Chorar e Pros Fracos
cabelos ao vento
e olhos azuis
de ver o mar
marejados
de lágrimas
avermelhados
de tanto chorar
escondidos
de vergonha
ou de sofrer
e a vida me pede
coragem
peito aberto
escancarado
desnudo
e apertado
com vontade
de vencer
e eu quero mesmo
é me jogar no mar
da imensidão
pra bem longe nadar
me afogar nas águas
nada calmas da minha vida
e eu volto
ressurjo mais linda ainda
cheia de amor e de alegria
cheia de prazer
e cheirando a maresia
cheia de desejo
e me escondendo dia a dia
dentro do mar sereno
boiando e observando
as estrelas do meu céu
escuro e que graças a Deus
assim ninguém me vê chorar
e quase deixo de me acreditar
me entrego de corpo e alma
lavada de sal marinho
e de Deus recebo todo carinho
porque Ele me vê lutar
contra a maré
e contra meus defeitos
aqueles totalmente sem jeito
mas seja lá o que o Pai quiser
pra minha vida
e venha o que vier
eu sempre faço
bem ou mal feito
respondo sempre por mim
e não pelos outros
e o que de mim será
nas ondas do mar
me levando pra bem longe
do seu olhar crítico!!!
o caso não é de chorar
é de colocar a mão
na pesada consciência
e preservar a natureza
preservar a sua essência
a sua vivência
aqui neste planeta!!!
Chorar sozinho são lágrimas perdidas, mas chorar no colo de Deus, são lágrimas consoladas e forças renovadas.
QUERIA SER COMO UM RIO
Queria tanto beber em meu pranto, está seco, já não sei nem mesmo chorar...
Um rio inteiro podia cair, inundar por completo esse meu mundo deserto
Não sei bem de onde vem, é lá bem do fundo e dói tanto o meu peito vazio
Destruir é sempre mais fácil que reconstruir,
descer é mais simples que subir
Meu coração é forte, aguenta a pressão,
Mas não sou eu, eu sou vago, sou triste
Sou só.
Caminhos mil eu andei, atravessei desertos fantásticos na escuridão extrema
Me dei por completo, traí, confiei, busquei um jeito de não ser vazio
Aqui dentro o meu peito
Como dói o vazio, corrói mais que ácido
Me entrego a tortura de mim, meu peito me cala
Queria tanto poder ser abrigo, um canto qualquer, não quero ter paz
Nasci no inferno, em trevas profundas,
Eu quero ver luz, não sinto meu corpo, só tenho alma e vazia
Explode meu peito, nasci como um deus, agora sou homem, ando na vida
Cansado de tanto assim ter vivido,
Caindo sempre de canto em canto, de vida em vida...
Trazendo sempre a dor profunda, que faz de mim conhecimento
Queria tanto cair como um rio, o mar secou, a vida é árida
Tudo o que é belo não me pertence, nasci um deus
Que seja então eu deus de mim, que seja eu meu próprio pai
Eu vejo o mundo, mas não é meu, terá sido um dia?
Ando aqui e nem é por mim, eu nada sei, eu tudo sinto
Que venha o pai, que me resgate, que me dê vida, que seja eu um rio inteiro
Que seja pranto, mas que seja algo que não seja assim...
Assim me dói tanto.
Viver num mundo que não é meu, eu ando aqui, mas nem é por mim´
Foi sempre assim, nasci assim, nasci um deus, sem pai para mim
Queria tanto fazer sair aqui do meu peito o mundo inteiro
Para quê lucidez de uma vida, se ela atormenta?
Eu queria o canto do mundo, um canto lindo, um canto calmo
Queria ser rio, queria inundar o meu mundo inteiro
Queria ser louco, queria ser livre, queria partir, sair daqui
Que venha o Pai, que me consuma, que eu já não sou mais dono de mim
Eu nunca fui, eu fui sempre assim, nasci vazio
Nasci um deus
Sem pai para mim
Queria ser como rio, nascer numa fonte, descer pelo monte
Por campos verdes andar, ser forte corrente, e bem lá na frente, voltar a ser mar
Inundar o abismo, o vazio de mim, poder no meu tempo evaporar
Subir lá pró alto, meu peito abrir, livrar o tormento
Queria chorar, chorar forte pranto, vir lá do alto
Tomar as entranhas da terra, subir a montanha, ressurgir numa fonte
Queria ser como um rio, por vezes tranquilo, mansinho
No tempo fugaz, trazer na corrente do meu pensamento
Somente um conto do vale encantado, ter sido por mim
O mundo criado.
Não sei, sou assim, sou meu próprio destino
Eu sou o meu canto, não, não vejo meu pranto
Porque no meu mundo, eu sou deus de mim.
(Adilson Santana) (Queria Ser Como um Rio)
ISBN: 9789898080790 - Arquivo. Biblioteca Nacional de Lisboa - Portugal
olhos embaçados
de tanto chorar
de tanto doer
me olho no espelho
tá tudo embaçado
de tanto pensar
de tanto sofrer
olho porventura
o meu interior
tá tudo embaçado
de tanto sentir
de tanto amor
olho a chuva lá fora
tá tudo embaçado
de tanto esperar
de tanto remoer
olho a vida
com outros olhos
desembaçou
a minha alma
avistou
o amor ficou
lembranças deixou
no peito acalmou!!!
chega de chorar
lágrimas também tem limites
senão começo a me secar
e desidrato coracao
a alma
o sangue
o útero
e o espírito
santo desespero
será que serei seca eternamente?
ou só enquanto acabar o estoque
pra minha sorte lágrimas são infinitas
e começo a me regar novamente
lágrimas são lágrimas
e só eu regrar o volume e a intensidade
enquanto as regras não descem
o sangue fica contido em todo lugar
menos no que gera a vida
um fruto seco sem vida
mas Deus há de consolar
há de nos conceder misericórdia
há de nos amparar
Ele manda a chuva se a lágrima
novamente secar
é só Ele e o manda-chuva
nos traz de volta à vida
se um dia eu deixar de me regar!!!
O monstro que abusa sexualmente de uma mulher e a faz chorar de desgosto, sofrimento e que também a espanca, não merece ser chamado de homem nem mesmo de animal.
Estou cansada...
Estou cansada de me odiar;
Estou cansada de chorar quase todas as noites;
Estou cansada de ser uma inutil;
Estou cansada de ver como tudo é perda de tempo;
Estou cansada de fingir;
Estou cansada de ficar na cama pensando nas piores coisas;
Estou cansada do meu corpo;
Estou cansada de pensar em quanto tempo tenho que emagrecer;
Estou cansada de ser só um problema;
Estou cansada de ser a iludida que nunca irá ser dele;
Só... Estou cansada...
"Lágrimas da Verdade"
"Não esconda as lágrimas do seu rosto... é melhor chorar de verdade, do que sorrir de falsidade".
Sombras
Chorar e sofrer,
Lutar e seguir,
O cansaço jamais irá me vencer,
Ir subindo e jamais desistir.
O ontem eu era,
No hoje só apenas um vazio,
Sei que a dor é uma fera,
Fera,como um animal no cio.
Vivi uma louca vida,
Viajei viagens alucinantes,
Me machuquei mas também deixei ferida,
Sou novamente, um velho errante.
Ontem havia amor,
Hoje,só sombras e saudades,
E a essência daquela flor,
Era falsa,não era de verdade.
As lágrimas escorrem,
Os sorrisos se escondem,
Nas intuições se descobrem,
Tudo aquilo que não se tem.
Esquecer é necessário,
Rumo ao grande objetivo,
O velho amor é um adversário,
Que partiu e não me deixou motivo.
Tudo tem um começo,
Tudo também tem seu fim,
É um ciclo que às vezes esqueço,
E porque tudo tem que ser assim?
Lourival Alves
Eu queria poder chorar
Derramar lágrimas de despedida
Mas mal consigo sentir tudo isso
Você foi embora
E levou com você minha voz
Você foi embora
E levou com você meus sentimentos de paz
Quem dera eu puder imaginar um dia ao seu lado admirando seu sorriso
Louca! Eu? Talvez
Mas nao séria prejuízo
Porque tenho juízo
Jurei pra sanidade que o " Eu te Amo" dito, séria verdade.
Então falei...
E eu não menti, mas não pude forçar sua estádia em minha vida
Assim como chegou livre
Era livre para partir
E quem sou eu?
Se não for abrigo?
Quem sou eu? se não for castigo
Amar todos que me dão Adeus
Amar aqueles que nunca foram meus
Talvez! louca! Talvez Eu!
Humilde delícia
Cavalgando com meus pensamentos,
Com a viola me penho chorar..
Lembranças da infância,
La na roça começo a poetizar.
O fogão de lenha suspira ilusão,
Me trás inspiração com a chaminé
O bule de água fervendo,
Esperando passar o café.
No grotão canta a saracura
La no galho o galo carijó
Abre as asas e dá o seu grito
Pedindo pra sair do paió
O moço matuto é de coragem
Vai pro mangueiro tirar o leite,
Nove vacas leiteiras,
O sabiá canta vantagens.
Viola cabocla retalha
O cavalo na grande cerqueira.
Acordou o João de barro
Arquiteto da grande paineira.
O ronco barulhento no chiqueiro
Poucos com fome chorando
O cachorro late na gruta
A galinhada desce do poleiro.
Lavoura sedenta apurada
A semente se joga do pote
Crava no solo que brota
Cobertas por tantos pinote
Ah! Se eu pudesse voltar
Colheria o milho regado
Ralava no ralo improvisado
Pamonha pra todos no taxo
A vida na roça não é leve
É um paraíso tranquilo
Calo nas mãos da mamãe
Espuma branca de neve
Tudo é sintonia
A radiola se esfola
Tudo que se faz é euforia
Ecoando moda caipira
Safra do arroz e do feijão
Safra do trigo e do algodão
As plumas de fibra enganam
Até o caboclo no ardoso verão
No rango caipira é assim
Chapa de ferro forjado
Bacon ,ovo e linguiça
Não tem quem resista
Essa vida humilde delícia
Autor: Ricardo Melo
O Poeta Que Voa
Cansado de sorrir quando sinto uma enorme vontade de chorar, chorar até extravasar ou secar minhas lágrimas, luto para que não inundam meu rosto.
Estrelas são as lágrimas dos anjos
A chorar
Por não terem o corpo e a vida
E não saberem o que é amar
As vezes eu só queria...
um tempo pra pensar,
um minuto pra chorar,
um segundo pra esperar
uma folga pra cantar
um poema pra falar
um carinho para me acariciar,
um tempo para me descansar,
uma felicidade para não me matar,
um amor para me consolar,
um calor para me esquentar,
um psicólogo para desabafar,
esses são alguns desejos,
para no fim,
me curar.
Eu quero sorrir mas ao mesmo tempo
Quero chorar, eu quero viver livremente
Sem medo de que possam me julgar.
Você é a única pessoa que tem a capacidade de me derrubar e de me reerguer,de me fazer chorar e de me fazer viver.Você é com uma luz no fim do túnel e toda a dificuldade de chegar até ela.Como uma dor intensa e um conforto imenso.Você tem a chave mestra do meu coração além de ser também um grande malvadão.
