Cantiga de Escárnio
Cantiga
Te amar,
é como uma cantiga de ninar, não é necessário
a memória forçar,
na ponta da língua ela já está.
Não há tempo ou hora para isso,
sempre que tudo for propício, o amor sempre será
o motivo certinho,para se viver esse eterno carinho.
És o meu canto de ninar,
e eternamente em minha memória o terei.
Haverá sempre o tempo certo, para que eu continue,
o meu amor por ti, cantar.
Roldão Aires`
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
CANTIGA DO DELÍRIO
Entre a inquietude e a calma
Sombra de minha alma
Sinônimo do meu gostar
Luz que invade meu olhar
Forma a tua imagem
Faz palpitar o meu coração
Enche meu peito de coragem
Faço votos em oração
Orgulho do meu prazer
Confidente de teus segredos
Cativo do teu lazer
Brinquedo do teu desejos
Firme insensatez viril
Forja teu palco in glória
Atriz na minha história
Impávida memoria fútil
Amiga...
É aquela que liga...
Se preocupa pela tua fadiga...
Na tristeza, traz uma cantiga...
Quanto mais antiga...
Não se importa com o tamanho da tua barriga...
Mas, pelos teus erros, jamais te castiga!!!
Pedro Marcos
PIETÀ
Carinhosamente ela o embala... mas...
Ele já não mais escuta sua cantiga de ninar.
Não vê a lágrima sofrida que cai lentamente.
Não fala e nem sorri ternamente para ela.
Morto...
Alheio ao tempo e ao espaço...
- E ela chora!
Michelângelo retratou no frio mármore
A angústia e a tristeza da Mãe de Deus!
Atônita... ela o segura docemente,
Como para transmitir-lhe seu calor.
Morto...
O Deus-Menino que ela gerou e criou.
- E ela chora!
Verluci Almeida
060407
Nascer...!
Vir ao mundo...!
Um enigma cantante.
Do berço ao tumulo, a cantiga é uma só.
Viver...!
Viver intensamente a hora que não volta , o rio que não retorna, o beijo que não se repete.
Viver enfim. !
O ardente encanto da nossa vinda ao mundo. !
Cantiga de Amigo
Nem um poema nem um verso nem um canto
tudo raso de ausência tudo liso de espanto
e nem Camões Virgílio Shelley Dante
--- o meu amigo está longe
e a distância é bastante.
Nem um som nem um grito nem um ai
tudo calado todos sem mãe nem pai
Ah não Camões Virgílio Shelley Dante!
--- o meu amigo está longe
e a tristeza é bastante.
Nada a não ser este silêncio tenso
que faz do amor sozinho o amor imenso.
Calai Camões Virgílio Shelley Dante:
o meu amigo está longe
e a saudade é bastante!
Menino Interior
Ainda embalado pela cantiga de Natal
Minh’alma pedala o velocípede com emoção
A bola os aniversários a piorra em coral
Enfeitam a memória da minha recordação
A brincadeira de queimada na calçada
As férias esperadas com ansiedade
O pique esconde com a meninada
Escreveram histórias e felicidade
Hoje acordei pensando no meu menino
O menino ingênuo, menino pequenino
Sorridente, alegre, brilhante, divino
Este menino interior que um dia evoluiu
Perdendo-se na saudade que o subtraiu.
Desenhando o adulto que surgiu...
Ah! Menino por que partiu?
Abriu-se mente... Subiu!
Bateu clima de vibrar,
Vibrou, fez planar.
Vento feliz a contar
Cantiga boa, vida duo.
Trouxe atrativo meu
Senso por ela... Sapio!
Travesseiro aborrecido
Quando ela ausente...
Fechou-se mente.
Subiu... Amor!
Quem cai na cantiga de bajuladores, são os que não percebem que eles nunca estão na hora do trabalho duro!
Cantiga de Amor
Como és belo ó flor que vi nascer
Teu perfume e tua feição me cativou
Como és bela ó flor que me encantou
Teu interior irrompe tanto amor
Amor nascimento inexplicável
Veio habitar o meu ser e o teu ser
Como imagem e semelhança do criador
Nossos frutos terão nosso sabor
Juntos somos a construção do mundo
Nossa missão é viver o amor
Na terra, dentro de nós mesmos
Seja onde for, o Amor existe.
Nem as águas da torrente apagarão
A energia que nos faz crescer
Por sua causa somos seres infinitos
E ao criar nos fez para brilhar.
Minha alma canta em alegria.
E meus lábios seguem a cantiga.
Com meus olhos a brilhar.
Sempre que contigo vou falar.
"Livro"
Livro é brinquedo para
Agitar cantiga pra ninar.
Livro é cantinho pra gente
Me esconder e aberto
Para eu mergulhar.
Livro é tesouro pra gente
Encontrar sozinho e floresta
Pra turma se aventurar.
Cantiga de ninar
Lindos momentos mágicos
Trago guardados na memória
Uma cantiga de ninar
A cada dia te embalar.
Aninhada em meu colo
A cada dia um novo sentimento, me ensinar.
Olhares cheios de emoção
Faziam cócegas no coração.
Momentos únicos, inesquecíveis
De uma ligação maternal
Que os anjos vieram proteger, e
Deus abençoou nosso viver.
E pela janela entreaberta
A brisa balançando o voil
Pareciam querer dançar
Ao som daquelas cantigas de ninar.
Cantiga de caminho
Sou filho de mãe mineira
meu pai é de Minas Gerais
sei rezar latim pro nobis
sou primo do preto Brás
Sou filho de pai mineiro
mamãe é de Minas Gerais
vou vivendo como vivo
faço o que ninguém mais faz
Desde menino eu misturo
o antes, o agora e o depois
sei somar zero com zero
e ainda divido por dois
Desde menino eu misturo
o antes, o agora e o depois
sempre que posso eu passo
o carro à frente dos bois
Sou filho de pai mineiro
mamãe é de Minas Gerais
sou rosa e pedra no caminho
sou capaz de guerra e paz
Sou filho de mãe mineira
meu pai é de Minas Gerais
dou volta e meia no mundo
e o mundo não acaba mais
amar é um deserto
é um vale de temores,
amar é uma cantiga de ninar
amar é a magia do natal
amar é mistério,
nunca conseguiremos saber o que tem por trás do amor,
o amor é denso
como o mar,
nunca acaba
nunca tem fim,
amar é doloroso as vezes,
e as vezes penso
que quem sabe amar
sabe viver.
OUTRA CANTIGA DE CIRANDAR
Fui à Espanha
Buscar meu chapéu
Azul e branco
Da cor daquele céu.
Mas na Espanha
Não encontrei ninguém
Que dissesse onde estava
O chapéu do meu neném.
Olha palma, palma, palma.
Olha pé, pé, pé.
Olha roda, roda, roda,
Caranguejo peixe é.
Bati palma, palma, palma,
Finquei pé, pé, pé.
Dancei roda, fiz ciranda,
Para ver meu bem me quer.
Samba, crioula,
Que vem da Bahia,
Pega a criança
E joga na bacia.
Mas tem cuidado
E carinho com meu bem.
Ele é o meu amado
E outro igual ele não tem.
Nara Minervino
Cantiga do Ódio
O amor de guardar ódios
agrada ao meu coração,
se o ódio guardar o amor
de servir a servidão.
Há-de sentir o meu ódio
quem o meu ódio mereça:
ó vida, cega-me os olhos
se não cumprir a promessa.
E venha a morte depois
fria como a luz dos astros:
que nos importa morrer
se não morrermos de rastros?
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