Crônicas

Cerca de 779 crônicas

⁠Voltei a beber só, nunca deveria ter deixado. Não tenho atratividade para reunir bons amigos em um dia incomum, principalmente em chamá-los para beber e conversar besteiras que fazem bem.

Eu estava bem quando bebia só, pois não criava vínculos com ninguém, ouvia minha música, escrevia versos que só o meu ego elogiava, chorava, revia fotos antigas e de pessoas queridas que já se foram, um oásis a meu gosto.

Mas não tenho raiva e nem rancor das pessoas, cada um faz o que quer e o que gosta e deve está com quem se sente bem, o problema não está no outro, está em mim!

Então, que o destino me deixe comigo mesmo, também sou feliz assim, e hoje recomeço a timidez das antigas e de minhas infindas tardes incomuns ao beber trancafiado em meu escritório em um dia de segunda ou quarta-feira, como se o mundo lá fora desmoronasse.

Mas, no final de tudo eu me sinto feliz pois tenho a certeza que receberei uma mensagem: "está com quem aí, está bebendo?", minha mãe - como essa indagação me faz bem, pois ela pensa que tem um filho normal...


28/04/2021 - quarta-feira, mês de esperas!

⁠Empatia


O que é?

Psicologicamente, empatia é a capacidade de você sentir o que uma outra pessoa sente caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela, isto é: procurar experimentar de forma objetiva e racional o que sente o outro a fim de tentar compreender sentimentos e emoções.

Quando se usa da empatia, mesmo não se tendo resposta, apenas de ouvir e se colocar no lugar da pessoa uma conexão é formada. E isso importa. Um abraço na necessidade, uma conversa ou somente uma escuta... Há diversas maneiras. Essa habilidade sempre será importante. Nesta pandemia a empatia está mais visível e que continue. Sempre podemos melhorar. Não julgue. Não é fazer o que você gostaria que fizessem contigo e sim fazer o que eles gostariam que fizessem com eles mesmos. Somos indivíduos. Para isso é preciso parar de falar ou tentar adivinhar e escutar. Apenas tente entender e se puder ajudar, ajude. O que tem a perder? Abraçar a essência de ser humano é bom. Partilhe, doe, escute, faça, seja, simpatize e por último mas não menos importante empatize.

⁠Amor: semelhanças e contrastes no trabalho ( parte II )

O segundo, nem por algum instante as pessoas o ver como um cidadão de bem, com boas perspectivas profissionais. Mas este, podes crê; Já obteve sonhos misturado ao medo e a ilusão. Um sonho visto bem à linha do horizonte. O medo bem real, na qual aniquila a ilusão e torna-se fato consumado. Já não existe mais medo, não existe mais mãe , não existe mais segredos, muito menos mais sonhos. Se um é o melhor profissional, e tem a consciência que poderia ter alçado voos mais altos. O outro, também executa bem o seu trabalho, e é grato ao destino pelo que se tornou, porque as
possibilidades de escolhas por caminhos obscuros, eram bem mais evidentes do que alternativas dentro da legalidade.

100822II

O que sou?

Sou a pena a voar no vento sem rumo...
sem destino..
E sem saber a onde pousar.
Sou o sol sem luz que não clareia terra.
Sou a noite na escuridão com apenas o brilho das estrelas.
Sou a água sem mar que correu para as geleiras e escoou no deserto.
Sou terra, sou mar, sou Espaco, sou luz.
Sou a fusão da atmosfera que transformar-se no todo para ser compreendido.
Sou como a pena que voa pra lugar incerto.
Sou a água da chuva que transborda pela cidade.
Enfim! Sou a natureza que procura o seu lugar de volta destruído pela mão do homem.

⁠⁠" Eu gostaria de está ou lado dele.."
_Foi oque ela me disse.
Mas o que te impede de estar ao lado dele? _Eu perguntei.

Em resposta ela me respondeu: poderia ser a distância ou quem sabe, o vínculo afetivo que nós dois ainda não temos. Mas na verdade, oque me afasta dele é minha realidade! Eu demasiaria de sua companhia, me sentiria segura em seus braço se isso fosse possível. O que nos impede de estar junto é a minha realidade... E E por que eu digo isso? Simples, é que, ele só existe aqui, na minha mente! 🗣💭🧠

(As crônicas de um amor fantasma ~Safira souza)

⁠A Árvore Invisível

No meio da floresta, onde o verde se espalha em incontáveis tons de vida, há uma árvore morta. Seu tronco retorcido e seco ergue-se como um esqueleto, desprovido de folhas, de seiva, de movimento. Os pássaros não pousam em seus galhos; os insetos não a rodeiam; até o vento parece desviar-se dela, como se sua presença fosse um incômodo.
Ela já foi grande, já sustentou ninhos, já balançou sob o peso de frutos. Agora, é apenas um vulto silencioso, uma sombra esquecida no meio do esplendor alheio. Os olhos dos passantes deslizam sobre ela, sem fixar-se, sem reconhecer sua existência. Afinal, quem se importa com o que já não floresce?
Assim também é a velhice humana. Há um momento em que as folhas caem — a vitalidade, o vigor, a utilidade aparente — e, de repente, o mundo parece desviar o olhar. O idoso, outrora centro de histórias e sustento, torna-se uma figura quieta nos cantos da casa, nos bancos das praças, nos quartos de asilos. Suas rugas são como as rachaduras no tronco da árvore seca: marcas de tempestades sobrevividas, de anos que não foram gentis, mas que ninguém mais se dá ao trabalho de ler.
A floresta segue verde, impiedosamente bela. A vida dos outros segue, impiedosamente alegre. E a árvore morta permanece, invisível, até o dia em que o vento mais forte a derrubar, e então, talvez, alguém note sua ausência — mas não sua existência.

Assim como tantos velhos, que só são lembrados quando já se foram.

Todas as coisas que segurei


Dentro de mim, segurei tantas coisas…Abstratas, pequenas, grandes, confortantes.
Desenvolvi barreiras para guardar todas essas coisas que segurei, constantemente, estava ali comigo, independente do que houvesse, elas haviam se tornado atemporais, o tempo não transcorria, nada poderia apagá-las na nitidez em que se mantinham firme dentro de mim.
Um desejo incansável de controlar o incontrolável e por ego, não reconhecer a beleza da liberdade. Havia tanto em mim, que pesou. Pesou nas profundezas do interior que já nem era mais meu, entretanto, estava se tornando propriedade daquilo que eu guardava em mim e estava me moldando aos poucos.
No nascer do dia e no fim dele, percebo repetidamente que a vida são fases, ciclos, estações. E tudo de intenso que há no meu peito jamais transformaria-se em concreto eternamente. Não posso guardar, tocar, manter sempre dentro de mim. É preciso soltar, libertar, encontrar o equilíbrio, pois tudo o que realmente nos pertence, jamais vai embora, apenas ressurge em sensações melhores.

⁠Isso não é sobre um jogo

Tem dia que é difícil. Em outros parece que é mais tranquilo... Às vezes a vida parece um jogo de futebol. Por vezes enfrentamos aquele adversário mais tranquilo de lidar, mas em outros dias é uma luta para terminar a partida de pé. Não sei se ainda está na moda, mas diziam muito que o dia ter sido “tão duro quanto o 7x1”... e aí, “lá vêm eles de novo”, enfim, depois que começa é difícil parar. “Haja coração!” Tá bom, parei!

Mas realmente pensando em como é a vida, ela pode ser como um jogo de futebol. Cada dia uma partida diferente. E pensando no meu caso, sendo cristão... Um beemmm meia boca, mas sim, crente de que há um único Salvador e o nome dEle é Jesus Cristo, O Nazareno… A vida de um cristão é como se, em todo jogo, fôssemos o time visitante nas partidas de cada dia — sempre encarando torcida contra, ambiente hostil, enfim, aquele famoso caldeirão nos estádios.

João 15:18-19 fala que não somos daqui. E assim como no futebol, a vida também tem um fim. Cremos nisso como cristãos. A partida de futebol passará e a vida neste plano também se findará. É difícil lembrar disso sempre, mas é na oração e foco nos propósitos dEle que permanecemos de pé ao final da partida. E como viver esse “Rumo ao Estrelato”¹ da forma que agrade o juiz? Bom, para agradar o juiz dos jogos é só jogar no modo Fair Play² que tá safe. Agora, o grande juiz, o juizão, o 01 da parada³... a gente tem bons exercícios como em Romanos 12:2 e uns conjugados como em Filipenses 3:20, onde fala sobre esperar em Cristo, nosso Salvador.

O negócio é que não é só para esperar também. Estamos aqui com propósitos⁴ a serem colocados em prática e um dos mais fortes na minha humilde opinião é sobre o Fair Play, digo, sobre amar os inimigos⁵. Nosso juiz é perfeito e esse é um dos treinos mais interessantes para mim. Pode exigir muito de nós, mas como um bom pós-academia, não só “tá pago”, como vem aquela paz de estar no caminho certo.

Enfim, voltemos ao jogo, não sabemos quanto tempo o juiz dará de acréscimo, mas, enquanto o apito final não soar, não podemos parar!
_________________________________________________________________________
Rodapé:

¹ Saudades de um PES no Play 2.

² Significa Jogo Limpo em português e muito usado na linguagem do futebol.
³ Às vezes me pergunto: será que Deus se incomoda com esse tipo de brincadeira? Fico refletindo se não falta um pouco de reverência, temor, enfim.
⁴ Miquéias 6:8, Colossenses 3:23-24, Mateus 5:14-16, Mateus 28:19-20, João 13:34-35, Tiago 1:27 e 1 Pedro 2:12. Todas na versão NVI. E claro, tem muitas outras referências sobre propósitos, esses são só alguns exemplos.
⁵ Mateus 5:43-48 (NVI).

DÁ NÃO DÁ

A cidade quer a noite
A cidade quer o dia
As baladas querem ritmo
Não importa a harmonia

O menino quer poder
A menina também quer
O sagrado é profano
Bem me quer ou mal me quer?

Somos sós quando queremos
Somos brasa em pleno inverno
E no verão quase Dezembro
A alegria é eterna, terna!

"Vamos a la praia"
É o refrão mais que mais se ouve
Bichos e bichas num só grito:

Queremos mais amor
Seja como for
Seja o que for
Sentimento não se mede

Queremos mais calor
Queremos sol e mar
Sentimento não se pede
Queremos celebrar
Um segundo é importante
Depois vemos no que dá

Luciano Calazans, 10/08/2017

Inserida por Maestroazul

Você e o Estado.

Somos seres sociais, isso é um fato. Somos integrados em uma sociedade que exige de nós uma participação que pode acontecer de forma direta ou indireta. Essa integração social, faz com criemos uma dependência das outras pessoas que também desfrutam dessa mesma sociedade.
Nós comemos, bebemos, vestimos, enfim, tudo que fazemos tem a participação de algo ou de alguém. Alguém produziu, alguém fez e nós partilhamos ou desfrutamos. Essa troca existente entre os seres, faz com que a sociedade se mantenha, como a engrenagem de um grande relógio. Todas as peças têm uma função, todas trabalham em conjunto para o funcionamento ininterrupto da máquina.
E como a sociedade não é tão homogênea em razão das diferentes formações pessoais e culturais, essa sociedade, entendendo isso, delega parte de seu controle, criando o estado.
Em cada país o estado fornece algum tipo de controle, visando em um primeiro momento a perpetuação e o desenvolvimento daquela sociedade. Esse controle é muitas vezes consuetudinário, o que acaba por ser absorvido pela maioria ou a totalidade daqueles que vivem sob aquele estado. Temos leis, decretos, normas, atos, enfim, uma infinidade de mecanismos de controle que nós mesmos acabamos criando e por consequente empoderamos o estado.
Com esse poder, o estado se torna maior que o indivíduo e ouso a falar que dependendo da situação, maior ainda que seu próprio povo. Basta vermos os grandes massacres, misérias e fomes, produzidos em nome do estado através da história.
Ora, perante o estado, muitas vezes agimos e somos tratados como semoventes. Criamos algo que pela nossa falta de interpretação e inércia, aprendemos a temer. E tememos justamente por não entender que o estado é cria nossa, é nosso filho. Nós o fazemos, nós o criamos, nós o alimentamos.
Abrimos mão de nossa individualidade para nos somarmos ao todo, mas, neste processo, acabamos por criar uma dependência doentia, na qual não conseguimos dar um passo, sem este estar sendo ditado por outros.
Basta acompanharmos os noticiários que veremos que o ser humano ficou para trás. Discutimos ainda, em pleno 2020, questões que provam que a nossa sociedade pouco evoluiu. Discutimos questões como: gênero, raça, crenças. Penso que todas essas questões em uma sociedade evoluída, deveria fazer parte apenas nos anais históricos. Talvez por isso ainda precisemos que alguém nos dite o que fazer e o que comer.
Somos extremamente motivados pelo todo, e perdemos a capacidade de pensar por si mesmo. Não distinguimos mais o certo e o errado. Nas trágicas coisas talvez, mas, nas coisas simples do nosso cotidiano, preferimos que alguém dite o que nós devemos fazer. A modinha virou moda, que virou conceito, que virou verdade, que mudou sua vida.
Partindo do princípio que devemos ser todos civilizados, penso ser estranho quando normas reguladoras me dizem o que posso ou não posso fazer. Fato, tal situação não se aplica a quem vive a margem social e não consegue ter convivência com outros seres humanos. Neste caso toda regulação e restrição, ainda será pouco. Aos humanos, humanidade.
Neste momento você poderá achar que estou me considerando um ser acima da lei e da média. Mas, a questão não é essa. Se você sabe quais são suas obrigações sociais, se precisar ser cobrado a todo instante sobre elas, logo, podemos concluir que: ou você não sabe, não internalizou ou você a quebra continuamente.

O estado regula aquilo que nós damos para ele regular, simples assim. Quem manda em sua vida? Você ou o estado. Lhe digo que é o estado. De tanto empoderarmos o estado, fizemos dele nosso pai, ou mãe se preferirem. O estado lhe diz: Use cinto de segurança, senão você poderá se machucar, use capacete, senão você poderá se machucar. Se cuide, senão te puno. Ora, essas questões nem sequer deveriam fazer parte de uma lei em um mundo civilizado. A própria consciência do ser humano, deveria entender que para sua proteção individual, essas ações são necessárias, independentemente de uma norma regulatória.
Poderão aos gritos dizerem: Ora, não evoluímos a esse ponto, precisamos de regras senão a sociedade desmorona.
Observem o quão essa afirmação é perigosa: “Precisamos de regras”. Quando afirmamos isso atestamos nossa animalidade. Mostramos que como seres humanos, temos que ser domesticados, adestrados, senão não conseguiremos viver em sociedade.
O estado que criamos não é nosso porto seguro, antes, é a coleira que nos mantém presos, é o forcado que impede que atravessemos a cerca.
Quanto mais você evolui como ser humano, menos você necessitará do estado. Quanto mais você evolui, mais clareza sobre as coisas você consegue ter. Assuntos antes polêmicos, se tornam simples. Assuntos simples, viram poeira ao vento. Questões que hoje ainda enchem salões como: aborto, racismo e homossexualidade, perdem a importância, pois para um ser humano, a raça, o comportamento, o trato da vida, são apenas questões individuais e devem ser respeitadas por cada indivíduo.
O nosso mal, é que importamos demais com o alheio, opinando sobre como os outros devem conduzir suas vidas, e esquecemos que pessoas não são marionetes de nossos desejos e vontades. Muitas vezes queremos o melhor para a pessoa, mas, como saber o que é melhor para outra pessoa, sem se tornar ela? Usamos uma única receita para todos os males. Isso é no mínimo perigoso.
Você e o estado podem andar de mãos dadas, mas, não se esqueça, ele é sua cria, e não o contrário. Charles Chaplin, parafraseou: “Não sois máquina! Homens é quem sois! ” Pergunto, com tanta submissão e controle de sua vida, somos homens ou máquinas?
Pense e reflita.
Paz e bem.

Inserida por Massako

Kentuck san
No KFC (fast food de frango frito), o japonesinho contempla o bom Kentuck.
Grita eufórico, esperando em vão uma resposta. Intrigado com o velhinho estático, pula, dança, com o intuito de chamar-lhe a atenção. Nada.
Inspeciona-o de perto, e tenta beliscá-lo. Outro menino, um tiquito maior, tenta grudar um escaravelho. Os olhinhos do primeiro o observam e depois abre um sorriso. Inútil.
O experiente Kentuck, talvez vacinado contra traquinagens, continua impassível.
O japonesinho olha, desafia-o e finalmente pespega-lhe um formidável pisão no pé.
Kentuck wins. O menininho sai pulando, no seu imaginário, pisando em anões.

Inserida por EdnaToguchi

ECO

Todas as noites são iguais: ela senta, pensa, levanta, bebe e, come - enquanto pensa - enquanto sente.

Todas as noite são iguais: os sonhos são perturbadores, as pernas não ficam quietas, há muita coisa para ser pensada e, ela pensa - enquanto sente.

Sente as dores no peito, as angústias do mundo, toma para si o sofrimento que não é seu. E ela teme: morrer, viver, sofrer, padecer e assim - ela vive.

Todas as manhãs são iguais: ela acorda - triste, angustiada, presa ao cansaço.
Às nove consegue apagar.
Mas, o que parece cedo já é tarde, porque ela precisaria: levantar, comer, rezar, falar, se esconder, aparecer, trabalhar.

E por mais que sobre tempo, nunca há tempo para ela, quando viu, lá se foi uma semana ou até mesmo um mês.
E ela sempre precisa: levantar, comer, sorrir e rezar...

Inserida por analine_fonseca

A castração do verbo

A evolução humana ocorreu devido ao espantamento do homem em relação ao seu universo exterior, deste aspecto o questionamento buscou a experimentação e dela a firme convicção para se provar e defender teorias científicas referendados em enciclopédias, manuais indecifráveis e inacessíveis à muitos de nós, entretanto, quando hodiernamente nos defrontamos com está evolução, descobrimos o quanto o universo imaginário brasileiro foi duramente castrado por séculos de dominação. Quando Maria Lu T S Nishimura, se coloca como personagem da própria escrita é para extrapolar e quebrar barreiras contra a hegemonia da criatividade!
Ao ser questionada quais são as minhas referências a despeito do que escrevo, afirmo que minha escrita possui a referência da consciência para a liberdade. A minha consciência é libertária e objetiva desafiar o ser humano a se autocompor - se, buscando o desenvolvimento interno dos talentos inerentes à cada um. Se somos todos filhos de Deus, a capacidade que Ele nos dotou é para o polir contínuo de si por bem e para o bem. Este é o real crescimento que Deus espera de todos os seres humanos, independentemente de raças e credos. Portanto, condenar, martirizar, críticas destrutivas, boicote social e moral contra as personalidades como forma de cessamento da criatividade é castração social e humano.
Culturalmente a imposição do limite se fez pelo medo, pela punição, pela difamação, pela humilhação, pela condenação. O limite deve existir para o mal e não para o bem. A minha escrita é um bem, portanto, o limite cultural que a sociedade por ventura, venha aplicar sob injúria manipuladora de regras, costumes, posturas, atuações, personalidades e humores, constituem no intento o cálice da castração do verbo!

Inserida por marialu_t_snishimura

Luzes e sombras nos caminhos da vida.

Os caminhos da vida têm trajetórias surpreendentes.

Quando somos jovens, acreditamos que a felicidade é uma questão de tempo. Durante a nossa vida, imaginamos que teremos várias amizades, seremos felizes, ficaremos velhos e teremos o amparado de familiares e amigos, sempre cumprindo tudo que pretendíamos fazer nesta vida. Mas não é bem assim. As luzes e as sombras dos caminhos da vida acontecem durante as trajetórias.

Nos trechos iluminados, tudo gira a seu favor. São os trechos da harmonia, onde surgem as parcerias, a admiração e a cumplicidade. São os trechos dos companheiros e dos interesses. A quantidade de companheiros aumenta ou diminui de acordo com a sua posição na sociedade. Chega um momento em que você confunde companheiros com amigos.

Mas há os trechos com sombras onde encontramos dificuldades para passar. São nesses trechos que os companheiros desaparecem e ficam apenas os amigos. E o quantitativo de amigos é medido pelas suas necessidades, ou seja, quanto mais necessidade, menos amigos.

Você descobre que poucas pessoas têm a capacidade de se doar e de ajudar você com as mudanças que surgem pelos caminhos. Muitos dividem as suas alegrias, mas poucos têm a habilidade de dividir suas tristezas.

São nesses trechos que ficamos mais maduros e passamos a administrar melhor nossas caminhadas. Descobrimos que temos menos trechos para caminhar do que o que caminhamos até agora. Já não escolhemos reuniões intermináveis, discussões, pois nosso tempo é curto e devemos aproveitá-lo ao máximo. Portanto, valorize quem está com você nas luzes, mas principalmente, valorize quem está com você nas sombras dos caminhos da vida.

Inserida por LUIZGMARTINS

Eu vejo...

Com meu pai no carro
Ele diz que quer passear .
Eu, como uma garota desse novo mundo
Não quero nem ligar.
Meu pai, dirige pela estrada de cimento
Que depois é tomado ,por terras e pedras .

Ao chegar no destino, nas serras
Abre-se as portas .
Não saiu nem um pouco , lá fora
Trancada, prefiro ficar
Até que, uma voz , chega ao meu lado
E me pergunta: "quer voar?"

Animada fiquei ; fui voar
Colocaram-se equipamentos de voo
Um moço me segura por trás, para ficar bem firme, no equipamento .
Houve alguns desentendimentos com o vento ,
Até que, enfim, fomos no ar.

No voo,pude ver pessoas , vaca, carro e estradas, tudo pequeno.
Mas, ao olhar , diretamente ao céu
Lá estava...aquela pequena esperança
Que havia nascido, mas já se ponha...
Aquele laranja, fogo ardente, sedo tomado
Pelo escuro, de pequenas estrelas.

Inserida por Yasmin_335

Se em seus olhos vejo aconchego
Meu conselho é que vibre
Pois de ti tenho medo
De um amar sem retorno

Daí, em torno não me apresso
Me stresso em compassos
Visto que era minha calma
Agito minha alma pois é impossível

E se solicito o plausível
Vou seguindo
Sozinha
Em contento com um som agradável

Sua voz
Que me transporta
Me importa
E esgota

É meu amor
Um solitário bobo
Que quando ouve sua voz
Se dilacera em solidão

Inserida por Lupaganini

Minha pressa

Não me critique por minha pressa
Vejo fruto em sementes que brotam
Ou queima em floresta verde
Enxergo longe

Não me critique por manter-me ativa
Proativa que sou em viver
E se meu ver te cansa
Siga mansa é sua natureza

Mas não me critique pela corrida
Minhas pernas formigam
E preciso alcançar
Mesmo que os erros decidam

Tentei
Amei
Escrevi
Vivi

E se te incomoda minha pressa
Borbulhe em chá fresco
É sua mina
É sua sina

E porque corro
É porque em segundos morro
E meu caminho
Não serão percorridos por seus pés

Inserida por Lupaganini

A casa da Vovó

A casa da vovó era tão grande, lá eu me sentia Latifundiário em vinte metros quadrados, lá eu subia no muro que parecia o de Berlim , lá eu subia nas Goiabeiras, nas pitangueiras e não tinha medo de subir, de cair, de sussuarana e nem tão pouco de perder a hora do almoço porque eu sabia que meu anjo envelhecido ali estava para me lembrar ,carinhosamente , que meu prato preferido estava na mesa.

A casa da vovó era tão grande , lá , no quintal, tinha uma enorme pedra, que hoje, diante de meus olhos nem tão grande era assim!

Lá às formigas eram gigantes, as flores mais coloridas , o suco mais doce e os biscoitos mais crocantes. Lá tudo ficava gostoso, até a couve que mamãe fazia e pedia pra vovó colocar em meu prato. Lá verdura era carne tenra.

A casa da vovó era meu itinerário preferido e ela a guia turística mais fantástica que eu já conheci .Meu passeio preferido, meu colo preferido, meu abraço mais quente e meu sim constante.

A casa da vovó era tão grande e se tornava maior por tanto carinho, tanta generosidade, tanto amor. Não cabia em suas intenções tanto carinho, expresso em apenas um olhar, um aconchego ou um sabonete e um talco quando ela ,de mãos dadas comigo, íamos receber sua pensão.

Assim a casa da vovó era uma mansão , tamanhos cantos que tinha, tamanha a vontade de agradar, tamanho o tamanho daquele envelhecido coração.

A casa da vovó, a casa da vovó era minha esperança de crescer , crescer e encontrá-la , envolver meus bracos pequeninos em seus bracos envelhecidos, ou o contrário ou ,simplesmente falar baixinho:

-Vó pede pra minha mãe deixar eu ficar aqui hoje? Pede vó , pede!

E ela com aquele sorriso conivente me abraçava e dizia:

-Pode deixar, ficaremos juntas mais um dia.

E eu simplesmente ,hoje envelhecida na saudade, falo:

- A casa da vovó era tão grande! Mas o amor da vovó era bem maior.

Inserida por Lupaganini

Cavalos e palavras

A palavra é um meio. É forma. É uma ponte por onde atravessam os nossos saberes, nossas deduções, os nossos pensamentos. A palavra não é conteúdo, nem essência, nem música. Ela é um mero instrumento através do qual revelamos a voz da alma. Sem a palavra ainda existe música. É uma composição secreta, silenciosa, que soa apenas dentro de nós.

Eis o segredo da escrita: entender que a essência não se domina, mas se deixa fluir. A essência vive em nós desde a nossa primeira respiração. O que nos cabe é optar por um meio que possa revelá-la. Escolhemos que instrumentos preferimos tocar. O que se domina é o instrumento, a própria palavra, a gramática. Não o conteúdo.

Há pessoas que sonham em escrever, mas não revelam a poesia que carregam. A mudez de ações impede a essência de existir. A falta de prática, de comprometimento e de disciplina cala a voz da alma. Bloqueia a literatura no interior das mentes incessantes, transformando-as em prisões de segurança máxima.

A ideia é como um cavalo selvagem correndo solto por um gramado infinito. Ela é tão livre, tão cheia de possibilidades, que não consegue decidir por si só. Ela não sabe por onde ir. Nós existimos no plano físico para orientar a ideia. Nós conduzimos a ideia através da escrita. Damos nome ao cavalo, alimentamos, montamos nele e descobrimos o que nos espera quilômetros à frente.

A palavra é uma corda, uma sela, um balde de água potável. Só dominamos o cavalo quando sabemos do que ele precisa. Enquanto não entendermos o cavalgar da nossa própria mente não conseguiremos escrever. Porque nos prendemos facilmente à forma. Achamos que um texto bonito é mais importante que um texto que faça sentido. Mas o único texto verdadeiramente bonito é aquele que flui em sua essência, que se revela em sua forma mais pura.

O livro que você quer escrever já existe. Ele está aí dentro correndo solto, descontrolado, sem rumo certo. Se o seu desejo é escrever, é de sua responsabilidade parar para ouvi-lo, entender o que ele precisa, praticar o instrumento. Enquanto você não fizer isso, a música permanecerá muda. O cavalo permanecerá solto. E o livro permanecerá preso.

Inserida por gean_zanelato

Meu tipo de gente

Eu costumava aplaudir gente famosa. Ia a teatros para ver palhaços, via entrevistas para dar risadas, contava piadas para ser notado. Mas, de repente, eu mudei o meu tipo de gente. Não vejo mais graça em palhaços do twitter, reviro os olhos pras piadas levianas e prefiro as conversas sérias, aprofundadas, principalmente sobre assuntos que eu não domino.

Meu tipo de gente é quem me ensina. Quem faz com calma. Quem estende as mãos, sem pudor, e sorri se não há nada a dizer. Meu tipo de gente não tem motivos para palhaçadas. Pois já são trapezistas, mágicos e bailarinas, no dia a dia do espetáculo da vida. E eles não têm medo dizer o que pensam. Mas respeitam que existem os que sabem mais, e que ninguém no mundo pensa igual.

Gosto de gente bem resolvida. Que escolhe por si e não depende de conselhos. Gente que repensa a própria vida, os próprios erros, acertos, vitórias e derrotas. Meu tipo de gente conhece mais a si que aos outros. Por isso impõe limite entre a privacidade e a rodinha de bar. Compartilha, se quiser. Apenas se o assunto somar.

Meu tipo de gente é de verdade. Sente, chora, dança, cai, se levanta e sonha. Tudo numa mesma medida. Pode até chorar de menos, sentir de mais, mas não se deixa carregar pela incerteza de um sonho. Mantém um pé na realidade e trabalha para conquistar o que deseja. Quando não dá certo, a minha gente sorri, pois já sabe que o mundo não está aí para embalar ninguém.

Minha gente escuta boas histórias, assiste bons programas, lê o que lhes convém. São Marinas, Vivianes, Beatrizes e Isabellas, que, no fundo, nada tem a ver comigo. São só elas. Mas quem é muito diferente e me respeita como eu sou, essa é a minha gente.

Aplausos. Vocês merecem.

Inserida por gean_zanelato

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp