no name

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deixa a saudade em repouso
(em estação de águas)
tomando conta
desse objetoclaro
e sem nome

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Não vive em gaiolas, não resiste às amarras... Se você ama alguém deixe-o livre para amar. Aquilo que a gente prende, quer sempre fugir de nós. Mas o que é livre, verdadeiramente é nosso... O amor quer liberdade...

Posso estar só, mas sou de todo mundo.E é duro dizer, mas nunca sofri mais de dez minutos por amor, ninguém nunca mereceu o meu choro, nem a falta de apetite. Vivo de músicas românticas, e não sou romântica.

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eu cairia do chão
em quase breve olhar
à respeito de sua silhueta

treme meu corpo
regela os meus sonhos
inunda a minha alma.

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Espero todos os dias por uma coisa nova, uma sensação nova. Estou um pouco sozinha, um pouco estéril, mas eu ainda acredito; hoje menos do que ontem, mas ainda acredito nessa coisa sem nome.
E como eu espero todos os dias a esperança se torna irmã-amiga-carrasca-maldita, mas inseparável!
E como disse Caio F: Amanhã tem sol!

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ame até odiar
pule até quebrar
quebre
pois todos nós caímos

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Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada, sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.

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Vou matá-la com uma Magnum 44.
É a arma que irei matá-la.
Você viu o que uma Magnum 44 faz com a cara de alguém ?
EXPLODE.VOU ACABAR COM ELA!
É o que vou fazer. Vou matá-la com uma Magnum .44.
Vou arrebentar todas as partes dela!
Você precisa ver o que uma Magnum 44 faz!
Você deve estar pensando que sou louco ou coisa assim. Muito louco mesmo. Não é o que pensa ?
Aposto que sim!
Me acha completamente louco ?
Me acha louco ?
Não precisa responder. Pago a corrida.

( taxi driver, monólogo do homem traído)

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É. Eu amo muito você, não é o suficiente. Eu amo o pó e você a erva. Nós apenas dizemos adeus com palavras.


Pra você, esse você que eu nem conheço.

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Às vezes sinto um ódio tão profundo e imenso, por ser isso o que eu sou.
Tão inconsequente. Tão sem príncipios, tão atriz.
Eu devo desaparecer. Eu devo me superar. Eu devo me partir em mil astrosde neon.

Correr, andar, sem olhar pros lados, sem dar a mão pra ninguém, sem ver se pra onde eu vou é pra frente ou para trás.
Vou ser cega, surda e muda, infértil, estéreo e intragável.
Não serei atenta. Música será terminantemente proibida em minha vida. Quadros e fotografias também. Tudo o que dê saudade de coisas que não terei será inexorávelmente proibidos.


i'm lost
i'm lonely

soft and lonely
lost and lonely
uhuhu just like heaven

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Levo uma vida idiota, com príncipios idiotas, com amores de desamores mais idiotas ainda, sou uma pessoa idiota, desprezível.
Apenas encontro namorados idiotas, e deles faço florescer situaçõs idiotas.
A minha vida se resume em idiotices e momentos idiotas.
Chelsea Girl. Sou movida por paixões idiotas, e músicas idiotas.
A minha vida é um pingo de chuva idiota. Ela não passa disso.
Os medos que possuo são idiotices, as minhas verdades são idiotas, as minhas mentiras, que são muitas e incalculáveis são idiotas. As decisões que tomo são idiotas. O rumo que eu tomo é idiota. O meu caminho é idiota, e o porto aonde eu vou parar é idiota. Resumindo, levo uma vida idiota.

(dois dias após)
Chega de noite, e eu nem sei aonde eu vou.
(três horas após)
Parece um concerto chuvoso.
(dois anos depois)
Aonde muitas pessoas riem, e uma delas chora.

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Eu sinto um vazio, às vezes.
Tinha dias que eu sentia que ele estava preenchido,
tinha tempos que pensava que poderia ser mais contente.
Me remoia tentando largar aquele osso, duro de roer, mas era o único que me valia.
Hoje eu sinto um buraco enorme em mim.
Um buraco negro que absorve todos os sentidos e o meu sentir.
Tudo se encaminha pra esse buraco, o universo nunca conspira ao meu favor.
E como ele absorve tudo numa fração de segundos nunca me dá tempo pra respirar novos ares, e o que eu respiro é a tensão sufocante que paira entre o eu de antes, o eu de agora, e o eu de depois. Fico quebrada. Em frangalhos.
E eu fico essa pessoa totalmente retardada, buscando, procurando, fuçando em partículas de um eu-inteiro o que pode me ser útil, pode até ser uma peneira, pode até ser um coador, contando que tente tapar o buraco que tem em mim.
Às vezes. Sometimes.
Teve dias, hoje espero por eles, como disse anteriormente, porque amanhã tem sol.

Come on
Come on, come on, come on and love
Come on, come on, come on and try
Come on, come on, come on and die

Come on, come on and try my love
Come on, come on and die for me


Love, try and die - Gal

Não sei onde aprendi a cantar
Só sei que não consigo esquecer
Cantiga vem do céu
Vem do mar e vem do ar
Faz o meu coraçãozinho doer

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Aconteceu o terceiro milênio.
E que venha a escuridão, onde tudo é misterioso,
e apagaram a luz que deixa tudo tão solido, óbvio e pior.
2012, e tudo será ao contrário e tudo se torna mentira.
E a gente deixa tudo pra tentar sobreviver, e todas as pessoas que tem o super ego tercerizado irão morrer e nós iremos ficar.
E eu parei de pensar.
E eu comecei a sentir.

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bom dia ana
conto
canta
igual a ana
só francisco
canta igual

toca
chora
grita um pouco mais
por deus
ou por nós

no bonde
aonde anda
ana ?

eu, francisco
francisco aqui
coitado de mim
procuro você
ana

ana
abrange uma ana
ana gggggggggg
ana hhhhhhhhhh
ana minha ana
onde está sua forma ?
aonde anda ana ?
ana ana ana

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Eu não consigo dormir. Não é nenhuma novidade.
A chuva cai lá fora.
Não vejo pessoas de fora nem saio faz um mês.
Estou apodrecendo desde o natal, porque não vivo.
Me sinto segura, mas sei que estou perdida.
Tenho vontade de morrer e vontade de matar.
Não dou atenção a ninguém e sinto saudades de uns poucos.
Medos infântis ainda me perseguem e a imaginação morbida acabou com tudo que eu sabia da realidade.
Não, esse mundo não é pra mim. Mas que estou aqui, tenho que sair e viver.
Mas não, ainda estou aqui, só observando

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Sou apenas por mera burocracia. Seria complicado demais registrar-me no mundo em multiplicidade. Então sou por convenção, por facilidade. Sou indíviduo por necessidade didática de compreensão, mas descubro-me tantas a cada confronto com minha imagem duplicada e com os tantos corpos que atravessam a superfície côncava dos meus olhos. Posso ser o que quiser no jogo cotidiano da existência, o que quero ser e aquilo que esperam que eu seja. Não alimento ilusões quanto a um eu fixo, uma essência que se descobre com convivência. Convivo comigo e desconheço minha última camada ou face. Sei apenas que sou palco vivo, que caminha apresentando-se como espetáculo, monólogo ou diálogo, tragédia ou comédia, posso chover e ser sol quando me apetece o gosto.

Dhyana significa um estado de ser onde não há qualquer pensamento, nenhum objeto, nenhum sonho, nenhum desejo, nada – apenas vacuidade. Nessa vacuidade você chega a conhecer a si mesmo. Você descobre a verdade. Você descobre sua subjetividade. Isso é SILÊNCIO INFINITO.

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Sinto muito querido, mas preciso te ferir.
Sei que voce vai gostar de ver o liquído vermelho e brilhante escorrendo feito lava sobre a sua pele.
Isso o fará cair apaixonado e eu o odiarei, profundamente, por cada gesto adocicado que vier de você.
E assim, (por desprezo ou piedade), para garantir que sofras mil morte em um segundo, direi que te amo por toda a eternidade.

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Nunca nenhum homem caiu apaixonado por mim.
Nem chorou na minha frente.
Nunca pediu perdão por coisas que não fez.
Nunca nenhum amor me deu vontade de não ferí-lo.
Nunca nada.
Sempre nada.
Nada, nada.
E assim, fica como nada.
Um cheiro, um aceno.
Um vazio, um amargo.
E passa o tempo, e eu me refaço.
Me refaço de pedaços que eu não sei.
E se sei é apenas porque não vejo, e não sinto.
E se não sinto é nada.
Sempre nada.
Nada sempre.
Sempre, sempre.
Nada.
E assim vai, esse amontoado de nada.
Nada pra lá, nada pra cá.
Nada aqui.
Hoje é o último dia de verão, e nada.
Nada, nenhuma carta, nenhuma esperada
visita inesperada,
nenhuma declaração armazenada, nenhuma
coragem designada;
nada, simplesmente nada.
E agora são 23:51 e nada.
Nenhuma reclamação, nenhum recebimento,
nem agradecimento, e essas coisas.
Nenhuma dor nova, só aquelas dores velhas,
que cutuco pra não esquecer que às vezes
não fui nada, ao menos pra mim.
Nada de telefone, nada de email, nada
de surpresas, nada de chegadas.
Nada, nada, nada.
O dia todo passa, e fica nessa, nada, nada, nada.
- Estou morta ?
- Está nada, nada, nada.

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Preciso me manter inconstante, pois assim me sinto constantemente em movimento. Amar e desamar quando me dar na telha, matar e morrer quando me é válido. Todos os dias são válidos, todos os sonhos bêbados também. Ferir, cortar, fazer sangrar, atracar veneno, furar, perseguir, não dar paz pra minha mãe nem pra ninguém.Isso mesmo, ser bem inconveviente, ser bem gente mesmo. Pular bastante, no teto da vizinha. Ter orgulho demais a ponto de deixar tudo preto nas vistas. Ter ódio. Ter desprezo, e amar. Fazer passar o ódio. Sem guardar rancores verdadeiros. Me mantendo em movimento posso me dar o luxo DE TUDO. DE TODOS. Conto de fraldas. Dar chupeta pra Malu e pedir penico. Preciso me manter em movimento, odeio o comodismo, mesmo o ódio sendo sinônimo de amor... é a gente se perde. Me perdi nas idéias, me mantendo em movimento.

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Tenho trabalhado tanto, mas penso sempre em você. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assentada aos poucos e com mais força enquanto a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos. Tão transparentes que até parecem de vidro, vidro tão fino que, quando penso mais forte, parece que vai ficar assim clack! e quebrar em cacos, o pensamento que penso de você. Se não dormisse cedo nem estivesse quase sempre cansado, acho que esses pensamentos quase doeriam e fariam clack! de madrugada e eu me veria catando cacos de vidro entre os lençóis. Brilham, na palma da minha mão. Num deles, tem uma borboleta de asa rasgada. Noutro, um barco confundido com a linha do horizonte, onde também tem uma ilha. Não, não: acho que a ilha mora num caquinho só dela. Noutro, um punhal de jade. Coisas assim, algumas ferem, mesmo essas que são bonitas. Parecem filme, livro, quadro. Não doem porque não ameaçam. Nada que eu penso de você ameaça. Durmo cedo, nunca quebra.

Daí penso coisas bobas quando, sentado na janela do ônibus, depois de trabalhar o dia inteiro, encosto a cabeça na vidraça, deixo a paisagem correr, e penso demais em você. Quando não encontro lugar para sentar, o que é mais freqüente, e me deixava irritado, descobri um jeito engraçado de, mesmo assim, continuar pensando em você. Me seguro naquela barra de ferro, olho através das janelas que, nessa posição, só deixam ver metade do corpo das pessoas pelas calçadas, e procuro nos pés daquelas aqueles que poderiam ser os seus. (A teus pés, lembro.). E fico tão embalado que chego a me curvar, certo que são mesmo os seus pés parados em alguma parada, alguma esquina. Nunca vejo você - seria, seriam? Boas e bobas, são as coisas todas que penso quando penso em você. Assim: de repente ao dobrar uma esquina dou de cara com você que me prega um susto de mentirinha como aqueles que as crianças pregam umas nas outras. Finjo que me assusto, você me abraça e vamos tomar um sorvete, suco de abacaxi com hortelã ou comer salada de frutas em qualquer lugar. Assim: estou pensando em você e o telefone toca e corta o meu pensamento e do outro lado do fio você me diz: estou pensando tanto em você. Digo eu também, mas não sei o que falamos em seguida porque ficamos meio encabulados, a gente tem muito pudor de parecer ridículos melosos piegas bregas românticos pueris banais. Mas no que eu penso, penso também que somos meio tudo isso, não tem jeito, é tudo que vamos dizendo, quando falamos no meu pensamento, é frágil como a voz de Olívia Byington cantando Villa-Lobos, mais perto de Mozart que de Wagner, mais Chagal que Van Gogh, mais Jarmush que Win Wenders, mais Cecília Meireles que Nelson Rodrigues.

Tenho trabalhado tanto, por isso mesmo talvez ando pensando assim em você. Brotam espaços azuis quando penso. No meu pensamento, você nunca me critica por eu ser um pouco tolo, meio melodramático, e penso então tule nuvem castelo seda perfume brisa turquesa vime. E deito a cabeça no seu colo ou você deita a cabeça no meu, tanto faz, e ficamos tanto tempo assim que a terra treme e vulcões explodem e pestes se alastram e nós nem percebemos, no umbigo do universo. Você toca minha mão, eu toco na sua.

Demora tanto que só depois de passarem três mil dias consigo olhar bem dentro dos seus olhos e é então feito mergulhar numas águas verdes tão cristalinas que têm algas na superfície ressaltadas contra a areia branca do fundo. Aqualouco, encontro pérolas. Sei que é meio idiota, mas gosto de pensar desse jeito, e se estou em pé no ônibus solto um pouco as mãos daquela barra de ferro para meu corpo balançar como se estivesse a bordo de um navio ou de você. Fecho os olhos, faz tanto bem, você não sabe. Suspiro tanto quando penso em você, chorar só choro às vezes, e é tão freqüente. Caminho mais devagar, certo que na próxima esquina, quem sabe. Não tenho tido muito tempo ultimamente, mas penso tanto em você que na hora de dormir vezemquando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha e repito repito em voz baixa te amo tanto dorme com os anjos. Mas depois sou eu quem dorme e sonha, sonho com os anjos. Nuvens, espaços azuis, pérolas no fundo do mar. Clack! como se fosse verdade, um beijo.

Você devia ter feito alguma coisa para me ter. Ou me deter.
É fim de tarde.
E, você sabe, eu te amava.

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Sinto falta de ter sido qualquer coisa certa, boa, que não fui. Ninguém me avisou do desvio no caminho e muito menos das descobertas feitas sobre o inevitável de cada um que surge. Nem lembro quando foi que permiti essas invasões sendo que ninguém nunca devolveu nada, nem a companhia e as palavras. Surgiu, qualquer chama, que vem e vai, me leva e traz, como se soubesse que não sei mais remar a favor ou contra. Barco parado, ao sabor dos acasos.

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