Cidade
Se existir uma cidade chamada Pastelândia Nacional pediria para o prefeito dela para inaugurar uns canteiros e bancos floridos só para turistas, ouvintes e consumidores passados, passados para trás, pondo do lado delas uma barraca cada com os nomes dos respectivos sabores de pastéis de suas preferências pessoais, enquanto mastigam as melhores apreciações da conversação enganosa, levados pela falta de inteligência, para crerem na abundância das promessas baseadas em falsos investimentos e das fáceis aplicações financeiras, nos golpes mirabolantes e das perguntas baseadas em ajudas pessoais para facilitarem as suas intenções, transações e negociatas de homens maus, oportunistas, que o vento ainda não levou embora.
Um dia desses vou à Itália.Vou à cidade de Assis comprar um machado. Hei de trazê lo! Então direi: - É Machado de Assis!
Em cidade diferente vives, mas não tão distante que eu não possa sentir teu cheiro que má faz sonhar com os olhos abertos..
Graça -
Mal o dia anoitecia na cidade
lá ia a Graça tão formosa como a Lua
era a fadista do bairro da saudade
e caminhando ia cantando pela rua.
Era bonito o seu andar de moça nova
pelas ruas da cidade de Lisboa
tinha no xaile o encarnado d'uma rosa
diziam ser o Rouxinol da Madragoa.
E numa aurora ao romper de muitas flores
o Sol nasceu e deu à Graça, longo beijo
o azul do Céu foi rasgado por mil cores
e ali ficou como Lisboa à beira Tejo.
A Procissão do Enterro -
É noite na cidade … noite cerrada.
Sexta-Feira da Paixão …
E vai um morto a sepultar!
Há sombras que se cruzam pelas ruas.
Gentes de negro. Negras gentes.
Deus no Céu se alteia, que na Terra,
nada É, como está ou deve ser!
E há lamento. E há saudade.
Parece a Morte triunfar.
E um cortejo se avizinha.
Capas negras. Solidão...
Corpos vacilantes num passo de lamento.
Círios apagados, ainda …
Velas sem destino pela rua em tantas mãos.
Olhos inocentes, ausentes, descrentes.
E tanta gente … tanta gente …
Gestos de culpados.
Arrependimento feroz. Secura.
Andores pela rua ao som dos passos
de quem espera e desespera …
Irá Deus a sepultar?! Deus morreu?!
A Morte não é o fim mas o começo,
estranha contradição. Ressurreição …
E vão … passando … num pisar de negro luto …
… passam... indo … pisando a solidão … mas vão …
… vão … vão ….
E aonde irão?! Aonde?! …
Deus foi morto pelos Homens?!
Que estranha percepção … é loucura, sonho,
ilusão … cai o firmamento!
Se Deus não morre, quem vai ali, naquele esquife
a enterrar?!! Quem?!!...
E o cortejo toma forma, a marcha alinha,
o Povo no compasso, num compasso de amargura,
espalha pela rua um lamento, um grito de solidão …
Há um eco de saudade!
“O SENHOR É MORTO! O SENHOR É MORTO! O SENHOR É MORTO!”
Terá morrido?!! … Não creio! Não creio! Não creio! ...
Asas
Porque a cidade me prende com laços de asas onde os pássaros moram
O rural me despe de cintos dourados e me enche de música
É no silencio do rio na turbulencia do mar
Que as raizes de formosas arvores me alimentam as palavras
Seiva da juventude em taças de corolas
Flores de campos coloridos que me invadem
Senta-se a cidade a meu lado
Inquietação no ajuste da escolha entre a pedra e a terra
O bulício e a quietude na pele que se quer sentida
E afago o olhar nas marés de trigo e choro a selva urbana onde moram os pássaros sem asas
03/11/2022
ALVORADA
Alvorece
as gaivotas acordam a cidade
os sinos cantam ao desafio
com os sonhos interrompidos
a maré lambisca a margem
os raios de sol diluem a bruma
e os meus lábios fogosos
engomam as rugas do teu corpo
com a mesma devoção
com que a natureza regenera.
Velhas Pedras da Cidade - Évora -
Velhas pedras da cidade
que outrora já foi Moura
"Ruas-Frades" por piedade
que o passado não perdoa.
Velhas pedras da cidade
que o silêncio não calou
passe a vida ou a idade
pois o tempo as consagrou.
Velhas pedras da cidade
são cansaços do destino
são poemas sem vaidade
de poetas sem caminho.
Velhas pedras da cidade
- cinza fria que não sente -
não se esqueçam da saudade
no olhar de toda a tente.
No Berço da Cidade -
Cinco letras tem o nome
da cidade onde nasci
é palavra que não dorme
nesse berço onde cresci.
Ó Évora cantada,
pelas águas da fonte,
és Évora, doirada,
erguida num monte.
Oito ruas tem a Praça
oito bicas tem a fonte
e à quina do Arcada
está a igreja de fronte.
Entre portas e janelas,
oito entradas na igreja,
cinco grades moram nelas
Santo Antão as proteja.
Também há oito solidões
p'ra quem vive de saudade
é a dor dos corações
neste Berço da Cidade.
Gangrenas -
Ó empedernida solidão, estática, parada
num jardim desta cidade, sobre o busto que levanta
uma espera imortal! Fitando a luz do nada
ergue-se do chão, Florbela Espanca!
Minha vida é cor da sua! E ninguém me peça
pausa ou silêncio! Que a vida que me deram,
cor dos olhos dos mortos que morreram
é fria, porque os mortos arrefecem depressa ...
Só não arrefece a minha eterna e profunda solidão
cor da mágoa das Gangrenas do Senhor,
meu espelho ou ilusão de Ser nas necroses do coração
num sentir que está parado neste imenso mar de dor!
No Jardim Público de Évora frente ao busto da Poetisa.
LOBO MAU.
Pela cidade a fora ele vai bem contente
A procura de uma presa, de uma dama inocente.
Ele é astuto e muito sagaz, nunca se contenta com uma
Sempre quer mais.
Ele é bonito e muito encantador
E a dama inocente por ele se apaixonou.
Presa em suas garras ela está
E deseja ali para sempre ficar.
Pena que é um caçador e sempre quer mais
Deixa ela hipnotizada enquanto vai atrás.
De extinto egoísta nunca divide sua conquista
Prefere ficar de guarda e não a deixa solta na pista.
Ele é feroz e muito esperto
Sabe que tem outros lobos ali por perto.
Sempre marcando território e mostrando quem manda
Além de ser bem conhecido por sua grande fama
Sempre se identifica com o dona da dama.
E ele o terror por onde andar
Pois sabe como pegar suas presas e as devorar.
Pela cidade afora
Ele anda sozinho
Levando de casa em casa o seu docinho
Ele mora longe
O caminho e no caminho é esperto
Sempre pega uma presa que passeia ali por perto.
Ele é lobo mau, Lobo mau..
Pega as daminhas pelo...
SSB.
O VAGA_LUME SEM NOME
Poema de Félix di Láscio
O Vaga_lume
Sem nome
Clareia toda cidade .
O Vaga mundo
Tem nome,
E tem muita vaidade.
__Que tal chamá _livro claridade?
Esse ano me separo de uma amiga de 3 anos de amizades pois vamos nos mudar cada uma para uma cidade a escola não sera a mesma sem ela ela pedindo pra eu explicar uma questão, em algum dia de simulado de prova nos se encarando e começando a rir e logo no começo desse ano conhecemos outra amiga bem ciumenta por eu dar mais atenção a minha amiga de 3 anos de amizade mais hoje somos o tril inseparável eu e minha amiga as vezes brigamos com a outra amiga mais sempre fazemos as pazes tem uma menina da sala que não gostamos mais nossa amigga ciumenta é "melhor amiga" dela as vezes que eu e minha amiga falamos mal dessa menina rirmos e ontem (sabado) não teve aula então fizemos uma chamada de video e fizemos karaoke hoje minha amiga foi pra igreja e a outra brincando com as primas pequenas amanha não tem aula então vamos estudar para a prova de terça não quero me separar delas mais o ano passou tão rapido que lembro como se fosse ontem do primeiro dia de aula...
Eu não te amo mais, eu só aceito seus defeitos, atravesso a cidade para estar com vocês e procuro insistentemente traições por tédio. Minha vida é chata e a sua também.
Tava andando de quebrada
Sendo o centro da cidade
Quando cê resolveu dar um salve pelo meu radin'
Eu já tenho compromisso mas posso chegar mais tarde
Prefiro ter você assim bem pertinho de mim
De manhã, de madrugada
Te quero também de tarde
Quando nóis fica junto somo' inimigo do fim
Sabe que eu sou correria em todas as quilometragens
Independentemente, se quiser, eu tô afim
Chego na postura, ninguém segura
Eu só te trouxe esse buquê
Porque a vida é dura
Nunca foi questão só de pressa, entende na conversa
Eu só cheguei suado pela viatura
Sempre na caruda, ninguém segura
Eu vivo a vida de dublê mas sem atadura
O que é raso não interessa, só beijin' na testa
Aqueles que o malandro já perde a postura
E eu entenderia pra falar
Meu gesto pra te enfeitiçar
Fico sentindo o batimento do seu peito
De um modo tão particular, sem muita coisa pra falar
Só um silencio e transmissão de pensamento
Me juntaria pra te amar
Nos seus cabelos me enrolar
Mais enrolado que eu já tô nesse momento
Tem um mundão pra aventurar
Eu sei seu ascendente é mar
E nossa foto aumentou meu engajamento
Saudade
Quando meus ouvidos doem com os ruídos da cidade grande, nasce um desejo de ouvir o balanço do vento, o canto dos pássaros e o caminhar das águas dos rios.
Pra acalmar as tempestades internas do meu coração.
EU SEI, MAS NÃO DEVIA
Com o tempo, você se acostuma com a desorganização do trânsito da cidade e aprenderá a esperar. Não a sua vez de atravessar as vias públicas. Mas a esperar o espaço de tempo que sobra entre os diferentes tipos de veículos que se entrecruzam, surgindo das mais diversas direções.
Contrastópolis (poesia)
A cidade que me adoece e cura.
Que me machuca e afaga.
Me afugenta e acolhe.
Me odeia e ama.
Me corrompe e educa.
Me toma e dá.
Me endurece e sensibiliza.
Me rouba e enriquece.
Me desumaniza e empodera.
Me amaldiçoa e bendiz.
Sem ressentimentos.
São Paulo é o Templo Divino dos Contrastes e entre seus altares quero morrer e viver.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp
