Contexto da Poesia Tecendo a Manha
Poesia do campo
Aqui tem paz, tem ar puro, tem águas limpas. Pela manhã o cheiro do café é um convite para agradecer pelo dia e ser grato por tudo! Aqui os vizinhos dizem "bom dia", "boa tarde" e uma maravilhosa noite! Se ouve ao longe musicas, aqui a gente sai nas noites quentes para ver as estrelas e o luar, e nas noites frias fazemos uma fogueira para aquecer ao som da viola e comemos milho-verde tomando chá de amendoim! Aqui tem alegria porque a alegria está nas coisas mais simples vida. E só aqueles que conseguem ser gratos pelo quem tem consegue enxergar a felicidade na simplicidade.
A poesia é o canto da alma..
Como o sol que nasce toda manhã e ilumina a vida..
Como canto matinal dos pássaros,
que anunciam o encanto dos cânticos
o despertar de um novo dia...
Como as flores que por toda sua simplicidade..
doçura e ternura é o simbolo do amor
e também do desabrochar da vida
Quando o poema vem da alma
é como a canção da manhã..
É puro sentimento e encanto..
São palavras que despertam com vida..
O nascer da manhã é um poema de amor e luz.
É mais um dia que nasce como poesia..
E acreditar ser luz de vida...
Poesia Silênciosa...
Nesta manhã fria
onde o silêncio é poesia.
Meu estado de espírito,
sereno e manso... voa
perante o suave deslizar
deste rio tão belo e puro.
Sonhando acordado,
pergunto às suas águas
como pode o belo, ser tão belo !?
A resposta vem silênciosa, a quem sabe ouvir...
-- josecerejeirafontes
Da série: Tudo pode virar poesia...
De manhã ela levanta... e abre a janela;
Pega água e rega a planta, que ganhou no dia dela;
Prepara o café do filho;
Na tigela põe um pouco de Sucrilhos;
Toma o café puro em sua caneca,
Depois de acordar seus dois sonecas;
"Querido acorde, já deu a hora...";
Por mais cinco minutos o marido suplica (e agora?);
"Filho, levanta, é hora da escola..."
A preguiça impera, mas ele não enrola.
Afinal, mãe é mãe e vice versa;
E ele sabe que não tem conversa;
Quinze minutos se passam, pai, mãe e filho se abraçam;
"Te amo mãe!"... "Te amo vida!"
E o dia segue, como essa poesia lida...
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o sol serenou a manhã e a noite coloriu a solidão, na ausência de nós dois, há poesia e violão;
e todas as canções pisoteavam nossos pés sem nós dois para driblar as orações que nossos corpos inventavam;
e de tocaia na madrugada eu via estrelas e não conseguia me ver, nos desencontravam,
mesmo com dor estava suave e o nariz ardendo, debaixo de chuva e na rua apenas caminhavam ventos, levando embora você....
Da serena manhã ao entardecer foi poesia
Lá fora chovia
Lá dentro sorria
Pois ali não havia alma vazia
Ali não se via falsa avalia
Valia tudo que ouvia
Dizia tudo que valia
Contudo sabia enfim que tudo podia
O escudo cedia e assim o estudo fluia
Sem norma exalava tudo que sentia
De forma que não esvaziava a luz que incluia
Sem saber da hora pois não lhe devia
Da serena manhã ao entardecer foi poesia
Chora poesia, chora
Amanheci intimado,
Algemado em plena manhã.
A poesia em meu íntimo doeu.
No latejar dos ponteiros,
Posso eu chorar até rios e mares.
Vou sonhar mesmo acordado.
Se ontem me envenenaram com palavras.
Hoje vou tomar um antídoto poderoso:
- O Perdão.
Algumas palavras sempre virão.
Mas não posso fechar a boca do mundo,
Mas a minha fechada ficará.
Essa vida é um mistério.
Até pisando em solo florido sempre encontraremos espinhos.
Então chora poesia, chora...
Que o amanhã te mostrará um horizonte melhor.
Chora inspiração, chora...
Chora como as chuvas que caem do céu.
Chora refrão, chora...
Pois o Poeta que chora contigo,
Sabe tudo o que se passa,
Em seu coração.
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Manhãs de garoa
Manhã chuvosa e fria
está refletindo meu coração
coloco meus sentimentos em poesia
para não me afogar em emoção.
Milhares de sentimentos silenciosos
que a alma até choraminga
são tantas saudades amorosas
nesta manhã triste de domingo.
Essa garoa insistente e fria
é como as minhas lembranças
não me deixam nem um dia
cheias das minhas desesperanças.
Contemplo da janela o portão
ouço tua voz me chamando
mas é apenas uma ilusão
da alma e da saudade te reclamando.
Nem sei se são muitas tristezas
ou o vazio de algo interrompido
levou todas a nossas belezas
minha luz e alegria foram recolhidas.
Genelucia Dalpiaz
NÃO DIZ NADA!
Não diz nada!
Nem a poesia vã
A ventura está selada
Suave está a manhã
Em nada se dizer
Se tem o amanhã
Há tanto prazer
No sossego
De sentir e ver
Nenhum apego
Deixa acontecer
Sinta o aconchego
Talvez em outra trova
Há tudo para puder
Sem reprova
Ou somente crer
No tudo vale a pena
Se forte é a fé no viver
Então, fique em cena
Só tenha a agradecer
O ato de ser aprendiz...
Estamos nesta estrada
Para ser... - sou feliz!
Não diz nada!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
17 de novembro de 2019 – Cerrado goiano
Numa manhã fria de maio,
em casa do poeta Evan do Carmo,
nasceu a poesia.
Nasceu à revelia
do poeta e da musa
Ruiva de cor e de olhos negros
deram-lhe o nome de felicidade
contudo, poderia se chamar
Giovanna ou Beatriz
Nasceu com enfado
nasceu com preguiça,
mas nasceu sorrindo
não como outrora
a Ninfa nasceu feliz,
não nasceu chorando
como a poesia de Hamlet,
E por que isto se deu?
É que a loucura humana
em celebre audiência
encontrara-se à noite com a lucidez
firmaram um acordo solene
e tiveram como prova a consciência
doravante viria ao mundo
apenas filhos saudáveis
pois o mundo se rendera tardiamente
à carência da cultura e à indigência.
Trancada durante noites em meu quarto, já havia esquecido de como era a luz do sol. A luz da manhã, ou até mesmo uma luz qualquer. Trancada naquele cômodo, pude sentir que estava sozinha e estaria sozinha ali, quem sabe para sempre.
Havia olheiras fundas rodeando meus olhos todas as vezes que eu olhava no espelho. Naquela noite, resolvi espiar do lado de fora. Resolvi procurar uma pessoa, qualquer uma que fosse.
Ao abrir a porta, a luz entrou com força na direção dos meus olhos, obrigando-me a fechá-los. Quando minha visão enfim se acostumou com a claridade, olhei ao redor. Não havia ninguém, era de se esperar. Voltei ao quarto, ela estava parada na cama, seus cabelos cor de bronze cobriam parte de seu rosto, mas não totalmente. Eu ainda conseguia ver seus olhos verdes atrás de parte de sua franja. Meus olhos não ousavam desviar dela. Meu coração gritava, pulsava com raiva e medo. Minha consciência discutia comigo, por eu não correr em sua direção, prendê-la em meus braços e prová-la o tamanho do meu amor. Meu coração sabia o quanto eu havia esperado esse momento, agora que podia pegá-la aos meus braços, apenas desistia da minha chance e ficava parada ao olhar seu sorriso discreto e inocente ao me fitar.
Foi assim, eu fiquei parada ao fitá-la, com olhos meio cansados, meio loucos. Porque ela sabia, ela tinha razão, ela era a culpada por isso estar acontecendo comigo.
Importância
Todos tem importância igualitária no
contexto vivencial e evolutiva ,
há os que nos estabilizam e os que nos
desestabilizam ;estão todos presentes e os são presentes à nós ofertados para
que possamos evoluir e melhorar ,fomos criados um para viver em função do
outro ,como a que um organismo em
que tudo é essencial nele ,até mesmo
os invasores que contribuem para
aumentar a imunidade ,tornando este
organismo mais forte; os que nos
desestabilizam são invasores de nossa
paz ;os que nos estabilizam possuem
algum grau de meditação maior que a nossa ,portanto esta em estado de
energia superior à nossa ,por isso pode
nos doar parte dela para nos ajudar ;
assim o fez Jesus Cristo ; o ponto é
se inexistisse o contra ,não teríamos
necessidade de amar tanto aqueles
os prós ,os que são a nosso favor e o
amor não seria tão intenso assim como
o é de extrema importância .
Palavras ao por do sol
Palavras soltas
Palavras com contexto
Simples encaixe de letras
Jogo matemático de textos
Disfrutando da luz existente
Iluminação destas páginas
Que eu escrevi
Livro meu que irá sair ao sabor do vento
Caberá aos dias que passam, á luz que me ilumina,ao som do vento,ao sabor da maresia, selecionar este puzzle de letras,palavras,contos, histórias,relatos...para deixar para alguém o colocar ao sabor do vento e sentir,como eu sinto um verdadeiro texto
Assim se constrói,assim se faz,assim se vive um bom livro......
(Adonis Silva)12-2018)®
A roda contemporânea
Em um contexto de grande industrialização, globalização, o homem não se sente totalmente satisfeito com as técnicas mais avançadas, pois elas não respondem as questões existenciais mais profundas do ser humano. Isso sem contar aqueles que estão privados de tais avanços, que criam novas espécies de analfabetismos, como o digital e o tecnológico. O Papa Bento XVI fala que vivemos em uma ditadura da técnica, tudo tende a ser altamente mecanizado e informatizado. A tecnologia não é nem boa e nem má em si mesma, dependerá sempre de quem está no controle dela. Paradoxalmente, quem acaba por estar no controle é a própria tecnologia, eleita pelo homem contemporâneo a solução de todos os problemas da humanidade. Ironicamente, essa tecnologia, acaba se voltando contra o próprio homem. A necessidade de tudo informatizar e mecanizar acaba gerando múltiplas exclusões de demanda humana no mercado. Se a revolução copernicana foi caracterizada pela supremacia do sujeito em relação ao seu objeto, hoje ocorre a olhos vistos a revolução tecnológica, na qual a tecnologia desenvolvida pelo homem assume o lugar do sujeito e o homem passa a ser seu objeto. Muito pertinente e oportuna é a tese de Adorno e Horkheimer na qual o Mito se transforma em esclarecimento e o esclarecimento se volta ao mito. Quando o se tenta desmitologizar a natureza, essa forma de esclarecer acaba por se tornar mito novamente, grosso modo. A contemporaneidade tem se pautado muito nesses aspectos.
ESPIRITUALIDADE
Leonardo Boff
“Leonardo Boff situa o tema da espiritualidade no contexto dramático e perigoso em que se encontra atualmente a humanidade. Sua reflexão quer captar a urgência da espiritualidade e enfatizar sua premente atualidade em face dos mitos que circulam pela cultura – mitos da exterminação da espécie, da liquidação da biosfera, da ameaça do futuro comum, da terra e da humanidade.
Em momentos assim dramáticos, o ser humano mergulha da profundidade do Ser e se coloca questões básicas: O que estamos fazendo neste mundo? Qual é nosso lugar no conjunto dos seres? Como agir para garantirmos um futuro que traga esperança para todos os seres humanos e para o planeta? O que podemos esperar além desta vida?
É neste contexto que o autor coloca a questão da espiritualidade. Ao citar o Dalai-Lama, considerado por ele como uma das pessoas mais messiânicas do nosso tempo, Leonardo Boff evidencia a distinção essencial entre a religião e a espiritualidade: a primeira associada a crenças, dogmas,rituais; a segunda relacionada às qualidades do espírito humano – compaixão, amor, tolerância, capacidade de perdoar, solidariedade -, que trazem felicidade para a própria pessoas e para os outros. E denuncia momentos e formas em que religião se torna a negação da espiritualidade.”
“A espiritualidade não é monopólio das religiões, nem dos caminhos espirituais codificados. A espiritualidade é uma dimensão de cada ser humano. Essa dimensão espiritual que cada um de nós tem se revela pela capacidade de diálogo consigo mesmo e com e com o próprio coração, se traduz pelo amor, pela sensibilidade, pela compaixão, pela escuta do outro, pela responsabilidade e pelo cuidado como atitude fundamental.”
“A espiritualidade vive da gratuidade e da disponibilidade, vive da capacidade de enternecimento e de compaixão, vive da honradez em face da realidade e da escuta da mensagem que vem permanentemente desta realidade. Quebra a relação de posse das coisas para estabelecer uma relação de comunhão com as coisas. Mais do que usar, contempla.
Há dentro de nós uma chama sagrada coberta pelas cinzas do consumismo, da busca de bens materiais, de uma vida distraída das coisas essenciais. É preciso remover tais cinzas e despertar a chama sagrada. E não irradiaremos. Seremos como
o sol.”
“Leonardo Boff descreve poeticamente as dimensões mística e política da espiritualidade de Jesus Cristo, fazenmdo também a distinção entre o Reino de Deus anunciado por Cristo e a igreja como construção humana posterior, sujeita a distorções capazes de comprometer fundamentalmente a mensagem original.
Ilumina a nossa compreensão mostrando a diferença entre os caminhos espirituais percorridos pela humanidade do Ocidente e no Oriente para concluir, à luz de uma afirmação do Dalai-Lama, que a melhor religião é a que nos faz compassivos, sensíveis, amorosos, humanitários, responsáveis. E que nenhuma religião pode invocar o monopólio dos meios para chegar a Deus.
Termina seu texto com um comovente diálogo com sua mãe, analfabeta, mas possuidora de uma sabedoria que lhe permitia ver Deus na transparência da realidade e de cada experiência concreta.
Diz Leonardo Boff “Em nossos escritórios e nos nossos gabinetes de trabalho podemos ser cínicos, podemos acreditar ou desacreditar de qualquer coisa. Mas não podemos desprezar a aurora que vem, não podemos desfazer olhar inocente de uma criança, não podemos contemplar com indiferença a profundidade do céu estralado sem cair no silêncio e na profunda reverência, nos perguntando o que se esconde atrás das estrelas, qual é o caminho da minha vida, o que posso esperar depois dela.”
São perguntas que o ser humano sempre se coloca e, ao coloca-las, revela-se como ser espiritual. Quando nos abrimos para acolher essas mensagens, para orientar nossa vida num sentido que produza leveza, irradiação, humanidade, aí deixamos aflorar a nossa dimensão espiritual.”
Leonardo Boff em uma das menções que faz sobre Dalai-Lama, comenta sua resposta sobre o que é Espiritualidade:
Dalai-Lama dá uma resposta extremamente simples: “Espiritualidade é aquilo que produz no ser humano uma mudança interior.”
Não entendo direito alguém perguntou novamente: - Mas se eu praticar a religião e observar as tradições, isso não é espiritualidade?
O Dalai-Lama respondeu:
- Pode ser espiritualidade, mas, se não produzir em você uma transformação, não é espiritualidade.
- Acrescentou: Um cobertor que não aquece deixa de ser cobertor. Como diziam os antigos, os tempos mudam e as pessoas mudam com eles. O que ontem foi espiritualidade hoje não precisa mais ser. O que em geral se chama de espiritualidade é apenas a lembrança de antigos caminhos e métodos religiosos.
Arrematando, diz: O manto deve ser cortado para se ajustar aos homens. Não são os homens que devem ser cortados para se ajustar ao manto.
Extraído do livro Espiritualidade, de Leonardo Boff, Editora Sextante. 20-02-2003
O dia internacional da mulher é mais que uma data comemorativa, representa em seu contexto histórico todas conquistas das mulheres, sejam elas, sociais, históricas, econômicas ou culturais.
Não apenas sua beleza deve ser aclamada, a mulher, sinônimo de grandeza, representa a valentia de viver na contemporaneidade, mostrando-se cada vez mais capaz de ocupar espaços outrora negados pela sociedade.
Sinceramente, o dia da mulher deve ser comemorado, ainda que singelamente, todos os dias do ano, pois 365 dias, ainda não seriam suficientes para externar a grandeza que toda mulher possui dentro de si.
Mulher, nunca esqueça o quão especial você é e tudo que representa a todos que vivem ao seu redor.
Agradecemos por sua existência!
A rede do ódio
No contexto atual da humanidade, quase todos nós estamos munidos de uma ferramenta que pode ser utilizada para dissiminação do bem, ou do mal. Em nossas mãos, fazendo parte do todo que somos, carregamos smartphones que nos aproximam de algumas pessoas e nos afastam de outras. A informação ganhou mais espaço em nossas vidas. Tudo é notícia, mas nem tudo é verdade. Mentiras são plantadas, prints espalhados, acrescentados de pitadas de maldade, vindas dos que se dizem representantes do "bem".
A rede social passou a ter o papel daquela vizinha, que no passado ficava espiando na calçada a vida de quem ia e de quem vinha, porém de forma bem mais potente, afinal, um chafurdo de uma vizinha nunca seria capaz de alcançar os lugares onde a circulação em grupos de whatsapp e de outros apps são capazes de ir. A mentira tinha pernas curtas, agora não tem mais.
A maldade humana ganhou uma arma capaz de ferir milhares ao mesmo tempo: a rede do ódio. As pessoas se acham no direito de opinarem sobre as vidas de outras pessoas, sobre as escolhas que estas fazem, juntam tudo, como se fossem detetives que visam cuidar da honra, da integridade da sociedade e fazem o papel de defensores do que consideram ético e bom. Muitos levam consigo a bandeira de uma religião, de um credo, de uma fé que não é de todos e querem que o mundo seja pintado nas cores que eles consideram mais bonitas.
Ficou mais difícil viver! Agora, todos nós que somos meros mortais "errantes" estamos diante de um tribunal do júri, composto por gente que erra na calada da noite, que trai de forma sutil, que mente, que abusa de crianças indefesas, mas faz tudo isso sem muita exposição, garantidos pela proteção de um credo religioso, cujo Deus é soberano e quem o aceita como salvador, pecado já não carrega consigo. Seria até injusto da minha parte afirmar, que somente os fundamentalistas religiosos andam por aí acusando os que não são iguais a eles, para defenderem a honra social, o ensinamento do seu Deus e o que eles acham melhor para a família, mas os esquemas que articulam o ódio contra os que são intitulados de diferentes, sem nenhuma dúvida, nascem nos corações dos que se acham superiores, mesmo quando todos sabemos que eles não o são.
Nildinha Freitas
Os nomes dos poetas populares
Deveriam estar na boca do povo
No contexto de uma sala de aula
Não estarem esses nomes me dá pena
A escola devia ensinar
Pro aluno não me achar um bobo
Sem saber que os nomes que eu louvo
São vates de muitas qualidades.
O aluno devia bater palma
Saber de cada um o nome todo
Se sentir satisfeito e orgulhoso
E falar deles para os de menor idade
Os nomes dos poetas populares
Ficar em cima do muro tem contexto muito mais amplo do que tentamos impor, na maioria das vezes. Geralmente, o contexto é político e social. Posso ser seu amigo e de quem o detesta, desde que eu não tenha problema com ambos. O que não posso, é ser democrata e ditador ou nem democrata nem ditador; comunista e capitalista ou nenhum dos dois; bandido e mocinho nem um pouco de cada. Muito menos não amar nem odiar injustiças ou desigualdades, para não correr o risco das consequências.
Questões fúteis não exigem conceitos, filosofias nem lados. Portanto, não merecem preocupações ou esforços para sairmos do equilíbrio, que é sem muro, e cairmos no campo de uma batalha que não é a nossa.
A deformidade está no contexto,
da incompreensão...
Quando Hamlet disse:"Ser ou não ser..."
queria leva-lo a crer,
no indefinido!
O soma é a soma,
do fisiológico e do incógnito!
é um processo caótico,
o gnóstico!
entre o neural e aórtico,
entre o epitelial e psicossomático,
entre o cutâneo e o enigmático,
o somático é o quociente...do inconsciente!
Leia-me além do têxtil,
além do léxico,
e além do arquétipo,
do estético!
o que é o estético,
senão a leitura do supérfluo?
leia-me além do hermético!
do atlético e disforme,
tire o uniforme...da suposição!
todo sentir é paraplégico,
se baseado meramente na textura,
na crua figura,
do objeto...
toque-me com o figurado!
e não com o osmótico ou o palato,
nem mesmo o sublingual ou o vibrato,
são capazes de transmutar o gráfico,
do desencarnado!
Meu Júpiter,sou tua Juno!
dispenso juras,
que não fazem jus,
ao verdadeiro!
O outono vem!
mas continuo refém,
do primaveril!
Amo os contrastes,
que dilatam as vontades,
em realidades!
Amo os matizes,
que difundem diretrizes,
e ambiguidades!
Amo os tons ,
que suavizam os graves,
da gravidade!
Meu anjo melódico,
toda percussão é fruto da frequência,
do sintomático!
o sentir é instrumento de sopro ou de corda?
os dois!
as vezes é estro,
as vezes é destro,
e outras é plectro,
mas sempre é um verso,
vestido de letra e emoção!
Pupila é cítara!
ressoa a antífona!
ótica uníssona,
é a sintonia,
de almas intrínsecas!
Ó meu anjo maestrino,
o que a retina retém,
vai muito além,
do humor vítreo!
Noturnal idílio!
odes anímico!
eis quão aprazível é,
a sonata do teu cristalino!
auriverde e citrino,
refratando o metafórico hino,
do libido!
Quando duas almas se alinham,
como astros no infinito,
a íris é o acústico ,
do somático!
Minúsculas rasuras,
são maiúsculas conjecturas,
quando rompem as abreviaturas,
da dúvida!
Porque ser comedido,
se é descabido,
o suscetível?
porque ser moderado,
se é ávido,
o desenfreado?
porque hesitar amá-lo,
se é o revérbero,
o fulgor do involuntário?
o verso é veste!
a leitura me despe,
e os dedos repetem,
trechos horizontais!
ó bruma lânguida,
ó incisiva lâmina,
o amor é túnica escarlate,
mortuário traje,
do consciente!
Quando fitou-me a íris,
regou-me como a amarílis!
Quando aspergiu-me orvalho,
borrifou-me os brotos e galhos!
Quando irrigou-me o riso,
despejou-me motivos...para florescer contigo!
se eu por ventura,
desvanecer entre os lírios,
não se prenda aos meus espinhos,
só se agarre as pétalas rosas que deixei pelo caminho,
pegadas das boas lembranças,
que cultivei no solo do seu coração,
jardim da minha emoção...
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