lama sob suas pétalas.
“A reputação de mil anos pode ser anulada pelo comportamento de um único momento”, diz um provérbio japonês. Mas quando o histórico de toda uma vida depõe contra o indivíduo acontece justamente o contrário: o momento em que tenta anulá-lo não muda coisa alguma, e o tempo de vida que ainda tem pela frente poderá não ser suficiente para apagar a reputação que construiu.
Pode-se ser crítico ferrenho e sistemático da má política desde que isso não nos deixe insensíveis ao perfume e à beleza de uma flor. O antídoto contra a amargura é não olhar as coisas sempre pela mesma lente, nem torna-la refratária à multiplicidade das cores. Lembrando Guevara, há que se mostrar duro quando preciso, mas sem nunca abrir mão da ternura.
Quando trocamos o foco dos nossos dramas pessoais pela amplitude da visão sistêmica, muitas coisas que permaneceram obscuras por muito tempo magicamente são trazidas à luz, permitindo-nos não só compreender cada uma delas como também suas ligações com milhares de outras aparentemente desconexas, mas que trazem resposta para muito do que nos chegou, numa sequência agora inteligível a partir de seu ponto de origem. Mas apenas refazer o caminho percorrido não é o bastante, se não soubermos o que fazer com o resultado. É o processamento adequado da descoberta, neste exato agora, que nos permitirá retomar o curso que deveria ter sido feito, não fossem os desvios que sofreu.
A vida de cada um é uma construção que podemos levantar com material de boa ou de má qualidade, e onde cada tijolo acrescido tem preço e prazo de garantia. Podemos optar por trocar os ruins e inconsistentes dentro do “timing” certo, legando às gerações seguintes uma construção sólida que talvez nem seja usada por nós, ou então preferir o pré-moldado de montagem rápida para usufruir dela ao máximo, mas que não estará de pé depois que nos formos. A construção é uma escolha só nossa, mas não sua aprovação, pois o percebido no fim é o conjunto da obra.
Na ânsia de demonstra-lo às pessoas que amamos, podemos exagerar nas expressões de afeto sem lembrar que cada qual externa sentimentos de uma maneira própria. Precisamos estar sensíveis à sua forma de ser, e dizer-lhes de nosso amor em cada atitude do convívio de forma a lhes passar essa certeza pela percepção delas, e não pela frequência com que o dizemos.
Muitos defendem que apenas o ignorante é feliz, e que todos os que pensam são tristes, o que é próprio de quem nunca experimentou a essência da vida, mas apenas a teoriza. Quando se pára de buscar uma razão física para a felicidade, insistindo em colocá-la nas coisas que se tem ou em pessoas que estão à nossa volta, ela se mostra. É uma semente que já trazemos. Só nos cabe regá-la ou deixa-la secar.
Que não se confunda o espírito rebelde do libertário com o do extremista apenas porque ambos destoam da maioria. Um se rebela contra tudo o que se mostra injusto e tirânico, enquanto o outro tenta anular as liberdades duramente conquistadas por todos pelo retorno ao que o mundo já experimentou de pior.
Viver de um passado nos levam ao museu de nossas mais belas memórias, basta um clique e agendamos para cancelar a pausa que o tempo pediu, e assim, continuar onde congelamos nossas intenções dos minutos seguintes é assim que me sinto jovial ao seu lado nos tempos de hoje, a vida passou mas nunca desisti de você.
Com o passar dos dias, percebemos que o tempo é generoso. Ele cura e cicatriza os machucados de um amor platônico, abrindo espaço para um recomeço.... permita se ser feliz. A felicidade é feita de momentos, procure esses momentos. Já sabemos que rosas tem espinhos... mas nem todas nos machucam..
À religião e à ciência é difícil aceitar algum tipo de vida superior à do homem, tida como obra prima da criação. Então a negarão à luz das leis que criaram para si mesmas, antes de admitir qualquer coisa que não se coloque submetida a elas. E, contrariamente ao defendido, isso se deve bem menos às premissas dos institutos do que à arrogância dos que os conduzem.
Obcecado pelo processo da evolução humana, ainda persigo a resposta de Epíteto às imperfeições ìnternas e do meu entorno, pois que ainda me machucam as críticas maldosas dos incrédulos às melhorias conseguidas por empenho da vontade. Se dependesse dos “arautos do apocalipse” elas não teriam acontecido desde os tempos bíblicos, e basta ampliar a visão míope que se traz do contexto sistêmico para constatar o oposto. Escolho portanto a de Suassuna, ao dizer que “o otimista é um tolo, o pessimista um chato, e bom mesmo é ser um realista esperançoso”.
Esse Deus que me foi apresentado por Epíteto já existia dentro de mim sem poder dizer se mais alguém dele soubesse como eu o concebia. Homens como Epíteto e Spinoza, no entanto, chegam para dar forma a esse fenômeno de difícil compreensão: ainda que tantos possam trazer em si exatamente aquele que trazemos em nós, ele nunca será o mesmo para todos, o que faz de Deus um ser único e, ao mesmo tempo, plural, permitindo a cada qual viver a experiência do macro em seu próprio microcosmos.
" A vida nos prega peças,não tive pai e nem mãe , mas criei meus filhos com dignidade,amor e afeto que nunca tive, e hj dos três ,dois se juntaram com minhas ex , e só um ficou do meu lado, é a vida nos prega peças , mas isso não me faz desistir de ser um homem do bem , pois tenho mais pra somar ainda nessa minha vida ,do que me prostar e me deixar levar pelas peça que a vida me prega ."
Opor resistência inquebrantável a todo indício de algo inusitado, mais do que inconcebível se revela bem pouco inteligente. Mas ser crédulo a ponto de transformar até um jumento caído de um barranco em "abdução por alienígena" passa atestado de uma credulidade fanática ainda mais estúpida que o próprio animal usado como "evidência".
Apenas os fanáticos, os ignorantes e os insensatos fazem uma escolha por suas crenças. Pessoas racionais apenas percebem o sentido existente nas peças encontradas pelo caminho para justificar a procura por entendimento, não importando obter mais perguntas do que respostas. O essencial é não ignorar as pedras que pavimentam o caminho, e nem as tratar como se já se houvesse alcançado o ponto onde ele termina.
É senso comum que a razão da política é a de introduzir melhorias e levar qualidade de vida ao cidadão, que a remunera com seus impostos. Incompreensível, portanto, que a legislação não contemple um mecanismo para cassar os direitos políticos de qualquer mandatário público que tenha deixado seu território eleitoral pior do que quando assumiu. E não seria por falta de indicadores não termos ainda essa regra como cláusula pétrea nas três esferas de governo, deixando claro que, por serem os próprios políticos a criarem as leis, não hão de querer abrir mão das benesses do estado "apenas" por se mostrarem incompetentes.
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