Conscientização Fumo
A vida que ficou, que fique...
Era noite de lua nova, da minha varanda, acendi um cigarro...
queria relaxar meu corpo e alma.
O dia tinha sido duro, os caminhos querendo se fechar, e eu queria só me isolar.
Foi quando de verdade, me deparei com aquele luar, que estava lindo de louvar...
E pude despertar pro meu caminhar, e não mais naufragar...
Resolvi naquela noite, não mais perpetuar, aquilo que não era pra me edificar.
Quero me elevar, me resguardar e não mais me sujeitar...
A vida que ficou, que fique...
É como se eu quisesse pegar um objeto inalcançável...
tem vidas e situações, que nada podemos fazer, a não ser crer.
Tudo começa a partir de nós, como posso querer para o outro, aquilo que nem ele quer para si?
Não posso mudar o passado recente e de outrora...
Quero ousar em meu cantar, em meu habitar, a vida que quero proclamar.
Vivendo os dias devagar sem ter pressa de acabar...
E os meus ascendentes, que me desculpem...
mas não quero estacionar, quero florescer e em largos caminhos passar...
Olhar para trás e de verdade apagar aquilo que pessoas tentaram findar.
E seguir a sonhar, com os meus anjos a me acompanhar...
Porque se estou nesta vida, a mesma, é para ser seguida, de cabeça erguida.
E ir além, amando e me dedicando, pois me quero bem!
Camila Senna*)
Em meio a taças de vinho, cigarro em cima de cigarro, tua ausência me machuca, me sufoca, me faz ver o quanto você é importante pra mim! Crio e recrio mentalmente cenas de nós dois, o quanto foi bom cada minuto do seu lado! No meio da fumaça consigo criar seu espectro e visualizo você sorrindo pra mim! Ah, como eram bons os momentos que juntos passamos! Não me prive de estar ao teu lado, tu me fazes tanta falta! Volta pra mim, assume teu lugar na minha vida, esse lugar que está reservado pra ti há muito tempo.
O barulho da chuva é uma espécie de calmante pra mim, meu café, meu cigarro queimando. Me lembro muito bem daquelas tardes na lagoa, nas renderas vendo o sol se pôr. E reparando o céu ficar cada vez mais tingido de vermelho. E no inverno, deixamos a porta trancada, e as janelas abertas, assistindo filmes antigos a noite inteira, eu até fiquei romântica de repente. Te fiz um chazinho, tomamos café naquela padaria onde a atendente sempre me oferecia biscoitos. Fomos à biblioteca mais antiga daqui de Floripa e ficamos lá por horas, você ria baixinho das piadas que eu te contava. Você rindo também do meu sotaque Paulista, me oferecendo rosas e todo mundo olhando achando estranho, uma garota oferecer rosas pra outra garota . Não via nada de estranho, eu não. Fomos também nas piores festas imagináveis. Fomos também nas melhores imagináveis, passamos por lugares dos quais nem imaginam, pensando as piores besteiras, e não vimos a hora passar. E quando chovia, eu ia pra tua casa ficar contigo, conversando sobre tudo, sem nenhuma necessidade, podíamos ter ficado caladas, quietas. Você lendo as coisas que eu escrevia no meu caderno, não entendendo muito minha letra estranha, e a sua tão perfeita. Mas, você entende que eu ainda me lembro, ainda lembro como se fosse ontem, e hoje, lembrando mesmo assim. E não entendo de jeito nenhum porque teve um fim, porque eu coloquei um fim nisso tudo? Eu só queria um pouco de tempo, voltar no tempo. Me mande cartas, me dê uma foto sua, me deixa lembrar em paz. Ai, sem você o tempo para. Minhas tardes de verão, inverno, se tornaram frias e sem razão nenhuma, eu leio tudo que você um dia me escreveu, eu leio e releio várias vezes, passando a mão sobre a folha e imaginando as sua mãos tão pequenas e delicadas, da suas unhas bem feitas… E então fico na minha janela, olhando a lua, são quase 5:00 da manhã e eu pensando em você… Lembrando, pego um livro qualquer pra ler, mas sempre tem frases e versos , me lembrando você. E só queria você de volta, porque temos medo de ser feliz, tudo faz bem pra gente, a gente tem medo. Ah, como eu queria poder te abraçar, só ficar contigo, sentindo seu silêncio, seu cheiro. Tudo isso resume-se em saudades.
-O diário de Alice (Meus sonhos prediletos)
Vendo o sol se pôr destorcido com a fumaça do meu cigarro, lembrando dos nossos melhores momentos juntos e chorando por saber que é o fim da nossa história de amor.
Homem é que nem cigarro:
enquanto esta inteiro é uma delicia, depois que chega no filtro pode jogar fora.
Dê-me um cigarro, uma dose de conhaque e todo o prazer que puder ter. Dê-me também seu coração, só não o peça de volta.
Entre o livro, o elástico, as moedas, o óculos, o maço de cigarro, o telefone, o telefone, o sutiã, a impressora, o mouse. O fazedor de letras ouve a música e o ouvido responde às notas numa corrente corpórea que a transforma em estímulos, riscos, códigos, versos. Entre linhas a escrita surge. Que suje o papel em branco, que muda a história, que vira esmola do "mendigo de sonhos".
Letras de um coração solitário.
Ei, seu moço!
Eu tô com frio
e pra me aquecer
preciso de você.
Me dá um trago
do seu cigarro?
Um gole da sua cerveja
e um abraço bem apertado?
Beijo molhado.
Sorriso minguado
de tão tímido e suado.
Tô ali na esquina,
"perando" o encontro adiado
e mal combinado.
Tem blusa de frio aí, seu moço?
Ou seus braços me aquecem?
Seu moço, eu "pero".
Ah! Que as minhas dores desaparecessem na fumaça de um cigarro, num trago sujo, num gole profundo ou numa noitada. Mas não! Minha dor é consciente. Arde e lateja como dor de dente!
Todos contra o cigarro! Que beleza! Um vício terrível sustentado muitos anos por belos anúncios em todos os lugares;o tempo mudou e não sei porque os interesses também. Hoje o cigarro é proibido em quase todos os lugares e nos maços vem mensagens do perigo que ele pode causar com fotos assustados de pés deformados, corpos mutilados... Bom, vamos ver o que mais faz mal ao ser humano. Hoje a bebida está ganhando do cigarro em fazer mal a quem bebe e a quem não bebe diretamente. Famílias estão sendo destruídas pelos vícios de drogas e bebidas, mas eu ainda não vi nenhuma propaganda contrária às cervejas, Whisky,caipirinhas,etc. Não sei quem está ganhando tanto com as bebidas e a manipulação da massa que fica cada vez mais ignorante e não pensa. Quem é que está por traz disso tudo? Porque nas garrafas não vem as fotos de cirrose com figados dissolvidos e negros? Tanta gente matando e morrendo com as bebidas e o governo só se preocupa com o cigarro? Quantos acidentes de carro com mortes causadas por motoristas embriagados que nem punidos são. E quantos jovens que já se foram deste mundo porque estavam num carro que um amigo embriagado dirigia? E quantas pessoas atropeladas que também já morreram porque algum motorista sem noção do perigo que aliás sobreviveu mas causou antes disso um acidente. O cigarro faz mal sim e ninguém pode negar isso, mas não é só ele que faz tanto mal, porque não então proibir que as pessoas bebam em festas e saiam de lá "se matando ou matando alguém"?
Aí tem dente de coelho... 19/01/2012
O Palhaço
Estou tranquilo.. respiro um pouco..
Me sinto sufocado, acendo um cigarro..
Espero o próximo espetáculo..
Bom, seja o que Deus quiser..
Jogo o cigarro no canto..
Vejo que ele toca a lona..
E logo logo tudo começará..
Olho no espelho..
Me vejo fantasiado, assim como você tanto quer..
Talvez como você tanto quis ver..
Você disse que assim seria, talvez não tenha ouvido..
Ou ignorei.. por talvez achar que era um momento importante..
Mas, me vejo.. lindo.. como sempre achei que fosse..
Um lindo sorriso desenhado no rosto..
Aquele nariz vermelho, que lembra a única coisa na qual me fez me sentir eu..
Olhos azuis desenhados sobre minhas pálpebras..
E quando fecho os olhos..
..Gotas caem abaixo deles tirando a tinta branca..
Manchando o que uma vez foi um rosto alegre..
E agora destruído, arrasado.. Ajeito a gravata..
Vejo que você não esta onde deveria estar, assistindo tudo..
E eu como se provocasse risos...
...Ando lentamente, movendo o rosto para os lados..
Olho pro chão, e vejo o AllStar..
Que parece comprido e mais pesado quando ando..
Ao meu redor, todos apontam e dão gargalhadas a cada passo meu..
Carrego arrastando algo no chão..
Meu orgulho, amarrado ao meu coração..
Olho na multidão.. lá em cima.. e lá está você..
Mais uma vez.. choro, me humilho, grito seu nome..
E mas uma vez.. você vira o rosto e ri..
Dizendo algo no ouvido de um garoto que está ao seu lado agora..
Me despeço do público agora..
Tudo tão vazio e sem esperanças..
Espero a cortina se fechar lentamente..
Novamente, as lágrimas escorrem pelo meu rosto..
Porque teve que ser assim ?
O fogo se alastra sobre as pilastras, todos correm..
Eu fico só.. mais uma vez..
Uma última vez.. sozinho, pra ver o circo pegar fogo..
No fim das contas, só eu me queimei..
Porque a vida sempre foi uma piada sem graça..
.. Assim como eu ..
O cigarro destrói também o meio ambiente, mas não adianta tentar salvar o Planeta se não se preocupa se o fumando você vai ficar doente.
Não sei se melo o cigarro, ou se inundo a minha sina. O desabrochar diário de uma mulher que circula numa estrada por um homem e suas caronas. Ele entende minha velocidade e reajo às emoçoes que nunca foram engradadas. A janela do carona nunca que foi totalmente limpa. Quem viaja nas estradas da vida de um sentimento, entende que o grosso de um amor de qualquer jeito é visto lindamente de qualquer maneira. Amor beira de estrada, acostumado a dormir ao relento, sem frescura. Durmo apenas com o seu corpo, cobrindo o meu, num banco de trás de qualquer medo e com o freio de mão de qualquer angústia engatado. Lavo o único vestido de sinceridade que tenho e penduro em cima do teto da nossa estabilidade. Quando acordo, saio da traseira e vou pra frente de todas as minhas alegrias abotoadas, de um vestido florido, com cheiro de amanhecer. Amar só se for em exagero, só se for sentindo na cara um tornado de amor inteiro, deixando qualquer tralha pelo caminho.
Embalagem de amor vazio, vai pro entulho!
[o nosso amor é cheio]
Sai do meio!
Rebeca
-
Gosto do gosto. Do gosto de cerveja, do cheiro de cigarro. Gosto do gosto amargo, do cítrico perfume dele.
Já havia acendido o terceiro cigarro quando desistiu não queria ficar com àquele cheiro impregnado quando ele chegasse, ele sabia bem que só fumava quando estava depressiva e com crises de solidão irremediáveis, ele sabia tão bem... Tentou colocar uma roupa mais frouxa não queria que ele percebesse que havia emagrecido tanto depois de sua partida, não queria que ele a visse infeliz, queria prová-lo a todo custo que sua falta não a afetou...no dia do encontro pintou e cortou o cabelo como há meses não fazia, desenterrou todas as maquiagens do fundo da gaveta e saiu pra comprar roupas novas... Ainda não havia rasgado as cartas e a fotografia do primeiro encontro ainda estava no porta retrato ao lado da cama, mas disso ele não precisava saber, aliás ele nunca iria saber...
Sentada à espera daquele encontro, o último como já haviam prometido, lembrou-se do início de tudo, de como leu sua história nos seus olhos na primeira vez que o viu, de como voltou para o hotel extasiada, a partir dali tudo foi de uma intensidade nunca antes desvendada, ela era inteira paixão... Aonde foi parar tudo àquilo? E toda aquela sensação de ter completado seu ciclo na terra por ter encontrado tudo que sempre sonhou? Olhava fixamente as pessoas que passavam e se via um pouco em cada uma delas: no casal de adolescentes discutindo que filme iam ver, no outro casal desfrutando o sonho da maternidade e por fim na senhora sozinha a sua frente com jóias desfocadas e envelhecidas, com um olhar de quem se perdeu e nunca mais se encontrou...
Não podia tirar do foco cada palavra que precisava dizer, iria dizer que estava bem que tudo não havia passado de fantasias e que hoje conseguia enxergar tudo melhor, não era pra ser e por isso teve que se render a ordem do destino, hoje ele tinha uma vida... hoje ele tinha construído pra si tudo que sua dor não a deixou construir, hoje ele já estava longe, longe demais pra se sonhar com ele outra vez...
Quando o viu ele estava diferente, seu olhar carregava um cansaço... um cansaço particular de quem sonhou demais, ainda estava bonito como da última vez mas seu sorriso não era o mesmo...talvez porque o sorriso de antes era o sorriso de uma esperança que já não o habitava. E quando se aproximou àquele olhar de antes veio com ele, o mesmo que sem precisar mover o lábio sorria, o mesmo que trazia uma paz tão esquecida... e todas as coisas a se dizer se foram...se foram pra um dia quem sabe voltarem em uma outra estação onde todos esses sonhos a acordem numa noite qualquer.
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