Coleção pessoal de MGBGuima

Encontrados 3 pensamentos na coleção de MGBGuima

⁠O vinho

As tralhas perversas de uma mente humana
Rodeada de ideias, pensamentos que guiam a estupidez
Perdida em uma taça de vinho
Sentimento seco e amargo
Talvez deva bebe-lo gelado
Já viu algum elefante voar?
Impossível, assim como nossos devaneios
Nossas platonisses e nossos apegos
Alma impura sem destino buscando o óbvio

Mais uma taça?
De-lhe mais um trago e desabroche
Mas se segure a queda é alta
Talves um dia eu conseguirei mostrar a potência de um grito
Um grito sublime que ecoara pelo horizonte
Que chamará as massas
Um grito preso como o meu necessita ser liberto
Gritarei por todos os cantos
"Não temas que já temestes demais
Não chore pois já chrastes demais
Não desanime, não temos o que perder
Não temosmais a quem recorrer"


Me vê outra taça
Uma que talvez me desmaie dentro da mente que me ainda é sã
Mais uma por favor
Quanta liberdade tola, será que é mesmo liberto?
Ou sera que me perdi mais uma vez
"Fuja perdido! Nãos voltes"
Para que voltaria?
Pensamentos de devaneios e loucuras
Perdido num horizonte de eventos
Como um buraco negro
Suprimindo toda a força que rodeia
Sou casca ou flor?
Sou ego ou amor?

Alegria queimada que pede a ultima taça
Taça essa que irá me quebrar que irá me destruir
Destruido continuo
Sou igual uma barata, talvez que seja asqueroso
Talvez seja nojento
Meu sangue parece ser frio mas é quente
Maldita casca
Me viram como não era
E nada fiz
Hoje nada sou
Se sou, sou pequeno
Gigante mesmo é aquele que nunca amou
Ou aquele que amou e foi correspondido

Caindo eu vou mais um dia

⁠CHORE!

Chore
Chore muito
O choro é o único recurso que você tem
O Choro é a chave da prisão que você habita

Chore
Chore mais um pouco
Se não fosse o choro você cairia
Se não fosse o choro você perderia

O choro é tudo que temos
Não temos nada além do choro
aquilo que você toma pra você como seu mas não é seu e você chora por isso

Eu não te julgo
Eu também choro
Eu também sou quente
Eu também sou fraco
Eu me desmonto em brisas de um tempo próspero
De um tempo onde viveremos a felicidade plena
E choro por entender que a felicidade não é plena

O choro liberta o mais perigoso dos ladrões
Liberta o mais fraco dos homens
E condensa as mais sã das mulheres
O choro é a sua alma aprendendo com a sua mente
O choro é seu corpo dizendo que não está contente
E é sua mente te contando o que você precisa saber

E depois no outro dia quando você acordar
Estará livre
Mas se não estiver
Chore de novo
E de novo
De novo

Chore criança!
Chore pelo seu amor que te abandonou
Chore pelo seu pai que você nunca conheceu
Chore por não entender o que te falam
Chore pelas pétalas que forma a mais bela flor
Flor que irá de deslanchar
E suas pétalas pelo chão se espalhará
Dando chance para outra flor nascer
Cumprindo mais um ciclo

Chore mas não se derreta
você precisa acordar amanhã
Chore mas não se feche
Você precisa amar de novo
Chore mas não se corrompa
Corrompido você fará outras pessoas chorarem

Não peça muito peça o necessário
mas se o necessário não lhe derem
Chore
Chore
E Chore

Se você se diz forte sem chorar eu não acredito
A força não está nos músculos e sim na mente
O mais forte é aquele que humildemente entende sua mente
E que não se reprima do ato mais natural do ser humano que é chorar

O choro é a capa salgada que nos blinda
É a tempestade dentro de nossos corações
É a força de Zeus te eletrocutando e te anestesiando segundo por segundo
Até você sentir sua cabeça pesada
Seu corpo leve
Sua pupilas dilatadas
Um grande sono se aproxima
Você precisa descansar

Amanhã você acordará na calmaria
Talvez esteja triste
Mas uma tristeza serena
Uma tristeza pensativa
Se não há alternativas
Aceite a realidade e viva com isto
Mas se não conseguir… chore.

⁠O Remo
Um dia caminhando achei um remo aquilo me parecia sereno,
E o mar na minha frente resolvi a remar,
Chegando no remo, coloquei minhas tralhas e me dispus a remar,
Talvez eu ainda não sabia o que era aquele remo
Mas depois descobri que era a única plataforma que me separava de me afogar.
Eu ser tão pequeno perante um oceano
Justo eu que me achava tão soberano,
Percebi minha inferioridade,
Talvez seja minha última carta antes que meu remo entre em desgaste
ou talvez um navio me localize e me ache
Mas antes disso estou a deriva, remando…
Sem destino, sem norte, sem sorte.
Talvez eu encontre o caminho das andorinhas,
e siga os pássaros,
Mas já estou tão longe que me parece impossível uma vida sobreviver acima desta água, isto me dói profundamente
Saber que morrerei sozinho nesta mágoa.
Ontem de novo eu tive uma miração
Eu vi um pouco de terra firme,
Me parecia certo seguir para aquela região,
Afinal é sensato no meio de um oceano seguir para onde pede seu coração
E mais uma vez eu remei,
gastei todas as minhas energias, os braços doem de lembrar, aos poucos fui percebendo que não estava crescendo, estava diminuindo e assim foi-se, sumindo.
Isto acontece sempre
Nunca acho terra
Maldito dia que resolvi remar
Agora não consigo voltar,
Meu caminho não é pra lá e nem pra cá,
Talvez eu esteja tão corroído que deva me afogar…