Poems de natal
A verdadeira celebração do Natal consiste em meditar e preparar a mente para essa ocasião sagrada, a fim de que você possa experimentar dentro de si o nascimento de uma nova consciência de fraternidade universal e amor por todas as criaturas vivas.
Não existe Natal sem consciência social, e a imagem do presépio criado por São Francisco ilustra bem isso como uma tentativa de reiterar altos valores através da arte para uma Humanidade que menospreza o próximo em situação de vulnerabilidade, trata refugiados como marginais e menospreza a Natureza.
Seremos lembrados como uma geração que nada aprendeu vezes nada e que repetiu em até fechar os olhos para aberração dos campos de concentração que são herança viva e nefasta da 2a Guerra Mundial.
O nosso continente virou um oceano de presos políticos e uma considerável parte da nossa gente tem saído para tentar a vida nos EUA para morrer no deserto ou acabar presa em locais que podem ser chamados de campos de concentração e ser separada dos filhos, e seguimos indiferentes!
As minhas preces neste Natal seguem dedicadas a todos que estão encontrando desafios existenciais de todas as ordens, aos presos políticos, exilados, refugiados e imigrantes do nosso continente e do mundo, e segue extensiva sem dúvida aos uigures, tibetanos, hong-congues e outros povos presos no campos de concentração da China.
O melhor presente de Natal que podemos nos dar diante disso tudo é a empatia, a paz social, a solidariedade sem fronteiras e o resgate de uma cultura de vida, e sobretudo ensinar as novas gerações ao culto do pensamento autônomo e o amor a Natureza para que a vida dure.
Que o espírito de Natal inunde os corações e aprendamos a valorizar a paz mundial!
Passou o Natal,
nada se sabe a respeito
da liberdade
da tropa e do General.
Nada se sabe
do calvário
do Tenente Coronel,
Só sei que do velho
tupamaro também não.
Passou o Ano Novo,
nada se sabe a respeito
da liberdade
da tropa e do General.
Não há notícias de
consolação para
os corações de quem
tem entes desaparecidos.
O Ano está começando
nada se sabe a respeito
da liberdade
da tropa e do General.
Só sei que estes poemas
são todos meus,
e continuarão
sempre os mesmos,
(se nada mudar);
porque mesmo que
eu me cale todos
estão a se espalhar.
Entra Natal e sai Natal
tudo tem se repetido,
Ninguém sabe quando
terminam as penas
de cada preso político,
A responsabilidade
por cada reclamo poético
sempre vivo assumindo.
Por utopia insistente
venho pedindo este
e os próximos Natais
com elevado sentido
de ter nunca mais
na vida presos políticos.
Não quero um Natal
repetido: com tupamaro
histórico perseguido e preso,
com professor desaparecido
com heróis reprimidos
e com culto a incoerência.
O quê tenho escrito
serve para mim, para ti
e para quem quiser tirar
proveito toda às vezes
que deixamos esquecido
o nosso protagonismo
independentemente
do grau de importância.
Porque enquanto houver
uma tropa inteira presa
e um General injustamente
preso por pensar diferente,
Onde quer que estejamos
estaremos presos sem
mesmo com que percebamos.
No Reino da Indiferença,
também passou o Natal
e não há nenhuma notícia
de liberdade para o General.
No Reino da Indiferença,
quem dera eu plantar
compaixão, poesia e paciência.
No Reino da Indiferença,
a Mãe deve estar chorando
e ninguém escuta,
ainda tenho a dúvida se ela
tem notícia dos sargentos.
No Reino da Indiferença,
quem dera eu plantar
esperança, a reconciliação e boa convivência.
No Reino da Indiferença,
não dão nem tempo para pensar
a voltar a se humanizar para não mais assim ser.
No Reino da Indiferença foi descoberto
mais uma conspiração contra a vida, ordem,
a paz e a Assembleia Nacional,
infligindo contra o povo um terror sem igual.
No Reino da Indiferença o tempo vai passando
sem tempo para parar e pensar;
de boicote em boicote o fluxo do cotidiano
acaba por atrasar a vida de quem já sofre tanto:
E lá quando tudo para eu paro junto,
porque a justiça está atrasada
para dar liberdade ao General e para muitos
que como ele ainda seguem presos injustamente.
No Reino da Indiferença ainda se prendem sindicalistas,
se mantém preso o velho tupamaro,
nada se sabe do Capitão-de-Navio e da tropa,
e se têm deixado o autoproclamado da responsabilidade escapar.
(Sem querer ofender à ninguém,
peticiono ao Reino da Indiferença
para que seque as lágrimas de quem não para de chorar).
Neste mês do Natal
a única certeza que
se tem é que seguem
injustos com o General.
O pouco que se soube
foi pela página do jornal,
não houve ninguém
de honra para socorrer.
Com o Capitão-de-Navio
a História se repetiu,
nada se sabe ou viu,
e com uma tropa igualmente.
Triste história com quem
veste ou vestiu farda,
e nunca se esqueceu
de ter um coração de gente.
Esse Natal é o Natal
do resgate civilizatório
e gratidão máximo ao dom da vida,
cuidando de nós mesmos, dos nossos
e daqueles que cuidam da gente.
Todos os que honram o Menino Deus
devem devotar as suas ações
para aplainar o caminho das pessoas
que mesmo na função mais simples
estão dando a própria vida
para que todos tenham vida.
Peço por nós nessa preparação para receber o #Natal um mundo sem convivência com guerras desnecessárias mesmo as mais pequenas do nosso cotidiano.
As pessoas já deveriam ter apreendido que a #paz é o caminho que gera desenvolvimento e qualidade de vida, e que trabalhar por ela a todo instante nunca será demais onde quer que você esteja.
Faço votos que esse seja um Natal de transformação social no sentido que parem as perseguições objetivas e sorrateira contra todas as pessoas que pensam diferente, que exista uma mão estendida para todas as pessoas que se encontram em dificuldades, que cesse o genocídio indígena na América Latina e que seja o fim dos últimos maiores campos de concentração do mundo moderno que mantém presa a população uyghur que foi aprisionada pelo Regime Chinês.
Precisamos de esperança genuína e concreta que conceda a realização do sonho de liberdade para todos.
Feliz Natal do Senhor!
Nessa véspera
de Natal faço
votos que
o próximo seja
um Natal sem
presos políticos
em nosso continente
e no mundo inteiro.
O Natal em Rodeio
O Natal em Rodeio é o típico Natal
de uma cidade do interior,
É celebrado com religiosidade
e sempre com muito amor.
A estrela não é mais de Natal
e fizeram dela um símbolo mortal,
não consigo fingir que não vejo
que o Natal vem sem adereços:
o Presépio foi bombardeado,
a manjedoura virou escombros,
a paz foi detonada e as crianças praticamente não existem
mais porque a guerra arrasa
tudo implacavelmente
o quê vê pela frente
e leva com ela para sempre
para não devolver nunca mais.
Véspera de Natal em Rodeio
Aqui na cidade de Rodeio
no Médio Vale do Itajaí,
moro aos pés do Cemitério
que fica nos fundos
da Igreja Matriz São Francisco
e do Noviciado dos Franciscanos
construídos há muitos anos.
Depois de dias de calor
veio a chuva e tivemos
por aqui até dias com Lua,
no silêncio da nossa cidade
um carro com espírito
de Natal rompe o silêncio
com a música do período.
Peço perdão a Deus
que não estou conseguindo
entrar no mesmo espírito,
na terra onde Jesus nasceu
vidas estão por causas
de bombardeios ruindo,
a minha poesia e minha
prece são castiçais modestos
para pedir paz para a Palestina
e ao mundo porque não
podemos aceitar nada
que não esteja a serviço da vida,
nem mesmo a nossa própria fadiga
e o quê pode fazer o quê a gente
perca a afeição e de tudo desista.
Bom dia, é quase Natal!
Que nada te impeça
de um exame de consciência
para viver a vida
com paz e mais amor.
Boa noite, é quase Natal!
Não deixe que não haja
interferência externa
neste período tão importante
para estar com os amigos
e mais próximo da sua família.
Cada um fala uma coisa
e o grito vem sendo gutural;
está quase perto do Natal,
reunião com a mesa
negociadora da oposição
muitos pedindo anistia geral
e os filhos dos presos de consciência
se uniram numa voz transcendental.
Vejo gritos de pedido libertação
por um sargento torturado,
pelo Capitão da Guarda Nacional,
por seis sargentos paraquedistas,
pelo fim da greve de fome
do Tenente Coronel Chaparro,
para que salvem o Capitão de Navio
onde ninguém é escutado.
Mais de trezentos presos políticos,
nenhuma notícia de liberdade
para a tropa e para o General preso injustamente há quase cinco anos
e a escuridão ocupando os sentidos
onde os principais problemas
já eram para ter sido resolvidos.
Parece que conviver sem reconciliação é o quê o poder
só tem a oferecer nos planos
(onde todos na vida sem exceção
têm tudo nesta vida a perder
enquanto não se unirem
por pacificação e reconciliação).
Rodeio na véspera de Natal
Cercada pelo verdejante
Médio Vale do Itajaí
Rodeio na véspera de Natal
fica ainda mais cativante
vestida das tradições mantidas aqui.
Rodeio na véspera de Natal
abraçada por uma paz sem igual
onde o silêncio permite ouvir
o canto dos pássaros e a voz
do nosso interior agradecendo
ao Criador que carinhoso
abençoa o nosso lindo lugar.
Cidade com Natureza abençoada
e de beleza esplendente,
morar em ti é para todos
nesta vida o maior presente.
Rodeio na véspera de Natal
é o nosso abrigo celestial
deste mundo que segue
numa marcha decadente,
adormecer aqui e acordar
com tanta beleza que beija
o olhar faz o coração contente.
Nesta véspera de Natal,
nada se sabe da tropa
da liberdade do General
e tampouco do Esequibo,
Só sei que eu continuo
por milagres insistindo.
Rodeio na Véspera
Rodeio na véspera de Natal
esbanja uma paz sem igual
onde aqui os pássaros são
o coral celestial brindando
a cada um de nós com cantos
de paz profunda e sem igual.
Do verde esplendoroso
do nosso Médio Vale do Itajaí
o quê abraça a nossa cidade
sempre fascina nesta período
e em todos os outros,
e saboreio as frutas da época
que são os valiosos tesouros.
Rodeio na véspera de Natal
inundada pelas preces e fé
do nosso povo em agradecimento
inspiram a olhar para cima,
ser fortaleza e ser poesia devocional
pedindo ao Menino a paz mundial.