Chico Xavier Poesia de Amizade
Outro dia, só mais um?
Nunca o mesmo, é um fato
Por mais que pareça igual
Cada momento é um ato
Toda ação emanada, tem reflexo
É a lei, tenha certeza
Pensamentos, palavras, emoções
Tudo é um, do Universo a teia
Então, um dia não é mais um
É o Tudo que se apresenta
Repleto de oportunidade e realização
Preste atenção aos detalhes
Sei que me dará razão...
AOS POUCOS
Vi seu rosto no meu café,
O gosto do seu beijo na minha boca,
O seu toque na minha pele,
Talvez eu esteja delirando,
Ou me apaixonando aos poucos.
Esqueci sua feição,
Lembrei do quão amargo era seu beijo,
Lembrei do seu toque frio na minha derme,
Talvez eu esteja delirando,
Ou me desapaixonando aos poucos.
Procurei blindar a minha mente,
Me desapeguei do seu sabor,
Me curei das feridas,
Eu me sinto feliz novamente,
Estou me recuperando aos poucos.
Vi outro rosto no meu café,
Quero saber qual o gosto daquele beijo,
Quero sentir aquele corpo no meu,
Agora sei o que sinto,
Estou amando de novo.
Juro sob o testemunho
do meu generoso
Médio Vale do Itajaí
que se eu tivesse
nascer de novo como
poetisa eu escolheria
o mesmo idioma
como berço esplêndido
para cantar o mesmo
Hino Nacional Brasileiro.
Tenho na minha Língua
o meu passaporte
para onde quero,
a minha balada romântica
o meu descanso e meu protesto.
A minha Língua é Pátria
gigante celebrada
daqui da cidade de Rodeio
onde a celebro com poesia,
honro Santa Catarina
e reverencio o Brasil inteiro.
CONSUMAÇÃO
Há uma lei que eu sei
E deveras será cumprida.
Mesmo que seja
Na última chama
Que impetuosamente
Clama,
Por mais um suspiro...
Aquele respiro
No último triz da vela.
030523
O Fandango Caiçara nos levou
sem pensar no viracorpo poético, caímos um no gosto do outro,
o toque de pele nos incendiou,
decidimos não mais neste
amoroso baile nos largar
e viramos oceano de amar.
Na hora do pega-na-bota você
tirou do bolso a rosa cor-de-rosa,
colocou na minha orelha
e dançamos a noite inteira.
O Fandango Caiçara trouxe
o antídoto para o quebra-chifre,
para nós dois foi apresentado
o amor mais bonito que existe,
nos envolvemos e encantados
de primeira nos declaramos:
predestinados ao nosso amor
sem saber nós já estávamos.
Neste pula-sela você veio
com jeitinho todo encantador,
e desde o começo já havia
percebido que era teu o meu amor.
Meu mandadinho és só no passo,
na vida virou meu amadinho,
e nunca será o suficiente
te dar muito e todo o denguinho;
te cubrir com carinho é o imperativo
porque é o amor quem anda
ditando o compasso, o contrapasso
e cada romântico passo:
o amor estará sempre do nosso lado.
AH, SE VC SOUBESSE
Eu queria que ela soubesse, que Mona Lisa não é a arte mais linda do mundo, e sim esses olhos pintados pelo divino, esse corpo entalhado pelo sobrenatural e essa boca kafkiana.
Queria também que ela dissesse meu nome, várias vezes, até que a vontade de ouvir aquela voz angelical, se esgotasse. Que ela sorrisse todos os dias de manhã quando me visse, que me beijasse ininterruptamente e secasse minha lascívia com toda essa sensualidade.
Eu queria que ela visse todos os sorrisos que esboço ao ler as cartas que ela me manda, eu não sei se é sorriso de amor, paixão, desejo. Mas uma coisa é certa, vem do coração.
Eu queria que ela me amasse, queria que me devorasse, queria que ela decorasse cada detalhe da minha alma, queria que ela me enxergasse, queria que ela soubesse que eu a amo.
Com a Língua Portuguesa
nado de bruços, boio
e nado de borboleta
escrevendo o meu poema
pelo Rio Itajaí-Açu adentro,
Até hoje não tenho
conhecimento de outro
teorema que me faça
descrer que a minha Língua
não seja a mais língua
poética do mundo e poema.
Te agradeço,meu bom Deus, por estar aqui onde estou.
Tu me tiraste da lama e me deste valor.
Na minha fraqueza, como Teu instrumento, utilizaste-me, ó Senhor.
Hoje, tenho a nítida certeza que sem Ti, nada sou.
Seja nadando no Rio Itajaí-Açu
ou flutuando por aqui
pelo Médio Vale do Itajaí,
Na Língua Portuguesa
encontro o meu gentil
e verdejante poema de cada dia,
e é no Pico do Montanhão
que fica em Rodeio é que
se esplende o corolário da poesia.
Eu sempre choro e cai
Água, é um a gente bebe
A banha, lava roupa, a louça,
Lava casa chuvas preciosas
Chorinho de uma criança.
Resolvi escutar
a Lia de Itamaracá,
Enquanto olhava
as estrelas a cirandar
e comigo você não está,
Como estratégia
de forma que nem
mesmo você perceba;
Optei ser sorrateira
e te coloquei entre
os meus poemas
até o dia que decida
comigo encontrar,
juntos estrelar
e o amor aceitar.
Olhando nos meus olhos
as tuas mãos se entrelaçaram
com as minhas mãos
para dançar a ciranda praiana
dos nossos destinos,
Você me deseja do tamanho
que te desejo todos os dias,
Com balanço e amor atlântico
um traz o outro fascinado
pelo naufrágio divino
nos beijos tão desejados
e de outros tipos de astúcias
que permitidas só aos apaixonados.
Te conhecia bem;
sua fraqueza,
sua dor,
seus proximos passos
depois das brigas.
Mas não imaginou
Que seguiria em frente
Por alguém que mais ama.
"Você mesmo"
Dos versos, das pausas
e das consequências,
Me ocupo mais das consequências
do que com os versos,
Falar de amor só combina
mesmo é com a pausas
feitas olhos nos olhos,
e não com pausas literais.
Onde umas se preocupam
em se autoamaldiçoar
tornando-se Princesas-Cobras
e para virar gente sugar
o sangue do outro
para existir testando os limites.
Prefiro ser Janaína flutuando
no oceano do teu amor,
Em vez de erguer uma
cidade encantada,
Sou mais é erguer fortalezas
que nos abriguem
com poesia e tranquilidade
para ver a tempestade
dançar o seu baile e passar.
Escrever pouco não me faz bem.
Preciso escrever textos enormes,
cuspir palavras no papel.
Já como dizia Clarice, a sútil arte de
colocar um elefante na agulha,
é a literatura.
Me expressar de forma verbal,
nunca foi a forma mais aceita por
mim mesma.
Mas me expressar com um papel e
caneta,é o melhor que faço,para curar minha alma frágil,minha alma machucada e chorona.
Tudo que preciso para me curar é de mim
mesma, e um pequeno momento.
O mundo todo deveria se curar
dessa forma.
Se as pessoas aprendessem a escrever
mais, e falar menos,o mundo seria
um lugar de paz.
VIDA VIVIDA
A vida pode passar rápido
ou pode ser muito comprida.
Também pode ser muito comprida
mas pouco vivida.
A vida...
bom, a minha ainda não é tão comprida.
Não tenho tantos anos assim de vida
e muito menos vida que foi vivida.
Minha vida ainda é curta
mas parece ser uma eternidade.
Escrevo pois não consigo verbalizar a tempestade que há em mim.
Escrevo também, pois não sei se conseguiria falar sem encher os olhos de lágrimas.
Porém, sempre que escrevo, meus olhos se transformam em oceano e minha mente trava
De repente não sei escrever
Viro analfabeto.
Sinto que nunca vou conseguir transpor tudo o que acontece aqui dentro
Estou eu fadada ao desespero da alma?
Desespero este que me rasga o peito de tanta angústia.
É cansativo
Muito cansativo
Mais do que isso, é extremamente
desgastante tentar lutar outra vez
Todos os dias
Sem ao menos ter a certeza de que estarei vivo amanhã.
Você entende?
ELA É ÚNICA
Ela é a única que está
sempre ao meu lado, a
única que nunca me
abandonou em todos
esses anos.
Ela me abraça,me
esquenta,me faz sentir.
Somos eu e ela a tanto
tempo que não me vejo
mais sem ela.
MINHA CRIANÇA
Eu sinto muito minha criança,
Sinto muito por nunca ter conseguido nos defender.
Sinto muito por nós,
Por terem nos machucado tanto.
Me desculpe por não ter conseguido mudar certas coisas.
Você estaria com certeza decepcionada se pudesse ver como estão as coisas e eu não te julgaria por isso.
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