Citações de Filósofos
"Viver fora da caverna é doloroso, e um tanto deprimente. O indivíduo que buscou questionar a realidade e obteve respostas significativas desvendou a verdadeira realidade, e consequentemente descobriu que a vida não há sentido algum sem às ilusões, e que perante a imensidão do universo não somos nada, e nem mesmo existimos."
"...Ora, eles agem fora de todo bom senso, buscando apenas o comodismo imediato e, unindo-se a seus semelhantes, cheios de aversão pelos outros, deixam-se guiar
sobretudo por suas antipatias..."
Ninguém descreveu tão bem a ira, quanto Séneca o fez. Creio que ele encerra de vez este assunto quando disse: "uma pessoa irada, encolerizada, é semelhante às ruínas que se abatem sobre quem as derruba.
"Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida." - Sêneca
Viver mal não é apenas sofrer, é pegar o que o mundo tem de melhor e partir sem ter provado.
É aceitar a liberdade de existir e não fazer dela um voo.
É deixar passar a beleza do instante como quem folheia um livro sem ler as palavras.
Devemos nos apressar para viver bem, porque o amanhã é sempre um mistério e cada dia é, por si só, uma nova vida.
As oportunidades mudam. As escolhas mudam. E nós também.
O passado não pode ser alterado, mas o futuro se dobra ao cuidado de quem o planeja com intenção.
Há alguns meses, percebi que não estava vivendo bem, estava apenas passando pelos dias.
Esqueci da eudaimonia, da plenitude que nasce não da euforia, mas do sentido.
Transformei o essencial em hábito, e o hábito me deixou cega.
A felicidade estava ali, ao meu lado.
Mas eu a rotulei como "cotidiano" e deixei de enxergá-la.
Foi só quando isso doeu que decidi mudar.
Porque fingir felicidade não preenche.
E não há nada mais angustiante do que sorrir com o coração calado.
Descobri, então, que a felicidade é tão simples que quase passa despercebida.
Está em um chá quente entre conversas calmas.
Em assistir a um anime em silêncio, num dia frio, debaixo de um cobertor.
Em aprender algo novo sobre o mundo, como se a ciência fosse um livro escrito por Deus em letras minúsculas.
Essa é a minha felicidade. Esse é o meu viver bem.
Por isso, apressa-te também a viver bem.
Não porque a vida seja curta, mas porque cada dia é único.
E cada vida que você vive dentro dos dias, também é.
NADA É PEQUENO NO AMOR
Autora: Profª Lourdes Duarte
Já dizia Sêneca , “O amor não se define; sente-se”.
E como o Amor é um sentimento perfeito é além da nossa compreensão, o máximo que conseguimos fazer é “imitar” o verdadeiro e completo Amor. O Amor é benigno e não sente ciúmes. o Amor não é orgulhoso e não recente do mal: o Amor perdoa, seja qual for o erro. O verdadeiro Amor está além da distância, do toque, do cheiro...
Não busca-se razão para Amar, não se ama porque alguém tem qualidades interessantes ao se ver ou porque é bonito. O verdadeiro Amor é simplesmente Amar, coisa que nós seres humanos demonstramos uma imensa dificuldade, pois o Amor é algo que não pode ser explicado com palavras apenas com gestos, e isso não basta para responder nossos questionamentos em relação a ele.
O amor é algo de uma grandiosidade tamanha que chega a ser algo perfeito. E nós, seres humanos, não somos perfeitos apesar de sermos feitos a imagem e semelhança de Cristo, pois com o tempo nós mesmos acrescentamos nossas imperfeições às nossas personalidades. E quando o amor chega a dúvida aparece.
Nada é pequeno no amor. Quem espera as grandes ocasiões para provar a sua ternura não sabe amar. Fernando Pessoa diz que:
“Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?”
Há 1 ou 2 anos, li um livro que citava o grande Sêneca, dizendo algo mais ou menos assim: “Quer conhecer um povo? Veja o tipo de música que ele escuta.” Concordo, mas na época dele não se tinha o conhecimento de que a vibração acústica deve estar alinhada com a vibração do cérebro para que possamos nos sentir bem ou tristes. É o efeito das notas musicais.
Acredito que sou eclético no quesito musical; ouço de tudo um pouco, só não consigo ouvir sertanejo universitário.
Em nosso país, há uns 60 anos ou mais, já existia uma crítica a esse grupo por defender a elite agrária. Entretanto, o sertanejo raiz tinha composição e melodia; o universitário, para mim, é uma “mistura de lixo com estrume”. E, nesse ponto, Sêneca acertou.
Sou do RAP. Para muitos, é um gênero de criminosos. Sim, muitos artistas falavam de suas vidas, mas, se você sintetizar as letras, perceberá que eles não fazem apologia ao crime — eles nos mandam sair dele, porque é cilada.
A música fala de seu povo; os intelectuais dos primórdios já sabiam disso. Só que, naquela época, não se entendia a relação entre as vibrações sonoras e o cérebro, que podem nos deixar felizes, tristes ou eufóricos. Essas notas nos fazem sentir emoções que, sem elas, não teríamos.
" Segundo Sêneca, em Cartas a Lucílio, “não é livre aquele que se inquieta por conservar o que teme perder.” Essa inquietude é a espada invisível de todos os que constroem sua paz naquilo que não depende de si: riquezas, status, controle, aprovação. O que Dâmocles aprende não é apenas o medo, mas a urgência de renunciar ao ilusório em nome da serenidade. "
A SOBERANIA INTERIOR COMO ARQUITETURA DA VERDADEIRA LIBERDADE.
A máxima atribuída a Sêneca, " quem se domina é livre ", sintetiza um dos fundamentos mais elevados da filosofia antiga. No horizonte estóico, a liberdade não se confunde com a ausência de obstáculos, nem com o poder de moldar o mundo ao bel prazer humano. Ela nasce de um labor silencioso e contínuo sobre a própria consciência, uma educação rigorosa dos afetos, pulsões e juízos que, se deixados à deriva, convertem o indivíduo em prisioneiro de si mesmo.
O domínio de si, na perspectiva clássica, não é simples contenção, mas arte de reger as forças íntimas com disciplina e lucidez. Tal disciplina exige uma maturação moral que transcende a superficialidade das reações imediatas. O homem que se conhece e se administra já não se submete às oscilações do mundo, pois compreende que as vicissitudes externas pertencem ao campo das fatalidades necessárias, enquanto suas escolhas morais constituem o espaço legítimo de sua autonomia.
A tradição antiga sempre sustentou que a verdadeira serenidade emerge quando a alma, purificada de ilusões, aprende a distinguir o que lhe pertence do que escapa ao seu alcance. A partir dessa distinção, o ser humano se eleva a uma dignidade que o protege do tumulto e das intempéries emocionais. É nesse amadurecimento que a liberdade interior se torna não apenas possível, mas soberana, revelando que nenhum poder externo suplanta aquele que se exerce sobre si mesmo.
" Cada passo rumo ao autodomínio seja também uma ascensão rumo à mais alta forma de grandeza, pois é nesse ápice que a alma encontra sua própria imortalidade silenciosa. "
É parte da cura
o firme desejo de ser curado,
diz o honrado Sêneca!
Logo, não há porque nos
afeiçoarmos a certos hábitos
e deformidades
que apartados de mínima
sensatez, tão só nos
adoecem!
Sêneca era contra a escravidão e contra as diferenciações sociais entre as pessoas. O que pode dar valor e nobreza a uma pessoa é somente a virtude e essa todos podem ter. Na sociedade o que define se alguém vai ser escravo ou um nobre é somente a sorte do nascimento. Em sua origem todos os homens eram iguais. A nobreza é uma construção de cada homem no desenvolvimento do seu espírito.
(da filosofia de Sêneca)
Na filosofia de Sêneca a consciência é a capacidade de conhecimento que o homem tem de distinguir entre o bem e o mal. As pessoas não podem livrar-se dessa capacidade, não conseguem esconder-se dela porque as pessoas não podem esconder-se de si mesmas.
Lúcio Aneu Sêneca distingue o corpo da alma, o corpo é o que prende a alma e a alma é onde está o verdadeiro homem. Para que a alma se torne pura, ela tem que se libertar do corpo que é um peso que prende a alma nas coisas materiais.
No segundo capítulo do livro de Sêneca, temos mais dois aspectos a levantar.
1-) Objetivo de vida
Todos nós temos objetivos pessoais, sociais, profissionais, afetivos. Mas existe um objetivo de vida comum a todos nós, que concerne a todo ser humano. Esse objetivo é o de evoluir. Nossa alma está em nosso corpo para evoluir, para ser livrar de coisas ruins. E a única forma de evoluirmos e nos tornarmos melhores como seres humanos é através do conhecimento a respeito de nós mesmos. Conhecendo a si mesmo, conhecemos nossas luzes e sombras, nossos valores e princípios, nossas virtudes e ideais, e dessa forma podemos iluminar nosso lado obscuro, nos livrarmos de paradigmas e características que nos travam e deixar nossa alma o mais iluminada e limpa possível.
É um trabalho muito longo o trabalho de conhecer a si mesmo, mas é um grande aprendizado. É aprender e refletir todos os dias. É ter a mente aberta para se analisar todos os dias, a todo o momento. Ser crítico consigo mesmo, olhar para dentro de si e estar aberto para aprender sempre.
Esse desejo de sermos melhores deve nos acompanhar desde que tomamos a consciência de nossa existência até o fim dela. É algo que nos acompanha a todo o momento, e é a razão de estarmos aqui.
2-) Vícios e prazeres que nos afastam da verdade, do objetivo.
Devemos tomar muito cuidado com vícios e prazeres que nos distraem, que nos fazem perder tempo. Que não permitem que paremos um tempo, pelo menos uma vez por semana, para refletirmos sobre nossas atitudes, nossos pensamentos, valores e princípios. Que não nos permitem parar um tempo para ler, estudar, aprender. Que nos distraem e fazem com que o tempo nos carregue sem percebermos. E aí quando acordamos já é tarde demais. Devemos vigiar para que esses vícios e prazeres não nos afastem do nosso verdadeiro objetivo de vida: evoluir.
Ensaio a respeito de Sêneca
A virtude nada mais é que a razão certa.
O que dizer ?
Bondade?
Vaidade?
Virtude?
A bondade nada mais é que uma virtude,
Virtude quando falada não é virtude
É vaidade;
Virtude?
Há essa tal virtude que contida dentro da alma alimenta!
De certo modo o que se alimenta, enche!
Esse tal ser humano quando enche transborda,
Mas se enchermos até ao ponto de transbordar que seja de virtude.
Transbordo que que alimenta o ego não é virtude, é vaidade disfarçada.
Se "a sorte acontece quando o preparo encontra a oportunidade"(Seneca), um sortudo é quem aprimora-se e arrisca sempre que possível. Pois "onde você vê riscos, eu vejo oportunidades"(Alan Rickman)
Lúcio Aneu Séneca, Filósofo estoico disse "é livre quem deixou de ser escravo de si mesmo".
Porém reitero, É livre aquele que não se deixou escravizar pelas coisas, Nilton Mendonça parafraseia...
"Um timoneiro que se preze continua a navegar mesmo com a vela despedaçada."
Sêneca
O TIMONEIRO, A NAVEGAÇÃO, A VELA DESPEDAÇADA são apenas ilustrações para dizer que na vida, mesmo diante das percas, da dor, da tristeza, da desilusão e do coração despedaçado, sempre haverá forças para aqueles que se dispõem a continuar seguindo em frente, e assim não se deixar afundar em meio às turbulências que as vezes a vida nos impõe.
A deriva muitos provavelmente se encontram, mas não poderão continuar assim por muito tempo. As vezes a vida nos ajuda colocando em nossos caminhos os ventos da boa amizade, da boa base familiar, das aparentes coincidências e do restabelecimento da lucidez, nos levando a um porto seguro para a restauração de nossas energias, para reformulação de novas idéias para que posteriormente possamos seguir novamente rumo ao nosso próprio destino.
O médico deve acalmar os sofrimentos e as dores não apenas quando este alívio possa trazer cura, mas também quando pode servir para procurar uma morte doce e tranquila.
