Crônicas

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Não Quero Apontadores
O apontador de lápis é a prova viva que nem sempre a evolução quer dizer melhora, ela quer dizer mudança. Quando apontamos um lápis com apontador, ou ele não aponta por completo ou a ponta se quebra. Com um estilete é diferente, esteticamente não pode ser melhor, mas com certeza é mais prático e eficaz, os cortes feitos, além de prazerosos para quem os fazem, moldam o lápis ao seu bel prazer, na hora de afinar a ponta, o pozinho deixado pela raspagem do grafite será soprado, inexplicavelmente uma sensação de dever cumprido brotará dentro de nós, suavemente a ponta será testada nos dedos (os mais corajosos o fazem nas bochechas) e o lápis pode enfim continuar os seus afazeres.

Diga-me com quem andas, que te direi quem tu és.

Primeiramente devo explicar que este dito popular, não está contido na Bíblia, como muitos acreditam.
Mas, é um dito popular que reflete uma realidade inconteste. O meio em que vivemos, que frequentamos, as pessoas de nossa convivência, dizem muito sobre o nosso caráter.
Se você quer avaliar o caráter de alguém, basta ver as pessoas que a cercam. Isso, lhe dará uma pista sobre essa pessoa.
Que as amizades influenciam nossos hábitos e comportamentos, isso é fato. Pois serão através destas novas amizades que começaremos a frequentar ambientes, aprender novas palavras e replicar novos conhecimentos.
Assim sendo, estes novos conhecimentos e/ou comportamentos, acabam interferindo nas suas ações e no seu ser.
Somos seres influenciáveis, copiamos ou replicamos, tendências, modas, palavras, gestos, comportamento sexual, enfim.
Entenda que somos como um quadro branco, pronto para ser pintado, e a pintura após colocada, será vista, apreciada e julgada por outras pessoas.
Muitas destas poderão alegar que não, que o ambiente e as decisões, são de caráter individual, logo, apenas uma questão de escolha. Estão erradas, pois se você vive em um ambiente em que seus conceitos são contraditórios ao grupo, a conclusão é simples, ou você não pertence ao grupo, ou é alguém que trabalha em um prostíbulo e jura que é virgem.
No primeiro caso, a solução é simples, saia deste grupo e evolua. No segundo caso, assuma sua condição e pare de sofrer.
Em ambos verá que o grupo lhe influenciou na tomada de decisões.
Veja que até mesmo de uma forma inocente, copiamos algumas manias cotidianas. Uma palavra, um corte de cabelo, uma tatuagem, e outros tantos exemplos. Acreditamos que queremos, mas, na verdade, fomos influenciados. E, para mostrar que pertencemos aquele grupo, de pessoas legais e bacanas, acabamos replicando o hábito, e negamos, dizendo que foi uma opção de livre escolha. Afinal, gostamos de mentir para nós mesmos.
A frase, me diga com quem andas, que te direi quem tu és, como disse, não é bíblica, mas ela tem escora em alguns versículos bíblicos, a exemplo: Aquele que anda com homens sábios, será sábio, mas, um companheiro de tolos, será destruído. Outro exemplo: Abençoado é o homem que não anda no conselho dos ímpios, nem fica no caminho dos pecadores, nem se assenta na cadeia dos escarnecedores. Outro versículo: As más companhias, corrompem os bons costumes.
Em resumo, um abismo atrai outro abismo.
Apenas para refletir lhe pergunto: Com quem andas?
Pense e reflita.
Paz e luz.
Ilumine seu dia.

⁠Voltei a beber só, nunca deveria ter deixado. Não tenho atratividade para reunir bons amigos em um dia incomum, principalmente em chamá-los para beber e conversar besteiras que fazem bem.

Eu estava bem quando bebia só, pois não criava vínculos com ninguém, ouvia minha música, escrevia versos que só o meu ego elogiava, chorava, revia fotos antigas e de pessoas queridas que já se foram, um oásis a meu gosto.

Mas não tenho raiva e nem rancor das pessoas, cada um faz o que quer e o que gosta e deve está com quem se sente bem, o problema não está no outro, está em mim!

Então, que o destino me deixe comigo mesmo, também sou feliz assim, e hoje recomeço a timidez das antigas e de minhas infindas tardes incomuns ao beber trancafiado em meu escritório em um dia de segunda ou quarta-feira, como se o mundo lá fora desmoronasse.

Mas, no final de tudo eu me sinto feliz pois tenho a certeza que receberei uma mensagem: "está com quem aí, está bebendo?", minha mãe - como essa indagação me faz bem, pois ela pensa que tem um filho normal...


28/04/2021 - quarta-feira, mês de esperas!

⁠Empatia


O que é?

Psicologicamente, empatia é a capacidade de você sentir o que uma outra pessoa sente caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela, isto é: procurar experimentar de forma objetiva e racional o que sente o outro a fim de tentar compreender sentimentos e emoções.

Quando se usa da empatia, mesmo não se tendo resposta, apenas de ouvir e se colocar no lugar da pessoa uma conexão é formada. E isso importa. Um abraço na necessidade, uma conversa ou somente uma escuta... Há diversas maneiras. Essa habilidade sempre será importante. Nesta pandemia a empatia está mais visível e que continue. Sempre podemos melhorar. Não julgue. Não é fazer o que você gostaria que fizessem contigo e sim fazer o que eles gostariam que fizessem com eles mesmos. Somos indivíduos. Para isso é preciso parar de falar ou tentar adivinhar e escutar. Apenas tente entender e se puder ajudar, ajude. O que tem a perder? Abraçar a essência de ser humano é bom. Partilhe, doe, escute, faça, seja, simpatize e por último mas não menos importante empatize.

Uma boa notícia

Boas notícias é o que esperamos neste momento.
Acordar ligar seu computador, o celular, não importa o aparelho, o que importa é ter no noticiário boas notícias.
Enquanto isso não acontece, estamos todos aflitos, pensativos e acelerados.
O que será que vai acontecer? Alguns questionam! Será que o país vai de fato quebrar? Será que vamos sobreviver? Quando voltaremos a vida normal?
São tantas as perguntas sem resposta, que até parece que estamos no início de uma tese científica…. Ah! Pior que estamos!
A única certeza que se tem de tudo isso, é que quando tudo passar, nunca mais seremos os mesmos. Bom, estamos em vantagem aqui, ao menos sabemos de alguma coisa.

⁠Amor: semelhanças e contrastes no trabalho ( parte II )

O segundo, nem por algum instante as pessoas o ver como um cidadão de bem, com boas perspectivas profissionais. Mas este, podes crê; Já obteve sonhos misturado ao medo e a ilusão. Um sonho visto bem à linha do horizonte. O medo bem real, na qual aniquila a ilusão e torna-se fato consumado. Já não existe mais medo, não existe mais mãe , não existe mais segredos, muito menos mais sonhos. Se um é o melhor profissional, e tem a consciência que poderia ter alçado voos mais altos. O outro, também executa bem o seu trabalho, e é grato ao destino pelo que se tornou, porque as
possibilidades de escolhas por caminhos obscuros, eram bem mais evidentes do que alternativas dentro da legalidade.

100822II

⁠Realidade ou ilusão.

O que acontece conosco, é em grande parte, oriundo das nossas próprias escolhas e decisões.
A realidade na qual estamos inseridos foi, em sua maioria, projetada por nós e por nossas próprias decisões há tempos.
Mas, como saber se a realidade projetada para um futuro, pode ser boa ou ruim?
A notícia boa é que se você trabalhar e se esforçar, com foco, disciplina e objetivos claros, você poderá atingir seu objetivo. A notícia ruim, é que embora você faça tudo certo, ainda existe uma pequena probabilidade de que nada dê certo. Mas, essa é a beleza do futuro que, embora possamos tentar traçá-lo, não saberemos jamais se concluiremos o seu desenho.
Poderia então classificar o futuro apenas como uma mera perspectiva, ou ilusão. A realidade, o momento que estamos vivenciando no presente, é o resultado da somatória das experiências já passadas, você está exatamente aonde você se colocou.
No presente, você pode fazer varias escolhas dentro de uma mesma ação, a exemplo: Imagine que você tenha que fazer uma tarefa doméstica, a partir daí você tem várias opções, você pode fazer, deixar de fazer, postergar, pedir para que alguém faça, pagar para alguém fazer, enfim. Mas, cada uma dessas ações terá um resultado, embora semelhantes, na prática, serão totalmente diferentes na ação final. E, é essa diferença que moldará o futuro.
Se de repente você hoje, descobre que seu momento não é bom, que você deve se movimentar para mudá-lo e, que o tempo está se esvaindo, entenda, que grande parte desses fracassos, foram determinados exclusivamente por você. Você chegou a esse ponto, mas, por algum motivo, se sente incomodado e urge mudanças.
Agora não se assuste se a inércia lhe tocar o corpo, mesmo depois desses insights, até porque foi sua estagnação, falta de decisão e medo de sair da zona de conforto, que lhe colocaram nesse presente. Assim, não será fácil mudar de atitude, e isso piora quando a idade avança. Quando você é jovem, você ainda terá várias escolhas e decisões a serem tomadas, mas, quando sua idade ultrapassa o número do seu calçado, lhe garanto que as perspectivas de futuro, já não são tão boas, embora possa havê-las.
Quem acredita que o futuro será lindo e maravilhoso, é um sonhador, é mera ilusão. Quem acredita que o futuro será desgraçadamente ruim, é um pessimista, um visionário de coisas ruins. Não devemos buscar enxergar o futuro, apenas trabalhar, dentro de nossas convicções, para que ele seja bom e nos atenda.
Talvez por isso digam que o futuro a Deus pertence. Mas, o que pensamos, o que projetamos, o que fazemos no presente, são ações nossas, com resultados que serão colhidos com suas benesses ou consequências em adendo.
Por fim, a ilusão transformou algo em realidade, pois foram nossas escolhas. A realidade, não transformou nada em ilusão, pois além de ser o resultado de nossas escolhas, essa tem uma pitada de intempéries. Explicando, a ilusão de ter um carro, pode lhe fazer você juntar dinheiro para adquirí-lo, depois de comprado, sua ilusão se transformou em realidade. Mas, no momento presente, você pode estar andando dentro do objeto de seus sonhos, e se envolver em um acidente, ou ser vítima de uma ação criminosa. Por isso, a realidade, não é capaz de sustentar a ilusão. Embora queiramos que assim o seja.
Lembre-se toda decisão, qualquer ação, falada, escrita, pensada, e na moda atual, postada. Terá consequências.
Pense nisso.
Ilumine seu ser.
Simplifique a vida.
Viva enquanto vivo e morra quando estiver morto.
Paz e luz.
Massako

Inserida por Massako

Fragmentado — O Manifesto da Dor





> Não nasci para agradar.
Nasci para sangrar.

Purificação não é só um nome.
É a alma partida que encontrou voz no silêncio.

Escrevo para os que carregam cicatrizes invisíveis.
Para os que resistem apesar da ferida aberta.

Não falo para consolar.
Falo para acordar.

O homem é marcado pela pressão de se calar,
pela solidão que veste de coragem.

Para os que negam o pai, para os que foram negados,
para os covardes que abandonam a própria carne,
para os monstros que batem e destroem,
esta é a voz dos sobreviventes.

Aqui, a palavra não se cala.
Aqui, começa Purificação.⁠

⁠DISCORDÃNCIA seguia calmamente o seu caminho. Com algumas divagações infiltradas em sua mente na esperança de dar de cara com EXAGERADO. DISCORDÃNCIA sabia que EXAGERADO sempre tinha algo para contar.

E ao atravessar a esquina dos DESOCUPADOS avistou EXAGERADO de conversa com SABE TUDO. E foi assim que DISCORDÃNCIA começou a se sentir recompensada. Afinal, assunto para o dia é o que não faltava - logo pensou!

Bom dia EXAGERADO... Bom dia SABE TUDO! Vou logo dizendo que... E de repente, surge a dona CHEGA DE CONVERSA.

DISCORDÃNCIA com receio de ser interpelada, saiu depressa e um tanto envergonhada. E... foi nessa correria que passa por ela CONCLUSÃO, com uma borracha na mão. Para por fim... a história talvez mal contada, do dia em que o poeta teve que fazer uma redação.

Nivaldo Duarte

Inserida por nilduarte

⁠⁠"O Vazio Silencioso"

Na cidade onde os prédios parecem tocar o céu e as ruas ecoam de passos solitários, há uma história que se desenrola em meio ao desamor. Não é uma narrativa de lágrimas derramadas em noites solitárias, mas sim um relato silencioso de corações que se afastaram sem alarde. Em um café aconchegante, onde o aroma do café recém-coado mistura-se com a melodia suave de um piano ao fundo, duas almas perdidas encontraram-se, não por acaso, mas por um capricho do destino. Ele, com seu sorriso contido e olhos que guardavam segredos não ditos, e ela, com sua aura de mistério e uma tristeza velada nos cantos dos lábios. O encontro foi casual, como muitos outros na cidade movimentada, mas algo na maneira como trocaram olhares fugazes indicava que ali havia algo mais profundo. Conversas se iniciaram, histórias foram compartilhadas, mas entre as palavras havia um abismo, um vazio que nenhum deles ousava preencher. Eles dançaram ao redor do desamor, mantendo uma distância segura, como se temessem o que aconteceria se permitissem que seus corações se aproximassem demais. A cada encontro, o silêncio entre eles crescia, preenchendo o espaço com uma melancolia sutil. Até que um dia, sem aviso prévio, eles se despediram com um abraço frio e palavras vazias. Não houve lágrimas, não houve gritos, apenas um entendimento mútuo de que o desamor já havia se instalado entre eles, como uma sombra persistente. E assim, eles seguiram caminhos separados, perdidos em suas próprias névoas de desilusão. No café aconchegante, o piano continuou a tocar suas melodias, enquanto as cadeiras vazias testemunhavam o desfecho silencioso de uma história de desamor, onde o vazio era a única certeza.

Inserida por TiagoJSilva

⁠"O Ballet dos Corações"

No palco da vida, os corações dançam uma coreografia etérea, tecendo os laços invisíveis que conectam almas e sentimentos. É um ballet onde cada passo é uma expressão genuína de emoção, cada movimento uma narrativa única de amor, dor, alegria e saudade. Na plateia, observadores atentos testemunham o espetáculo da existência humana. Uns aplaudem entusiasticamente, encantados com a graciosidade dos sentimentos em cena. Outros, mais reservados, assistem em silêncio, tocados pelas sutilezas dos dramas pessoais que se desenrolam diante de seus olhos. Os corações, protagonistas dessa dança da vida, carregam em si a complexidade de suas próprias histórias. Alguns são como bailarinos solitários, dançando no escuro da solidão, buscando desesperadamente por um parceiro que possa compartilhar o palco da existência. Outros formam pares harmoniosos, movendo-se em perfeita sincronia, como se seus passos estivessem predestinados a se encontrar desde o início dos tempos. Suas danças são um testemunho da beleza do amor verdadeiro, da conexão profunda que transcende as barreiras do tempo e do espaço. Mas nem todas as danças são suaves e elegantes. Às vezes, os corações se chocam violentamente, em uma dança frenética de desentendimentos e mágoas. Cada passo errado é uma ferida aberta, cada palavra dita em raiva é uma faca que dilacera a alma. E mesmo quando a música para e o silêncio cai sobre o palco, os corações continuam a dançar em seus próprios ritmos, ecoando os sentimentos que os consomem por dentro. Porque, no final das contas, somos todos apenas dançarinos neste grande teatro da vida, procurando encontrar significado na música dos nossos corações.

Inserida por TiagoJSilva

⁠Devaneio neurodivergente

Quando eu era criança, me imaginava como um cavalo selvagem, galopando livremente pelos campos da existência. O vento, cúmplice silencioso, acariciava minha crina, e meus cascos batiam em compasso com o pulsar da terra.

Naqueles devaneios, eu era mais do que carne e osso; eu era a própria essência da liberdade. Acreditava que, um dia, me desvencilharia das rédeas invisíveis que a vida impõe. Sonhava com a plenitude de correr sem amarras, sem medo, sem olhar para trás.

Mas o tempo, esse sábio implacável, me ensinou que a liberdade não é um galope desenfreado. Ela reside na consciência de nossas próprias limitações, na aceitação das rédeas que nos moldam. O erro, esse fiel companheiro, também tem seu papel: ele nos forja, nos humaniza, nos conduz à sabedoria.

Hoje, olho para trás e me pergunto: será que sou o cavalo selvagem que idealizei? Talvez não. Talvez a verdadeira liberdade esteja na compreensão de que somos todos cavalos, às vezes domados, às vezes indomáveis, mas sempre parte desse vasto campo de possibilidades chamado vida.

Inserida por JulianoFraissat

⁠"Reflexos de Eternidade"

Num recanto esquecido pelo tempo e pela pressa do mundo eufórico, erguia-se um campo vasto, bordado de verde e salpicado pelas cores vibrantes das flores silvestres. O sol, um gigante incandescente, elevava-se preguiçosamente acima da linha dos montes distantes, despejando luz e calor sobre a terra, que exalava o aroma doce de terra molhada misturado ao perfume intenso do jasmim e da lavanda.

Naquele lugar, as manhãs começavam com o concerto dos pássaros, cujas canções teciam uma melodia que parecia celebrar a própria essência da vida. O vento, um visitante constante, soprava através das árvores, sussurrando segredos antigos para quem quisesse ouvir. Ele percorria o campo, agitando a grama alta, criando ondas num mar verde que se estendia até onde a vista alcançava. No centro desse paraíso esmeralda, uma figura solitária caminhava com a tranquilidade de quem não tem destino ou pressa. A cada passo, os pensamentos flutuavam tão livres quanto as borboletas que, vez ou outra, acompanhavam seu trajeto. Era um ritual diário, um momento de comunhão com a natureza, onde cada respiração parecia limpar as preocupações acumuladas e cada brisa trazia renovação. Nesse caminhar meditativo, a figura parava frequentemente para admirar pequenos milagres: o orvalho sobre a teia de aranha transformando-a em colar de diamantes, o voo rasante de um falcão que partia em busca de sua presa, o jogo de luz e sombra criado pelas nuvens que corriam livres no céu. Era como uma nuvem num céu de verão: leve, passageira e repleta de formas. Mas somente seu coração conseguia interpretar.

Certa manhã, enquanto percorria esse caminho de introspecção, um velho carvalho chamou sua atenção. Majestoso, resistia ao tempo com a dignidade dos que sabem suas raízes profundamente ancoradas no solo fértil da história e da experiência. Sob sua copa, a luz do sol filtrava-se, desenhando padrões dourados no chão. Sentando-se sob essa cúpula natural, a figura deixava-se envolver pela sensação de eternidade que o lugar evocava. Foi então que, entre a luz e as sombras, um pequeno ser alado chamou sua atenção. Uma libélula, com asas que pareciam feitas de vidro e reflexos metálicos, pousou suavemente ao seu lado. Havia algo de mágico naquela presença, um lembrete de que a vida, em todas as suas formas, é um mosaico de momentos, cada um contendo sua própria beleza e singularidade. Ao cair da tarde, quando o sol começava sua descida para além dos montes, pintando o céu de tons ardentes de laranja e vermelho, a figura levantava-se e retomava seu caminho de volta para a casa, onde o fogo já estaria crepitando na lareira e uma caneca de chá fumegante aguardava. No silêncio confortável da cozinha, enquanto a noite revelava sua exuberante pintura estrelada no céu, refletia sobre o dia e sobre as lições sussurradas pelo vento e pelo voo da libélula.

Naquele campo, longe do turbilhão da vida urbana, cada dia era uma nova oportunidade de entender que a existência, com todas as suas reviravoltas e revelações, não precisava ser mais do que isso: simples, pura e profundamente conectada com o mundo natural. E nessa simplicidade, encontrava uma paz que nenhum outro lugar no mundo poderia oferecer.

Inserida por TiagoJSilva

⁠A vida como um café

Ao ler o livro A Pirâmide da Sabedoria: Alimentando sua Alma em Meio à Pós-Verdade, me dei conta de como a vida pode nos ensinar por meio das pequenas coisas. Tome o simples ato de fazer café, por exemplo.

"Quando tomo café (que coisa de Deus!), não posso deixar de louvar a Ele por criar criaturas à sua imagem, com a capacidade de sonhar com uma bebida tão magistral por meio do bizarro processo de torrar grãos, moê-los e filtrar água quente através deles. Que maravilha!" (p. 165).

Inspirado por essa passagem, fui pesquisar mais sobre o processo de se fazer café. Se, como eu, você é leigo nesse assunto, saiba que há um cuidado minucioso envolvido até o café chegar às nossas casas. Tudo começa com a escolha criteriosa das sementes, que são cultivadas em viveiros até estarem prontas para o plantio. A partir daí, há todo um processo: irrigação, adubação, controle de pragas, até chegar à colheita. Depois disso, os grãos são classificados, torrados e moídos para que possamos desfrutar de uma simples xícara.

Essa jornada do grão até o café pronto é, na verdade, uma metáfora para a vida. Nada de valor se torna bom sem passar por um processo – e esse processo, muitas vezes, pode ser doloroso. Assim como o grão de café precisa ser quebrado e torrado para revelar seu sabor, nós também passamos por momentos difíceis que nos moldam e nos preparam para algo maior.

Essa reflexão me lembrou de um ensinamento bíblico que sempre me impactou. A Bíblia, em sua sabedoria, nos incentiva a aprender com o que nos rodeia. Um exemplo que sempre gosto de citar são as formigas, mencionadas em Provérbios 6:6-9: "Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio." Observando a diligência das formigas ou o zelo com que cada etapa do processo do café é conduzida, percebemos que o sucesso, a maturidade e a realização são resultados de disciplina e paciência.

Essa jornada de aprendizado tem me tornado mais humilde. A Bíblia tem me ensinado a observar mais, a escutar com atenção, seja o que as pessoas, os animais ou mesmo o mundo ao nosso redor têm a nos dizer. E o mais fascinante é que esse aprendizado nem sempre vem de outros humanos. Ao prestar atenção aos detalhes da criação, percebemos o quanto podemos aprender com as pequenas coisas – mesmo algo tão simples quanto uma xícara de café.

Assim como cada grão passa pelo fogo para revelar seu verdadeiro sabor, somos moldados pelas experiências que enfrentamos. E quando aprendemos a apreciar esse processo, mesmo nos momentos difíceis, a vida se torna mais leve, mais rica.

Depois de toda essa reflexão, só me resta celebrar. Que tal um café para brindar as maravilhas de Deus?

Inserida por JamisGomesJr

⁠Criticado, xingado, ridicularizado. Caio Bonfim quebrou preconceitos e marcas. Um passo de cada vez, assim foi Bonfim. Essa medalha foi de prata, mas tem valor de ouro para as futuras gerações. Daiane dos Santos e tantas outras não conquistaram uma medalha olímpica, mas certamente pavimentaram o caminho para que as guerreiras brasileiras conquistassem uma medalha olímpica histórica por equipes. Daiane faz parte dessa história, assim como Caio, cuja mãe, Gianetti Bonfim, obteve índice olímpico em 1996, mas não teve o prazer de participar do grande evento. Hoje, Gianetti vê seu filho no Olimpo. Isso reforça que, por trás de um grande resultado, há a importância de grandes homens e mulheres, como os pais de Caio.

Foram horas de treinos, anos de dores, risos, choros e também alegrias. Passo a passo, uma verdadeira marcha atlética rumo ao posto dos eternos, dos campeões da vida. A dedicação de Caio e Daiane ao esporte e a luta por algo maior do que eles hoje colhem frutos, cada um à sua maneira. O coração entregue em cada sessão de fisioterapia, as abdicações alimentares, de lazer, familiares e tudo mais que um atleta necessita para atuar em alta performance hoje dão luz a um novo momento do esporte olímpico brasileiro. A família de Caio, trabalhando em conjunto pelo sucesso do filho, prova que ninguém vence sozinho, mesmo quando algumas modalidades, como a marcha atlética, possam parecer totalmente individuais.

Em qualquer legado, cada um tem seu papel. Daiane e Gianetti tiveram os delas, assim como Caio Bonfim tem o seu hoje. As potências nos esportes olímpicos não chegaram ao topo da noite para o dia. É necessário fomentar e valorizar os atletas, além de massificar e captar a base, para que nomes como Caio e Júlia Soares tenham mais recursos e possibilidades de competir em igualdade com todo o mundo. Essa medalha de prata é de Caio, mas representa e abre portas para muita gente. De fato, o melhor do Brasil é o brasileiro, que muitas vezes luta contra adversidades, desigualdades tecnológicas e outras em provas olímpicas e na vida. O brasileiro não é vira-lata; o brasileiro tem raça, a de guerreiros. Paris 2024 apenas reforça que o brasileiro precisa continuar trabalhando na base, passo a passo, assim como na marcha atlética. Abaixando cada vez mais o tempo, tirando a diferença, o bronze e a prata se transformarão em ouro, e o futuro será tão grande quanto o coração desses brasileiros.

Inserida por JamisGomesJr

⁠A estrada com Deus

Confesso que já tive medo. Medo de várias coisas, desde situações que justificam essa emoção até mesmo filmes de terror. Nas últimas semanas, essa palavra tem martelado em minha mente. Entendi que o medo é uma parte natural da vida, mas tudo precisa estar em equilíbrio. O medo faz parte do ser humano, mas, em excesso, pode se tornar um obstáculo.

Li e ouvi em entrevistas que o medo pode ser visto como falta de confiança em Deus e ausência de fé. Impressionante, não é? Vamos ser francos: não importa o que venha a acontecer, o medo estará sempre presente. Mas o ponto que tem martelado em minha mente não é eliminar o medo, e sim aprender a confiar!

Acham mesmo que Abrão (mais tarde Abraão), pai da fé, não teve medo ao ser desafiado a sacrificar seu próprio filho? Qual foi o diferencial? Ele teve fé! A fé, a confiança em Deus e a intimidade que cultivou com o Senhor lhe deram a força para colocar a fé acima do medo. É importante notar que o medo em excesso pode bloquear a fé! É essencial destacar que temer a Deus é diferente de ter medo de Deus. Temer a Deus significa respeitar Sua soberania e obedecer prontamente.

O medo, por si só, não contribui e, se o faz, é de forma limitada. Não espero que todos compreendam isso, pois frequentemente somos chamados de loucos e cristãos são rotulados como fanáticos. Para aqueles que compreendem, buscam entender ou que estão de passagem e desejaram ler até o fim, compartilho um exercício que me veio pela manhã, perto do café e ainda sonolento.

Imagine que caminhar em busca de Deus é como dirigir por uma estrada. A estrada tem placas sinalizadoras que indicam os caminhos e opções que podemos tomar. Portanto, precisamos estar atentos a essas placas e vigilantes a cada quilômetro percorrido. A estrada não vai te dar todo o percurso em uma única placa. É etapa a etapa. Deus é assim. Ele revela as coisas aos poucos. Um passo de fé, assim como fez Abraão.

Deus nos instrui a buscá-Lo em primeiro lugar e as outras coisas serão acrescentadas. Ele deseja que cuidemos das coisas essenciais, e o medo muitas vezes nos priva disso. O medo pode nos impedir de enxergar as belezas ao nosso redor.

A ânsia de querer chegar ao destino, sem se preocupar devidamente com a velocidade e com a direção certa, pode nos levar a sofrer algum tipo de acidente nessa estrada. A caminhada com Deus não é necessariamente uma via expressa, por mais que não dure muito mais do que 80-100 anos essa viagem.

Preocupar-se com a velocidade do veículo ao lado é vaidade, é o mesmo que correr atrás do vento. Se acelerarmos demais e estivermos atentos, o Senhor também nos alerta através de Seu radar.

O ponto é: é possível planejar chegar a um destino, é permitido acelerar em alguns momentos, mas olhar ao redor, apreciar as paisagens, curtir a companhia de quem está nessa viagem, estar atento às instruções das placas e enfrentar as dificuldades fazem parte dessa jornada com Deus.

E quão boa ela pode ser! Temos o volante e muitas vezes depende de nós para onde o carro vai. Não é garantido que tudo sairá como planejado, mas aproveitar cada minuto da viagem, dos momentos mais belos aos mais difíceis, é importante. É claro que o destino importa para o cristão; muitos anseiam por isso, mas curtir a viagem faz parte. Portanto, viajemos obedientes às placas e diligentes até o fim da estrada.

Inserida por JamisGomesJr

⁠ Até onde você iria por alguém?

Em uma vila humilde em um domingo, era pra ser um dia normal como qualquer outro. Uma garota de 15 anos e seu namorado estavam voltando para casa, depois de terem comemorado o seu tão esperado 1 ano de namoro. Quando de repente ouve um tiroteio por volta das 20:36 da noite.
Em um momento de coragem e sacrifício, ela fez o impensável: se lançou sobre seu namorado, protegendo-o com o seu próprio corpo. O que leva alguém tão jovem a uma decisão tão poderosa e definitiva? O amor. Um amor que decide que a vida do outro vale mais do que a própria.
Testemunhas dizem que ela foi alvejada nas costas, que os bombeiros chegaram rápido, mas não o suficiente. Suas últimas palavras foram uma declaração de afeto eterno: "Eu te disse que morreria por você. Eu te amo." e assim, num último suspiro, sua jovem vida se apagou, deixando para trás uma história de amor e sacrifício.
No fim, a garota que salvou a vida de seu namorado entregou a sua própria. Seu coração, aquele que amava tanto, parou.


Crônica

Inserida por mariehdelimaa

⁠O Ódio de Liz Albuquerque

Que orgulho Liz Albuquerque sente de seu ódio. Um ódio desbravador, engajado, perspicaz; um ódio que ergue bandeiras, cria movimentos, causa desordem, desvia e encerra caminhos, abre esgotos a céu aberto.

Liz Albuquerque é o pseudônimo de Maricleide Rocha da Silva. Seu ódio ilustra manchetes, concede entrevistas, lê, escreve, desenha, pinta, esculpe, canta, dança, encena, sai de cena, ampara, abandona, prende, liberta, cura, planta, replanta, mata, desmata...
Odiosa e temida, a ativista é dada a lacres e clichês virtuais.
O ódio de Liz Albuquerque, não é um ódio qualquer, um ódio a ser desprezado, ou confrontado.
Não e não! Seu ódio, embora paciente, é justo, certeiro, impiedoso e livre de remorsos.
É preciso odiar muito para sobreviver ao ódio de Liz Albuquerque.

Inserida por TerezaDuzaiBrasil

⁠Amor com flores 🪷
Eu nunca vi pessoalmente, nem senti o olor, nem toquei uma das flores que mais me encantam: a Nymphaea nouchali, ou a flor de lótus, símbolo budista de pureza espiritual. Apesar da beleza, como parte do seu ciclo natural, essa flor desabrocha em águas lodosas. Durante a noite, suas flores se fecham e submergem. Mas quando os raios solares incidem novamente, as pétalas se abrem e elas reaparecem. Dentro da espiritualidade, este percurso da lama à luz simboliza pureza, renovação e vida eterna.
Eu tenho duas tatuagens de flor de lótus e farei outras. A simbologia do renascimento e a delicadeza com que se comporta seu ciclo (a planta procura águas rasas para que suas raizes se fixem na lama, enquanto o caule permanece na água e as pétalas na superfície) são, para mim, fonte de inspiração e sabedoria.
Essa leveza de pairar sobre a água é a mesma que procuro nos relacionamentos… eu me vejo na flor de lótus, pois minhas raízes, embora estejam em águas cristalinas e límpidas, foram germinadas na lama, nas dificuldades que cercam a vida de quem é intenso e se importa demais. No Egito antigo, devido ao seu ciclo solar, a flor de lótus representa o nascimento e renascimento. Suas sementes podem ficar até 5 mil anos em estado de dormência até que se encontre em condições adequadas de umidade e temperatura pra germinar. Por isso ela também é sinônimo de longevidade. Eu amo a analogia da vida com o ciclo dessa flor… a beleza, a leveza, podem vir dos mais profundos lamaçais de dor e sofrimento pelos quais já tenhamos passado. Cria-se uma resistência, uma insistência em permanecer magnífica na superfície, em se mostrar à luz do sol, mesmo atrelada à lama! Quando se gosta de flores, o primeiro ímpeto é arrancá-las, embala-las num buquê, mantê-las num vaso… é diferente com a flor de lótus. A beleza dessa flor reside em deixá-la seguir seu ciclo, naturalmente. Do contrário, ela teima, não se abre, não sobressai sua magnificência de cores. Fora do seu habitat natural dura apenas 48 horas. Não, essa flor não serve aos desejos de noivas pra enfeitar buquês efêmeros, nem pra ornamentar lares em vasos. Ela serve à apreciação natural, em meio à calma e silêncio.
Depois de um tempo, eu percebi que há uma certa semelhança dos bons relacionamentos com a flor de lótus: prezam a longevidade em detrimento das efemeridades; aguardam pacientemente condições confortáveis para germinar, desabrochar e fincar suas raizes; embelezam a vida dos que sabem apreciar suas singularidades; perfumam os espaços…tornam-se raros e desejados.
Viver o amor tem de ser assim, com leveza e maturidade. Longevidade e calma… apreciando o que há de belo no outro e se mostrando à luz do sol, límpido e cristalino, ainda que toda quietude tenha sido construída no fundo de águas argilosas.
Todavia não ser apenas calmaria, mas como a sensação lúbrica que causa o perfume das flores, inebriar e conduzir ao amor lascivo e impetuoso.
Viver o equilíbrio entre mostrar-se e recolher-se, submergir e emergir das aflições com brilho e beleza, permanecer com naturalidade e simplicidade e ao mesmo tempo ser singular… amor com flores, é o cenário perfeito pra viver feliz.

Inserida por ViviLifeandSmiles

⁠Um dia radiante: Quando tudo deu certo

Em uma manhã de sol radiante, daquelas que parecem ter saído diretamente de um comercial de margarina, algo mágico aconteceu. Eu acordei, e o despertador decidiu, por uma vez na vida, não me acordar com aquele som estridente digno de despertar até os mortos.

Ao sair de casa, já me sentia estranhamente otimista, como se o universo tivesse decidido cooperar comigo por uma vez. E olha que até o semáforo decidiu ficar verde assim que me aproximei! “É meu dia de sorte!”, pensei, sorrindo para os pedestres que me olhavam curiosos.

Na padaria, ao pedir meu café, a simpática atendente me deu um pãozinho de cortesia. “Para um cliente tão sorridente, é por conta da casa!”, disse ela com um sorriso cativante.

E quando cheguei ao trabalho, adivinha só? O chefe estava de bom humor! Ele até me deu um tapinha nas costas e disse: “Bom dia, você está radiante hoje! Vamos fazer uma reuniãozinha rápida só para alinhar as coisas?” Eu quase caí para trás de espanto, mas claro, concordei animadamente.

Durante a reunião, até as sugestões mais absurdas foram recebidas com aplausos e elogios. “Genial, Fabiana! Nunca tinha pensado nisso!” exclamou o chefe, enquanto todos os colegas batiam palmas.

Ao sair do trabalho, ainda flutuando em nuvens de felicidade, decidi parar em uma lanchonete para matar a fome. E quem estava lá? Minha crush da faculdade! “Oi, você por aqui?” ela perguntou, com um sorriso encantador. “Por acaso, sim! Quer compartilhar uma mesa?” respondi, tentando disfarçar o nervosismo.

E assim, entre risadas e trocas de olhares, minha manhã incrível continuou. Às vezes, o universo decide nos dar uma trégua e nos presentear com dias assim, onde tudo parece conspirar a nosso favor. E quem sou eu para reclamar? Afinal, hoje é o meu dia de sorte!

Inserida por LyuSomah

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