Novembro azul
No distante onde toda serra é azul, no perto onde!! nem sempre é verde. Maria preta doce e mangaba pra comer, tem amarelo roxo lindo de ipê. nas estreitas trilhas, nesse sertão. formei versos largos, no coração.
O céu azul, o calor sem cor, a cor do pecado, mistura de faces, na vida desejos, na realidade afagos, vivendo, vivendo, o amor o culpado!
Um novo dia, um céu azul como presente para os humanos, um sol que brilha no final de setembro, a gratidão de um novo dia, a gratidão de mais um dia de vida, nessa vida eu preciso de tão pouco para viver, que vida, que privilegio, observando as folhas que nascem na mais bela arvore, visualizando o roxo da natureza que é sinônimo da perfeição divina, eu tenho mais certeza que nessa vida finita tudo passa, as cores um dia acabam, a beleza dessa arvore um dia chega ao seu fim , como vento ela vai pedindo licença para dar vaga a outra arvore, é assim que acontece em nossas vidas, nascemos com a beleza perfeita de Deus, visualizamos horizontes belos, mas um dia tudo vai passar, e quando eu chegar na linha final de uma vida que valeu a pena, lembrarei daquela frase “EU precisei de tão pouco para viver” que agora eu quero navegar como aquela arvore que um dia foi bela e desapareceu, quero voar e deixar lembranças boas por onde eu passei
a cor damos
damos a cor ao dia
dependendo do que nos desperta
mas sei que o azul é a tônica
o desejo de tudo ir
que tudo caminhe
com surpresas gerais
ainda com alma blues
a cor ao dia damos
mas nem sempre ele aceita
as vezes nossa babaquice ele rejeita
e nos esfrega na cara a realidade
só que, só porque nos quer de verdade
sem surpresas...confiantes...realizadores
mas dia, vindo de Dio
se és BOM nem sempre o atingimos
por mais que queiramos e necessitemos
ficamos com um provável e inalienável
baú completo de problemas
e nem sabemos por onde começar a resolver
acordar com o dia precisamos
a cor do dia não lhe damos
simplesmente a ela nos juntamos
e colorimos nosso ser com este saber
acordamos...
piu
Paraíso encantado!
No rosto uma brisa agradável
No horizonte um céu azul
Que reflete no espelho das águas
Deste rio maravilhoso
Como querendo a nos ensinar que são nestas pequenas coisas, que estão o verdadeiro sentido da vida.
" Não gosto do cinza
prefiro o azul
nem das lágrimas
quando não há sol
nem da tristeza
ou da partida
prefiro chegadas
corações apaixonados
madrugadas...
OUTRA CANTIGA DE CIRANDAR
Fui à Espanha
Buscar meu chapéu
Azul e branco
Da cor daquele céu.
Mas na Espanha
Não encontrei ninguém
Que dissesse onde estava
O chapéu do meu neném.
Olha palma, palma, palma.
Olha pé, pé, pé.
Olha roda, roda, roda,
Caranguejo peixe é.
Bati palma, palma, palma,
Finquei pé, pé, pé.
Dancei roda, fiz ciranda,
Para ver meu bem me quer.
Samba, crioula,
Que vem da Bahia,
Pega a criança
E joga na bacia.
Mas tem cuidado
E carinho com meu bem.
Ele é o meu amado
E outro igual ele não tem.
Nara Minervino
Loucura
Louca no mar
Maravilha
Vida
Mar, amar...
Azul de tu
Teu mar
Mendigo amar
Amor
Louca lua
Louca flor
Se molho
Se entrego, dou...
Seios ao vento
Naufrago em ondas
Mar
Olhos fechados
Sonho com um beijo
Línguas no mar
Quero chamego
Se jogo
No azul do mar
Louca
Sereia
Só quero amar
Cometo pecados
Escrevo poesias
Teu nome
Na areia
Poemas no mar !
18/10/2019
Brisa de praia (Autoral)
Logo eu acordei e já senti falta do seu olhar
Tão azul, azul quanto a cor do mar
E em compasso com as ondas do teu cabelo
Sentia uma brisa que preenchia meu corpo inteiro
Fecho os olhos e já começo a lembrar
De nós dois deitados na areia de frente ao mar
E logo eu começo a lembrar
Do som da sua risada em compasso com o som do mar
Pego na sua mão e sinto a tranquilidade
Tão leve que me trás a paz de verdade
Nós dois deitados olhando o pôr do sol
Contigo eu nunca me sinto só
A lua que reflete em seu olhar
Me mostra aonde eu sempre quero estar
Nas ondas da praia eu só quero te beijar
E nas ondas do mar eu quero me afogar
Vi na vida um motivo pra sonhar
Teu olho azul, azul da cor do mar
Seguro na tua mão e olho pro teu olho pequeno
E isso me faz sentir tão sereno
Quero ser feliz nas ondas do mar
Quero esquecer tudo
Quero descansar
Sinto esse vento no rosto
E com ele a vontade de te ver de novo
Boca azul
A pedra mostra -me uma boca azul
A boca feito de montanhas brutas
Côncavas rochas e solitárias grutas,
Voa pássaro no céu de norte à sul!
Eu também quero voar nas alturas
Amar o infinito da glória neste vôo
Semear alegria á tudo que perdôo
Abre - me as asas sem amarguras!
Sem o mal vejo suspenso o oceano
O tudo no meu universo hei de unir
Nem que o desejo for um engano!
Farei em toda pedra um jardim florir
Atravessarei a gruta do teu desengano
E neste tudo enfim meu fim à possuir!
Nesta calorosa manhã de céu azul, em brancas nuvens, refaço-me ao retornar a nós mesmos com mais calor, ardor, amor.
TOCAIA (soneto)
Ao sopro do vendaval no cerrado
No céu azul da vastidão do sertão
Segue veloz os sonhos do coração
Entre os uivos do já e do passado
A quimera, se acautela na ilusão
Prudente, contra o sentir errado
Tenta equilibrar estar apaixonado
Pra não sufocar a sofrida emoção
Na procela no peito esganiçada
Brami uma dor abafante e escura
Que perambula pela madrugada
E, em aflitivos véus da sofrência
Dando-lhe, assim, ar de loucura
No amor valência é ter paciência
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/07/2020, 15’15” – Triângulo Mineiro
VIAGEM ASTRAL
Eu naveguei numa tosca canoa por sobre as águas de um lago azul, molhei as mãos na cachoeira que o alimentava,cheguei as margens e adentrei a floresta,onde bruxas e bruxos conferenciavam enquanto um deles lia trechos do Livro Antigo! Passei por eles e continuei meu caminho,indo ao encontro do Cacique Pena Branca,que junto ao Caboclo Curador me mostrou senhores e senhoras, negros de idade avançada, que preparavam poções com o comando da Vó Maria Conga e Pai José Benedito das Almas! A um canto,olhando atentamente esses trabalhos, estavam os doutores Fritz e Bezerra de Menezes a me olharem com doçura e compreensão! Sentindo-me abençoado,voltei a sala onde estava meu corpo,em posição de meditação!
odai flores
O sol nasce, trazendo um dia belo e azulado
formando um imenso céu azul
Que nós traz, a saudade do mar
de tudo aquilo que já foi água
O vento pinta nas águas do céu
ondas brancas
Onde pássaros mergulham sem medo
OUTONO EM POESIA (soneto)
Bailando no ar, gemia inquieta a folha caída
No azul do céu, do sertão, ao vento rodopia
Agitando, em uma certa alvoroçada melodia
Amarelada, vai-se ela, e pelo tempo abatida
Pudesse eu acalmar o seu fado, de partida
Que, dos galhos torcidos, assim desprendia
Num balé de fascínio, e de maga infantaria
Suspirosas, cumprindo a sua sina prometida
A vida em uso! Na rútila estação, obedecia
Um desbotado no horizonte, desenhado
E em romaria as folhas, em ritmo e magia
No chão embebido, o esgalho adormecido
Gótica sensação, de pesar e de melancolia
No cerrado, ocaso, do outono em poesia...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/07/2020, 10’22” – Triangulo Mineiro
Quelia tanto que um dia acoldasse comigo, só pla poder ver você olhando plo céu todo azul, enquanto eu adimilava o mar calamelo dos seus olhos.
