Choro sem Motivos
Nada de tristeza ou de choro. Vamos comemorar a vida! Viver é bom demais!!! Repita comigo: viver é bom demais! Abraços fraternos.
Hoje
Hoje o dia chora
Não há metáfora
Não chove
Há um vapor
Um suor
Um choro
Que exala dos poros
Há um transpirar
Escorrer
Que banha as lembranças
Há um recordar
De dois corpos suados
Pregados
Em meus pensamentos
Do que foi todo
Meu choro.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
Quando o amor vale a pena
Machuca, massacra, suscita lágrimas, onde outrora era riso, choro, onde já foi alegria; magoa, escraviza, arranca lamento, onde já fora gozo, amargura, onde era harmonia; ô, sentimento perverso, que o homem reverencia, e o denomina amor, numa eterna sintonia... Então eu pergunto: E quando é que o amor vale à pena? E logo vem a resposta: QUANDO SE TRANSFORMA EM POEMA.
Tudo o que acontece ao meu redor foi destinado assim, por isso não choro por coisas que não consegui conquistar. Digo graças a essas coisas que tanto desejei, ter mas não consegui sou o que sou hoje.
Ainda choro pela sua ausência, porque a orfandade me incomodará até meu ultimo suspiro, superar sempre será preciso, mas é difícil aceitar um adeus tão prematuramente e forçado, vou ter que viver meia luz, um ponto que se encontra entre essa luz e a sombra, que damos o nome de penumbra.
"Dentro de cada pessoa existe um momento, uma felicidade, um sorriso, uma dor, um choro. Cabe a cada um colocá-los em ordem."
-Aline Lopes
O desabafo da dor da alma é regado de choro!
Mas o melhor meio de fazer isso é de joelhos dobrados no quarto sozinha!
Quando choro rogando a Cristo e ele me responde com o silêncio, talvez ele esteja me dando um conselho em como minha mente deve permanecer para não enlouquecer.
Primeiro é como se a gente estivesse no meio de uma crise de choro, a gente perde o controle e desaprende a respirar, e é um descontrole em silêncio.
Depois, a gente pensa que o coração vai parar a qualquer momento por causa do ritmo acelerado e da dor que estamos sentindo.
E é mais que pensar no amanhã com insegurança.
Meus medos, meus danos, minhas dores, tudo se junta em um mix de sentimentos rapidamente.
Desculpa, eu não sei como dizer para que vocês tenham força, eu nunca consegui ser forte o bastante pra não lembrar com dor por tudo que já passei.
Mas eu também não sou forte o bastante pra fazer tudo acabar, sabe? Tomo uns remédios e vou dormir na esperança que eu nunca seja.
Dizem que choro de barriga cheia e concordo: a minha barriga está cheia de lágrimas, que saem a todo momento pelos meus olhos.
Não se sabe se és riso ou choro, alegria ou imensa tristeza, luz ou escuridão...
Não há brilho em teus olhos perdidos, ou diciplina em teus pensares camuflados, uma hora cá outrora lá, não se sabe se está aberto ao caos que possa sentir, desmasiado ao trovoar dizendo que a chuva está por vir...
Calibra te oh pois e sai ao vento sem rumo a degustar deste pedaço de chão, há algo que realmente se importe? Ou estar sobre o podio é o que lhe basta? Onde vais?
Assim, devastada a não saber o que há...
E os dias que seguem cada um com sua luz, um...dois...trezentos...vago...e suma...
Enquanto o choro é contido
E o sertão galopeia
Me escondo dentro do escombro
Me molho na lua cheia
Em cada verso que entorto
Desvendo a sua teia
Não tem remorso
Ou pecado
O fogo não titubeia
Sorriso já voa largo
Onde a pupila clareia
Não dá pra pedir socorro
Pra quem no amor se margeia
Miranorte
Psiu! Escuta!
O velho rio está contando o que ouviu
Choro calado
Rastros de lágrimas
Restos da luta
Do irmão Xerente que com o seu povo partiu
Enquanto as flores tão belas de sucupira
Forravam as terras “de alguns”, ou então “gerais”
Valiosos troncos viraram cercas, viraram móveis,
Viraram casas, canoas, lenha e muito mais.
Tão sertaneja era a vida que fluía
Às margens de quem corre com tamanha persistência
Capaz de transportar saberes,
Os segredos e os martírios
Cedendo aos filhos desta terra a divina providência.
Enquanto o sol erguia homens de outras terras
E o progresso o Providência atravessou
Ergueram ponte, abriram asfalto e o velho rio
Correndo livre um novo povo levantou
Gente alegre, sonhadora e muito forte
Viu escorrer por entre os dedos a pureza
Do velho rio, hoje cansado e maltratado
Mas que por compaixão de Deus é a riqueza
Da ex-fazenda intitulada “Sucupira”
Mas que por outros rumos e por outra sorte
Abriga os filhos desta terra tão querida
Que nós saudamos com o nome Miranorte.