Contos de Fábulas
O CONTO DA IGNORÂNCIA E MANIPULAÇÃO EM MASSA
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Sete irmãos foram convidados por seu pai, pra assistir à exposição de um quadro. E, no final da exposição, perguntaram-lhes o que foi visto.
O irmão teimoso, que considerava aquela exposição uma grande bobagem, não quis ir.
O irmão preguiçoso, que não se aproximou muito do quadro, só pôde ver um monte de manchas e borrões.
O irmão obediente notificou um leito de um rio cercado por árvores, com um céu límpido.
O irmão esforçado enxergou, que além disso haviam montanhas no fundo, com pássaros dilacerando o céu.
O irmão que entendia de pintura, percebeu tudo isso, e que na soma dos componentes da paisagem forma-se a face de uma
mulher com traços de tristeza. O irmão pensador teve o privilégio de assimilar a real intenção do pintor ao passar a mensagem.
O irmão desconfiado, considerado como o mais louco entre eles, que não muito sabia de pintura, teve o pressentimento
de que por de trás das intenções do pintor poderiam haver terceiros com uma proposta completamente diferente da transmitida
pela suposta intenção do pintor ao pintar o quadro.
Porque percebeu que o belo quadro que fazia alusão à natureza, possuía uma moldura feita de pele de animal.
As diferentes interpretações custaram uma semana de discussão em casa, entre todos os irmãos, com exceção daquele que
era considerado insano demais pra discutir sobre o assunto, que além disso não fazia a menor questão de defender o próprio ponto de vista.
Ficou observando o debate, e foi à exposição novamente, sozinho.
Enquanto os seis irmãos brigavam aos berros estrondosos do irmão teimoso (seguro de si devido os boatos que ouviu sobre o quadro),
e diante da prepotência do outro irmão que entendia de pintura, em um lugar distante dali, dois personagens comemoravam o sucesso da exposição, dialogando, aos ecos de gargalhadas.
-E no final das contas, quem é que pinta o quadro da nossa rotina com esse lodo, escombroso, imundo e pestilento?
Pergunta o patrão do pintor se rindo todo, tratando de complementar o silêncio reticente com a resposta na ponta da língua;
-O observador. São os olhos da mente que fazem a obra, e se essa apresenta-se turva, distorcida, é por culpa da
falta de visibilidade ou por falta de capacidade de interpretação do observador.
-Hahaha. Riu-se também o pintor, que continuou:
-O melhor disso tudo, é que, enquanto ninguém aqui entender de "arte", continuarei "pintando e bordando", como bem me for conveniente.''
M O R A L
1.) O QUADRO
O quadro é um tipo de conhecimento, acontecimento ou uma informação que está sendo apresentado(a).
Um mesmo acontecimento/conhecimento/informação é uma fonte geradora de pontos de vista diferentes. Esses pontos de vista são limitados à capacidade de interpretação de cada observador.
2.) A SIMBOLOGIA
Portanto, quadro é um tipo de conhecimento, acontecimento ou informação. O pintor é quem ensina, quem o apresenta ou quem o informa. O patrão é quem articula essa apresentação de acordo com um objetivo que geralmente é escondido, ou fica subjetivo por de trás dos bastidores, podendo ser a própria mente de quem o apresenta.
Os boatos podem ser os efeitos intencionais causados na massa.
Os filhos são os tipos de postura dos observadores diante da apresentação do quadro. O pai, será revelado em breve (7.)*.
3.) O IGNORANTE
Não importa a etnia, a classe social, o contexto, e nem mesmo o lugar; perpetuará ainda por bastante tempo, uma grossa camada, numericamente superior, composta por aqueles que não param pra observar o quadro (como o primeiro observador)
por entregar-se ao ledo engano de que a avaliação da obra não é digna do seu tempo. E esse é o ignorante. É o que constrói as próprias convicções, que não abre mão de suas verdades absolutas e inquestionáveis para ao menos prestar atenção nos outros possíveis pontos de vista e possibilidades. Afirma e nega de maneira incisiva
e combatente sem se quer ter parado para avaliar a obra, porque sempre acha que o que sabe já é o suficiente.
4.) EM ALGUM MOMENTO, EM ALGUMA CIRCUNSTÂNCIA, TODOS NÓS JÁ FOMOS, SOMOS, E AINDA SEREMOS IGNORANTES
Por mais que você tenha pensado em muitas pessoas
que se enquadram nessa definição de ignorância
não julgue-as, e muito menos se exclua dessa parcela, porque,
em alguma área e momento da vida, você já fez parte, você faz parte e você fará parte. Não importa o quão intelectual, científico, aculturado, sábio, coerente possa se considerar, ou ser considerado.
Em alguma área da vida até mesmo Einstein foi ignorante.
Então se você não enxerga ignorância em si, pode ser que seja o próprio exemplo de ignorância na maioria dos casos.
Principalmente se as suas opiniões/interpretações serem exatamente as mesmas de décadas atrás.
5.) AS DIFERENTES POSTURAS
Se não quiser ser um ignorante, não seja inflexível e teimoso. Não existe conhecimento inútil. Por mais que uns lhe sejam mais necessários no momento do que outros.
Se não quiser ser um ignorante, não seja mentalmente preguiçoso.
Se não quiser ser um ignorante, não seja tão obediente, porque nem todas as ordens são válidas, ou ditadas por pessoas sábias e bem intencionadas. Não discuta com um ignorante, se ele enxerga as coisas de uma forma limitada, talvez seja porque não exista nele a real vontade de enxergar a verdade.
Se você for esforçado mentalmente, poderá estar caminhando rumo à verdade do contexto. Mesmo que você entenda de pintura, ou seja, mesmo que entenda/estude o assunto que comenta, ou que tenha passado pela mesma situação na vida várias vezes, não quer dizer que saiba tudo sobre isso. Nunca se sabe o suficiente.
Se tiver gosto pela reflexão (pensamento), poderá ter uma percepção tão ampla do ''quadro''(acontecimento/tema/fato)
quanto aquele que o estuda, ou que passou por ele várias vezes (aquele que entende de pintura). O pensador é um questionador incansável, o entendedor de pintura geralmente acha que sabe o suficiente. Quem tem mais chances de cavar até as profundidades da verdade?
6.) AS PEQUENAS DIFERENÇAS ENTRE O SÉTIMO E OS OUTROS IRMÃOS
Nem sempre o que os loucos/excêntricos dizem é verdade. Muito menos o que você gostaria de escutar.
Muitas vezes não são lhes dado ouvidos. Mas talvez seja interessante dar mais atenção ao que eles têm a dizer.
Desconfiar nem sempre evidencia uma postura sóbria, mas nunca é demais questionar as mensagens ou contradições de um conteúdo apresentado. Se existem intenções particulares por de trás deles.
O que houve de sábio na atitude do sétimo irmão, tanto quanto esse questionamento, foi a falta de disposição pra debater.
E foi o fato de analisar a obra novamente, antes de afirmar ou negar qualquer coisa. Porque quem quer entende algo de fato não precisa persuadir ou convencer ninguém do que viu. Sabe que a interpretação dos irmãos, apesar de incompleta, poderia se igualar à ele se houver mais esforço ou interesse por parte deles para entender. E sabe também, que cedo ou tarde, saberiam da verdade. E caso ele estivesse errado, ao menos não se passaria por bobo.
7.) AS IDADES NÃO IMPORTAM TANTO
Não foi mencionada nenhuma referência feita às idades dos irmãos,
porque o número de aniversários nem sempre torna a percepção de um observador melhor que a de outro. Essa percepção é aumentada através da receptividade para aprender, seja com as próprias experiências, ou com a dos outros.
Há quem passe por muitas experiências acerca de uma mesma situação, e nunca aprende, mesmo depois de ter envelhecido.
8.) O PAI
O pai é um motivo por de trás dos acontecimentos da vida. Por de trás de todos os quadros que são vistos.
Pode ser o que você quiser; D's, o Universo, o destino, o ''eu superior'', a própria vida dando palpites. Não importa.
O pai leva os filhos para os fatos/acontecimentos (exposição dos quadros) para que aprendam algo. Se você recusa o que o seu ''pai'' tem a dizer, ou a te mostrar, ou finge/julga de maneira convicta que ele não existe, é provável que na essência, esteja sendo um ignorante.
Conto as horas
Para que apareça
De repente,
Numa manhã contente,
Numa noite reluzente,
Por aqui,
Com a fala branda
E a calmaria do signo
De terra,
Vendo de longe
A profundeza da água
Sem muito se aproximar,
Para nela não mergulhar!
Ah,
Olhar tão manso
Que outrora
Fez-se canto
Nessa terra brejeira
De encantos,
É uma tal de melancolia
Viver a aceitação,
Amar o tanto que se ama
E ter como aliada a imaginação,
É o que diz,
Que uso a imaginação,
Mas no fim de tudo
O que compensa é amar
Sem amarras e segredos,
De uma forma
Que o grande
Sequer alcance
A infinitude do mar.
A vida é um conto de falhas
Tenho um paciente muito bem humorado, que algumas vezes fala com ironia sobre seus planos, dizendo que podemos ficar tranquilos porque “não tem o menor risco de dar certo”.
A vida é uma invenção, e nesse conto de existir oscilamos entre heróis e vilões, vestindo roupas que alguns outros nos deram, e que por culpa, medo ou pertencimento, vestimos.
Sonhamos com castelos e tronos, e onde mais reinamos é no vaso do banheiro. Somos errantes, capengas, corcundas da Candelária às vezes, mas ainda sonhamos.
Sonhamos em ser aquilo que nosso cachorro pensa que somos ou aquele que nossos pais tanto desejaram e falhamos.
Criamos romances coloridos, mas nos empolgamos com os tons de cinza, pois não somos tão coerentes e racionais quanto gostamos de acreditar.
A vida é um conto de falhas que se passa entre o trabalho e a casa, nas mensagens de texto, e nas conversas fiadas. Nas paixões impossíveis e nos amores confusos, no que sabemos da gente e do que jamais poderemos saber.
Falhamos pois a vida precisa ser inventada, e ela começa bem depois que se encerra os felizes para sempre que finalizam toda história mal contada.
Bruno Fernandes Barcellos
Psicólogo Clínico - CRP: 05/39656
Quem me dera,
um amor de verdade
Destes que só existe em conto de fadas
que o amor surgisse do nada
Quem me dera,
acredita que o amor existe
Pudesse vivenciar
esta existência...
Quem me dera,
ver um sorriso belo que fosse assim só meu
Poder andar de mão dadas
ao longo dos caminhos
Quem me dera,
encontrar um sonho lindo
Para com este viver uma historia
de amor... Quem me dera!
Shirlei Miriam de Souza
Teria...
Sera que algum dia encontrarei o amor...
O amor não existe...
O conto de fadas é uma imaginação
Quem me dera entender o coração
Que de fato me entrega a cada novo sentimento
Seria eu feliz algum dia
Quem dirá serei
Só o tempo permite a dizer
Que o destino são fragmentos de historia
Que por segundos e segundos acontece
O futuro só a Deus pertence
E virá com certeza
Se amor um dia acontecerá só depende daquele que quer me amar!
Shirlei Miriam de Souza
Amigo...
Para ele, conto meus medos, minhas decepções, minhas dores que carrego em silêncio, mas para ele também, guardo no coração, um cantinho decorado com um sorriso, com perfume de amor, de carinho, de abraço apertado.
Ele sabe que pode contar comigo sempre que desejar entrar e se nada falar, fica no seu silêncio que entendo ser necessário, o meu respeito pela sua opção.
Amigo, não há como descrever, ele não cobra respostas, não mede esforços para me ouvir, compreende sem exigir uma postura e me aceita do jeitinho que sou.
Obrigada por ser meu amigo!
by/erotildes vittoria
Bela & Encantada
Não vivo minha vida como se fosse um conto de fadas, mas em seu olhar, vejo que tal conto pode sim, ser real e viver feliz pra sempre.
Sapatinho de cristal não calças, mas o seu andar é gracioso; charmoso e cheio de encanto é esse seu lindo sorriso.
Não usa coroa em sua cabeça, mas seus pensamentos são formosos e seus ideais, engrandece a coragem que vejo em você.
Guerreira e batalhadora é essa donzela, que nos dias atuais, vem se tornando ao meu ver, em uma princesa gladiadora, pois é independente e encantadora.
Um conto de outras primaveras passadas. Como era....
As moças de famílias com mais recursos financeiros, tinham que namorar os rapazes que fossem da mesma estirpe, ou que tivessem um bom emprego, de preferência em algum banco,. se fosse no banco do Brasil, melhor ainda. O pretendente que não se enquadrasse nos requisitos exigidos pela família da moça, só podia namorar "escondido." A moça que namorava "escondido", para ir ao cinema, tinha que sempre estar acompanhada com alguma amiga, ou com os pais, mas nunca sozinha.. O mancebo atrevido e sem os requisitos necessários, ficava por ali , na espera, na ante sala do cinema. Quando começava o filme, ele, na penumbra, saia procurando a moça. Vez ou outra,depois de estar sentado e curtindo a namorada, acontecia algum problema com o filme e as luzes se acendiam, era hora de se levantar e sair, deixando a moça sozinha. Assim que resolviam o problema com a fita, apagavam se as luzes, voltava o rapaz novamente a se sentar ao lado da namorada. Quando terminava o filme, aliás, antes do fim, o namorado já tinha que ir saindo, deixando a namorada sozinha. Normalmente alguns pais ficavam esperando a filha na saída do cinema, ou então, ela ia para casa acompanhada de alguma amiga, mas nunca com o mancebo. Os encontros extras, ou seja, fora da sala do cinema, eram sempre furtivos e rápidos. Quando os pais da moça descobriam aquele namoro, vinha o desfecho sempre com o argumento de que eles não haviam criado uma filha para aquele tipo de rapaz. Fim do idílio. Ivo
TUDO PASSA… O AMOR NÃO…
Madrugada, às vezes,
Sinto medo, me conto segredos,
Vou na memória,
Conto-me histórias de
Glórias e vitórias,também me
Acho, em vários fracassos;
Choro, nos braços da emoção;
Carrega-me no colo, e
Deita-me no coração,
Silenciosamente,
Ouço uma canção de ninar,
Que delícia, ouvir acreditar,
Tudo passa, a dor também,
O amor, não;
Faz a vida continuar,
Nasce o sol pra
Me acompanhar,
Um novo dia, vou melhorar,
E continuar a amar.
TRECHO DO CONTO: UM ADEUS A LUA
.. Com os olhos nublados, engoli o sussurro. Por enquanto sentada na areia, ainda a olho pensativa, olho atentamente aos desenhos que crio dentro dela. Conto os passos devagar e aos poucos se retiro. Adeus lua amada, adeus ao colostro que encontrava em meus sonhos guardados por ti. Adeus ao que eu sentia quando tu me mostravas o reflexo do amor. Porém, te falo adeus por esse momento. Pois, mais tarde me renovarei e contarei novos segredos a ti, quanto estiver bela e novamente faceira. Mas agora, digo apenas.
“Adeus lua amada.”
Não olho mais a lua. Não espero os raios do sol. Mas estou construindo, um novo caminho cercado de estrelas. Construindo um dia feliz, uma noite feliz. Construindo um novo mar, um mar que certamente encontrará o rio.
Lene Dantas —
www.lene-dantas.blogspot.com
Há quem diga... (conto)
Há quem diga que amar simplesmente acontece, sem nenhuma interrupção. Rhuan Marcondes, homem de nome elegante, que também se fissurava à mesma denominação, não se encaixaria no grupo de opinadores românticos. Rhuan se submetia a ser reacional, objetivo, planejador. De fato, todos temos que ambiciar estas qualidades, se quisermos encontrar-nos em nossos sonhos. Sonhos necessitam de planejamento e este de objetivos. Neste impasse, Rhuan tornou-se um célebre, bem conceituado profissionalmente, visador de um futuro, mas meras qualidades não mascaram os defeitos.
Certo dia, quando retornava de seu trabalho, avistou em um outdoor uma sublime frase que se estampavacom as mais impreginantes letras, "Ah o amor... impossível não viver sem.", a frase compunha uma campanha publicitária de uma grife famosa. Rhuan, sem dispensar sua racionalidade que transbordava a todo instante, fechou vagarozamente o vidro de seu carro e não hesitou em soltar um leve grunhido, acompanhado de um sorriso escárnio. Para que sua mente não se aponderasse à uma convicção amorosa, como na frase, imediatamente ele abriu sua agenda virtual, que saltava pela tela de seu moderno celular e, preocupou-se em realizar seus próximos afazeres profissionais.
O desprezo por um sentimento único, era rotineiro, quando tratava-se de Rhuan Marcondes. Seus boêmios amigos o intitulavam como um "louco", os mais íntimos colegas de um mero coração "de pedra". Críticas voltadas à este âmbito, era como o cantar dos pássaros para o nosso protagonista.
Porém, como dissera Camões, "amor é fogo que arde sem se ver", surge na modesta vida deste personagem, uma linda donzela. Ela estampava um olhar negro que se perdia nos detalhes de seu rosto branco. Seus cabelos, cacheados, ofuscavam os raios solares quando de dia, e se pincelavam com a luz refletida da lua, em noites estreladas. A doce donzela, surgiu como uma cliente interessada nos brilhantes projetos arquitetônicos de Marcondes. Com sua simpatia e simplicidade, conseguiu marcar um jantar, de negócios, com o nosso protagonista. "Dom Rhuan é quase que sinônimo de encantador e arrazador de corações", dissera ela referindo-se a um personagem sedutor espanhol ao modesto coração de pedra, que não retrucou. Passado dias, Rhuan continuava com a sua ambição profissional, mas ela tornou-se diferentemente mudada. Sua agenda virtual de compromissos passou a estampar o nome da donzela dos cabelos cacheados e sua mente passou a processar detalhadamente o físico daquela doce mulher. Tornou-se rotineiro, a voz encantadora de sua simples cliente, pairando em seus ouvidos e o deixando fulminantemente extasiado. Sua êxtase, o levou ao ápice de seus sentimentos.
O nosso racionalista não hesitava em gastar com presentes e projetos que retirassem o brilho contente no olhar daquela moça. Rhuan afundou-se em filmes românticos e não enxergava os clichês que os roteiristas deixavam nas entrelinhas. Tornou-se emotivamente feliz e lisonjeadamente contente. Abriu mão do seu futuro e abiu as portas para um futuro ao lado daquela "aurora preciosa" como passou a defini-la. Perdeu projetos, afastou-se de amigos e neste impasse, ainda alegara sua racionalidade.
Noutro dia, quando passou novamente pelo outdoor, não fechou o vidro de seu carro, mas retirou de seu bolso uma brilhante caixa preta que protegia uma aliança indescritivelmente magnífica. Ajeitou o seu penteado e soltou um leve sorriso cintilante, depois, partiu para o restaurante no qual, fizera uma reserva para dois. Ao engatar com o seu automóvel, amoleceu as pedras que esculpiam o seu coração.
Há quem diga que amar simplesmente acontece, sem nenhuma interrupção.
Já não sou mais uma menina, já não sonho com o príncipe encantado. Nunca gostei de conto de fadas, gosto mesmo é de vida real, de pessoas cheias de defeitos que não tem medo de assumir seus erros. Perfeição demais me irrita. Não me importo com críticas, sou assim e valorizo quem se arrisca sem tem medo de ser feliz. Sem regras, sem padrão. Cabeça nas nuvens e pés no chão.
Amemos as pessoas do jeito que elas são. Sapos não viram príncipes, cachorros também não.
Aonde esta nosso Jiminy Cricket?
O Brasil é um país de conto de fadas, absolutamente irreal e fantasioso, aonde todos vivem em um eterno faz de contas. Aonde a televisão faz de conta que passa alguma coisa útil, aonde as pessoas fazem de conta que se importa com alguma coisa e aonde os políticos fazem de conta que falam e se importam com a verdade.
Mas se fosse para adaptar esta realidade brasileira há alguma história, provavelmente seria sobre um certo Pinóquio, aonde ele sendo um projeto de gente para suprir as necessidades e solidão de um velho, foi criado. E como em um passe de magicas, ganhou vida, uma consciência com o nome de Jiminy Cricket, popular grilo falante, sim para os que não sabiam, era inicialmente apenas um eufemismo para a expressão Jesus Cristo! Uma certa ironia da pessoa que concebeu o desenho, em colocar o nome da consciência, a pessoa que veio ao mundo para moralizar nossa já antiga e ultrapassada falta de caráter.
Mas até mesmo nesse ponto não podemos deixar de fazer comparações, tanto a população de forma geral quanto os políticos, tem um pouco de Pinóquio, nascemos muitas vezes ao acaso, assim como o personagem e descobrimos que pequenas mentiras teoricamente podem não fazer “mal”. Assim como os políticos que na sua maioria surgem sem saber de onde, e ao assumir o governo descobrem que “pequenas” mentiras nunca serão descobertas, com a diferença de que seus narizes não irão crescer.
Ai está, posta na mesa as cartas e os personagens, inevitavelmente temos que nos perguntar, onde está nosso Jiminy? A onde está nossa baleia? O quão sozinho e egoísta podemos ser aponto de incorporamos um Gepeto? Assim como os personagens, vivemos em uma época individualista, com certa melancolia e muitas mentiras, jogo de interesses, apenas visando o próprio interesse.
A diferença básica é que o conto Pinóquio, é apenas um conto, que quando criado já envolvia certos valores, há muitos e muitos anos atrás, o que é preocupante é que tais valores depois de tanto tempo passado, continuam a faltar. Precisamos nos envolver mais, pois assim como os vilões da história, temos os nossos em sua grande maioria no planalto, fantasiando nossas cabeças com falsas ironias, e nos perguntamos, aonde esta nossa consciência, nosso Jiminy, nosso grilo falante, para fazermos o que é correto, para não deixarmos simplesmente tudo como está, pois embora o conto do livro tenha um final, nossas vidas são reais e continuam.
Conto minha vida por aqui
Através de poemas,
Pois quem me conhece sabe que o que vivi
São fases bem maiores que dilemas.
Felicidade vai,tristeza vem
O coração cai,pedaços tem.
Felicidade vem,tristeza vai.
Quero ver além do mundo que cai.
Dias melhores serão sempre bem vindos,
Em cada canto de nosso coração
Para que nossos bons momentos sejam vividos
E nossa vida não seja toda ela em vão.
Por que não existe nenhum conto de fadas baseado na vida real? Baseado nas milhares de histórias que eu e você já ouvimos por aí.
O conto de fadas moderno, seria mais ou menos assim:
- Cinderela dos Tempos Modernos
Era uma vez uma linda moça chamada Cinderela (Cindy, para os mais íntimos), que conheçeu um lindo rapaz em um festa. Os dois trocaram olhares, até que o rapaz chegou em Cindy. Após algumas palavras, eles deram o primeiro beijo, ele estava com um bafo horrível de cerveja, mesmo assim ela havia gostado. O rapaz deu mais dois ou três beijos em Cindy, pediu seu telefone e disse que iria pegar outra cerveja e já voltaria. Cindy ficou esperando, mas é claro que ele não voltou. No outro dia também não ligou.
Passaram-se dias e dias, ele já havia ido em muitas outras festas, beijados dezenas de mulheres, quando lembrou de Cindy e resolveu ligar para ela. Para a sorte dele, o celular dela era da mesma operadora, o que possibilitava ele conversar com ela por horas, por apenas 25 centavos.
Eles marcaram de se encontrarem. Cindy passou horas se arrumando, escolhendo roupa, sapato e maquiagem. Já o rapaz, se enfiou dentro da primeira camiseta amassada que viu em sua frente.
Depois de vários encontros e algumas indiretas de Cindy, ele à pediu em namoro, e como já esperado, Cindy não pensou duas vezes antes de aceitar.
Cindy estava apaixonada, tinha certeza que havia encontrado o seu príncipe. Já o rapaz, estava apenas curtindo ficar com ela, afinal, ela era simpática e gostozinha.
Após algumas semanas de namoro, Cindy estava completamente envolvida, fazendo planos para o futuro (mania chata que as mulheres tem de romantizar tudo). Enquanto isso, o rapaz não se aguentava mais, estava subindo pelas paredes, os hormônios estavam todos à flor da pele. Mas como menino esperto que era, sabia que não seria tão fácil ter o que ele queria, pois Cindy ainda era virgem. Então ele tentou de tudo, desde "Eu Te Amo" até jantarzinho romântico. Até que um dia aconteceu, Cindy não resistiu aos seus encantos e se entregou à ele.
Eles continuaram juntos por mais alguns meses. Cindy sempre por amor, ele sempre por prazer. Até que em uma dia qualquer, ele já cansado da vida calma, resolveu terminar com Cindy e voltar para a farra com os amigos.
Cindy sofreu muito, não aceitava a separação. Foram longos meses de sofrimento, choro e soluços abafados pelo travesseiro. Ela que acreditava ter encontrado o seu príncipe, viu ele se tranformar em um sapo asqueroso, que só queria brincar com ela.
Depois de muito tempo, Cindy conseguiu superar. Entendeu que se alguém havia perdido ali, era ele. Ela levantou a cabeça, sacudiu a poeira, enxugou as lágrimas e seguiu em frente. Conseguiu um emprego, terminou a faculdade, se divertiu muito. Arrumou um namorado novo, que não era um príncipe, mas ao menos não era um sapo. E apesar de todas as dificuldades de um relacionamento, conseguiu ser feliz e envelhecer ao lado dele.
O rapaz continuou com a vidinha vazia dele de festas, bebidas, mulheres, amigos e muita pegação por anos. Iludiu outras meninas, mas se achava muito esperto para se envolver com alguém. Quando finalmente se deu conta de que precisava de alguém para ser verdadeiramente feliz, era tarde demais. Ele se arrependeu muito por todas as meninas que ele havia feito sofrer, principalmente por Cindy. Se casou com uma mulher que igual à ele, todo mundo já havia 'pegado'. Ela não tinha o mesmo encanto que Cindy, e nem o amava tanto quanto um dia Cindy o amou, mas foi com ela que ele passou os restos dos seus dias, quase todos infelizes. FIM.
Um Conto bobo.
Era uma vez em um reino
Confundido entre eterno e para sempre
Onde no reino há um bobo
Que diz o que pensa
E não pensa o que sente.
No reino não havia só bobo
Havia o rico
Chamado Eurico
E havia o herói
Chamado Leroy
E havia Anciã
Irmã de Jean
Mas entre toda população
Aquele bobo
Era o de melhor coração.
Como era certo e certamente todos sabem
Eis que o reino um incerto dia os males invadem
O reino distante confundido
Entre eterno e para sempre
Estava agora ameaçado e perdido
Entre toda confusão e os gritos da nação
Havia o rico
Eufórico e aflito
Corria e chorava Eurico
Gritavam ao herói:
“-Pega a espada e destrói!”
Este grande dragão
Mas nosso grande Leroy
Era frouxo que dói
E correu em outra direção
Então disse Anciã
Irmã de Jean
Que herói fanfarrão!
Dentre a correria e as chamas
Um rosto ao alto da torre nos chama
E vamos então apresenta-la:
Loura, linda, Kiara.
Seu rosto era tão belo
Mas agora esta chorava
Ao ver a chama brava
Temendo o destino de seu povo
Na torre do enorme castelo
E o bobo com suas bobagens
Escondido entre suas miragens
Tinha como plano planejar
Sem fraquejar uma idealização
Uma certa forma de lutar contra o dragão
Ou se possível contar-lhe uma piada
Para que o coração da fera parasse
Com sua forte gargalhada
Ou que ao menos se engasgasse
E caísse desmaiada.
Com suas piadas na cabeça
E seu coração na mão
Foi o bobo muito aflito
Ao encontro do dragão
Todo o reino escondido
Assistindo àquele conflito
Que parecia ser uma explosão
Eis que o bobo começa a falar
E o dragão a fogo soltar
O bobo correndo a esquivar
Engole o medo
Segura o choro
E decide ganhar
O bobo entra em uma casa
E o dragão o persegue cuspindo brasa
O bobo se esconde com um garfo de metal
O dragão o vê e cospe uma bola de fogo fatal
O bobo muito bobo se esconde atrás da parede
Mas o garfo fica em brasa em sua mão
Sem pensar em sim ou não
O bobo corre e espeta o nariz do dragão.
Choramingando foi embora o dragão
Muito contente ficou toda a nação
Aliviado por estar vivo sem um borrão
O bobo chora e ri de emoção
Porque não há má condição
Quando existe um bom coração
E o bobo agora herói
Riu da cara de Leroy
E a Anciã
Oferecendo um cesto de maçã
Com toda convicção
Gritou:
-Diga seu nome herói!
E o bobo disse:
-Meu nome não é bobo
E agora quero que berre
Para toda essa gente do reino
Que meu nome é Pierre!
E seu nome todo o reino gritara
E sorriu para Pierre, Kiara.
O Cosmonauta
Conto: O primeiro homem a ir no espaço
Ele vai a uma espaçonave gigante, mas a parte habitável dela é bem pequena. O cosmonauta está lá, e tem uma janelinha. Por ela, ele vê a curvatura da terra pela primeira vez. Ele foi o primeiro homem a ver o planeta de onde é. Nesse momento ele sentiu-se perdido. De repente, um ruído estranho ... 'toc, toc , toc' vem saindo no painel. Ele arranca o painel, pega as ferramentas, tenta encontrar o ruído, tenta controlá-lo. Mas ele não encontra, não consegue parar, e continua. Umas horas depois,parece uma tortura. Alguns dias com esse ruído, e ele sabe que este simples ruído, vai enlouquecê-lo. Ele var perder a cabeça.
O que ele vai fazer. Ele está no espaço,sozinho, num armário espacial. Há 25 dias pela frente com esse barulho. E o cosmonauta resolve que, para manter a sanidade, ele terá que se apaixonar pelo ruído. Ele fecha os olhos, vai para dentro da própria imaginação e, aí, os abre. Ele não ouve mais o ruído ... Ele ouve música. E passa o resto do tempo viajando em paz ...
CONTO O TEMPO
te desejo
o tempo todo
a todo tempo
conto os três
ponteiros do
relógio
louca pra
chegar o
momento
de nosso
encontro
e matar
todo meu
desejo
em seus
braços
em seus
beijos
em suas
carícias
aproveitando
loucamente
cada minuto
segundo
e horas
ser invadida
por ti
Me encontra para que eu não me perca novamente nas ilusões que me faça viver um conto de fadas para acabar com um nada no país inadequado em sem lógica;
Me entrego de corpo e alma para que eu seja a tua vida e te dê o que mais você precise para ter certezas de que serei eu que farei você feliz;
A Felicidade, não é um conto de fadas.
E cada vez mais, parece que estamos
Vivendo em um conto de fadas
Como na historia de Alice no país
Das maravilhas, a felicidade, esta lá no alto
E somos tão pequenos para alcança-la.
Cada vez que nos auto engrandecemos
Deixando o nosso ego falar mais alto
A porta para a felicidade fica pequena de mais
Para que possamos passar.
Será que realmente, procurar amor
Onde aparenta não existe é loucura?
Os homens são loucos, vivem em amargura
Mas eu não vim falar sobre você
Ou de quem te perturbas, vim falar
De um sentimento, vim trazer a cura
Mas o amor não é uma doença
Então curar não deve ter.
Sentir amor nunca foi fácil
Nunca foi fácil, deixar de amar
Nunca foi fácil deixar quem se ama
Quem se ama não se deixa
Nem sei mais do que estou falando
Se é de um sentimento ruim ou bom
O amor tem dessas coisas, só quem senti
Terá uma definição, só lembrando
Que o amor, é diferente de paixão.
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