As vezes Tinha que ser assim
Formiga ligeira
A formiga na jura da mudança
Porque tinha em si esperança!
Mas, na via que corre a conversa,
No rumo se segue a controvérsia,
Perdera o rumo da trilha da escolha
Escondida ficou debaixo da folha,
Pois, já desviaram - se do caminho,
O rumo já longe do centro do ninho!
Será que não há mais salvação,
Á qualquer ponto desta trincheira?
Recolheram - se na acomodação,
Perderam - se em meio a barreira
Supostamente na euforia ou ilusão
Ficou a formiga a pensar ligeira!
“Antes a gente tinha que matar um leão por dia. Agora temos que matar o leão e correr do Ibama. Se o leão te deixar ferido, vai parar num hospital público, e lá você estará perdido (num linguajar comedido). Se ficar incapacitado ou doente, a Previdência vai te mandar pro batente. Se morrer, a família vai receber uma pensão minguada, irrisória e que não serve pra nada. “
Sinto tanto a tua falta!
Até de te ouvir dizer que não tinha tempo nem de olhar para a tua casa quando estavas ao portão e me vias passar num ápice..... Eu sempre a correr por qualquer motivo.
Eu pensava que não me vias mas tu vias tudo do teu portão.....
Agora passo e olho sempre.... Mas tu não estás lá ao portão.... Eu, no meu íntimo, acredito que estás lá sempre e que continuas a ver-me passar....
A cadeira já sente a tua falta e a bengala já perguntou quando voltavas....
A ausência de quem gostamos é tão dolorosa....
É dor incansável..... Que corrói.... Que traz tanta saudade....
O que tinha se transformado em recordação,
sentimento engavetado, como dentro de livro,
seca flor em botão;
o que vivia apenas na saudade das noites insones
e pela manhã, novamente envolto nas névoas do esquecimento;
O que jazia nos caminhos inexplorados,
dos olhos despercebido, esquecido no tempo,
o que era fragmento de história vivida...
Explode num arco-íris de luzes e cores,
ressurgidas no simples reencontro de olhos,
de um segundo, a fração.
Cika Parolin
Ele nunca tinha conhecido uma mulher tão livre de arrogância, vaidade, ambição, pretensão. Ele nunca tinha conhecido uma mulher tão disposta a mostrar ao mundo que ela é um ser humano.
Nunca tinha caído
de tamanha altura em mim
antes de ter subido
às alturas do teu sorriso.
Regressava do teu sorriso
como de uma súbita ausência
ou como se tivesse lá ficado
e outro é que tivesse regressado.
Fora do teu sorriso
a minha vida parecia
a vida de outra pessoa
que fora de mim a vivia.
E a que eu regressava lentamente
como se antes do teu sorriso
alguém (eu provavelmente)
nunca tivesse existido.
Esperança
Hoje eu queria aquela nossa conversa, aqueles papos que só tinha contigo. Afastar-se, pra mim foi chocante, talvez desnecessário, fiquei sem entender os motivos, mas será que nisso houve o seu medo? E porque comigo? Eu só queria a sua companhia, todos os dias, pelo menos pra falar do meu dia ou desabafar sobre tudo que passo. Será errado?
Você não me perdeu, apenas se afastou e deixou lembranças, onde juntos tivemos boas conversas, risadas, enfim, papos excelentes e que tão cedo não esquecerei, era tão natural, porém em instantes tudo acabou... O adeus do seu sorriso foi o que mais doeu, o seu olhar, aquelas longas conversas, aquelas noites em claro sem perceber o tempo passar, isso jamais esquecerei, estará guardado em minha memória, mas dói muito ver tudo se indo, desabando com uma palavra que desconheço, o começo do fim
A professora, ela veio brigar comigo
Porque eu perdi a última caneta que eu tinha
Não brigue, professora, porque eu vou comprar outra canetinha
MiniConto
Tinha aversão aos pobres. Ironia do destino: Morreu vestido de verde e rosa e foi enterrado no morro da Mangueira.
De amor
Eu não tinha nada, ao vir para este mundo
Busquei em cada olhar um abrigo, um amigo
E nesta leitura me fiz mais profundo
No meu eu. Me vi rico, me vi mendigo
Cada tempo, cada minuto, cada segundo
Caminhei junto ou separado, calei e pude falar
Assim o corpo se tornou fecundo
E aprendi como é bom amar
Que na alma só ele vai fundo
E ao partir, nada terei, só o amor pra levar...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
fevereiro de 2016 – Cerrado goiano
Ele era o meu príncipe,
Que de encantado não tinha nada,
Seu cavalo era negro como a madrugada,
Seu manto era falso,
Seu cetro a própria iniquidade,
Pior que sapo,
Sapo é bicho,
Não tem consciência,
E ele, sabe o estrago que fez...
Tudo que eu o confiava,
Com suas mãos quebrava,
Assim como meu coração,
Minha inocência,
A nossa aliança que você enganosamente me deu, era só minha,
Casei sozinha,
Você sabia,
Teu dedo da aliança ficou preto,
Da cor da tua alma vazia de engano vasto,
Quem ama, não abandona,
Você foi de longe minha maior vergonha,
Príncipe desencantado,
Me derrubou do cavalo.
Eu tinha duas vidas, uma real e a outra virtual.
Acho que por isso, não estava vivendo bem nem uma nem outra. Então resolvi me suicidar na virtual, para poder aproveitar o tempo que me resta na real.
Latente era o sentimento que eu tinha por você.
Risonha era minha vida pois você nela vivia.
Sabotei o que tínhamos e agora só me resta o arrependimento.
Só ter você de volta era tudo o que eu queria.
Agora sei que te amo, mas você não sente mais nada por mim.
“Ali estava sendo gasto dinheiro do povo, eu era o responsável, por isso, eu tinha muita atenção com tudo, para que não houvesse desperdício, para que cada casa tivesse a mesma qualidade da outra, e que todo morador recebesse sua moradia sem nenhum defeito. O prefeito tem que ter zelo, pois cada voto recebido dos moradores é uma espécie de cheque em branco que você recebe para ajudar a administrar o futuro de cada um. Essa responsabilidade faz com que a gente tenha o máximo de carinho e empenho para realizar o trabalho da melhor forma possível para corresponder às expectativas e, o principal, sempre com muita transparência, prestando conta de tudo, foi o que sempre fiz.”
Ele tinha a mais absoluta razão quando me lembrou quem eu era,
pois, com isso vinha a parte de que a tinta do desgosto me acompanharia por um bom tempo
Me perguntaram se eu tinha medo da morte e eu respondi:
Tenho, mas tenho mais medo da vida. Medo do que ela pode me trazer ou tirar.
