Conflito Comigo Mesma
Ultimamente ando conversando tanto comigo mesma, que as vezes penso que já posso escrever um livro, só de conversas minhas.
No auge da minha solidão, encontrei comigo mesma. Eu era minha única companhia, e meus pensamentos eram meu maior tesouro. Por isso os grifei em papéis. E quando não tive mais nada, além de mim mesma, me lia.
" Só por hoje pretendo ser mais tolerante comigo mesma... A vida tem me ensinado muito, me batido muito, me cortado muito [...]
Ser resiliente também é desistir do próprio ego... e no final entre um afeto, um carinho e um abraço, o amor de mansinho como passarinho pouse em minha janela..."
Por isso eu te amo cada vez mais...
Você tem tudo haver comigo.
Seu coração pulsa na mesma intensidade do meu.
Sua alma tem o mesmo nível da minha.
Possuimos o mesmo carácter, pensamentos, objetivos, sentimentos, desejos e sonhos..
Quero você pra toda vida.
Ando precisando ser mais paciente com os outros e comigo mesma
Ando precisando deixar a razão, e deixar fluir a emoção
Ando precisando esquecer os problemas e rir das coisas pequenas
Ando precisando ser feliz mesmo quando tudo contradiz
Aprendi a não brigar comigo mesma, aprendi a aceitar essa mulher incrível que me tornei, e às vezes nem eu mesma acredito em quem me tornei.
Não é conta bancária, não é aparência, é uma coisa em mim que eu amo.
Uma força que surge, uma luz que brilha, uma vontade de sorrir mesmo no meio da tempestade.
De verdade não sou eu...
É meu melhor amigo, vive em mim, chama Espírito Santo, Ele é delicado e eu aprendi que preciso fazer movimentos delicados, para continuar sentindo Ele em mim.
Ele, que durante a minha vida me moldou, me fortaleceu cuidou e cuida de mim...
Ah, como eu amo.
Provocada por repressão
Minha atitude é o segredo de cuidado comigo mesma, o mistério da vida me fascinava e eu queria compreendê-lo melhor, acho o universo inteligente e cheio de energia.
Estava tendo dificuldade para me adaptar à nova vida, não acreditava no melhor dos seres nas redes sociais, corri para meditação em movimento, correr, andar, contemplar a natureza.
Os espelhos mentem para gente, estava num ritmo chamado autoconhecimento. Eu gosto da ideia de ter um segredinho e não gosto do que pregam que somos vítimas de um destino.
Não amo o passado, mas me lembro muito bem dele, qual o propósito? Jamais aceitar situações intermediárias, inconvenientes, abusivas. Nunca vou me colocar em primeiro lugar, mas quero o que me cabe: amor e respeito.
Depois de muitos nãos, vivi o chamado insight, pensei com convicção, era indisfarçável conquistar a sabedoria e ser indiferente a tudo que eu não posso mudar.
Também percebi que muitas modernidades não me cabem, cada vez entendo menos a vontade de estar conectado vinte quatro horas, comprometendo as relações e o sono.
Havia um lugar onde eu descansava a cabeça tranquilamente, era estar rodeada das melhores coisas que já me aconteceu, isso é: família, amigos, livros, séries e as pessoas em volta em que posso amá-las e assim me preencho ainda mais de amor.
Meus amigos conseguem explicar essas coisas muito melhor do que eu, eu só consigo sentir, é uma sensação de coração limpo e bem arrumado, é um desejo de vencer as dificuldades, é o recebimento da paciência que nunca tive, um verdadeiro presente.
Comecei a esquecer as mágoas, era um esquecimento motivado em que eu deveria não valorizar as coisas ruins. Me permiti ser diferente, resolvi agir de forma voluntária e não unida por impulsivo.
Comecei a fazer rituais, escolhas conscientes, confiar em médicos, nos remédios, no silêncio e na tranquilidade. Entendi que toda escolha envolve riscos e eu precisava trabalhar isso, observando o que funcionava e o que não.
O primeiro grande passo foi analisar todas as repressões durante a vida, o que era modismo, o que tinha fundamento, comecei a pergunta o porquê de cada coisa e assim me senti mais consciente para viver e cuidar de mim, da natureza e de quem estar ao redor.
"Encontro a Paz no silêncio e no diálogo com Deus e comigo mesma.Nesse diálogo costumo primeiro ouvir meu EU e depois o que Deus quer de mim."
Não sei se isso aconteceu só comigo, ou se mais alguém já passou pela mesma situação. Eu sempre fui uma pessoa muito romântica e muito sentimental. Sempre tentei agradar os outros, tanto amigos como pessoas com quem eu me via envolvido. Mas chega uma hora que você desiste disso tudo, que você pensa: mas eu só dou e não recebo. E nesse momento você pensa em talvez largar tudo, partir pra uma nova vida. Criar novos conceitos, novas visões. E ai, quando você menos espera, aparece alguém e se mostra disposto a retribuir todo esse “romantismo”, que mostra sentir o mesmo que você, surgindo o tão esperado “amor correspondido”. Uma pessoa que se mostra capaz de tocar na profundidade dos teus sonhos. Uma pessoa que te faz sorrir só com as memórias, memórias das palavras ditas -mesmo que bobas- em um momento qualquer, memórias de cada abraço dado em uma brincadeira, ou em um momento de necessidade. Uma pessoa que te faz bem só por respirar. Uma pessoa que você sabe que necessita com todas as forças. Uma pessoa que te torna completo. Uma pessoa que te faz feliz de verdade. Uma pessoa capaz de mudar o seu dia com um simples “oi” ou um simples abraço. Daí você percebe porque nunca deu certo antes e percebe que toda aquela espera e todo aquele sofrimento de antes, valeram a pena. E com isso, aprende a desfrutar cada momento ao lado da pessoa amada, tornando cada minuto especial e inesquecível.
Converso comigo mesma.
Algo muito tranquilo me habita apesar das incertezas...
Quebro paradigmas, frágeis como fios de cabelo e unhas roídas...
E escrevo todas as dúvidas da alma.
Da vida e da morte de coisas pequeninas que me atomentavam.
Das reviravoltas do destino e sem hora marcada pra bater na porta tenho dias bonitos, mesmo quietinhos.
Do meu próprio e solitário silêncio não fujo e por onde me encontro mesmo quando me deparo com tristeza, vivo a fossa com destreza e num piscar de olhos, me renovo.
Estou feliz comigo mesma e sei que não tem necessidade de mudar ou ser de certa forma para que as pessoas gostem mais de mim.
