Cantiga de Escárnio
Cantiga
Te amar,
é como uma cantiga de ninar, não é necessário
a memória forçar,
na ponta da língua ela já está.
Não há tempo ou hora para isso,
sempre que tudo for propício, o amor sempre será
o motivo certinho,para se viver esse eterno carinho.
És o meu canto de ninar,
e eternamente em minha memória o terei.
Haverá sempre o tempo certo, para que eu continue,
o meu amor por ti, cantar.
Roldão Aires`
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Cantam tantas cantigas aqui no meu peito, cantiga de cunho triste, daquelas de desilusão que toda moça do sertão já viveu ou viverá.
"Diz a cantiga: 'Um elefante incomoda muita gente...' Uma crítica ácida incomoda muito mais." (Austri Junior)
CANTEI EM NOITE DE LUA - João Nunes Ventura
Cantei cantiga de roda
Cantei a canção da moda
Cantei o frevo de rua,
Cantei na lira que chora
Cantei ao som da viola
Cantei em noite de lua.
VIOLA CAIPIRA (soneto)
Noite ressequida, ao longe, viola caipira
cantiga de sofrença era ouvida, batida
cantada dentro da tristura, pura embira
que contagia, é dor, amor de despedida
Quem longe está, aproxima, o som pira
na alma calam sensações desmedida
nas emoções, melodia de toda uma vida
chora viola! Chora na escuridade sofrida
Trova o chão do cerrado, pura beleza
razão no sonho sonhado e, "xonado"
retinindo fragilidades de leve leveza
Viola caipira, tem quimera no planger
convida o coração a estar apaixonado
e na paixão, vara até o amanhecer...
Luciano Spagnol
2016, novembro
Cerrado goiano
Entre secas.
Nordeste quem não te liga
desconhece a tua razão
nunca ouviu uma cantiga
entoada por um peão
o valor de uma espiga
e não sabe o que é a briga
entre a seca e o sertão
A água não é a vida.
Uma cantiga... pode demonstrar os sentimentos mais profundos de um sujeito que lhe pronuncia incansavelmente a melodia em língua, e a sequência em mente.
Eu desisto da sua alma
pois em ocasiões profundas
seu rosto me causa trauma.
Uma pequena gota que caí no solo, se fragmenta ate não existir.
Eu não existo sem Deus
mas.... deus não existe sem mim
Então, virou-se para trás, sua vida passou em relance. Uma conclusão lhe segurou pelos cabelos e o fez olhar em seus olhos.
Eu sem deus, não sou nada.
Mas deus sem mim, é tudo.
A existência de água promove a vida. Água é a base da vida, sem água. Não há vida... quem somos nós ...
A água ou deus?
Abriu-se mente... Subiu!
Bateu clima de vibrar,
Vibrou, fez planar.
Vento feliz a contar
Cantiga boa, vida duo.
Trouxe atrativo meu
Senso por ela... Sapio!
Travesseiro aborrecido
Quando ela ausente...
Fechou-se mente.
Subiu... Amor!
Cantiga de Amigo
Nem um poema nem um verso nem um canto
tudo raso de ausência tudo liso de espanto
e nem Camões Virgílio Shelley Dante
--- o meu amigo está longe
e a distância é bastante.
Nem um som nem um grito nem um ai
tudo calado todos sem mãe nem pai
Ah não Camões Virgílio Shelley Dante!
--- o meu amigo está longe
e a tristeza é bastante.
Nada a não ser este silêncio tenso
que faz do amor sozinho o amor imenso.
Calai Camões Virgílio Shelley Dante:
o meu amigo está longe
e a saudade é bastante!
Cantiga
Te amar,
é como uma cantiga de ninar, não é necessário
a memória forçar,
na ponta da língua ela já está.
Não há tempo ou hora para isso,
sempre que tudo for propício, o amor sempre será
o motivo certinho,para se viver esse eterno carinho.
És o meu canto de ninar,
e eternamente em minha memória o terei.
Haverá sempre o tempo certo, para que eu continue,
o meu amor por ti, cantar.
Roldão Aires`
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
CANTIGA DO DELÍRIO
Entre a inquietude e a calma
Sombra de minha alma
Sinônimo do meu gostar
Luz que invade meu olhar
Forma a tua imagem
Faz palpitar o meu coração
Enche meu peito de coragem
Faço votos em oração
Orgulho do meu prazer
Confidente de teus segredos
Cativo do teu lazer
Brinquedo do teu desejos
Firme insensatez viril
Forja teu palco in glória
Atriz na minha história
Impávida memoria fútil
Menino Interior
Ainda embalado pela cantiga de Natal
Minh’alma pedala o velocípede com emoção
A bola os aniversários a piorra em coral
Enfeitam a memória da minha recordação
A brincadeira de queimada na calçada
As férias esperadas com ansiedade
O pique esconde com a meninada
Escreveram histórias e felicidade
Hoje acordei pensando no meu menino
O menino ingênuo, menino pequenino
Sorridente, alegre, brilhante, divino
Este menino interior que um dia evoluiu
Perdendo-se na saudade que o subtraiu.
Desenhando o adulto que surgiu...
Ah! Menino por que partiu?
Ouça minha oração que se fez cantiga, canção para cantar, se Deus aceitar cantiga, minha oração Deus, não perderá jamais, e, minha oração, por mais repetitiva que seja, é uma só: Que Deus proteja sempre esse amor de mãe & filha. Porque eu sei que é Ele quem está acima de todas as coisas, então com propriedade posso recorrer a Ele quando meus anseios de te proteger fogem do que eu posso fazer. Que Ele proteja seus passos, todos eles, independente de onde eles estejam te levando, mesmo que os caminhos sejam difíceis, que Ele esteja ali, ao seu lado de vocês. Que Ele interceda quando qualquer mal ousar chegar próximo de vocês, das pessoas que vocês amam e de todos os que te querem bem, que o mal não se propague jamais e se conseguir chegar, que se purifique com coisas boas antes de adentrar teu coração. Que Deus possa soprar em seus ouvidos somente o que lhe for certo, justo, honesto, que aos teus ouvidos cheguem apenas o som de uma melodia pura, transbordando verdade. Eu oro a Deus para que despreocupe teu coração e te faça dormir todos os dias com a certeza de que seu caminho deve ser o que você segue desde o princípio e que ao acordar você possa ter discernimento de que se houverem males ao longo dos dias, Ele já depositou a ti sabedoria para desviar e vencer todas as adversidades do mundo. Em minhas orações, eu peço para que Ele cubram vocês com sua destra fiel para que vocês nunca se sintam desprotegidas. É esse amor que eu quero que vocês recebam, não só de mim, mas de todos. Porque é esse o que vocês me entregam. O seguro, o honesto, o sem maldade ou qualquer coisa que ouse nos machucar. Que Deus protejam sempre vocês, e façam vocês compreenderem o quanto nos faz bem te querer bem.
OUTRA CANTIGA DE CIRANDAR
Fui à Espanha
Buscar meu chapéu
Azul e branco
Da cor daquele céu.
Mas na Espanha
Não encontrei ninguém
Que dissesse onde estava
O chapéu do meu neném.
Olha palma, palma, palma.
Olha pé, pé, pé.
Olha roda, roda, roda,
Caranguejo peixe é.
Bati palma, palma, palma,
Finquei pé, pé, pé.
Dancei roda, fiz ciranda,
Para ver meu bem me quer.
Samba, crioula,
Que vem da Bahia,
Pega a criança
E joga na bacia.
Mas tem cuidado
E carinho com meu bem.
Ele é o meu amado
E outro igual ele não tem.
Nara Minervino
Pestana (Cantiga de Ninar)
-
Venha se juntar ao lado meu.
Quero conhecer o seu melhor.
Faça de conta que sou eu.
Aquele pedacinho de cipó.
Que te levará pra passear.
Na nossa floresta de algodão.
Perto do riacho de morango.
Com cobertura de limão.
Chame o passarinho lá do céu.
Convide o macaco pra dançar.
Vamos dividir os pirulitos.
Com nosso amigo tamanduá.
Só deixe as formigas pra depois.
Por que elas são muito gulosas.
Vão comer todo o chocolate.
Não sobrará nada pra minhoca.
Pegue o pedaçinho de cipó.
Está na hora de voltar pra casa.
O João Pestana já chegou.
Amanha é dia de escola.
Bento.
Cantiga do pássaro
Que música
ouvirei cantar
aos meus ouvidos?
Quem sabe!
Este canto escondido agora
No amanhecer ensolarado
Somente entre mim e você
Ofereço- te alento
De asas encarceradas
Porém, perenemente feliz
Quando a noite
Seguindo seu destino
Pela madrugada,
Estarei atenta ao som
Supondo que, talvez,
Em outras manhãs
Não cante mais.
Há dias em que o sol
tem cor diferente...
A brisa cheira a flores
Cantiga de amores
Há dias em que tua
voz chega com o vento
Despertando o sonho azul
que dormia calmamente.
CANTIGA DE GALO
Ê, vida, eu ainda gosto muito de ti.
Tanto e mais que de mim, que sou
Remendos sem necessidades
Porque com a mesma roupa
Que me destes eu vou.
Não minto a ti quando digo: amo
Mas não quero repetir eternizado
E passar o tempo pensando em ti.
Estes pensamentos em, só, em mim
Por que a qualquer direção
Eu me ocupo de ti, roçando
As tuas mãos, esclarecidas
Esquecido de ti nos afazeres.
Eu sou eu porque és vida.
Por ti caminho e corto desvios
Nas estradas de ainda
Das quais nada conheço
Que penso carregado
Como estará a vinda
Se algum passo parti
Ou se outros deixei plainados.
Vida, vida, me prendestes um dia
Por um cordão de em mim
Atado, tive dias assim
Conduzido, puxado por ti
E nos meus movimentos
Nos que penso verdadeiro
E nos que bobeei quando podia te alcançar.
Fostes tu vida, com tua didática
E ainda não queres ser
Uma chispa maravilhosa.
Sigo a lentos passos
Embalado pela cantiga dos pássaros,
Atento ao sussurro do vento e
Ao toque do sol...
Nevoa fria em lua cheia.
Do caminho vejo pouco,
Mas sei do seu final.
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