Coleção pessoal de marialu_t_snishimura

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A ladra da divisória

Escola ladra de baixa diretoria,
diz que o seu cargo é superior,
humilham e expõe a acessoria,
do faxineiro, até ao professor!

Acordo dali e acordo de lá, dá,
é cabresto de quando precisar!
Filtra com diligência o é pra já,
paciência é pra poder enganar!

Pra derrubar a máscara da cara,
a intervenção vem do supervisor,
se o humilhado esclarece, declara!

Por fim ficou confirmado a ladra
da divisória que não era tão cara...
Levou pra casa dela ou à quadra?

II

A curiosidade logo se espalhou,
a diretora ladra teria defesa?
Devolveria a divisória que furtou,
ou seria ela condenada e presa?

A história teve pano pra manga,
pois a escola sendo ela pública
tudo foi parar no Palácio Ipiranga
por estância de auditoria jurídica!

Por o país estar no trilho da justiça
a diretora não pode sair dessa ilesa,
e não saiu! - É agora Brasil de raça!

Pois, divisória ou não, roubo é roubo,
foi - se o tempo da opressão de graça.
Chega de furto, de roubo e de rombo!

A fuga

Ficar passivo, pacífico, aceitar tudo
e somente agradecer é ser vegetal.
Não ajuda, não interfere e é absurdo
este fingimento parecer ser natural!

Somos seres divino cheios de dons:
- Enxergamos, pensamos, criticamos,
amamos, entre tantos outros dons!
Ser imparcial, neutro, sem ânimos

é ser consciente egoísta e orgulhoso,
aquele ser desequilibrado e desatual,
que foge do mundo social perigoso!

Porque está tão preocupado consigo
que molda uma realidade perfeita
para garantir a imagem do seu ego!

II

Pessoas assim temem o "escândalo",
(ser mal visto, vão pensar mal de mim)
e vivem desviando de fato e estímulo
com medo de errar fogem e dizem sim!

Inseguros e extremamente racionais
se orgulham e se acham superiores,
pensam e se iludem ser fenomenais,
escondendo os verdadeiros temores!

Aqueles que calam a boca não falam,
mas vêem, se não forem cegos,
ouvem se não forem surdos,

mas, mesmo assim serão cegos,
mesmo assim serão surdos
pois, seu ego fala e seus atos calam!

A inteligência e a ignorância

"Onde a inteligência fala
a ignorância cala a boca"!
No ritmo desta escola,
briga a sabida e a tosca!

A ignorância toma a palavra
põe a inteligência rebaixada
e nisso o pensamento lavra
atua em defesa à condenada!

A inteligência foi ofendida
acusada de mentirosa e louca,
de autoritária e até de bandida!

Outras se aliaram a ignorância
soltaram sua falácia remediada
espalharam endêmica sua ânsia!

II

A inteligência ficou em silêncio
conversou com dona sabedoria,
deixando o tolo dizer de um nécio
confabular sua cômica alegoria!

Quem tem razão reivindica direito,
quem tem ignorância faz picuinha,
se vangloria e afirma não ter defeito,
mas, tudo não passa de artimanha!

Logo chegou a paciência e disse:
- Parem já com essa grosseria!
- Santa ignorância! Chega de tolice!

E assim a paz que estava longe,
chegando deu um fim à tagarelice,
depois saiu no trage de um monge!

Não de crédito à um idiota, pois serás fadado a conviver com suas idiotices!

Há pessoas que são como o vento: ora feito brisa, ora feito a tempestade, mas hoje em dia são chamadas de bipolares mesmo!

Calça, mas saia

Criaram e inventaram a calça saia
daí que numa calça que cortei,
porque na internet eu vi,
que por dentro das pernas um corte,
para dar à calça um outro norte!

A calça virou jaqueta
as pernas ficou as mangas
e na cintura o cós aparecia a etiqueta,
deixei num canto e pensei: estraguei!

Toda vez que abria o guarda- roupa
a calça com o furo que virou gola,
mas, sem coragem de usar,
rindo hoje eu vesti para dormir!

O furo bem no meio das pernas,
meu esposo malicioso suspirou
e eu com isso me veio as idéias:
- Calça de fundo aberto...
Meu esposo exclamou!
- Isso não dá certo!

Mas, daí que achei na internet
muitas calças saias sem piquete
e não bem isso que imaginei,
porque são todas calças!

Então pensei que poderia inventar
uma saia que fosse calça
porque nenhuma pude encontrar!
- Seria uma saia de pernas!

Parece engraçado, mas veja,
a saia calça seria aberta igual saia,
mas, com pernas igual calça,
seria uma opção pra gente,
que não usam calça com fecho embaixo!
Imaginem isso sem ser calça, mas saia!

Bem como não sou estilista
e nem costureira, fiz um poema
para registrar a ideia!

Cansei de viver de esperança, hoje não espero nada, me realizo com que posso e agradeço o que tenho, a vida!

Ainda não sei negar ao coração o sentimento de uma saudade!

Pela janela da minh'alma, espio o universo!

Não posso negar aos ouvidos aquilo que ouço, nem aos olhos o que vejo, mas à boca posso medir as palavras e ao pensamento vigiá - lo com a austeridade da sabedoria!

Meu tecido é delicado e o pernilongo um ávido costureiro!

Onde estás?

Você sumiu
ninguém mais
falou de ti!

Senti
e sinto
a sua falta aqui!

Onde estás?
O que fazes aí?
Ainda se lembra de mim?

Ou será que me esqueceu
e o sorriso se perdeu?
O que foi que aconteceu?

Estás tristes?
Estás deprimido?
Por que estás sumido?

O que foi que aconteceu?
Será que fui eu?
Será que foi alguém?

Onde estás?
O que fazes aí?
Ainda se lembra de mim?

O seu sorriso, sua alegria
é minha saudade,
é também minha vontade
de te encontrar mais uma vez!

Onde estás?
O que fazes aí?
Ainda se lembra de mim?

Me diz porque...
eu te peço por favor
preciso saber se fui eu...
ou se foi outro alguém...

Não quero a dúvida
pois tenho certeza
da saudade...
e se isso for amor...
O que vou fazer sem você?

Onde estás?
O que fazes aí?
Ainda se lembra de mim?

O bullying

O bullying é uma perseguição
que maltrata o indivíduo
causando - lhe insatisfação!

Não faça bullying com ninguém
porque o respeito é bem melhor,
se vocês verem bullying, denunciem!

Não aceite o maltrato, o desrespeito
nem que não seja contigo.
Bullying não é certo!
Bullying não é bom!

Às vezes, é na escola...
Às vezes, é no trabalho
Às vezes, é em outro lugar!

Bullying não é certo,
Bullying não é bom
porque pode ferir um coração!

Sejam amigos e respeitem à todos:
- Não importa se são diferentes!
Todos são pessoas e sentem...

Pensem antes de ferir alguém
com palavras duras, ou gozação
isso pode ferir um coração!

Bullying não é certo!
Bullying não é bom,
não faça isso, meu irmão!

Ufa!!!

Pindorama, meu índio pescador;
Depois semeia sonhos de açúcar,
O português que aqui aportou
E o índio feito bicho se assustou!

Pajé não é mais curandeiro,
Agora o seu nome é Jesus,
A terra Ilha de Vera Cruz,
Não importa quem foi o primeiro!

Importa agora a Terra Nova,
Terras de Papagaios, renova:
- É minha Terra de Vera Cruz!

Bem melhor: Terra de Santa Cruz,
Ou, Terra de Santa Cruz do Brasil!
Não! Terra do Brasil; então: Brasil!

Ufa!!!

Carrossel gigante

Sol, gigante de luz em movimento,
Círculo que, sem parar vai girando,
A cada volta que dá leva - me junto,
Carrega-me sem piedade do mundo!

Sei lá se este universo é início ou fim,
Por certo que, tudo acabará num raio.
Queimará o fogo num rastro sem fim,
Ou tropeçarão os planetas em um fio,

Ou alinham os anéis soltos lá no céu,
Ao girarem em torno do sol a queimar...
Nesta semelhança, gira um carrossel:

Roda gigante, a gente no mundo a girar...
Somos parte do giro deste imenso anel,
No giro, vai o mundo aprendendo a amar!

Sem água, só o pó

Choro da Terra de onde brota a fonte,
Suor que escorre por entre os poros!
Águas vindas dos fios da chuva forte,
Gotas de orvalho onde ouço os coros!

Sinfonia do sereno doce do anoitecer,
Enleio da valsa triste de uma lágrima!
Germina a vida em cada amanhecer,
Ou seca a seca no sopro em lástima!

Sem água! Na sede da terra, sem nada,
Nem flor, nem folha, nem raiz, o pó, só!
A poeira na testa, veio de Terra rachada...

Lá onde a serra espanta a nuvem sem dó!
Por canto de jeito, um cacto e mais nada...
Em outro, outra serra a deixar cair só o pó!

Labirinto de saudade

As tristezas de minhas perdas...
É um vácuo cravado no peito,
Daquela vontade de abraçar,
De sentar juntos pra conversar!

De tantos risos, tantas festas...
Um pouco de silêncio no jeito,
Na hora do almoço ou do jantar,
Ou se era aquele tempo de pensar!

Ah! Falta destes dissos e aquilos!
Saudades é um mar de labirintos
Das lembranças que trago comigo...

Não! Esquecer??? Eu não consigo!!!
Estarão na paz de Deus eternizados:
Pai, mãe, irmão estejais descansados!

Enlaço do abraço

Se fosse definir alguma coisa de sentir,
Iria contemplar o abraço surpreendente!
Aquele abraço que abraça de repente,
Que faz o coração pular e a alma sorrir!

Se olhamos pra nós envergonhados,
Com jeito de não misturado com sim,
O pulsar de seu coração junto a mim
Parecemos dois tolos desgovernados,

Sem saber que rumo deveríamos seguir!
Fingimos ser apenas um amigo qualquer,
Mesmo que fosse impossível conseguir!

Então sempre voltamos lá no abraço,
Sem nenhuma vontade de esquecer
Mas, com vontade de ficar no enlaço!

O mito do vento

Tantas vezes a face estampada no reflexo,
Das águas, espelhos, telas e estampas...
Sabem lá inúmeras vezes escancaradas
Este enigmático ser humano sem nexo!

Ah! Existem aqueles a acusar o outro:
- Como és narcisista seu rosto á postar!
Entres flashes surgem as selfies no ar:
Rostos, caras e expressões, é o colostro!

Há quem desdenha dizendo assim:
- Vais ver quantas curtidas recebestes?
Naquele ar de quem não age por tal fim!

Daí, amplificando o mito, decifro o atrito:
-Todos, sem exceção, narcisistas rebeldes!
Pois, todos carregam sua imagem no vento!

Ciranda de celular

Se pá, acontece de pá se apaixonar
Não pinta de escuro o seu coração
A não ser que pá, cumpriu a missão
E pá, sucumbiu desmanchando no ar!

Sem um coração á pulsar na ilusão
Vai cor sem que possa impressionar
Um despedaçado pedaço de papelão
Colado no sentir do estrado de um lar!

Senão uma viela debaixo do viaduto,
Onde há vivos perambulando na rua,
Mortos pra quem passa ali resoluto:

- Mendigos, na afirmação que anda!
É caixote a feira mascote sob a lua,
Por certo pá, um celular vira ciranda!