Crônicas
Então, viva a sua vida!
Por Allan Garrido
Viva a sua vida. Esqueça as preocupações à toa, aquelas que povoam a sua mente e não deixam você dormir. Já parou para pensar que amanhã você, nem mesmo, pode estar vivo?
Dramático? Talvez... Mas é a realidade! Diga-me uma coisa:
- Você tem controle do que vai acontecer no próximo instante? Não precisam me responder, é claro que não!
Então viva a sua vida. Claro que não é por isso, por essa falta de controle do futuro, que você vai sair estragando o seu presente. Óbvio que não! A proposta aqui é que você viva um segundo, um minuto do teu dia de cada vez. Que você viva a sua vida e encare-a de frente. Que você saiba aproveitar os momentos de alegria, de prazer e descanso com seus amigos, parentes, namorados(as) e etc...
Não estrague esses instantes. Talvez eles sejam os únicos. Já parou para pensar nisso? Quantos amigos ou até mesmo seus pais não se lamentam de não ter aproveitado mais esta ou aquela pessoa e que se arrependem até o último fio de cabelo por isso, e dizem:
- Poxa! Se eu soubesse que iria partir teria aproveitado até o último segundo, teria agido bem diferente...
Tá vendo! Olha ai o amargor do arrependimento! Por isso meus amigos, não deixem para fazer amanhã o que se pode fazer no dia de hoje. Amem, dancem, cantem esqueçam um pouco seus problemas, curtam o momento de estar vivo, apesar das dificuldades, e celebre a vida. Os momentos em que passamos são frágeis e tudo pode se desintegrar num instante, num breve instante.
Um discípulo perguntou a um velho sábio sobre quem vinha primeiro, se era a energia ou a força. E com a serenidade costumeira a resposta do ancião pareceu cheia de complexidade para um entendimento superficial sem os mecanismos da reflexão profunda:
"Sem energia perdemos a força - respondeu-lhe o velho homem -, no entanto, você pode estar pensando que é a força que produz energia. Mas veja bem que não há força sem energia. Neste caso, precisamos descobrir o que é causa e o que é efeito. Não nos parece aquela mesma história de quem veio primeiro se foi o ovo ou a galinha? Então, onde estaria a energia neste caso? Porque a energia que a força produz é secundária, e a força que a energia produz é a força primeira ainda misteriosa como a própria luz. Observe que a luz também é efeito, pois a causa é a energia.", completou o mestre.
E o discípulo ouvindo tudo aquilo, não teve força para replicar, porque estava psicologicamente esgotado, sem energia para raciocinar.
ESTOU GRÁVIDA
De livros abortados
De leituras interrompidas
De contos inacabados
De remédios ingeridos
De poemas iniciados
De amores mal resolvidos
De palavras mal pronunciadas
De versos não construídos
De rascunhos rasgados
De noites mal dormidas
De crônicas não anunciadas
De acrósticos obstruídos –
Sinto-me enjoada, pesada,
Preciso parir.
Que o Futebol é a paixão nacional disso eu não tenho dúvida. Não tenho dúvida também que o que aconteceu com o Neymar ontem deu uma chacoalhada nos ânimos da brasileirada. Foi um sentimento estranho né? As pessoas colocam um peso tão grande sobre as costas de alguém e um dia essas costas quebram, que coisa, foi até literal. E esse sentimento estranho pode ser também de impunidade, os juízes, aqueles que detêm o poder sobre o jogo fazem o que querem, agem como bem entenderem, enxergam a falta onde não há, e em algumas situações até enxergam, mas se cegam, 'passam a mão na cabeça', distribuem cartões para quem não os merece. Esse 'sentimento estranho' é o reflexo do que acontece com o nosso mundo, a cada momento, em todos os setores em que vivemos, seja no seu trabalho ou no templo que você frequenta, seja na roda de colegas ou até entre sua família. A impunidade está aí, o mundo todo olhando para ela e ela, simplesmente, dando um 'xauzinho' de miss. É possível dizer também que essa 'revolta' que vemos na mídia (a mesma mídia omissa em tantos outros casos), no facebook, nas conversas em nossas casas, poderia ter uma porcentagem destinada a tantos outros exemplos de impunidade que temos visto por aí. Exemplos? Só se informar sobre a debilidade do sistema econômico, a decadência da saúde, a falta de segurança, os adoradores cada vez mais ávidos do jeito Lannister de ser (manipulações, egoísmo, arrogância, sede extrema pelo poder). É a cabeça das pessoas sendo alterada e ninguém está se dando conta disso. As pessoas não têm mais palavra. Elas olham nos seus olhos e mentem descaradamente. Estamos sob o domínio desses juízes. Onde estão os nossos valores? Esquecidos, como o sentimento estranho 24 horas depois.
- Caio Rossan, em 05 de julho de 2013.
#COPA2014 #OCAMPEÃOVOLTOU (E vamos pensar mais em outros aspectos, unidos não apenas no futebol. Que o campeão volte e acorde, pra valer!) #FORTESENTENDEM
Observa-se, calado e, até indisponível às vezes...
Às pessoas, rotulam tanto que já não sei se sou um robô, ou boneco de lata.
Precisava entender se, quem exclama tanta impuridade, têm a mesma propensão em desfazer interrogativas, cultivar vírgulas entre as respirações e desfazer “nós” que se enroscam nas reticências, deixando-as menos misteriosas e findando-as muitas vezes por cansaço, um ponto final, engasgado em lampejos e indignações!
Sou voluntária consecutiva de minhas atitudes, dos meus risos e choros...
Sou uma coletânea acústica de versos que me exprimem, me expressam, me definem... Depende dos olhos que me observam, do corpo que me sente e de tudo que estiver envolto.
Sou expressão pura, basta notar-me com alma!
Não tem mistura na minha verdade, tem bossa nova!
Sou autêntica na íntegra, combustão que incendeia carnavais, acelera o verão, aquece o frio, desabrocha a primavera e opaca o outono e não divido meios termos, faço valer um inteiro do texto e mesmo sendo transparente, me encolho no segredo de minhas autorias e faço quem me ler -seja com os olhos, seja com a boca- respeitar e desvendar a melodia!
Amor: semelhanças e contrastes no trabalho ( parte II )
O segundo, nem por algum instante as pessoas o ver como um cidadão de bem, com boas perspectivas profissionais. Mas este, podes crê; Já obteve sonhos misturado ao medo e a ilusão. Um sonho visto bem à linha do horizonte. O medo bem real, na qual aniquila a ilusão e torna-se fato consumado. Já não existe mais medo, não existe mais mãe , não existe mais segredos, muito menos mais sonhos. Se um é o melhor profissional, e tem a consciência que poderia ter alçado voos mais altos. O outro, também executa bem o seu trabalho, e é grato ao destino pelo que se tornou, porque as
possibilidades de escolhas por caminhos obscuros, eram bem mais evidentes do que alternativas dentro da legalidade.
100822II
Kentuck san
No KFC (fast food de frango frito), o japonesinho contempla o bom Kentuck.
Grita eufórico, esperando em vão uma resposta. Intrigado com o velhinho estático, pula, dança, com o intuito de chamar-lhe a atenção. Nada.
Inspeciona-o de perto, e tenta beliscá-lo. Outro menino, um tiquito maior, tenta grudar um escaravelho. Os olhinhos do primeiro o observam e depois abre um sorriso. Inútil.
O experiente Kentuck, talvez vacinado contra traquinagens, continua impassível.
O japonesinho olha, desafia-o e finalmente pespega-lhe um formidável pisão no pé.
Kentuck wins. O menininho sai pulando, no seu imaginário, pisando em anões.
Olhar de menino
O ônibus prossegue pela rodovia. O sol castiga a terra. O sol e com o que vem junto: a sede.
Sorriso alargado, o menino se sente em uma aventura, um adulto! A mãe contava moedas como se contasse pérolas. E durante uma parada foi surpreendida pela pergunta:
- Mãe, me dá um sorvete? Parecia incondicional... mas ela foi tolerante, e o menino sentiu um refrigério, um manancial em seu interior árido.
O menino era tão simples e inocente que não enxergava as dificuldades vividas por ele e sua mãe. Talvez seja melhor assim.
Enxergava a vida com um olhar traquina. O filho olha para futuro a mãe olha para o presente.
- Mãe, cadê o seu sorvete? Com um semblante sereno ela respondeu:
- Assim que puder eu compro, meu filho. Porém o vendedor lhe disse:
- Não minha senhora. Eu faço questão de oferecer por conta da casa.
Caindo em si, o rapaz entendeu que moedas não compram momentos felizes.
Vida de professor
Portões abertos. Vozes ecoavam pelas salas de aula. A algazarra tomava conta da molecada.
O aluno pensava alto, sonhava ser médico. Esgotado, o professor estava para explodir... Como se explodir resolvesse a situação.
Com garganta rôca, o professor pediu silêncio para explicar a matéria.
- Essa é a fórmula para calcular essa questão. Alguém não entendeu? Perguntou com dor.
Levantando a mão, disse o aluno:
- Eu, professor!
Seria talvez um momento conveniente para explodir, ou birrar, ou ser adulto e professor.
Tocou o sinal, era para ser mais um dia comum de sua rotina, acompanhada de remédios. Quando não, veio uma surpresa na sala dos professores: era o seu aluno carregado de dúvidas.
Surpreso com o que viu, o aluno disse:
- Professor, seus remédios resolveram seus problemas até agora? Se não porque persiste em se desgastar?
Com essa pergunta, o professor percebeu que não podia viver para trabalhar, mas trabalhar para viver.
O WhatsApp responde
Não represento a igreja, nem a classe religiosa, junto a políticos. Sou apenas Um (1) - número inteiro que segue o zero, e apenas precede o dois, mas é apenas um; e nunca é numeral ordinal associado ao cardinal, tornando-se o primeiro, e que lidera uma sequencia de elementos, e sua representação - eleitor interessado em melhorias(por intermédio do voto secreto)para meu estado e para meu País. Não às reuniões representativas políticas.
A Religião mexe, empolga, emociona e convida à uma posição perante o “clamor da nação”, porém , mexe sobremaneira com os aproveitadores da fé, manipuladores de adoração (a Deus?). Os Seminários teológicos brasileiros fazem excelente trabalho na formação de grandes teólogos-pastores que revolucionam as igrejas realizando excelentes trabalhos eclesiásticos.
O “evangelho” se expande, empolga, e vira modo de vida, e vira “comunidade evangélica”, e elege-se representantes nas Casas Legislativas para “defender” os evangélicos ( de que mesmo? - 1 Joao cap.4 vers.4 . Maior é o que esta em nós do que o que esta no mundo”) e nascem pomposos “líderes” caçadores de homossexuais- não confundir com caçadores de marajás – ferrenhos defensores da “ moral” e promotores de mega eventos para mega igrejas. E surgem os “ sem papa na língua”, e surgem os “ vou melhorar um pouquinhos sua pergunta minha filha”, e surgem os “Defensores dos Direitos”(de que mesmo?), e os programas de TV de 2 milhões de Reais por mês ; e surgem os “curtidores-seguidores” do face, Twitter. Meu Deus! E surgem os convites para “reuniões do povo de Deus” da Bancada evangélica( da bala?) para ouvir e dar apoio a políticos interessados em união de Classes(corporativismos religioso?)
O Evangelho se torna parte do Terceiro Setor? Por falar em Setor, Carlos Montaño em seu livro Terceiro Setor e Questão Social(2010, p.53) não poupa críticas a ele quando se torna parte, e aliado do capitalismo,pois deste modo, suas ações contradizem as “boas intenções” camufladas.“
Ampliando nossa turva visão crítica teológica, deslumbraremos que não só os intelectuais “orgânicos, mas também os intelectuais “líderes” mal-intencionados(caçadores de pecadores ou de corruptos...) das pomposas igrejas “independentes”,tradicionais,apontam, com certeza,para os interesses das suas corporações.
E nasce a utopia triunfalista de que o evangelho tomou conta do Brasil, de que o povo evangélico é poderoso em voto, e que não pode ser ignorado pelos pretensos políticos – caçadores de votos e estabilidade financeira...
E o evangelho é colocado no liquidificador na companhia de : “ buscadores de bênçãos”, de “abençoados” e nunca abençoadores, poder, dinheiro, substituto do Estado, Terceiro Setor, corporativismo, legalismo exacerbado( em substituição à graça de Deus, e a cruz de Jesus Cristo)e buscadores de fama. Os púlpitos estão emudecidos perante as peraltices dos emergentes “ pregadores-caçadores”. Por que? - Receio , do desafeto às ovelhas ( curtidoras dos “vou melhorar sua pergunta...”), do assumir posições pela minoria...?( Nem sempre a multidão trilha acertadamente).
O líder escolhido por Deus para liderar seu povo a lugares celestiais na intercessão do Espírito Santo, não representa a Igreja junto a setores políticos eleitoreiros. Ele representa sim, sua comunidade, na parceria com setores cooperativos de sua Associação , rumo a evangelização do povos daqui e de além mar. Ainda filosofamos, socializamos?
Estamos caminhando para um desfecho trágico nesse “enredo de retalhos”: Brasil de maioria evangélica,( a Igreja assumindo o poder absoluto?) partidos políticos evangélicos, de forjadores de opiniões tendenciosas; de gente confusa, indecisa, envoltas em chavões religiosos e amaciadores de ego; que lotam os “muros”( mas a quem pertence o muro?).Quem mesmo está “acima de todos” por aqui?
Estas indagações transfiro ao eclético “intelectual” e “respondedor”, WhatsApp( não me refiro ao ucraniano, naturalizado americano, Jan Koum) Ele não sabe dessas peraltices político-religioso daqui dessas bandas sul americanas.
O Sábado Qualquer
Numa noite quase sábado.
-Finalmente amanhã é um sábado.
-Você quis dizer “O” sábado?
-Não. Por quê?
-Ah achei que tivesse algum significado especial esse sábado.
-Ata. Não tem não. É um sábado como sempre.
-Pra mim é “O” sábado.
-Por quê? Vai passar o dia com família?
-Não.
-Vai ter alguma prova importante?
-Não.
-Vai sair com sua namorada?
-Que namorada?
-Calma. Isso foi de brincadeira.
-Sei.
-Vai ter algum evento?
-Não.
-Mas que coisa, você não aproveita o sábado não?
-Sei lá. Tá muito difícil pra você?
-Ah, eu não sou bom de adivinhar.
-Vai. tenta.
-Hmm… Preciso de uma dica.
-É uma coisa que existe e não existe ao mesmo tempo.
-Não entendi.
-Chuta.
-Não sei, fala logo.
-Não vai ter nada.
- (...).
Desligou o celular e foi dormir.
amanhã vai ser um sábado qualquer.
O inanimado também vive em nós
Há quem diga que as histórias se dão com as experiências da vida. Nossa existência realmente nos trás muitos ensinamentos e momentos a serem relembrados, porém não significa que seja a única forma de relatar uma história.
O que ninguém da importância normalmente é a voz que mais fala sobre nós ou para nós no caso: Os Objetos !
Olha-se para um utensílio inanimado tão carente de vida, e tão rico de vitalidade. Nota suas vivências que por vez mexem profundamente conosco, uma vez que seus significados as vezes são tão claro quanto o raiar do dia que outrora ilumina nossas lembranças e da voz a razão e ao passado.
Pra quem vê de fora é apenas uma Camisa velha. Pra mim? Em um minuto de silêncio, escuto meu coração expressar uma voz lá de dentro contando como aquele símbolo de amor chegou até meu guarda-roupa.
Por mais que tenho tentado me despir de suas memórias, os tecidos daquele traje já se teceram as minhas lembranças e meu emocional. Quando damos conta, logo estamos conversando com as coisas mais bizarras e obtendo empatia com as ferramentas mais falantes que existem: Cartas, jóias, seus ursos de pelúcia, sua bolsa ganhada no natal, sua maquiagem que veio naquela balagem cor de rosa que tanto grita dentro da penteadeira "eu te amei, mais não foi tão suficiente assim..." e que hoje você as sufoca com suas pilhas de roupa na esperança de matar aquele dia, antes que aquele dia te mate de saudades ou tristezas.
Ah história de amor, de arrependimento, de decepção, de tristeza. A Rosa seca se encarrega de te dizer, o bilhete não entregue junto as palavras não ditas, o ímã de geladeira que prendia o recado matinal de "Boa faculdade meu amor! Se cuida". O filme "Vingadores- guerra infinita" que antes transmitia diversão em sua mensagem e hoje relembra a história que você perdeu junto aos heróis perante ao mundo... (ao seu mundo) Lutando, enfrentando, correndo e acreditando que tudo ficaria bem. Sua saudades que dizia vingança , hoje são cinzas na jóia do tempo que Thanos utilizou para matar um planeta, e você o seu grande amor.
Doidera entender a complexidade do inanimado, porém essencial saber que não se cala a Língua sem fala. Não se ignora a história das suas histórias e não se ama com alzaimer, o amor passa e os objetos ficam, você junto se vai, mas a prosa fica. Esta na hora de limpar o ArMARio...
– O SHERLOCK HOLMES DE MATO GROSSO –
Lá pelo início da década de 90, vários delegados estavam con¬cluindo o curso de formação na Academia de Polícia. Como é comum entre colegas de turmas, a maioria acaba recebendo um apelido, que muitas vezes coincide com o local de procedência do aluno; e assim, dentre os formandos estava o “Dr. Maringá”. Na distribuição das lotações das cidades Maringá saiu prejudicado e recebeu uma cidade de garimpo, violenta e de difícil acesso na regional de Alta Floresta. Lamurioso e inconsolado, seguia con¬versando com um e com outro, mas todos os diretores lhe diziam a mesma coisa: “você foi sortudo demais, foi lotado na cidade onde está o agente Golias, o melhor policial de Mato Gros¬so; qualquer crime que tiver, basta entregar na mão dele que será resolvido facinho!”
E assim foi que Maringá se apresentou em Alta Floresta para receber a portaria e seguir para o novo desafio. O chefe regional foi mais um dos que enalteceu as qualidades do agente Golias. Junto com a lotação Maringá recebeu algumas notícias: a cidade onde iria trabalhar estava enfrentando disputas de áreas entre garimpeiros e nos próximos meses só poderia con¬tar com o auxílio de dois investigadores novatos, pois o afamado Golias tinha acabado de requerer licença-prêmio.
Assumiu a delegacia, passou o primeiro, o segundo, o terceiro dia, e no quarto: pronto! Mataram o irmão do prefeito. Aque¬la anarquia, aquela confusão, todo mundo na porta da delega¬cia querendo solução: cadê o assassino? Por que é que ainda não prendeu? Queremos ele preso!
Foi tanta pressão que não teve jeito, Maringá determinou a um dos novatos que fosse atrás do Golias que estava pescando e o trouxesse com a urgência devida (urgência urgentíssima = uniforme dobrado, na gíria policial).
Logo depois do almoço chega o Golias todo sujo e prestativo dizendo que não se incomodava em interromper sua licença e que estava disposto a ajudar. Ufa!
Além da satisfação em conhecer aquela figura lendária, Ma¬ringá passou a observar passo a passo as atitudes de Golias para aprender os dotes daquele que seria o maior detetive das terras de Rondon. Golias pediu a chave da viatura e saiu em alta velocidade cantando pneus, e uns 10 minutos depois chegou ele conduzindo um rapagão de uns 2 metros de altura contido pelo colarinho e dizendo ao novo delegado: “aqui tá a solução!”
“Quando acontece alguma coisa nessa região é só prender o Zoião, porque ou foi ele ou ele sabe quem foi”.
E foi assim que Maringá descobriu os segredos investigati¬vos da “Lenda”, que muito se assemelhavam aos do Capitão Louis Renault, o chefe de polícia de Casablanca que diante de qualquer crime determinava: “prendam os suspeitos de sempre!”.
Melhor que a conversa só Ele
No dia 18 de janeiro de 2019, ele respondeu meu "Olá" com simpatia e simplicidade se alistando a minha missão de lidar e me libertar das conversas monótonas sem pé nem cabeça.
Intimado pelos meus pré requisitos, mostrou-me com sua diplomacia que tinha conteúdos inimagináveis, além de sua boa conversa desenrolada com diálogos de maturidade e vivência. Raridade na certa! O maior desafio já não era mostrar-me interessante, pois isso ele transparecia naturalmente! O desafio agora se dava por descobrir mais sobre aquele intrigante moço do sorriso encantador que me fazia perder noção das horas e aguardar um novo dia para o prosserguimos da prazerosa conversa. O que eu pensei que seria "Oi, me conte sobre você?" Repetitivo e alheio , Acabou sendo um inesperado "posso te contar um segredo?". Como chegamos nisso em menos de uma semana? eu não sei dizer. Mas que ele é especial assim como o reflexo do espelho incomum de nossos segredos , isso não me há dúvidas.
Quem diria que ainda existe conversas interessantes em tempos de indivíduos desinteressados, conversas reflexivas em tempos de inrracionalidade, e novas visões de mundo em tempos de crenças cegas. Ele foi a prova viva, que a vida nos surpreende e nos põe a prova até do que desacreditamos.
Tirou minha total atenção, na qual eu tanto bati no peito dizendo que não era coisa fácil. Além dela robou-me o tempo, a atenção, as boas ideias, os "bom dia", os elogios , o apresso, a vontade de ir a Ásia nadando euforicamente para tomar um chá as 16:00 em seu fuso-horario enquanto comemos um "yakimeshi safado" e esperamos nossa série favorita carregar.
18.520 km separando uma ótima companhia para passar uma tarde de Netflix e risadas.
Parece desespero, não é? Pois saiba que não! É saber valorizar em época de desvalores, é seguir o coração mesmo que ele nos leve para longe! É ouvir o instinto e as vontades porque nós sentimos bem sendo intensos, espontâneo e imprevisível. É ser recíproco em éra de egoísmo, é se fazer presente na presença de quem sentimos ser um grande presente do universo.
Foi no dia 18 de janeiro que eu dei "Olá" a quem hoje não cogito a hipótese de nunca dizer um "adeus".
Um "amor" só para chamar de meu
É Natural querer um amor para chamar de seu, dividir a vida, arquitetar os planos, fazer a vida valer a pena.
Triste quando o "chamar de nosso" não passa do chamar! Chamar atenção para as discordâncias, chamar a humilhação para uma pequena demonstração de importância e afeto. Chamar o sentimento não tão recíproco da parte dele e que ainda que você faça de tudo na relação, você saira como errada da história. Leva-se a culpa a mulher que se prende aos rótulos de casais por medo de ser rotulada a "solteira", e entra na dependência de um amor meia boca.
Chama-se de "nosso" apenas na teoria, por que na prática , o caráter deixa de funcionar. E os amigos e conhecidos sabem que ele chama as outras para sua cama na sua ausência.
Não confunda "liberal" com mal caratismo.
Ser liberal é uma escolha só sua, desde que seja transparente com os demais envolvidos. Mal catarismo é enganar e persuadir quem nos problemas enfrenta com você! Quem nas noites mal dormidas te acompanha, quem supera, cuida e ama.
Quem na sua ausência não faz festa.
O amor é inegável que existe, mais existe só dá outra parte que realmente acredita na sua fidelidade. Já o seu amor? É pelos próprios interesses e pela situação cômoda que você encontrou no amor dela, e no seu egoísmo. Aceita quem largou tudo por você de braços abertos e obriga ela aceitar a ser a enganada da história.
História essa que na cabeça dela enquanto idealiza ser um conto de fadas, na sua não passa de um enorme conto de falhas e vacilos jogados para debaixo do tapete.
Das brigas se cresce no drama, no drama se cresce na pena, na pena manipula, a ainda se vitimiza dando o benefício da dúvida a quem você tanto cobra certezas.
Percepção de amor baixo essa sua, em que faz ela se sentir insuficiente, usada, como um objeto quebrado e ainda sim se nega a descartar, por que na sua concepção você está certo e o seu único mal é o acúmulo.
Acumulação de sentimentos, de momentos, de presenças e de mulheres (só deixou de esclarecer a última opção )
Bate no peito pagando de pegador, e pra ela? Bate na bondade e amacia uma nova chance.
Acredita mesmo que o amor dela é gigante aponto de amar pelos dois. enquanto você ama três, quatro , cinco, inúmeras mulheres enquanto ela trabalha acreditando que com ela você está em boas mãos, e não que suas mãos estão em outras boas companhias.
Inescrupuloso seu conceito de amor! Acha mesmo que estar a ganhar com essa situação? Abre seu olho guri! Que você está prestes a perder tudo, inclusive ela.
Não arrisque tanto, você já perdeu os amigos por não concordarem com suas condutas, perdeu a razão, e aos poucos perderá ela! Porque a verdade uma hora vem. E sobre Caráter? Pode ficar despreocupado, esse você não perderá nunca. Até porque não se perde, aquilo que você nunca teve.
O óbvio também precisa ser dito
Trabalha com as entrelinhas, e acha que essa sua língua de sinais barata vai fazer ela entender que você já não quer mais nada? Você não é mudo colega! E mesmo que você fosse saberia informar claramente que ela já não é mais seu objeto de cobiça e desejo. Quando quis, usou até linguagem não verbal e soube espressar-se muito bem o quanto a queria, soube tirar proveito da sua incapacidade de explicação e esqueceu de dizer que só queria em sua cama e não em sua vida. Ah mais a culpa dessa narrativa é dela que é quem não soube interpretar né?
Sabe-se comunicar muito bem mesmo com essa sua gramática torta, vai lá e diga o que precisa ser dito.
Ficar online e não responder não significa "acabou aqui , não te quero e tchau", e sim que você pode estar simplesmente ocupado. Assim como sumir, não é convite de atenção as pessoas ao seu redor, e sim que as vezes só se quer dar um tempo pra si. Independente, vá lá o óbvio também precisa ser dito!
Ela não é boba, sabe que quando você não prossegue a conversa, é porque não está afim de papo. Mas, custa dizer que não quer papo especificamente com ela? apenas com as próximas investidas. Ela não tem bola de cristal! Não lê mentes, muito menos entende o porquê você esfriou de uma hora pra outra, e ainda sim gasta as forças tentando aquecer você, talvez por que o óbvio nunca foi dito entre vocês .
Acha que dar a desculpa de que não dá para vê-la por que a faculdade tá puxada, vai fazer ela sumir da sua vida? Assim como você costuma sumir quando rouba o prazer carnal dela sem ninguém precisar dizer nada, nem o óbvio.
Acredita mesmo que ignorar as ligações dela pela manhã , compensa com suas mensagens de noite de "Oi amor, me manda um nudes" porque sua atenção foi cedida.
Que jogos imaturo, que covardia juvenil! Seu medo em dar cara a tapa não se compara com o medo que ela se encontra em suas incertezas, seus joguinhos, seu desinteresse e ela ainda espera você dizer algo, qualquer coisa para ao menos aliviar a insegurança dela. Mas, seu egoísmo de não por um fim nisso vai do que todos já esperamos, vai do seu óbvio não dito.
Sentimentos não funcionam assim! Uma hora ligado outra hora não. Nem todos sabem viver de relações rasas, vidas vazias e camas cheias.
O óbvio também precisa ser dito, porque ninguém nasceu aprendendo a língua dos covardes, muito menos dos babacas. Seja mais homem e menos óbvio por favor!
E se eu te digo isso? É porque o óbvio também precisa ser dito....
Até quando, meu Deus?
Até quando, meu Deus? E tenho feito esta pergunta, desde quando eu nasci.
Vejo a vida como se ela fosse um filme ou uma novela. Tudo parece ser muito repetitivo ou cansativo.
Vejo as pessoas como se fossem personagens, passando por inúmeras fases... Vivem os seus dramas e vinganças, suas paixões, alegrias e tristezas, constantes ou não... Amores, idas e vindas, glórias e derrotas, realizações e frustrações.
Tudo o que um ser humano vive na própria pele, enquanto está encarnado. Me canso, ao assistir o meu próprio filme, novela ou teatro... Assim como me canso... ao assistir o filme da vida alheia também.
Mas, na simplicidade da vida, eu sempre encontro uma certa beleza, um certo encantamento... e isso me transmite paz.
Se não é complicado, difícil, se flui apenas... é algo belo, transcendental!
A besta humana, quando não complica a vida... faz brilhar a sua essência divina, assim como o sol faz, todos os dias... ao nascer...
Verdades dolorosas demais para se ler em 5 minutos
Olho no olho, uma dúvida sem incertezas uma química inexplicável...
Você sente o mesmo, e sabe que o "mesmo" te sente também. Porque sentimentos são reflexos involuntários.
Quando a gente realmente ama, faz-se o ato de amar. A saudade vira emergência, o olhar vira paisagem paradisíaca, a conversa vira coaching de auto estima, e a companhia vira vício. Sem essa de amor em banho Maria, responder depois de 3 dias uma conversa de WhatsApp, ou "não sou bom em puxar assuntos", "acho que não é a hora certa de conhecer sua família e amigos". Não existe justificativa certas para atitudes erradas, não existe amor....
Quando se ama , não se teme os vínculos, afinal deixa de ser motivo de preocupação alimentado pela incerteza , e se torna espontanidade criada com cuidados, alimentada pela lealdade , crescida e amada pela razão com ou sem rótulos ambos sabem respeitar ao outro.
O apresso transcende qualquer forma de compromisso, e o valor não se da pelas palavras e sim pelas atitudes .
Quando alguém realmente te quer não existe dúvidas, mesmo que as perguntas não sejam respondidas.
Quando você ama não se pede amor e não se cobra suas obrigações, porque o amor paga a conta e ainda sobra troco.
Quando se ama, do dia se faz noite, nos minutos se faz lembranças, dos sonhos se faz planos, dos planos se faz uma vida (nossa vida).
Quando se ama não se há chateação com a falta de interação! porque, quem ama arranja meios de participar da sua vida cada vez mais, e mesmo que com ou sem gostos incomuns na relação , cria-se uma nova personalidade em que ambos curtem e se curtem juntos.
Quando se ama o toque tem mais energia, o dia tem mais horas, o simples tem mais vida, e o complicado tem menos valor, pois é enterrado.
Quando se ama, a felicidade não esta em likes nas fotos, acompanhamento de storys , ou em uma foto mandada há seis dias atrás em que a pessoa comeu lasanha e lembrou que você gosta de lasanha... Afinal ela "lembrou" que você existe. Quando se ama a foto curtida é a que você está marcada, os storys são os da sua conta e a foto não existe! Porque você estava ocupada de mais devorando uma lasanha a dois a luz de velas na sua sala de estar.
Quando alguém te ama, você vai saber que é amor simplesmente porque amar não é um "alguém", amar é um "estado físico/ psíquico / emocional" por/para alguém e ele se encontra em todos os tipos de químicas... Aliás não só na química na física, matemática e até naquela aula de história que antes te entediava e hoje você ama ensinar e relembrar .
As vezes quem ama não te-diz amar, te mostra que és amado. Amor é atitude, não palavras de convencimento, garantia ou conforto.
Ei?!... Se tem dúvidas que alguém te ama, meu amor, confie que não há amor.
Rótulos podem até surgir algumas dúvidas (se você realmente é uma pessoa que liga pra eles) mas o amor afoga todas elas em um ponto que a única certeza é que só se quer amar.
Levei meu sobrinho para passear comigo, há tempos ele vinha me pedindo, animado, seriamos só nós dois. Crianças abaixo de cinco anos nunca foram meus favoritos, só venho lidando com crianças de vinte dois anos ou mais.
Só que pensei ser uma boa oportunidade, saímos e eu descobri uma inveja dessa energia juvenil, a gente perde tanto quando cresce. Tudo bem, não digo perder, sacrificamos muito para conseguir zelar por nossa sobrevivência. E nesse exato momento, eu almejava um pouco dessa vitalidade que a vida me tirou. Mal me lembro da sensação de ver o mundo pela primeira vez.
Voltei meus olhos para o meu sobrinho e ele pulava, sorria, caía e levantava sem muitas preocupações na vida. Tudo o que tinha era o presente e só isso bastava. Os frutos do futuro não lhe interessavam. Essas preocupações cabiam aos seus pais, este é único período da vida em que temos o direito de entregar nossos destinos nas mãos de outros, todavia, conheço adultos que ainda insistem em fazer isso. Tolos, não sabem que depender dos outros é um luxo que não podemos nos dar. Porque a vida maltrata com socos no estômago. Quando crescemos, o presente é invadido por possíveis futuros, a maioria deles irreais.
Somando todas as invejas que senti de meu pobre sobrinho, aquela foi uma das mais marcantes. Pensar na maneira como já tive o presente e perdi fez dessa a maior perda de uma vida. Agora mesmo, enquanto meu sobrinho brinca nos brinquedos do parquinho, eu checo meu celular pela quinta vez, procurando por pessoas que definitivamente não estavam ali. Preocupando-me com compromissos que ainda virão. Já não sei como recuperar o luxo do presente e só. A vida te pede para ficar.
Então voltamos para casa. Caminhamos por entre as pessoas, ele grudado no meu braço, e me puxando para que cessasse meus passos, como se toda a sua vida dependesse disso. Meu sobrinho queria voltar, pois algo lhe roubara sua atenção, algo no mundo era digno de seu afeto. Queria pegar uma tampinha de garrafa dourada no chão.
— é só uma tampinha de garrafa. — disse eu.
— eu nunca tinha visto uma dessa cor.
E foi aí que eu me dei conta que crescer é uma grande perda e me dói saber que meu sobrinho logo será um adulto como muitos outros, lamentando a perda de quem foi um dia.
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