Coisas Lindas
Somos espelhos evidenciando uns nos outros a interconexão de todas as coisas, impactando nossa alma e revelando a essência universal que une todos os seres em uma dança de luz e sombra.
Aquilo que estamos construindo vale mais do que as coisas que estamos abrindo mão?
O sucesso está no caminho oposto ao conforto. A experiência do fracasso é algo essencial no processo do êxito.
O mal do povo é achar que as coisas sobrenaturais de fora é coisa minha né não eu tou lascado também, parece que Tem um tempo certo pra tudo acabar e o ser humano não me suporta mais se fosse por mim eu já tinha ido dessa pra outra vida de forma ligeira eu também não tenho culpaaaaaaa!
Qualquer um que já tenha conquistado algo icônico na vida, teve que fazer coisas questionáveis para conseguir.
Não podemos permitir que a inteligência inventada, nos roube os prazeres das coisas simples da vida que a emoção nos faz sentir. O rompimento com a realidade não é um sonho, e sim, uma patologia psiquiátrica.
Não existe um equilíbrio em certas coisas na vida, ciclos e mudanças são um delas, ciclos são iniciados e fechados, mudanças são feitas, não existe um meio-termo em mudar, você muda ou não muda.
Um fotógrafo tem o privilégio de estar onde as coisas acontecem.
Sei que não viverei muito mais. Mas não quero isso. Já vivi tanto e vi tantas coisas.
há coisas que não escrevi em papel.
mas continuam aparecendo nas minhas mãos.
•
talvez seja isso que chamam de seguir em frente:
continuar tocando o mundo com dedos que ainda tremem do que não foi dito.
não é culpa.
não é saudade.
é o tipo de presença que já não tem nome
mas ainda sabe o caminho até minha cama.
•
essa semana, encontrei seu nome
no fundo de uma gaveta
onde não guardo mais nada.
mas ali estava ele.
como se nunca tivesse saído.
às vezes, as lembranças têm a audácia
de se esconder nas coisas limpas.
•
tem palavras que não escrevi,
mas o corpo aprendeu.
tem hábitos que finjo que perdi,
mas reaparecem nos dias em que durmo pouco
e acordo cedo demais pra estar viva de verdade.
•
nunca fui de ter fé.
mas às vezes falo contigo
como quem reza pra algo que não acredita,
mas precisa manter por perto.
e não.
não é oração.
é hábito.
é cansaço.
é um tipo de apego que ainda late.
•
ninguém me avisou que aquilo que não se escreve
fica procurando lugar pra sair.
às vezes escorre no banho.
às vezes bate na parede da garganta.
às vezes se arruma inteiro pra aparecer de madrugada
com cheiro de antes
e a voz que eu jurei não lembrar mais.
•
tem dias em que acordo com a sensação de que alguém escreveu em mim.
e não fui eu.
como se as mãos tivessem lembrado o caminho sozinhas.
como se o corpo tivesse sonhado um gesto
e decidido repeti-lo em silêncio.
•
há coisas que eu jurei ter superado.
mas continuam me usando como hospedeiro.
coisas que encostam nos objetos,
mexem na disposição dos móveis,
ficam em pé no canto do quarto
como um pensamento que ninguém convidou
e não tem educação pra sair.
•
as palavras não saem.
mas a sensação fica.
e ela sabe usar minha mão pra lembrar.
•
ninguém vê.
mas tem algo aqui dentro
que escreve por mim.
não escreve bonito.
não escreve pra curar.
escreve pra lembrar que eu ainda sinto.
•
o que não é escrito,
às vezes cresce.
às vezes pesa.
às vezes te escreve de volta.
sem papel.
sem tinta.
só a memória viva do que você tentou enterrar
com palavras que nunca chegaram a nascer.
•
e é aí que mora o perigo.
no que ficou grande demais
pra continuar calado.
mas educado demais
pra gritar.
Juliana Umbelino
não.
não é porque passou que foi embora.
tem coisas que continuam me atravessando
mesmo depois de eu dizer que já não me importo.
a dor não se comporta com dignidade.
ela some, volta, veste outra roupa.
às vezes, aparece com a cara da minha paz.
e sorri.
•
você acha que sabe do que estou falando.
mas não sabe.
porque não é sobre o fim.
é sobre tudo que continua vivo dentro de quem sobrevive.
sobre o que insiste em crescer
mesmo depois de ter sido negado.
•
eu nunca fui boa com adeus.
talvez porque sempre tive mais talento pra silêncio.
aprendi a sair de cena ficando.
aprendi a suportar o insuportável com classe.
aprendi a me retirar sem que ninguém notasse —
mas sempre esperando que alguém notasse.
e ninguém notou.
•
o mundo não quer saber se você continua doendo.
ele quer saber se você respondeu os e-mails.
se deu bom dia.
se tá bem nas redes.
é isso que me assusta:
o quanto dá pra sobreviver
sem ninguém perceber que você parou de existir.
•
não é tristeza.
tristeza, pelo menos, justifica o choro.
isso é outra coisa.
isso é dormir de lado por costume.
é rir com meio rosto.
é esquecer de si com competência.
•
o nome disso?
não sei.
mas ele aparece no espelho.
na forma como evito o toque.
na hora em que não suporto mais música.
ou quando me visto inteira,
mas sei que falta alguém dentro da roupa.
•
e é aí que mora a crueldade:
quando a dor vira parte da mobília.
e ninguém mais estranha a tua ausência.
porque você continua #presente demais
pra ser procurada.
•
esse texto não tem #moral.
não tem pedido de ajuda.
não quer #compaixão.
ele só existe porque
tem dias em que ser forte é mentira.
e ser sincera é o único luxo que me resta.
—
Juliana Umbelino
#AmoLer #Leitura #Literatura #Sucesso #Silêncio #Pausa
"O diabo pode tentar imitar muitas coisas, mas jamais conseguirá replicar o amor de Deus por você — porque esse amor é eterno, único e incomparável."
Acalme-se, as coisas de Deus vão chegar no tempo certo na sua vida. Não vai faltar proteção nem oportunidades de crescimento. Confie, regue seus sonhos com fé, e Ele vai abençoar, você fará uma colheita farta. (1804)
Nelson Locatelli, escritor de Foz do Iguaçu
Tael fita o céu
Escrevo coisas sérias.
Assuntos profundos.
Negando a metafísica —
enquanto Tael, meu gato,
fita o céu pela janela.
De cima da cama onde me sento,
ele me observa, vez ou outra,
com aquele olhar entre o espanto e o escárnio.
Tenho a impressão de que zomba de mim.
Seu silêncio parece conter uma sabedoria que me falta.
Olha as estrelas com um assombro calmo,
como quem já conhece os segredos que eu jamais saberei.
E quando me encara,
sinto uma tristeza piedosa naquele olhar felino,
uma espécie de compaixão muda,
como se dissesse:
"Tu ainda buscas o que não se encontra."
Tael está pleno.
Sem desejos.
Sem ansiedade.
Sem angústia pelo tempo ou pela eternidade.
E eu aqui —
racional, pensante, errante —
buscando uma resposta invisível que não existe.
O que tenho de superior a ele, talvez,
seja apenas essa razão
que pergunta se a razão é necessária.
Ler é uma terapia de conhecimento, escrever é um exercício de habilidades. Quando as duas coisas andam juntas, forma um sábio.
Eu acredito que as coisas que você faz amadurecem no tempo certo e chegam na hora certa.
Há certas coisas que só entendemos depois de errar. Agora que sei o que errei, talvez acerte um dia.
Sinto uma certa felicidade quando penso que, como mulher, há infinitamente mais coisas sobre as quais posso escrever do que um homem.
