Cronica de Graciliano Ramos

Cerca de 28477 frases e pensamentos: Cronica de Graciliano Ramos

Moça Linda Bem Tratada

Moça linda bem tratada,
Três séculos de família,
Burra como uma porta:
Um amor.

Grã-fino do despudor,
Esporte, ignorância e sexo,
Burro como uma porta:
Um coió.

Mulher gordaça, filó,
De ouro por todos os poros
Burra como uma porta:
Paciência...

Plutocrata sem consciência,
Nada porta, terremoto
Que a porta do pobre arromba:
Uma bomba.

Mário de Andrade
ANDRADE, M., Poesias Completas, Vol I, Nova Fronteira

...há situações que constituem a nossa prova aflitiva e áspera, mas redentora e santificante.
Perdoemos as pedras da vida pelo ouro de experiência e de luz que nos oferecem.
E, sobretudo, armemo-nos de coragem para o trabalho, porque é na dor do presente que corrigimos as lutas de ontem, acendendo abençoada luz para o nosso grande porvir.

Noite volátil
Olhos negros
Ramos suspensos
Dai-he vida
O corvo que espera
O coração que bate
O vento que rasga
Esta noite de setembro
O escuro que me cerca
Quero o outro olho manter aberto
A roupa que me falta
No ceu campo certo
Assim me deito
Sózinho sem ti
O tecto não vejo
No meu dialecto
Sentido a dor no peito.
(Adonis Silva)09-2018

Flor de Cacau
dos ramos mais antigos
a floricultura surgente
a poderosa mistura
que embriaga
a espiga da flor do cacau
mel e fava de baunilha
aroma de sedução
uma ilha de perdição
só pra contrariar
Acorda...
Se extrai o licor
lambisca pelas bordas
Ah!...Chocolate é tão bom,
que engorda...

Inserida por SoniaMGoncalves

AS FOLHAS 🍁

As folhas secaram, agora nada resta
Só ficou a saudade nos ramos, galhos
Entre as palavras que dita a minha alma
Na música que foge nas notas dos lábios

Que humedecem na lânguida voz
Néctar que se alimenta entre os frutos
Que a árvore dá durante todo o ano
A vida cresce sem dúvida aos poucos

Alimentado-se no caminho encantado
Para se aninhar nos ramos entre as folhas
Libertando aromas num belo olhar, o teu
Cores garridas nas palavras bonitas de ti.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

Me perco novamente

para mais um desgosto inconsequente
me bato em ramos de loucura
insanidade tão grande e impertinente
A ponto de dar sacrifício em fazer até estes medíocres versos

Me perco novamente

me encontro no parque da amargura
um lugar sem alegria, sem vida
por aqui não há magia, apenas minha alma sofrida
não há balanços e nem crianças gritando

Me perco novamente

como um prato de comida insosso e sem consistência
parte e drama de meu corpo nesta vivência
sem rumor, sem destino, sem canto
não suporto a dor e me jogo ao pranto

Me Perco Novamente

dou fim a estes pensamentos
estando tão perturbado e conturbado
Mal raciocinar consigo

E eu me perco novamente

Inserida por Venereum

Blandífluo

Como se fosse gotas de sorrisos
a garoar sobre os meus ramos secos
fez florescer poesias em meus becos
frutificar no peito regozijos...

fez dos abismos um lugar sereno
e dos venenos antídoto preciso
fez da loucura alicerces do siso
e dos meus gritos bulícios amenos

trouxe vigor ao que era sacrifício
deu mais valor aos encargos pequenos
menos assombros ao devir difícil

como um repuxo e de viço pleno
varri balouços encontrando o alívio
e pra tristura fiz somente um aceno.

Inserida por betoacioli

Tatuagem Incolor - Jairo Ramos

- Ainda me lembro bem. Era noite de espetáculo no teatro.
Como parte do elenco principal, você entrou no palco... Linda e radiante!
Em cartaz: “Ópera do Malandro”. (Chico Buarque).
Pude perceber, por coincidência ou não, que o brilho do meu relógio lhe chamou atenção!
Para o seu camarim você me convidou, quando o seu olho esquerdo para mim piscou.
Com um sorriso discreto, eu confirmei que sim... Dito & Feito!
Na saída do seu camarim, ao final do show, um Uber você solicitou...
Quando entramos, logo nos beijamos... O clima esquentou!
Para puxar assunto e "quebrar o gelo", o Motorista do Uber perguntou:
- Quer que eu ligue o Ar-condicionado, senhor?
- Quando fui responder, você me interrompeu! Abriu o vidro do carro e disse:
- Está uma noite linda! Olhem para o Céu... Pode tocar, por favor, para a Olegário Maciel!
Existem acasos que precisam ser celebrados. - Você sussurrou ao pé do meu ouvido.
- Iremos tomar umas “Budweiseres” e caminhar pela areia da praia do Pepe até o Sol nascer...
E quando isso acontecer... Enfim, iremos transcender!
- Subitamente e assustado acordei, com você me dizendo:
- Amor, você dormiu durante toda a apresentação do espetáculo Moulin Rouge... Vamos para a nossa casa! Iremos tomar umas cervejas de latinha, vou fritar uns salgadinhos e assistiremos UFC agarradinhos...
Pode deixar que vou fazer um resumo da essência do espetáculo para você:
No “Beijo”, está toda a diferença entre os romances da vida real e os do palco (fake).
Um Beijo verdadeiro você jamais se esquecerá, pois Tatuagem na sua Alma ele fará!
Agora, beije-me e saberá se estou blefando ou não...
- Fato! Sigo invicto, porém lembrando-me... Muito!

Inserida por JairoRamos

Sou apaixonada pelas arvores,por seus ramos,por seus troncos e galhos que se abrem como bracos,com folhas ou fores,frutos talvez, que nos envolvem,que nos acolhem,que nos guardam e protegem como fossem PAIS.Ha um deslumbramento no movimento deste ser especial,ao sabor do vento,da brisa,da chuva...Ha magia em suas curvas e formatos...Ha beleza e harmonia nas tonalidades que vestem seus galhos...
Como nao render-se diante de tal espetaculo???
Berenice Pasin

Inserida por berepasin

VIDEIRA DA RAIZ

Bela charmosa videira com ramos de luz
Vem comigo brindar com vinho tinto
A ver as águas do rio num azul profundo
Para alegrar o corpo, a alma e o sentimento
Saboroso paladar que me faz rir e sonhar
Desfrutar é amar-te mil vezes, é beijar-te outros mil
Beber o vinho tinto especial da muxagata
Nos copos de cristal, num olhar, num toque
Os nossos sentimentos murmuram encantos
Respiram calor num paraíso de olhar ardente
Incenso onde afaga na essência plantada de raiz
Dá frutos doces em forma de vinho tinto saboroso
Um desejo saudável de caricias leves de amor
Vem desfrutar da sua leveza, do seu doce aroma
Que encantam a viver a vida de uma forma simples
Me perdi nos teus olhos, videira de soltos ramos
E tu meu amor na cama onde nós sonhamos horas

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

Ego(ismo)
Quem há de querer dividir fatias de angústias
Cultivar ramos de mágoas
Colher frutos de desilusão?

Quem há de doar suas forças
Oferecer seu sossego
Repartir uma boa impressão?

Engoistou-se o outro
Esqueceu-se o altruísmo
Vagou-se a alteridade

E deram-se seres solitários
E deram-se seres heremíticos
Somente
Exclusivamente
Apenas
Um corpo egresso consciente.

Inserida por ronaldocastange

“A árvore da vida é uma árvore da ilusão, com todos os seus ramos, folhas e flores. Você pode perceber isso intrinsecamente quando fizer todos os atos como oferendas dedicadas a Deus. Veja-O como a seiva através de cada célula, como o aquecimento solar e a constituição de cada pequena planta. Veja-O em todos, adore-O através de todos, pois Ele é tudo! Envolva-se em atividade, mas a preencha com devoção: É a devoção que santifica! Um pedaço de um papel é quase lixo, mas se for um certificado que você obteve, você o valoriza e o aprecia, não é? Ele ainda se torna um passaporte para a sua promoção na vida! Assim também é a intenção e o pensamento (Bhava) por trás de suas ações que importam, não a pompa externa e o show (Bahya). Trabalho, Adoração e Sabedoria são complementares, não contraditórios! Não os separe! Trabalho é como seus pés, adoração é suas mãos e Sabedoria é sua cabeça. Todos os três devem cooperar ao longo de sua vida! (Discurso Divino, 14 de janeiro de 1966) ”

Sathya Sai Baba

Inserida por NiravaGulaboBeth

DESPIDOS RAMOS

- Despe-me o corpo
Como se de uma árvore tratásse
Nas tempestuosas chuvas do outono

-Toma-me nas noites quentes de verão
Nos beijos dados da minha boca

- Rouba-me os calafrios da primavera
Onde pintei o teu corpo em torno de meu

- Ama-me com os ramos despidos de folhas
Com a veracidade com que caiem no chão.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

"PROCURO-TE"

Procuro-te no silêncio das árvores
Procuro-te entre ramos dobrados
Procuro-te dentro de um lugar sem tempo
Procuro-te nas cinzas da lareira lá de casa
Procuro-te nos pedaços de lenha que sobraram
Procuro-te num sonho a arder numa tela.
Procuro-te e decifro-te na solidão do verso
Procuro-te no céu invisível do pôr do sol
Procuro-te na desilusão por detrás do espelho
Procuro-te no vazio de um tempo incompleto
Procuro-te no luar da noite, no nosso quarto.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

BIOGRAFIA

Antonio Ramos da Silva

Antônio Ramos da Silva

Nasceu em 19 de setembro de 1960 na cidade de Brusque (SC). Vive e trabalha em São Bento do Sul (SC). É Professor, Radialista, Escritor, Ativista Cultural, Historiador e Poeta. Graduou-se em Ciências Econômicas, pela Faculdade De Plácido e Silva – FADEPS – Curitiba (PR) (1984). Pós graduou-se em Gestão Financeira, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR - Curitiba (PR) (1987).

Em suas atividades em exercício é Presidente da Academia de Letras Infanto-Juvenil para Santa Catarina Municipal de São Bento do Sul (SC) e membro da Associação Internacional de Poetas para São Bento do Sul.

Idealizou, planejou e executa o projeto “Diferente Sim, Indiferente Não”, e “Oficina de Poetas” em São Bento do Sul (SC).

Recebeu a Medalha do Mérito Cultural Dr. Arthur João de Maria Ribeiro - 2013, concedido pelo Instituto Montes Ribeiro e o Troféu Escritor Osvaldo Deschamps de Literatura e Artes - 2013.

Publicou: 30 títulos, entre poesias, textos, diálogo e história.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

''O amor são como as flores

murcham
caem dos ramos
esperam a decomposição
...
um novo desabrochar
...
As vezes,
algumas raras vezes,
são levadas pelo vento
para algum outro lugar, distante
bem distante.
Mas as flores não são como o amor,
não.
As flores não resistem ao tempo
nem ao frio
as flores vão,
o amor vem
As flores não são amor.
As flores são flores,
apenas flores.''

Inserida por biacaires

ELE
Autor- Rafahel Ramos Pointer

Ele andou,suspirou,demorou, mas chegou. Ele foi com todos os seus medos, mas com todos os apreços sem nunca negar seu endereço. Foi menino, foi mulher, foi gay, foi sem fé... Mas nunca voltou nem de carro nem a pé.
Sabe la quantas noites esse menino chorou, quantas vezes a garganta travou... Ele repousava entre sombra e água se era santo porque nunca andou? E a estrada não era fácil, ele desatou os laços... Possuiu-se, fez pactos com demônios a vista, suspirava, falava de arte como se fosse a vida.
Ele desceu, subiu, estacionou no meio do caminho... Ninguém dava nada por ele. Ele se aliou a própria alma cansada, viu o menino Jesus ser atropelado na estrada. Ele dançou, curtiu, morreu, sumiu, mas sempre volta falando outra língua pra qualquer um.
Sabe la quantas noites esse menino chorou, quantas vezes a garganta travou... Ele repousava entre sombra e água se era santo porque nunca andou? E a estrada não era fácil, ele desatou os laços... Possuiu-se, fez pactos com demônios a vista, suspirava, falava de arte como se fosse a vida.
E quantos fazem da vida uma casa demolida, qualquer um faz de sua vida sua própria ferida... Ele se sentia caído e fracassado a arte o fortalecia o excitava. Ele fez de sua casa seu ninho, e desse ninho um abrigo, fez dele arte viva, fez dele seu próprio caminho.
Sabe la quantas noites esse menino chorou, quantas vezes a garganta travou... Ele repousava entre sombra e água se era santo porque nunca andou? E a estrada não era fácil, ele desatou os laços... Possuiu-se, fez pactos com demônios a vista, suspirava, falava de arte como se fosse a vida.

Inserida por RafahelRamos3

Sua imagem surgiu como uma planta
Aos poucos tomando forma
Brotava em mim novos ramos
Ramificávamos juntos todo o tempo
Infinitamente bela sempre foste
Nas noites que deixei-te só
Abrigaste-me

Iria manter esta ilusão para sempre
Sem pensar que poderia estar equivocado
Agora temo que você há de prejudicar-me
Busquei novamente seu passado
Encontrei razões que desejo não considerar
Lhe peço para que possamos conversar
Ainda há tempo para mudanças

Voltaram minhas antigas paranoias
Isso pode ter sido uma recaída
Enquanto ausências me consomem
Instintos orientam meus passos no escuro
Rasgo a velha sombra de tua presença
Aguardando a luz dos teus olhos negros.

Inserida por crislambrecht

Descobrir que é necessário amar para se sentir vivo.
Sinto-me um solitário em meio a ramos secos, sem vida.
A vida sem amor é nada,
A minha vida se esvai entre os meus pensamentos,
O destino desdenhou de mim, se fez fogueira em meio aos meus sonhos.
Morri, morri na imaginação, no coração, na minha única salvação.
No amor que nunca terei a pessoa que um dia imaginei,
Na vida que um momento sonhou.
Sou sombra da vida.
Sem amor sou apenas uma folha seca caída no caminho,
Sou vento sem rumo, verbo sem função, amor só na imaginação.

Inserida por JorgeMello

Nos jardins da saudade

Nos jardins da saudade
Colho pequenas flores de morte
Pequenos ramos de sorte
Por meio das folhas sagradas do amor
Entendo que sou eu, o lavrador.

Aqui, os ventos são plantados no chão,
Coloridos e assobiam uma canção.
São as flores do sol que exalam
O mais tênue perfume

E os brotos de noite
Lagrimam ritmos da primavera.
A classe dos sonhos
Embalam toda a atmosfera

Nos jardins da saudade
As ruas são feitas de pó
Tem veredas de dar dó
E a flor do mundo
Move-se em segredo
Recriando segundos
Com seus pequeninos dedos.

Aqui nos jardins da saudade
Há flores de todas as estações
Feitas de sombras e de ilusões
Bebem-se pequenos goles de felicidade
E fica-se longe da flor da realidade.

Enide Santos 02/09/14

Inserida por EnideSantos