Cartas
Carta Aberta
Você me destruiu.
Você tirou todo o meu anonimato e a esperança de viver.
Você nem sequer pensou em mim, nem em como eu ficaria.
Simplesmente se satisfez com seus desejos e esqueceu da pessoa que sempre fez tudo por você.
Você ao menos imaginou a dor que causaria enquanto estava sendo paquerada?
Você só pensou em si mesma.
Todas as noites me pergunto por que não consigo te odiar com a mesma intensidade da dor que você me causa.
Não consigo te esquecer, mesmo sabendo que, enquanto eu planejava cozinhar para você, você estava com outra.
Você me causa tanta dor que me faz duvidar se o amor é suficiente.
Você era tudo o que eu tinha — meu ponto de paz, amor, carinho, respeito, admiração e superação por tudo que passei.
Por duas vezes, você me deixou por simples desejos ou por querer ser "livre".
Não te culpo por isso, mas por não ter pensado sequer um minuto em como eu ficaria.
Eu sempre demonstrei o amor que sentia por você.
O mínimo que merecia era sua sinceridade — nem isso você foi capaz de dar.
Não aguento mais sentir tudo isso.
Parece que estou enlouquecendo, que nada mais faz sentido.
Mas, lá no fundo, sei que é por tudo que venho sentindo.
Estou destruída de todas as formas.
Tento focar no trabalho, sair, conhecer pessoas…
Mas, quando me deito, tudo volta tão forte na minha cabeça.
Quando te beijo, fico pensando por que você também me culpa pelo fim do que tivemos, mesmo sabendo que fiz de tudo para que isso não acontecesse.
Penso por que você age como se estivesse tudo bem, como se nosso relacionamento tivesse acabado por nossa culpa, quando sabe que não foi assim.
Isso me preocupa.
Porque você sempre carregará essa dificuldade de ser 100% sincera com quem ama.
K.B.
CARTA DE SOCORRO
A quem ainda pode me ouvir,
Aos que ainda sentem a terra sob os pés,
Aos que ainda se lembram que sem natureza não há futuro:
Socorro!
Eu sou a Caatinga.
Sou o único bioma exclusivamente brasileiro.
Nasci do calor, cresci na escassez, floresci na resistência.
Durante séculos, abriguei povos inteiros, curei feridas com minhas raízes, alimentei famílias com meus frutos, e dancei com o vento seco sob o sol ardente.
Hoje, estou morrendo.
Tenho sido queimada, arrancada, esquecida.
Espécies que guardava como tesouros — como o pau-ferro, a baraúna, o umbuzeiro, o mororó, o juazeiro e o mandacaru — estão sendo levadas embora, uma a uma.
Meus filhos verdes, meus espinhos de proteção, meus galhos retorcidos de luta, estão sendo transformados em cinzas, carvão e silêncio.
Me chamaram de pobre, de seca, de lugar sem vida.
Mas nunca perguntaram o quanto dei de mim para que a vida sobrevivesse aqui.
Nunca olharam com carinho para o que fui capaz de sustentar, mesmo com tão pouco.
Eu sangro em silêncio, mas agora grito: me recatinguem!
Me curem.
Me deixem respirar de novo.
Não quero virar lembrança em livros didáticos.
Não quero ser só nome em relatório de extinção.
Quero ver de novo as folhas do umbu se abrindo depois da chuva.
Quero ouvir o barulho das ararinhas-azuis que quase não existem mais.
Quero acolher de novo o vaqueiro, o sertanejo, o viajante.
Peço socorro aos cientistas, aos agricultores conscientes, às escolas, aos jovens, aos povos originários e tradicionais. Peço socorro a quem ainda me reconhece como vida.
Plantem o que sou.
Ensinem quem fui.
Preservem o que restou.
E devolvam-me o que me tiraram: o direito de continuar existindo.
Eu sou a Caatinga.
E eu ainda resisto — se vocês resistirem comigo.
Com dor e esperança,
Caatinga a voz esquecida do sertão.
Emmanuel.limap
Carta ao que não volta
(Eliza Yaman)
Se eu te escrevo, é só pra não morrer.
Pois cada verso é sopro que me resta.
Não espero resposta, nem prazer,
só que tua ausência enfim me conteste.
Foste embora, mas não foste embora.
Ficaste em mim como um eco sem paz.
E eu, poeta, sou quem ainda chora,
por um amor que nunca se desfaz.
escrevi uma carta ao tempo
pedi a ele que voltasse
ou que ao menos parasse
nos melhores momentos estagnasse
nos piores dias pulasse
nas alegrias ficasse
os coracoes se entregasse
de amizades cercasse
de amores vivesse
à noite brilhasse
nas dificuldades lutasse
as derrotas admitisse
nas vitórias se alegrasse
a luz iluminasse
na música dançasse
o trabalho realizasse
a felicidade nos envolvesse
a dor passasse
a flor cheirasse
a natureza admirasse
as palavras ditasse
os olhos fitasse
a boca só o bem falasse
a memória lembrasse
a ferida fechasse
a paixão ousasse
a familia não faltasse
a dignidade permanecesse
a esperança nos salvasse
as virtudes nos socorresse
o fardo não pesasse
a nossa alma orasse
os sonhos sonhasse
no caminho não se perdesse
a luta vencesse
a razão usasse
a emoção sentisse
a vida vivesse
a Jesus louvasse
a Deus agradecesse!!!
tricoto
crocheto
pinto
bordo
troco figurinhas
papeis de carta
e conversa fiada
que nos rende
umas boas risadas
e outras até a barriga doer
a vida é assim
relaxando e fazendo
o que se gosta
ao lado de quem
a gente ama
é onde mora
a simplicidade do ser
de ser amiga
companheira
de falar besteira
e até xingar
pra vê se larga de bobeira
o mais importante
é saber a quem amar!!!
Carta a Matheus
Preciso dizer-te que és um ser enigmático, e talvez isso me prenda, me leve a querer
descobrir algo mais desse teu mundo.
Gosto de estar ao teu lado, sentir tua pele, ouvir tua voz firme e ter a certeza que sempre
acordarás a meu lado.
Essa tua forma fria, quase distante de tudo, para mim não passa de fuga, de algo que
queres esconder de ti mesmo.
Queres ser aquilo que não és. Tu és o homem que me encanta, que me faz sorrir, me faz
crer e querer continuar.
Preciso que saibas que podes sempre contar comigo, preciso dizer que também tenho
medos, muitos medos; talvez os mesmos que tu, talvez outros.
Possivelmente outros medos. Por isso também algo em ti, me dá a certeza de que
poderei continuar…
Sei que devo deixar-te partir, mas também sei que devo dizer que gostaria muito que te
entregasses e ficasses comigo só mais um pouco.
Até amanhã talvez, ou depois de amanhã, ou depois do depois…
“Não me espere amanhã, não mais chame por mim – Preciso partir, navegar sempre
em frente, rumo a linha que traça o distante horizonte, seguir a viagem em busca do
meu próprio Eu”
Matheus Navegador
Autor (Adilson Santana) Arquivo na Biblioteca Nacional de Lisboa
ISBN: 978-989-96825-0-4
UMA PEQUENA CARTA
Eu olhei para a sua beleza outra vez, mas dessa vez olhei bem mais lentamente para admirar cada detalhe dos seus olhos, do seu corpo, dou seu sorriso, precisava de mais tempo contigo
Eu pensava a todo o momento em todas as causas que faziam você preferir está ali comigo
Pensava no porque não queríamos partir para um outro tempo, mais uma viagem tempo seria
Eu pensava em como gostávamos de ficar juntos só para sorrir, a nossa diversão era está ali, mesmo sem entender, só para sorrir
Eu lembrei que tudo que eu queria era estar contigo e que todas as equações que eu criava na minha cabeça eram respondidas quando eu me encontrava contigo
Eu olhei bem para os seus olhos e nunca antes dentro dessa realidade tinha encontrado tanta liberdade
Eu percebi que as palavras que você liberou para o universo eram palavras cheias de vida e então parei tudo que era limitado pelo tempo só para lhe ouvir
Eu observei atentamente a sua maneira dê ver o mundo, e então percebi que você era a mulher mais completa que seus olhos já viram
Cada momento que se passava era uma realidade e momento novo que construíamos, eu me alegrava e me entregava cada vez mais
Um sentimento nasceu, precisávamos diferenciar toda explosão que estava acontecendo dentro de nós, mas deixamos para entender essa explosão de sentimentos em um outro momento e continuamos a se entregar um para o outro, a lua novamente estava lá para nos observar
Um sentimento verdadeiro de amor nasceu?
Eu não sei, mas gostaria muito de lhe encontrar na minha próxima viagem além do tempo
Resende, 05 de março de 2019
-Carta ao apaixonado-
Me desculpe por causar tanta tempestade.É difícil velejar em mar calmo quando é o barco que esta agitado.
Eu me sinto a confusão; eu estou mexendo a tua vida com perguntas.
Me desculpe se isso não te deixa dormir, se te deixa pensativo. Mas eu preciso de respostas.
Me parece mais lógico tentar te conhecer que me afastar. As vezes eu sinto essa vontade porquê , sinceramente, o que você me fala me assusta, me deixa confusa e nervosa. Me lembro de tuas palavras e sinto calafrios; me arrepio. Porque alguém que me conhece a tão pouco tempo, parece me querer tanto?
Me desculpe se parece que te contei pouco, mas, pra mim; parece que te contei mais do que deveria.
Escrevo para que me perdoe, e para te pedir que tente me entender enquanto eu tento te entender.
Carta para um ser humano
Respira a dor, ser humano! Prova tua incontestável virtude perante teus atos!
Mostra que tua calma e paz, se fazem verdadeiras na prática!
Dizer a mentira é fácil! Mentir sobre a realidade é um fato!
Fato esse que todos julgam correto.
Mentir sobre a mentira, girando no eixo de si mesmo. Enganando a si mesmo, roubando de si mesmo, matando a si mesmo.
Então respira! Agora contigo está a ferida. E como arde não é?
Como dói a falta de controle da vida, e como atinge graus tão altos!
Como é ruim não conseguir se mover! Dizer o quão fácil é estar e ser, mas no fim não conseguir exercer.
Então ser humano? Prova tua benevolência! Mostra o quanto és corajoso perante a insuficiência do bem, que mesmo fraco, distorce o mal e se torna fatal.
Mas é real! O fato da fraqueza dos falsos fortes, físicos pela lógica! Porém abstratos pelo sentido!
Não sentido de ser, pois esse não existe… existe apenas o sentir, que reflete concretamente na forma de ir e vir.
Fazer ou não fazer! As prioridades da humanidade!
Sempre mais por menos, sem se importar com igualdade.
Sem sentir o medo para com suas consequências, gerando cada vez mais causas, de desavenças, onde está a eloquência?
Onde estão os que respiram o ar puro de viver? Onde está a lógica de aprisionar a vida em si mesmo até o momento de morrer?
Onde está o sentido, esse falso e idolatrado de ser! Ser feliz!
Ser amado! Mas nunca ser odiado!
Pobre ser humano... tão frágil
E por último, onde está você? Que a todo momento vive em busca do prazer?
Momentâneo ou não, seja qual for, a busca pelo futuro interminável se reflete em terror.
O medo de estar imperfeito a semelhança geral! De não ser aceito como ser pensante, pelo padrão social.
Apenas como coadjuvante, que segue o caminho do caos.
Então a todos os seres humanos que respiram neste momento, peço um segundo de atenção!
Enquanto respiram tenham em mente que o mundo gira, a vida começa e termina e a morte predomina.
Carta pra ela:
Não te conheço, mas deixa eu adiantar aqui que tu me faz tão bem.
Tu me faz bem por que eu sonho contigo e esse sonho me leva aos lugares incríveis do que a gente pode viver.
Não adianta eu querer ser diferente, eu sou assim mesmo, um cara extremamente apaixonado pelas coisas simples, românticas e fofas.
Não tem como ser rude ou diferente ao me imaginar contigo.
É isso, eu posso dizer com todas as letras que tu me faz, me fará, já me fez bem.
Bem por que eu sei que vai acontecer. Bem por que eu posso acreditar. Bem por que eu posso te esperar.
Tu me faz bem, tu tira os meus medos, me desacovarda de acordar nos dias tristes. Me encoraja à ser o melhor cara, talvez não o mais cheio de coisas, mas o mais cheio de vontade de te fazer bem.
Tu me faz bem por me tornar homem, que não quer viver mais uma aventura de verão, mas um sonho eterno de uma paixão acompanhante.
O sonho eterno de te ter ao lado. Tu me faz bem. E nos momentos que eu penso em desistir, que parece difícil, que parece impossível acreditar. Eu me esforço, eu olho coisas fofas, e elas insistem em me seguir, como essa música que diz: Tudo o que eu vejo é o teu rosto, por que parece que você tem a magica na ponta dos dedos.
Papai Noel que nunca chega
(Carta de um menino zimbabuano)
Papai Noel,
Onde é que está você?
É verdade que sua barba é branca,
Feito algodão-doce, sem sabor colorido?
Que você existe mesmo eu sei...
No Natal, eu quero um pacote de bolacha
E um ainda maior de pipoca, bem grande,
Que é para dar pros meus oito irmãozinhos,
Barrigudinhos como eu. E a titia... minha tia precisa,
Somente ela, porque minha mãe morreu,
Pai já não tinha – e morreram mais crianças,
Muitos vizinhos, morreram meus irmãozinhos, afinal,
Por enquanto, só eu fiquei,
Eu, minha tia e meu primo do meio.
Papai Noel, será que é possível passar por aqui,
Quero dizer (se não for pedir muito)
Aqui primeiro, aí depois visitar o resto do mundo,
Mundo que nos esqueceu neste lugar
Onde as estrelas se escondem atrás de nuvens marrons,
Marrom-escuras, estacionadas sobre nossas almas.
Querido Papai, velho Noel, se tiver de vir, vem logo,
Não nos deixa para depois dos outros...
Se não quiser sujar o trenó de poeira ou cinza,
Faz uma coisa prática, vem de carroça,
Mas enche a carroça de bolacha, por favor.
(Nossos corações não estão vazios, até que existe esperança,
E existe agonia; e não falta união, falta alegria
Porque nossas barrigas estão ocas. Ocas,
Simplesmente assim, ocas. Nem os vermes sobrevivem.)
Aliás, por falar em união da família,
Pelo menos aqui, a fome é que tem desfeito essa união:
Deixando filhos sem pais, pais que perdem seus filhos;
Netos que não têm sequer a bênção dos avós,
Avós que nunca nanam seus netinhos;
Tios e tias, sobrinhos, madrinhas... todos,
Todos de mãos dadas, unidos,
Mas unidos num vasto e acolhedor leito de morte
– Morte que se apresenta aqui pausadamente,
Separando um do outro,
Deixando tempo demais para a despedida,
Tempo que a gente nem queria ter.
Por isso, Papai Noel, não demore tanto para chegar...
Já estamos cheios de bolachas de barro,
Bolinhos de barro, torrões...
Faz um esforço e vem com algo de verdade,
Qualquer sabor, bolachas e mais bolachas,
O melhor presente da vida.
Faz um pouco de esforço e vem,
Vem antes de o pôr do sol,
Não dá meia-volta de novo,
Não deixa a gente para trás,
Vem, mas vem antes de o sol se pôr,
Ninguém mais pode ficar de fora,
Vem, vem logo, vem,
Vem e traz bolacha pra todos,
Traz o sorriso.
Edder Alexandre é jornalista e escritor, autor do romance Silêncio na Marcha – O Drama do Homem na Ponte do Milagre; também escreveu o infantojuvenil As Gêmeas de Getsêmani.
Carta de um soldado brasileiro
Sobrevivente da 2ª guerra mundial...
Escrevo-vos com a mão esquerda
Que é a mão do lado do coração
Andei por muitas veredas
Vi gente sem compaixão
Vi a vida ser desfeita
Vi gente caída ao chão
Andei por ruas estreitas
Vi bocas falando em vão
Vi o horror pela greta
Vi tantos cultos e seitas
Clamando em oração
Vi o mal que se envereda
Vi fogos e labaredas
Vi guerra e destruição.
Leia esta carta:
Deixo agora uma pista
Palavras escritas na geladeira
Lá se tem um recado egoísta
Que indica meu jaleco de madeira
"Deus leva seus filhos. Beijos, te amo!"
Quero que depois de ter lido
Vá ao o lugar da saudade
Se estiver consentido
Saberei que seu amor é verdade
Saudade da mais sofrida
Visita da mais triste
Senti as mãos frias "morrida"
Deixa agora o último toque da vida.
A Carta
Era uma carta simples
Escrita a mão
Caneta azul e vermelha
Em uma folha de caderno
Mas era tão rica
Seu conteúdo surpreendente
Era ela como remetente
Palavras limpas
Lidas na base do choro,
Repreendido por um público,
De um apaixonado
Desolado
Fora pisado e retalhado
Mas nada lhe abate
Deste grande descarte
O apaixonado recebe a carta
A Remetente fica em espera
E o amor aprisionado num baú
Apaixonado não sabe o que faz
Não sabe o que pensa
Só lhe escorre lágrimas
Pelo seu rosto
Receio, medo...
De novo?
Quantas vezes
este apaixonado
teve o coração partido
por amar o mesmo alguém
que não sabia lhe amar
ou não sabia que amava
Mas pela carta
Este alguém,
a Remetente,
declara que ama
E este destinatário
Nunca lhe deixou de amar
Escondia este amor sofrido
para talvez não sofrer...
Carta a um filho ingrato
Pensar que um dia tive uma família completa, dinheiro e felicidade, só contribui para aumentar o buraco que hoje carrego no peito. A dor chega a ser tão insuportável que, por não ter mais forças, estou contando com a ajuda de um assistente para redigir essas palavras melancólicas.
Carta a um Filho Ingrato
Qualquer expressão, por mais tocante que seja, será inútil para tentar descrever o estrago que tu causaste na minha humilde vida. Por que me abandonaste aqui? Por que não me dá a chance de desfrutar dos últimos suspiros da velhice ao teu lado?
Tudo isso machuca muito. Meus fios de cabelo branco já não aguentam mais. Faça valer a educação dada por mim e pela sua mãe. Falando nela, minha alma chora de tanta saudade. Foi quando ela se despediu desse mundo que o meu pesadelo começou.
Lembra de como éramos felizes? Não passávamos nenhum aniversário longe um do outro, almoçávamos todos juntos, celebrávamos a Páscoa, o Natal… Se ela não tivesse nos deixado, talvez você não tivesse desistido de mim. A morte é uma inimiga perversa e eu não venci a batalha contra ela. Depois vieram os meus problemas de saúde, de coordenação motora, de memória, me tornei agressivo, chato, amargurado. Reconheço que a convivência comigo se tornou difícil, mas me abandonar foi uma atitude radical.
No início, enfrentei muitos desafios aqui. Eu me sentia frustrado por não ser capaz de tomar uma sopa sem sujar minha roupa, por não conseguir gravar os nomes dos assistentes, por não ter forças para tomar um banho sozinho e o pior de tudo, por voltar a usar fraldas como um bebê.
O tempo passou, meu filho. E como passou… Agora, dê-me a oportunidade de ser livre outra vez. Eu te imploro que venha me buscar e saiba que apesar de tudo que aconteceu você tem o meu perdão. Emocionantes, né?
Escrevo esse poema com forma de carta,
Percebo que às vezes
O sentimento que o emissor sente ao escrever
Não e o mesmo que o receptor sente ao ler,
Não sou o mais sábio dos homens,
Mas pelas palavras que uso
Nesse poema com forma de carta,
Percebe-se que são sinceros,
Não acredito que estou a Escrever
Um poema com forma carta
Para o dia dos namorados
Sem ao menos tê-la para mim,
Tu Deves esta me achando estupido,
Porém, esse sentimento de estupido, Não tem nada.
Poema com forma de carta
Só um estupido mesmo para escrever,
Porém, Se tal poema com forma de carta.
For escrito com coração,
Nada mais vale.
Carta ao meu futuro namorado
Quando você chegar, ou quando eu descobrir quem é você, a minha boca vai secar, eu sei que vou estar nervosa no nosso primeiro encontro, provavelmente tentando enxugar as mãos, talvez, não sei. Sem dúvida sentirei um frio na barriga no nosso primeiro beijo.
Quando você chegar, eu sei que você vai bagunçar meu cabelo, reorganizar meus planos, trazer ainda mais paz a minha mente, felicidade ao meu cotidiano e fogo ao meu coração, porque não fomos criados para relacionamentos frios.
Quando você chegar, espero corresponder aos teus sentimentos, eu realmente vou me apaixonar por você e sem essa de não criar expectativas. Por que não criar? É do ser humano ter medo de amar por consequência de frustrações vividas, e eu não terei esse medo, saberei que em ti posso confiar.
Quando você chegar, que sejamos maduros o suficiente para resolver brigas que eu sei, são inevitáveis em todo relacionamento saudável. Que nós não sejamos ingênuos ao ponto de achar que “joguinhos” resolverão problemas.
Quando eu te encontrar sei que vou admirar o teu caráter, desejo também que você tenha orgulho de mim, rogo ainda para que tenhamos princípios, gostos e perspectivas de vidas semelhantes.
Quando você me olhar que tenha desejo, que nosso relacionamento seja repleto de amor, abraço, beijo, paixão, desejo, respeito e que traga paz aos nossos corações.
Por último, não menos importante, espero que estejas orando por mim, pois desde o dia que decidir esperar por você, converso com Deus ao seu respeito, peço pra ele te guardar, para que ele me transforme em uma mulher melhor pra quando enfim você chegar.
E se você leu até aqui, tem um recadinho pra você: 👉🏾Não desperte nem incomode o meu amor até que o queira. 👈🏽Por isso, estou me guardando e me PREPARANDO pra quando você chegar, por que sei, no tempo certo: TUDO DARÁ CERTO.
Esperarei por você, não importa o tempo que demore para VOCÊ CHEGAR.
FELIZ DIA DOS NAMORADOS! 💟
Uma carta à minha amada
Escreverei uma carta,
Uma carta à minha amada.
Quê direi eu ao meu bem querer,
O quê lhe farei conhecer do meu amor.
Falarei da beleza e o perfume das flores.
Sabe ela que és a mais bela e perfumada entre as flores desejadas,
E o cheiro do teu corpo
Em muito excedem as fragrâncias puras e raras.
Falarei do brilho das estrelas.
Sabe ela que a luz dos teus olhos
Iluminam os sonhos meus
Mais do que farol na escuridão a guiar perdidas naus.
Falarei de teu sorriso envolvente.
Sabe ela que me alegro no teu riso
Mais de que a menino inocente
Contemplando teus presentes.
Quê direi eu a minha amada?
Que meus braços em abraços
Só a ela se entregam.
Quê direi eu que não saiba minha amada,
Falarei eu da minha angustia e dor ansiando o seu amor,
Ou direi apaixonado que espero ser o seu amado.
Uma carta escreverei,
Uma carta à minha amada...
Uma carta aclamada à minha amada.
Edney Valentim Araújo
Essa é uma carta para meu grande amor, se um dia ficarmos juntos e finalmente casarmos, esses serão os meus votos.
Oi “M. A.”, ou “Oi Abel” ou melhor ainda! Oi amor da minha vida, tudo bem? Está nervoso? Eu, com toda certeza estou. Não consigo acreditar que depois de tantos altos e baixos a gente conseguiu, NÓS VENCEMOS! O AMOR VENCEU!! É estranho dizer isso, nunca soube que estávamos em guerra, que estamos nos perdendo, mas tem uma coisa que nunca mudou meu amor por você. Eu não posso mentir, as varias vezes que pensei em desistir, mas sinceramente eu sei que não durariam, porque o meu amor por você é muito forte e não há nada, nem ninguém que mude isso. Perdi as contas de quantas vezes eu pensei ter te perdido, eu pensei que você não me amava (Graças a Deus estava errada).
Não entendemos os planos de Deus, não sabemos o porquê das coisas acontecerem, principalmente as coisas difíceis. Eu hoje consigo ver que tudo que passamos foi para me fazer ficar mais próximo de Deus, pra saber te valorizar mais, para que mostrássemos que o nosso amor é forte e abençoado e que nenhuma atribulação vencerá.
Eu lembro como se fosse um sonho, o dia que nos conhecemos. A frase que você nunca esqueceu “Eu estava no meu mundo”, e sim, eu realmente estava no meu mundo, não conseguia mais enxergar que o amor poderia existir que alguém fosse me amar. E então você apareceu, eu te olhei nos olhos quando você me perguntou se eu trabalhava ali e eu senti que conhecia você a minha vida toda, meu coração bateu acelerado e ali eu não quis mais desgrudar de você, um completo estranho, que tinha um sorriso lindo, simpático, bonito, educado e cavaleiro, você se lembra? Convidou-me para assistir o show do palco, de perto de você, porque você me protegeria e isso me fez sentir especial. Eu fiquei muito assustada e com medo de nunca mais te ver na minha vida, quando o show acabou e você sumiu, mas isso passou no instante que te vi descer do ônibus. Você parou novamente ao meu lado e muito respeitoso queria me beijar, mas não achava que ali era o local pra isso que eu merecia mais. Se você me perguntasse em que instante eu te amei? Eu diria que foi nessa hora, porque você cuidou de mim e me protegeu, e me sentir tão acolhida e eu não me sentia mais perdida. Então, depois desse momento que considero mágico, me sentir como a Cinderela indo embora às pressas rsrsrs, mas eu tinha o seu contato. Esperei ansiosa para que você me respondesse, e você só falou comigo no outro dia a tarde. Eu abrir um sorriso tão grande, meu coração se encheu novamente e então conversamos e muitos e muitos tempos, nossa primeira conversa não foi a mais bonita, mas fez com o que a gente sentisse curiosidade e desejo (ainda mais pelo outro). Marcamos então de nos encontramos, fui até você e foi a melhor decisão da minha vida, você fez aquele dia 17 de Junho ser o melhor dia da minha vida, a melhor tarde, a melhor noite, a melhor madrugada de todas, não pelo que fizemos (que deixo registrado o quão incrível foi, mas sim, em todos os aspectos), mas foi onde nos conectamos profundamente, uma conexão de almas. Eu sei que fiz uma loucura, encontrar um completo estranho em uma cidade, mas isso foi o que fiz de mais incrível até então e se experiências passadas não tivessem sido vividas eu não teria coragem de ir. Agradeço a cada estranho que de alguma forma contribuiu para que nos conhecêssemos, eu só digo a essas pessoas, “OBRIGADO!”.
Foi desse dia que eu me tornei sua, me entreguei por completo a você, e nunca me arrependi disso e nem irei. Abel, eu te amo, eu te amo por você ser exatamente quem é, com cada um dos seus defeitos, com cada uma de suas qualidades, eu te amo por você me mostrar que eu sou importante, que minha vida é importante, que devemos confiar nos propósitos de Deus. Eu te amo e sou sua maior fã, eu digo com todas as letras o quanto você é foda, não digo somente fã do seu trabalho, que por sinal sou e muito, eu amo te ver tocar, eu amo ver a luz, o brilho que sai de você, eu amo te ver feliz fazendo o que você ama. Eu sou sua fã por diversos motivos, mas acima de todos eles, eu sou fã de como você encarou a vida, por tudo que passou, por tudo que viveu, você não deixou se abater, você não perdeu o sorriso e alegria, você não se entrou e eu admiro muito isso em você, eu me espelho em você, me guio em você e acima de tudo você leva Deus no seu coração e isso é lindo demais.
Eu peço desculpas por todas as vezes que te magoei, por todas às vezes que de alguma forma te decepcionei ou que agir por impulso e te fazendo sofrer, eu não sei perfeita e sei que nunca serei, mas eu tentei nunca te fazer mal, me perdoe, por favor. Eu te prometo ser um pouco melhor a cada dia, a ter paciência e confiar que tudo vai acabar bem.
Eu não sei do futuro, ninguém sabe, porque o futuro é incerto, mas eu sei o que eu quero no meu futuro, eu quero você nele, e a nossa família, Eu, você, Lara, nossos filhos, nossos animais de estimação, nosso lar, o nosso cantinho. Basta fechar meus olhos e eu vejo a gente na sala da nossa casa, numa noite qualquer, dançando enquanto no som tocam musicas românticas, nós dois agarradinhos dançando e brindando a vida e aos nossos momentos felizes. Meu sonho é você Abel, Eu amo você de novo e de novo.
Eu queria poder continuar falando do que eu desejaria para o nosso futuro, mas prefiro viver o nosso presente, juntos, sendo um só, de corpo e alma. Eu não canso nunca de dizer que TE AMO. Espero que não ter me estendido muito, mas não se preocupe se algo faltou dizer eu direi olhando nos seus olhos todos os dias que restam da minha vida.
SOBRE A CARTA DE ROWAN A GARCIA
Procure-se uma alavanca que faça mover
uma bússola para orientar
qualquer outro instrumento que faça parar,
que sirva de travão a tudo
quanto de ruim está a acontecer.
Uma alavanca que sirva para despregar
erguer
mover
arrancar...
Uma alavanca que arranque
tudo quanto está a atravancar
e a impedir
de crescer.
Outro instrumento qualquer
que sirva de travão e faça parar
o mal que impede o bem-pensar
como em proveito universal agir.
Uma alavanca que arranque
tudo
de ruim - mas mesmo tudo.
Se a alavanca vai fazer mover
o que está parado
pela preguiça de pensar
e falta de vontade em ser um dia...
...que o travão pare
o absolutamente inútil e fútil.
E que a bússola da responsabilidade
oriente e faça agir
como em Rowan para levar a carta a Garcia.
(in TRIPLO V)
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