Coleção pessoal de ranish

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Minhas amizades são infinitas.
Não acabam nessa vida!

Sextasexo, sababado, dominguado!

Translúcida a pedrinha derretendo
no amarelo líquido.
Lampejos ocras pulam da minha retina.
O relógio de parede me diz
que é tempo de cazuzear.
Lá vou eu,
já vou eu
tirar o pano que cobre as estrelas.
Garimpar sorrisos na água turva de mesmices.
Procurar alguma mágica
na bacia das almas desesperadas.
Trarei alguém comigo pra medir
o tamanho da minha solidão,
pra doar uma metade
do meu viscoelástico.

Um franguinho com milho verde. Pimentinha cheirosa, curtida. Acompanhamentos deleitantes...
Almocei como um padre!
Agora, com o note acomodado no meu colo,
vejo as novidades sociais da net,
ruminando no aconchego da rede.
O vento sopra vagaroso,
desviando o som dos canários do reino.
Outro domingão dentro dos meus domínios.
Antes das atribulações segundeiras,
antes das preocupações inevitáveis
que janeiro trás.

51

Precisaremos recriar novos tempos
tão bons quanto aqueles
em que os sorrisos não deixavam
nossos lábios.
Até que é uma boa ideia
essa aguardente dos anos.
Inebriar-se de lembranças,
beber amigos,
emprestar felicidades liquidas.
Abraços meus eu te deixo.
Eletrônicos e eletrificados de sentimentos.
Outros eu mesmo os darei,
em pessoa,
logo.
Algum de torniquete
pra fundir saudades,
pra suspender o tempo.
Joyeux anniversaire charmante demoiselle!!!!

Indelicada?!
Foi não.
Vivemos assim mesmo: nesse
emaranhado de novelos, nesse
samsara cotidiano.
Você é um doce sim.
Muito, sempre.
Eu que não ando
de alegrias.
Mas vai passar.
Tudo passa, não?!
Vou lá na cozinha
temperar meus olhos,
espantar minha fome.
Depois volto de novo
para inebriar meu senso
nesse ópio eletrônico.

Ando um pouco doente. A garganta em flamas.
Tive um pouquinho de febre mas já passou.
As injeções só não me tiraram a tristeza.
Recorrências.

É assim mesmo. O mundo abarca a gente.
Ficamos prisioneiros.
Cativos das mesmices,
dos vórtices concêntricos
de nossa inexpugnável redoma.

O que você precisa não cabe nas minhas
palavras escritas.
Ademais foram duas viagens.
Uma mundo afora,
outra mundo adentro.
Eu tenho pequenos rabiscos apontados que
não dizem mais nada.
São recortes que ficaram perdidos no tempo.

Mas se você ainda quiser eu te contarei
lembranças.
Imagens que resistiram aos anos,
aromas fugazes, sobreviventes a tantos outros.

...

Um dia antes da morte.
Ou mesmo quando seu destino
se aproximar do meu.

Nunca havia pensado por esse lado.
Morte nunca havia estado na minha pauta.
Até agora,
até anteontem.
Talvez daqui por diante eu aprenda a valorizar mais
o que realmente importa.
Ou talvez tudo volte a ser como antes
com o cotidiano me engolindo até que ela,
a morte,
me espreite (ou me leve) de novo.
Que as velas se encham com os ventos da mudança
e me levem a um incerto indefinido
mais leve de ser vivido.

Onde quer que eu vá
só levarei a mim mesmo.
O meu doce e o meu amargo.
Terei de aprender a viver
dentro de mim.
Porque é só isso
que existe.

Sinto que escrever ideias
é não deixá-las fugir
por completo.

Vou tocando a lida,
seguindo a vida.
O gado tem de comer e eu
empurro minhas tristezas
pra debaixo do tapete dos dias.

Já é quase nada.
Amanhã esqueço.

Os tempos de seca preenchem todas as horas.
O gado segue, a vida segue.
É assim.
E num dia desses
tudo vira lembrança!

Você pode até tentar prender
o seu coração
numa relação monogâmica.
Pode até dar certo por algum tempo
e haver felicidade.
Mas não é da natureza humana.
Os corações não têm amarras.
Quando aprisionados
entristecem.

Matar
em si
não é uma coisa ruim.
Mas você poderia começar
matando esse ódio
dentro de você.

... os sapatos se alargam
aos pés
e aos calos
e a saudade
vira nostalgia.

Tudo tem um preço.
Sempre pagamos pelas nossas atitudes.
Mais cedo,
ou mais tarde

Deixe-me na minha utopia
de que é possível construir o paraíso
aqui na terra.

Fico muito triste com a palavra catequese.
Ela nada mais é que o inculcamento do cristianismo
no cotidiano dos pobres e indefesos indígenas,
ensinando-os a trocar sua Liberdade
pela escravidão imposta pelo invasor branco.
Triste.

Na verdade não há volta,
nunca.
Quando reencontramos nosso passado,
nossos olhos
já não são os mesmos.

O relógio anda para frente.
Perseguimos sonhos.
Vislumbramos o que desconhecemos.
E, por fim, tudo se transforma
em memória:
Informações armazenadas,
lembranças.