Carta de uma Futura Mamae

Cerca de 87005 frases e pensamentos: Carta de uma Futura Mamae

⁠⁠Manhã
Meu dia começa sempre iguais, uma ansiedade absurda pelas horas a seguir. Em especial a noite o único momento que tenho para te ver: alí diante dos meus olhos contempla tanta beleza é como passear nas ruas do ⁠Jardins. Fica fascinada com sua beleza exuberante como tudo que tem nos Jardins!

Inserida por zelia_gamel

⁠Brasil, a exigência e a tolerância por cada consideração
É verdade, uma degeneração de duzentos a trezentos anos, precisamos respeitar tudo construído, o que se foi progredido apesar de uma vez pertencer a um veículo profano, do que se relata e do que se oculta, inevitável não experimentar do alimento Brasil, e qual o gosto da fruta?
Amargo preâmbulo democrático, freios e contrapesos e todo luau dos três poderes, mas a virtude de Montesquieu é esquecida, inverte se valores e esta passa a ser corrompida, tripartição ideal, mas o parâmetro geral fuga da essência de sua funcionalidade, a saúde precária, onde a ciência é um atraso, ainda que se testifique uma condição a vigor, mas os revés é amplo, mas nesse oceano vejo gotas mais relevantes, quem me ouça talvez poderia responder, se existe uma carência excessiva e crítica no seio das famílias e dos lares, porque o estado não participa, ressaltando educacionalmente a formação de tal, pois o texto dessa dissensão aparece mais tarde no jornal, um volume criminal, enfim, permeia em mim, e agora também entender, não cabe meramente pessimismo e críticas, sem no mínimo entender, penetrar nesse universo, apresentar solução como processo e digo o que me seduz, a esperança, o surgimento da luz, na sua e na minha mente, que talvez fugaz, mas que seja capaz, de sair da escuridão, e no brotar da neblina o raiar do sol que nos ensina, por cada letra dita uma mínima contribuição.
Giovane Silva Santos

Inserida por giovanesilvasantos1

⁠Um poema para uma Telma Abacar Da Silva que eu conheço



Em seu mundo, Telma Abacar Da Silva
Eu não vejo você
Em todas as loucuras, profundo
Profuso, profundo, ... Fundo.

Pensamentos do caderno de poesias
Que tenho em meu quarto
Na mesa de madeira do meu quarto sem mais gente
Eu sei, a minha atitude não foi inteligente

Me tornaria você como um propósito falido
Sou vago e com sonhos irritantes
Aos seus pés
Ao invés disso, ao invés...
Me encontro aos seus pés.
Já me imaginaste em seu cimo?
Pois é, eu também, também... tão bem...
Mas, esta constância
Em conformar a mim mesmo
Nós somos sonhos de noites que tive
e dias que passei dormindo... Para te sonhar em voz alta
Eu sei que você não me faz falta
Mas a falta existe quando admito sua existência
admito, admito,... Mito.

E
Quanto á rebeldia palavrosa da sua boca instantânea
De palavras que deverei colocar na minha coletânea
Instintivas como se o amor não valesse a pena ser tentado viver
É remorsivel como se nada fosse dar certo
Eu queria chegar bem perto
Eu queria ter chegado perto para isso dar certo
Poderíamos ter tido pelo menos um debate aberto.

Mas e agora?
Vivo este hoje achado
Como se eu fosse a inocência
E não tivesse mais que aceitar
Os tristes erros da inocência
Têm em comum um inimigo
Se ao Menos ainda sonhares comigo
Vou querer prestar contas
Como se tivesse vivendo num paraíso.

Inserida por Abdultrato

⁠Nos últimos 20 anos, o Brasil não saiu do topo dos países mais perigosos para uma mulher viver, as minhas prezadas colegas feministas se sentem agredidas quando defendo o resgate do romantismo e os machistas inveterados o ignoram
como um caminho de pacificação desta guerra dos sexos que não está levando ninguém a lugar nenhum.

No romantismo muito diferentemente do machismo e do feminismo, não há apenas um lado, mas sim dois lados comprometidos com a satisfação de uma relação.

Estamos em plena pandemia e vejo pelas redes algumas adeptas ao feminismo e adeptos ao machismo investindo numa carga desnecessária num momento que homens e mulheres deveriam estar sendo motivados a buscar o fortalecimento do envolvimento e dos laços afetivos.

Neste momento muito ruim é que temos que buscar os mais altos valores morais para fortalecer os nossos sonhos, pois um Brasil mais respirável começa por nós.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Canto às 23:50

Uma rotineira tarefa, executada em hora incomum .
Enquanto distraio-me com um pequeno fardo de obrigação, a familiar sensação de não estar sozinho me visita.

Meus olhos fixados ao nada se mantém da mesma forma, enquanto que, ao redor, algumas vozes entoam melancólicas uma canção indefinida.
A Lua, sedenta, ilumina os espectros dançantes daquela que manipula minha mente e guia-me ao profundo desconforto de estar em companhia, uma que não se prevê, uma que indesejamos, acercam-me enquanto se aproximam. Ainda que com risos de zombaria se destacassem, banhados em lágrimas e sangue aqueles seres estavam, tentavam afogar-me no mar de vozes, mas, no mesmo lugar meu corpo se mantinha, pois um brilho impetuoso em meu peito não cedia às forças de todas aquelas mãos, puxando-me pelos pulsos. Nada conseguirão, tento crer.

Os espectros, enfim, aos abismos da escuridão se encaminham, até que uma última voz, sozinha, encerra seu cântico em forma de lamento, uma voz tão expressiva, que permitia visualizar-se, estendendo sua mão, caindo, desaparecendo.
Havia ido tarde tal devaneio, ou estaria para mim, tarde demais para tentar estender a mão àquele que caía, trazê-lo para longe dos cânticos da amargura?
O relógio acusa...
Meia-noite, silêncio descomunal.

Inserida por viniciusmarciotto

⁠Amigo

Uma história vou contar
de uma amizade eterna
que nunca irá se acabar.

De dois jovens que viviam
em um certo lugar distante
e por acaso vieram a se esbarrar.

Sentimento único ali sentiram
pois encontraram uma parte de si
que um vazio veio cobrir.

Tudo agora fazia sentido pois
eu tinha um amigo, que realmente
gostava e confiava em mim.

Quando ia passear, jogar
Brincar e estudar ele estava ali
comigo para me acompanhar.

Foram muitos anos, momentos
a compartilhar,até que um dia
eu tive que me mudar.

Mais nunca irei esquecer
aquele amigo que encontrei
em um momento triste do meu viver.

Poema retirado do livro "As Fases da Vida"

Inserida por poeta_douglaspereira

⁠Lembro como se fosse ontem o dia que eu te vi pela primeira vez
Uma criança e um filhote, dois inocentes, não levou 5 segundos pra nossa energia se conectar e puramente se transformar em amor
Brincamos como nunca e eu vou lembrar disso pra sempre
Teu abraço desde pequena foi um conforto pra minha alma, e com o passar do tempo essa sensação só aumentou de tamanho(e que tamanho)
Tenho certeza que eu aprendi bem mais do que ensinei pra ti
É incrível como um “bichinho” pode nos proporcionar tantas lições..
Obrigado por não me deixar ser egoista, eu vou sentir falta de dividir cntg minhas torradas diárias
Obrigado por me ensinar a amar e ser amado em proporções inimagináveis, e que é essencial retribuir todo tipo de carinho
Obrigado por latir em qualquer pessoa e me fazer passar vergonha toda vez q ia entrar em casa, eu sei q tu só queria me proteger
Eu também sempre quis isso
É revoltante um cachorro assim viver menos que pessoas tão ruins, mas o mundo nunca foi justo..
Depois de tantos sustos com tuas fugas, tua cirurgia e teu sonho de se tornar mãe (mesmo que de um hambúrguer de brinquedo), finalmente tu tá descansando
Sei que num lugar melhor que aqui, e fazendo o que sempre fez pra todos que conhecia(e não conhecia), que é deixar o dia de alguém mais feliz com aquela energia e inocência que não se perderam com o tempo

Desculpa por não deixar tu me lamber e não brincar contigo todos os dias
E me desculpa por não ter entendido teu pedido de ajuda naquela noite que por algum motivo eu senti a obrigação de me despedir e aproveitar tua companhia com calma
Tu me tornou um ser humano melhor e eu prometo tentar passar um pouco da tua doçura e pureza pra esse mundo cheio de crueldade
Em menos de 5 segundos tu se foi, e eu faria qualquer coisa pra ver aquela carinha quando tu escutava um barulho novo só mais uma vez
Faria qualquer coisa pra te ver dormir em baixo da churrasqueira só mais uma vez
Faria qualquer coisa pra te ver na janelinha da porta esperando a comida ser arremessada pra ti pegar ela no ar só mais uma vez
E faria qualquer coisa pra deixar tu dormir escondida no sofá só mais essa noite

Clara, da forma mais genuína eu posso dizer que te amo, e sempre vou te amar
Escrevo isso com as lágrimas de perder minha melhor amiga nesse dia, mas com a certeza de que os momentos felizes que tu me deu são maiores que essa dor
A saudade do teu carinho é eterna, mas me espera aí minha véia, um dia a gente ainda se encontra...
E pra ti que leu e tá se perguntando o que eu vou ganhar escrevendo tudo isso pra alguém que não pode e nunca pôde ler, eu respondo:
Absolutamente nada, mas tu sim
Presta atenção nos detalhes, ame e aproveite todo tempo possível com teu bichinho, sem pensar no final mas com a consciência de que ele existe..

Inserida por Vinyfraga

⁠Triste eu não fico
Eu dou qualquer motivo pra felicidade
Eu canto uma canção de amor,
Eu planto uma flor, eu faço uma viagem
Que solidão que nada, eu flerto com a lua
Paquero as estrelas até de madrugada...
A minha namorada ainda não é minha
Mas sorrir e se despe enquanto
Caminha suave na minha direção
Nos momentos mágicos das minhas fantasias...
Ou na monotonia da minha solidão

Inserida por tadeumemoria

⁠Não se deixem levar pelos sonhos pois uma hora você acorda.

Os sonhos morrem primeiro mas sem eles você não seria ninguém.

Sonhos que viram pesadelos as vezes refletem uma dura realidade.

Quando eu era criança eu sonhava em ser um adulto feliz e realizado hoje eu sonho aquilo que eu nunca consegui ser.

O maior sonho do mundo é balizado pela humildade e pela esperança.

Sonhe com a realidade pois somente assim você será capaz de realizar algo de concreto nesta vida.

Você pode sonhar com o que quiser desde de que esteja com os pés no chão.

Sonhar acordado é o mesmo que ter um pesadelo na ilusão de estar dormindo.

Quem passa a vida sonhando um dia acorda num pesadelo de decepções.

A maior viagem que eu fiz foi dormindo numa cama.

Inserida por Maxwouters

⁠Por que é tão difícil para alguns pedir desculpas por uma palavra mal dita, por uma má atitude feita, ou simplesmente aceitar que está errado?!
Um pedido de desculpas não acompanha um atestado de "Estou Errado", um pedido de desculpas é simplesmente você reconhecer que a amizade, o carinho e a parceria daquela pessoa vale mais a pena do que uma simples situação desagradável.

Inserida por keomajefferson

⁠Essa menina
Ela é assim, como assim, como assim!! Uma menina, uma mulher, uma fada, ao mesmo tempo nada, defeituosa, cheio de prosa, muito confusa, seria diferente, esse elo aparente, uma moça fugaz, não, não, descobri que ela chora, que ela fala, canta e ora, ao longo dos seus setenta, mas parece uma menina, com jeito de Joana, Ana, encanta, emana, és mania, Carmelita, Azita, Janaína, elas são capazes de ofuscar a lua, pois a beleza da mulher quando está nua, sim, nua sim, a sua alma pelada, pois quando sua veste de empoderamento feminino, cria se conflito, logo não enxergo e volto a desprezar, teria razão esta fala, não sei, mudo de estação talvez.
És bela de qualquer jeito, basta que moldamos nossa voz, domamos esse jeito feroz e no campo do esquecimento se acampa no jardim, lá está a sua flor, sua rosa, assim, és Madalena minha Açucena, que envenena minha poesia, uma pétala Janaína.
Giovane Silva Santos

Inserida por giovanesilvasantos1

⁠Em um certo dia
você me deu alegria
em saber que você estava lá
e era uma pessoa que eu podia contar
e comigo nunca falhar

mas como eu acreditava em tudo
não sabia que aquilo era uma mentira
e você podia me machucar
e comigo nunca falhar

Mas eu percebi em quem confiar
naquele que nunca te deixará
o nome dele é Jesus Cristo
esse sim é nosso amigo
e nunca será nosso inimigo

Inserida por Paulalavinea

Uma jóia que nos foi legada por Catulo da Paixão Cearense,
serviu de inspiração para este poema.
Ósculos e amplexos,
Marcial

O FEITIÇO DA LUA
Marcial Salaverry

"Não há, oh gente, oh não,
luar como esse do sertão..."
Lua que traz tanta inspiração,
lua que enfeitiça o coração...
A lua é feiticeira...
Sob o feitiço da lua,
surge a musa de beleza misteriosa...
A lua surge imponente,
aparece de repente,
e nos deixa fascinados,
com pensamentos apaixonados...
Ela tem quatro fases,
todas misteriosas...
Ora com força total,
com seu brilho colossal..
Ora vai minguando,
ora crescendo, impressionando...
Ei-la agora, Nova,
o que nos prova
o poder da força divina,
que tanto nos fascina..
Cercada por estrelas brilhantes,
qual colar de diamantes...
Despertando a inspiração
dos apaixonados do mundo,
que como se fossem meros vagabundos,
dormem a te olhar da rua,
sonhando com a amada toda nua...
Sempre musa, é a bela lua...
Lua feiticeira, lua misteriosa...
E o luar do sertão,
certamente faz bem ao coração,
enchendo a alma de uma doce emoção...

Marcial Salaverry
_______________________________

Luar Do Sertão
Catullo da Paixão Cearense e João Pernambuco
Catullo da Paixão Cearense

Oh, que saudade do luar da minha terra, lá na serra,
Branquejando folhas secas pelo chão!
Este luar cá da cidade, tão escuro,
Não tem aquela saudade do luar lá do sertão.

Não há, ó gente, oh não,
Luar como esse do sertão Bis

Se a lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata prateando a solidão
E a gente pega na viola que ponteia,
E a canção é lua cheia a nos nascer do coração

Quando vermelha, no sertão, desponta a lua,
Dentro d'alma, onde flutua, também rubra, nasce a dor!
E a lua sobe, e o sangue muda em claridade,
E a nossa dor muda em saudade, branca assim, da mesma cor!

Ai! Quem me dera que eu morresse lá na serra,
Abraçado à minha terra, e dormindo de uma vez!
Ser enterrado numa grota pequenina,
Onde à tarde a sururina chora a sua viuvez!

Diz uma trova, que o sertão todo conhece,
Que, se à noite o céu floresce, nos encanta e nos seduz,
É porque rouba dos sertões as flores belas
Com que faz essas estrelas lá no seu jardim de luz!!!

Mas como é lindo ver, depois por entre o mato,
Deslizar, calmo o regato, transparente como um véu
No leito azul das suas águas murmurando,
Ir por sua vez roubando as estrelas lá do céu!

A gente fria desta terra, sem poesia,
Não se importa com esta lua, nem faz caso do luar!
Enquanto a onça, lá na verde capoeira,
Leva uma hora inteira vendo a lua, a meditar!

Coisa mais bela neste mundo não existe
Do que ouvir um galo triste, no sertão se faz luar!
Parece até que a alma da lua é que descanta,
Escondida na garganta desse galo, a soluçar!

Se Deus me ouvisse com amor e caridade,
Me faria esta vontade - o ideal do coração!
Era que a morte, a descantar, me surpreendesse,
E eu morresse numa noite de luar, no meu sertão!

E quando a lua surge em noites estreladas
Nessas noites enluaradas, em divina aparição,
Deus faz cantar o coração da Natureza
Para ver toda a beleza do luar do Maranhão.

Deus lá no céu, ouvindo um dia essa harmonia,
A canção do meu sertão, do meu sertão primaveril
Disse aos arcanjos que era o Hino da Poesia,
E também a Ave Maria da grandeza do Brasil.

Pois só nas noites do sertão de lua plena,
Quando a lua é uma açucena, é uma flor primaveril,
É que o poeta, descantado, a noite inteira,
Vê na Lua Brasileira toda a alma do Brasil.

Inserida por Marcial1Salaverry

⁠Você se foi

Não é fácil a despedida
É o mistério da vida
Uma contagem progressiva
Quem é que sabe se é sucessiva?

A morte carnal
Pode ser natural
Traz uma dor que
Chega ser infernal
Para aquele que ama
Incondicional

Nem o tempo nos
Faz esquecer
A saudade irá crescer
O que teremos como consolo
É que todo esse choro
Logo passará
As recordações irão nos acalentar

Mesmo com sua alma despedaçada
Sua mente balançada
Reviva seus momentos
Juntando seus fragmentos
Da história vivida
Antes de sua partida
Onde jamais será
Esquecida.

(Uma homenagem a todos aqueles que perdemos.)

Inserida por JuAssuncao

⁠Eu tanto pensava em colher em vida
Um espaço entre quatro linhas
Linhas tortas, quiça tivesse
Uma horta de flores que Deus me desse
Regadas da dor doída, ao longo de uma jornada
Eu tanto quis, de querer
Um querer que me foi verdadeiro e existe ainda
Um simples canteiro de céu
Daqueles que nos ensinaram que existia
Desses, que eu tanto ensino a quem puder
Que eles existem
Um pedaço qualquer entre algumas linhas
Daqueles, com nome da gente escrito
Que ao longo do tempo é que se descobre
O quanto era pobre esse nosso pensar
Sobre dor doída ou de sofrimento
Não era, essas coisas não eram minhas
Era apenas sobre toda raiva
Que não fosse devolvida
Era sobre deixar aqui, quando voltar
A todo pedido de desculpas
Que devia ter pedido e que não foi pedida
Era sobre aprender a enxergar
Uma grande conquista
Um tanto assim de céu que já temos
Todo dia sobre as nossas cabeças vazias
Repletas de atmosferas
Era sobre saber ver apenas
Pequenas coisas que estão bem diante das nossas vistas
Pouco importa as flores que cresçam lá
Que nem cresçam, que nasçam mortas
Gira sobre a complexidade das coisas simples
Que tanto nos esforçamos em torná-las complicadas
E, no final, o mais nos interessa
Não passa de um monte de nada, de todo sinceras
É a surpresa de perceber
Que agora, quase nada mais nos surpreende
São as dores que não mais queremos
É o amor que nos ensina a não querer deixar elas aqui
Pra que outros também as sintam
E essa forma sucinta e profunda de viver a vida
É que haverá de regar ou não
Os jardins da outra vida
Porque tudo sempre recomeça
No lugar exato onde termina
Esquecer a pressa de sentir-se
Triste ou feliz
Essas coisas vem
E são sempre mais pesadas para quem não quis
Quando tudo volta e se mistura
E nada mais se encontra
É ali que se acha o segredo
As flores, canteiros, os medos da vida
Uma orquestra de letras e notas misturadas
Volta tudo pro universo enorme
Com o nome da gente escrito
Onde tudo é mais pleno e bonito
Quanto mais pequeno
E sereno é o pranto
Se eu pensar menos em mim
A vida é mais simples assim.



Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

⁠De repente o amor renasceu em mim,
Cresceu pouco a pouco,
Como uma flor desabrochou lindamente,
Era joia rara,
Brincos-de-princesa,
Uma felicidade instantânea brotou em meu ser,
Era menina, princesa, rainha, mulher...
Me entreguei em sorrisos e delírios fatais,
Tudo era inédito, abrasadora magia,
Mas a exótica flor do amor era perene,
A cada dia um pétala caia,
A cada dia um vazio surgia,
A flor do amor morria...
Meus brincos-de -princesa morreram,
Lágrimas em flor...

⁠A Ponte: Uma Linda História Sobre o Perdão
Esta é a história de dois irmãos que eram muito amigos, desde a infância. Eles eram vizinhos, tinham suas fazendas muito próximas. Um dia, por causa de uma discussão, a amizade entre esses dois irmãos acabou. Esta foi a primeira briga entre eles em 50 anos de convivência. Até então, eles sempre trabalharam juntos nas plantações e cuidando das fazendas, e sempre ajudavam um ao outro em momentos difíceis.
A briga começou por causa de um pequeno mal entendido, o que pode acontecer de vez em quando com todo mundo, mas a discussão foi crescendo até se tornar uma forte briga repleta de palavras de fúria e raiva, seguidas de semanas de silêncio e afastamento.
Um dia, um dos irmão estava em casa quando alguém bate na porta. Ao abri-la, depara-se com senhor de idade um pouco avançada, de barba branca, segurando uma caixa de ferramenta. "Sou carpinteiro, meu senhor, e meu trabalho pode ser útil", disse ele. "O senhor precisa de algum reparo na sua casa e na sua fazenda?". Sim, disse o irmão.
"Eu tenho um trabalho para o senhor. Do outro lado do riacho tem uma fazenda, que pertence ao meu irmão mais novo. Até então, toda a área entre as nossas casas era muito verde, mas ele mudou o curso do riacho para criar um tipo de fronteira entre nós. Tenho certeza que ele fez isso porque tem raiva de mim, mas eu vou dar uma resposta a ele...", disse o irmão mais velho. "Está vendo aquelas árvores perto do celeiro? Eu quero que o senhor faça uma cerca de três metros de altura com elas, pois eu nunca mais quero vê-lo, para o resto da minha vida."

O carpinteiro ouviu a história, e pensou em silêncio por alguns minutos depois de ouvir a história, e disse: "Entendi, senhor."
O fazendeiro então ajudou o carpinteiro a carregar as ferramentas e a madeira, e depois disso partiu para a cidade para resolver algumas assuntos rotineiros. Ao voltar no fim da tarde, viu que o carpinteiro tinha terminado o serviço. Porém, ao se aproximar do riacho, ele ficou furioso. Seus olhos pareciam soltar faíscas de tanta raiva, e ele mal conseguia pronunciar uma palavra.
No lugar onde deveria estar a cerca, agora havia uma ponte. Uma ponte diferente, muito peculiar e especial. Parecia uma verdadeira obra de arte, com um belo corrimão delicadamente esculpido pelo carpinteiro. Nesse mesmo tempo, o irmão mais novo apareceu. Ele correu, cruzando a porte, e abraçou o irmão mais velho, dizendo:
"Você é muito especial, meu irmão... Construir essa ponte, depois de tudo o que te fiz e disse a você!" Ao ver os irmãos se abraçando, o carpinteiro silenciosamente recolheu suas ferramentas, colocou-as de volta na caixa e começou a caminhar. Um dos irmãos foi atrás dele e disse: "Por favor, fique aqui por mais alguns dias - precisamos consertar mais algumas coisas aqui". Então o carpinteiro diz: "Eu gostaria muito de ficar, meu senhores, mas tenho mais pontes para construir e outros consertos para fazer em outros lugares..."
O significado desta história é muito simples:Sempre deixamos a raiva e o ódio afastar pessoas amadas e queridas, e deixar o orgulho passar por cima do amor. Não deixe que isso aconteça. Aprenda a perdoar, e apreciar e amar verdadeiramente tudo que você tem.

Inserida por DraJaneCostaRebello

⁠MEU INVERNO

Surge uma estrela no céu.
Um cruel vento frio afronta
as árvores solitárias e nuas.
Em um reino, imerso em névoa,
brumas se entrelaçam nos meus sonhos.
Sem luar… sem mar… sozinha
A voz noturna do meu silêncio,
destrincha meu coração.
( Inverno - e os meus devaneios! …)
Corro todos os riscos no inverno.
Fecho meus olhos, vejo o que quero.

É melhor sonhar do que viver!

Inserida por MadalenaPizzatto

⁠Cada um de nós tem
uma missão. Eu não sou
contra a missão de ninguém.
Missões: -Criticar as pessoas.
-Odiar as pessoas.
-Reclamar.
-Trair.
-Rebaixar as pessoas.
-Servir as pessoas.
Minha missão não é rebaixar as pessoas. Minha missão é servir as pessoas.

Inserida por Joel2000

⁠AO DIVINO ASSASSINO

Uma litania ante o Sagrado Coração
concebida em Paray-le-Maulnier, tempos
depois do acidente fatal de Anecy Rocha

Senhor, Senhor, o Teu anjo terrível
é sempre assim? Não tensumrefratário
à hora do massacre–ummais sensível

que atrasasse o relógio, o calendário?
Ao que parece a todos tanto faz
por quem o sino dói no campanário.

Começa a amanhecer e uma vez mais
rebelo-me, mas sei que a minha vida
não tem como ou por que voltar atrás.

Aceito que a mais dura despedida
é bem mais que metáfora do nada
a que se inclina o chão; que uma ferida

e a papoula sangrenta da alvorada
pertencem ao mundo sobrenatural
tanto quanto uma lágrima enxugada

à beira de um caixão. Mas afinal,
Senhor, amas ou não a humanidade?
Não fui ao escandaloso funeral

e imaginá-la em Tua eternidade
dói demais! Vou passar mais este teste,
sim, mas protesto contra a insanidade

com que arrancas à muque o que nos deste!
Tu sabes que a soberba da família
era maior que a dela e eu tinha a peste–

pai e mãe apartavam-me da filha
e o irmãozão nem falar… E hoje, coitados,
como hão de estar? Aqui é a maravilha,

as genuflexões… Os potentados
e os humildes, a nata da esperança,
todos chegam por cá meio esfolados,

sangrando como a luz. Não só da França,
toda a Europa rasteja até aqui
esfolando os joelhos, não se cansa

de ensangüentar-se até chegar a Ti
e ao menos a um pixote do Além Tejo
restituíste a vista; eu quando o vi

solucei– mas que o cego e o paraplégico
saiam aos pinotes, que o Teu coração
se escancare e esparrame um privilégio

aqui e outro acolá na multidão,
só me faz perguntar: E ela? E ela…?
Não consigo entender que a um aleijão

concedas tanto enquanto a uma camélia
Tu deixas despencar… Por que, Senhor?
Olho tudo do vão de uma janela,

mas vejo a porta de um elevador
escancarar-se sobre um outro vão,
um vão sem chão… E a seja lá quem for

aqui absurdamente dás a mão!
Me pões trêmulo, gago, estupefato,
pasmo, Senhor– mas consolado não.

A mesma mão que fez gato e sapato
da minha doce Musa, cura e guia,
cancela as entrelinhas do contrato,

Dominus dixit… Mas quem merecia
mais do que uma açucena matinal
um manso desfolhar-se ao fim do dia,

quem mais do que uma flor, Senhor? Igual
nunca viram os mais alvos crisantemos,
tinha direito a um fim mais natural,

à morte numa cama, em casa ao menos…
Mas não– tinha que ser total o escândalo!
Por que, se nem nos circos mais extremos

Teus mártires andaram despencando
sobre os leões, se nem o lixo cai
de oito andares aos trancos, Santo Vândalo?

Não vim denunciar o Filho ao Pai
ou o Pai ao Filho, não vim dar razão
aos que recusam e usam cada ai

contra a humildade; vim porque a Paixão
me chamou pelo nome e a alma obedece
e aceita suar sangue– como não?

Mas não sei mais unir o rogo à prece
do que a elegia ao hino de louvor,
não sei amar-Te assim… Caso o soubesse

teria que ficar aqui, Senhor,
aqui, arrebentando-me os joelhos,
esfolando-me todo ante um amor

que vai tornando sempre mais vermelhos,
mais duros os degraus do Teu altar.
Tu, que tudo consertas, dos artelhos

que desentortas e repões a andar
até às pupilas mortas de um garoto,
do cachoupinho que me fez chorar;

Tu, que a este lhe dás a flor no broto
e àquele o lírio pútrido do pus;
Tu, que passas por um de quatro e a um outro

pegas no colo e entregas a Jesus;
Tu que fazes jorrar da rocha fria;
Tu que metaforizas Tua luz

ao ponto de fazer de uma agonia
um puro horror ou a morna mansuetude–
que hás de fazer, Senhor, comigo um dia?

Quando eu agonizar, boiar no açude
das lágrimas sem fundo… Quando a fonte
cessar de soluçar e uma altitude

imerecida me enxugar a fronte…
Como há de ser, Senhor? Oxalá queiras
que a mim me embale a barca de Caronte

como o fazia a velha Cantareira,
o azul da travessia… A Irrecorrível
arrasta a cada um de uma maneira

e a quem quer que se abeire ao invisível
recordas a promessa: aquele a escuta
e este a recusa porque a dor é horrível,

mas, se a todos a última permuta
terá sempre o sabor da anulação,
o travo lacrimoso da cicuta,

a ela Tu negaste o próprio chão,
deixaste-a abrir a porta sem querer!
Nunca falou na morte, e com razão,

intuía, quem sabe, o que ia ver…
Sentença Tua? Em nome da promessa
não há negar Teu duro amanhecer–

mas quando arrancas mais uma cabeça
como saber que és Tu, que não mentia
O que ressuscitou? Talvez na pressa,

no pânico de Pedro, eu negue um dia
e trate de escapar, mas hoje não;
hoje sofro com fé e, sem poesia,

metrifico uma dor sem solução,
mas não vim negar nada! Faz efeito
essa dor: faz sangrar, mas faz questão

de defender-me como um parapeito
contra a queda e a revolta… Um Botticelli
despedaçou-se todo, mas que jeito,

se por Lear enforcam uma Cordélia
e encarceram a Ariel por Calibã…?
Alvorece, a manhã beata velha

enfia agulhas no Teu céu de lã,
tricoteia Paray-le-Maulnier *
e eu penso: ela morreu… Hoje, amanhã,

enquanto Te aprouver e até que dê
a palma ao prego e o último verso à traça,
vai doer– mas Amém! Não há por que

amar a morte, mas que venha a Taça,
aceito suar sangue até ao final,
como não… Tudo dói, menos a graça,

mata, Senhor, que a morte não faz mal!

Da Festa do Sagrado Coração em Julho de 1979 até aos
26 de Outubro de 1997.

Inserida por paulo_valentim

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