Caixão com Espelho
E eu ainda insisto em dizer que naquele dia, não apenas seu corpo foi enterrado, eu sinto como se toda a minha energia tenha ido junto
Comi uma pastilha e fui parar ao meio de uma matilha, cães do crime com armas de eleição, metade deles está num caixão.
Soneto da Saudade
A chuva desaba sobre tua mão
Ela te lembra do amigo perdido
Para que tua fria alma vendam
Levam-te embora deste "paraíso"
Te peço, dance sobre meu corpo
Quero meu caixão inteiro seco
Não sinta saudade, estou morto
Por que você sente tanto medo?
Lembra-se das noites de lua cheia
Onde nós juramos um amor eterno
Fuja de onde a solidão permeia
Eu ainda estou aqui, tão perto
Não quero tristeza, nem solidão
Não desejo isto aos que amam
Rico Avarento
A vida é uma Roda Gigante,
uma via na contra mão.
Nunca desdenhe com seu próximo,
pois ele é como seu irmão.
Ao Pai Eterno não importa,
com a riqueza que tens,
Você não leva dentro do caixão.
Tô pra passar minha mensagem, não apedrejar
Mostrar pra molecada que o crime é ilusão
E mesmo na dificuldade saiba recusar
Vida bandida é dois caminho: cadeia ou caixão
CORPO/TEXTO (Bartolomeu Assis Souza)
Seu corpo é seu texto:
com toda a gramática, sintaxe e
aforismos estéticos
Nele esta escrito:
do berço ao seu caixão...
Escolha seu modelo...
Na minha inumação
No Ceará vou fincar
Faço meu mundo poético
E Recife vai chorar
Sobral é minha paixão
Levem pois, meu caixão
No céu irei recitar.
A tendencia do Humanidade é de querer crescer, de estar por cima, mesmo que tenha que pisar em seu semelhante. O coração Humano esta muito mais pra orgulho do que pra humildade e para muitos dos Seres Humanos é natural.
....Mas nunca vi alegria atrás de caixão!
Oh, pobres almas viventes, mal sabeis que aquela árvore que se fez de berço também se fará de caixão.
Coitada da mulher que envelheceu ,sem ter o mínimo do seu marido,carinho e atenção.
Passou a vida com marido e filhos só tendo preocupação.
Ela pode deixar de ser coitada se tomar uma decisão.
De ser feliz antes de ir pro caixão.
Quando a tristeza chegar e parecer que a esperança se esvaiu, recomece pelo básico: lembre-se de que está vivo, e querer apenas viver já é suficiente. O tamanho da caixa ou do caixão não define o valor do que está dentro.
A maior estupidez humana é achar que somos possuidores de alguma coisa. Nada do "possuímos" levaremos no caixão. "Tudo é vaidade".
Uma mulher preocupada apenas com suas necessidade, em busca do conforto, da moda e do status, caminha para a depressão e morre no mesmo tipo de caixão de um pobre.
Comecei a ver a mesma pessoa em vários cemitérios durante algumas pautas em enterros e velórios. Num segundo momento, depois que eu me liguei que era a mesma pessoa, achei que estava vendo uma entidade, pois ninguém perde tanta gente, todo mês, e está em todos os enterros. Como observava que essa pessoa nunca estava conversando com ninguém, sempre sozinha, comecei a ficar curioso. Do cemitério do Irajá ao São João Batista, ele estava lá, até que resolvi investigar. Me aproximei e, com um cigarro, perguntei se ele teria um isqueiro para me emprestar. Não tinha. O nome dele é Bernardo e me chamou atenção porque ele tem apenas 25 anos. Isso me fez achar que poderia ser um espírito. Ele é diferente do cara que fica com a camisa do Brasil e os cartazes de protesto perguntando onde está o Amarildo, que todo mundo conversa e conhece. Ele é muito discreto. Como respondeu que não tinha como me ajudar a acender o cigarro, iniciei a conversa dizendo que já havia reparado que ele estava em outras capelas, em outras pautas. De cara, ele me deixou meio espantado ao responder que tem uma catedral que ele sempre vai, mas não sabia o nome e que havia esquecido o bairro naquele momento. Perguntou se eu era repórter. Quando respondi que sim, ele disse que o avô havia trabalhado com "um tal de Mário Alves", que teria sido muito importante para imprensa num determinado momento. Perguntou qual área eu trabalhava e respondi: geral! Ele respondeu: não gosto! Disse que dos jornais só lia as colunas sociais e que despertavam sua curiosidade as notas sobre casamentos, aniversários, formaturas e ENTERROS. O certo é que, através dessa leitura precursora, Bernardo fica a par das missas e enterros, e diz que nunca falta quando são os mais interessantes. Diz que procura sempre ficar longe da imprensa quando é alguém famoso para "não tirar a atenção do personagem principal, que deve ser o morto". Depois corrige a informação dizendo que essa é a postura que adota em todos os enterros, pois todos são iguais. Disse coisas que me chamaram atenção, como: "está vendo como a gente chega hoje nos cemitérios? Uma falta de respeito! Antigamente, contratavam bondes especiais, que conduziam os 'convidados' até os cemitérios." Tudo bem, percebi rápido que a cabeça do Bernardo não bate bem. Mas, ao mesmo tempo, concluí que ele não é bem um louuuucoo, louuuco, louuucooo, mas está fora e dentro ao mesmo tempo do normal, tipo uma questão de lua. Enquanto ele fala, dá umas mastigadas na língua, esmagando-á entre os pré-molares. Ele balançava a cabeça de forma esquisita, as vezes, "chifrando" o vento sempre que a gente sentia bater no rosto. Piscava constantemente o olho esquerdo. Na face, por todo o lado, discretos cortes faciais, quase imperceptíveis, dependendo da luz do sol. Em que pese, porém, essa mistura de sequelas, Bernardo, ainda sim, por estranho que pareça, é um rapaz simpático e muito, muito educado mesmo. Reparei que estava um pouco sujo, embora com um terno bem lavado com uma ombreira que o engolia. Já reparei ele mexendo em algumas coisas nos cemitérios, fazendo sinais como se estivesse limpando os objetos. Perguntei sobre isso e ele respondeu que se todos entrassem nos cemitérios como se fossem donos do local, podendo mexer em tudo, aceitaríamos melhor a morte e também preservaríamos os cemitérios em melhores condições. Bem estranho... Contou que por várias vezes já foi expulso de dentro das capelas em momentos de velório mais reservados. Mas ressaltou também que, brigando ou não, sendo expulso ou não, aquilo era um dos centros de interesse da sua vida. Contou que, assim como os cemitérios, adora as praças. Perguntei se teria alguma especial, e ele responde: todas. Disse que a igreja é sua "obsessão", e que se pudesse limpava os altares e as imagens todos os dias, mas que deixou de entrar nas igrejas faz tempo porque não gosta de padres. "De nenhum deles!". Foi incisivo, mesmo educado, ao dizer que não iria tocar neste assunto e ficou vermelho, muito vermelho, até aparecer os traços de veias pulando em sua testa. Fiquei em silêncio e ele foi se acalmando novamente, tudo numa fração de cinco segundos que, pra mim, observei como um take em câmera lenta. Pra cortar o clima, disse que ia acender um cigarro com um rapaz que estava ao nosso lado fumando e, depois disso, quando virei novamente, ele simplesmente não estava mais ali. Em determinado momento, conversando com ele, encostei rápido a mão em seu ombro, pra ter a certeza de que não era tipo Ghost. Era real. Enfim, cheguei agora em casa e, pensando ainda sobre tudo isso, acendi uma vela e fiz uma oração pedindo muita coisa boa pra esse rapaz. Paz pra ele, paz pro Bernardo.
Coloque sempre um sorriso no rosto.
Mesmo ele estando "oculto"por uma máscara,
os seus olhos são visíveis.
sendo que, os olhos são o espelho da alma!
Fuja da vitrine.
Não alimente este estado de amostra grátis dê... E para...
A elevação do super eGo é talvez o inicio da depressão.
Somos apenas oque somos e, mostrarmos oque imaginamos de nós será frustrante devido estarmos vivendo um Eu imaginável.
Somos seres evolutivos e qualquer tentativa pedante de um algo que não nos representa causará uma quebra de espelho na vida.
Deveremos ser altamente autênticos sem tirar nem por do que somos.
Paz pra pensar.
Espelho, espelho meu, existe alguém mais mentiroso do que EU?Que, de mim mesmo, escondo quem eu SOU realmente?
Percebo algumas pessoas mencionando alguns valores os quais classifico de defeitos e os demais como se fossem Virtudes.
" Chatos, rigorosos, provocadores, ciumentos, bravos, rudes, briguentos, fofoqueiros, falsos...etc". A relação continua aí na sua mente.E as enfeitam como boas.
