Areia
Quando eu partir
Vou caminhar na areia
Entre as nuvens salgadas
Seguindo o vento
Até ao fundo do mar
E sorrir
Pois eu fui feliz.
A Areia que desce
Não consigo aceitar o como estou
Mais não consigo lembra o como era
Mesmo com todas essa mudança
Algo que me faz esquecer
E aceitar novas memórias
Um certo premio de consolação
Seria o tal: se acostumar.
Que passe, que venha!
É meu, sou eu, vou sentir!
Vou tirar, chorar e sorrir.
Vou absorver e moldar
Não há controle sobre ele
Há vários fios, direções.
Mais esse nó no centro é meu!
A direção foi tomada por mim
Eu escolhi.
Influenciada pelo que vejo?
Pelo bom, que bom?
Pelo mau, que mau?
O juiz, o juri, o jurado...
É um só! É...
A pele que vai arder
É essa sobre a chama.
Eu sei! Eu sei!
Esses fios e nó
Se entrelaçam em outros
De outros e outros
Que riem e choram...
E choram muito!
Quem não sabe...
Não quer saber!
É melhor assim, não é?
Deixa acontecer?
Do que vai passar
E o quem vai sentir
É melhor escolher.
Se vai chorar... Se vai rir...
Vai ser assim, e é melhor viver.
"Você foi como, areia da praia! E eu, como homem afoito. Que te pegou em uma grande quantidade, mais você era tanto... Que acabei deixando com que você voltasse para os outros milhares de grãos, todos espalhados pelo chão...PORQUE VOCÊ ERA TANTO! que acabei deixando você se esvair por entre os meus dedos das mãos"...
E isso, não é sobre areia da praia!
Mais sobre o meu amor... O grande amor
da minha vida, que não subi cuidar.
Caucule a importancia de um unico grão de areia, frente ao oceano... este é o valor da sua opnião na minha vida
Fincada na areia eu patinava o mar que serpenteava a areia que era fincada por mim e se abraçava entre meus dedos dos pés. Andava rumo ao norte e estendia a vista à direita enquanto um ou outro peixe pululava entre as quebras das ondas.
E cruzava eu a areia, o mar, o peixe e um ou outro pescador que lançava a rede ao mar, água até à virilha salgada, ou lançava sua vara, fincado à areia -"Boa noite" -"O que se pesca aqui?".
Olhava acima, pipas serpenteavam o céu que devorava o mar que serpenteava a areia. Não eram pipas, mas morcegos presos à linhas seguradas por crianças que corriam e riam esgoeladamente.
A lua cheia banhava a todos, impassível por ter visto tudo. Vez em quando, o farol amarelo de um avião iniciava sua procura no mar até que suas várias agulhas me encontrassem. Pescadora eu, as cravava em meus olhos e o arrastava mar afora até que pousasse em minha nuca.
Me despedia, sem querer ir, mas sem ter mais o que percorrer, fechando os olhos e erguendo queixo acima. Meia volta: -"Boa noite" -"O que se pesca aqui?".
4 de fevereiro, 2023. Praia em Vitória
Quero amanhecer ouvindo a voz do mar
e partir sem sonhos
- Pela areia molhada da esperança-
Recolher-me-ei às minhas espessas crenças
rumo a novas e sensíveis lonjuras
Vou ao encontro dos poetas de outrora,
trocar a vida pela poesia sem aflições;
Ouvir metáforas de mentes geniais,
nostalgias marcantes de outros jamais
Descansar os olhos turvos
em insônias tantas e indecifráveis.
Equilibrar-me no muro frágil
do abismo e do paraíso celestial
Poemas divinos me manterão ativo
sem ostentar nenhum glamour
Sensíveis versos líricos livres
Ternos, imortais, inesquecíveis;
- eternos -
sou como areia que escorrega das mãos, sou como água de torneira, como pingos de chuva fina, não pertenço a este mundo, mas este mundo me pertence, quando você pensa que me domina, eu saio à francesa e desapareço entre as fumaças da vida. Sou um fantasma nas vidas das pessoas, entro e não fico muito tempo, tenho medo das partidas, por isso, saio primeiro. Não tente conhecer uma pessoa pelo seu agir, ela pode interpretar um papel, tente decifrar pelos sorrisos espontâneos, pois não há nada mais inocente e verdadeiro que os sorrisos de alguém, as falas são pensadas, mas o riso é de graça.
"Estamos ASSENTADO na rocha ou na areia. Se for na rocha podemos enfrentar qualquer terremoto, enquanto na areia a maré e o vento podem nós carregar.. Por isso, seguir o conselho do apóstolo Paulo nos ajuda: --- Tudo eu posso, mas nem tudo me convém --- para atingir este objetivo; temos que combinar com o nosso subconsciente e nos valer: da honestidade, esforço, trabalho, reconhecer às virtudes dos outros e a nossa, respeitar o direito dos outros e o nosso, e no final da vida podemos dizer: fiz o melhor"
Escapar! Não permita que as oportunidades desta vida escapem pelos seus dedos como areia em dia ensolarado, resista, persista e nunca desista dos seus sonhos e objetivos.
Copacabana....
O por do sol acontecia
Eu ainda estava na praia sentado na areia olhando esse lindo espetáculo pensando no que você estava fazendo..
Você nunca saiu de minha mente
Anos se passaram mas meu coração ainda sente
A saudade é iminente..
E eu me pergunto....
Aonde estará meu amor?
Será que ela sente a dor?
O peso de te amar é muito grande...
Você não entende não é nada anormal
Neste momento minha atenção é despertada a metros de distância...
Uma bela e esguia morena me olhando bem discretamente...
Ela abre um sorriso que me paralisa...
sorriso estonteante....
Me levanto vou até ela..
Pergunto o seu nome
E ela diz:
"Sou Bela"
Não sei se vai dar certo
mas pelo menos não vou ficar sozinho...
Essa é Copacabana...
Princesinha do mar..
O homem em águas profundas
contemplando o farol distante
sem avistar a baleia
na areia agonizante.
Se isso é saber viver
não sei o que tenho vivido.
Novas auroras anunciam outros barcos,
Mas onde estará a inocência
meiga e desinteressada de outrora?
O que há além de vida e morte?
A ampulheta
A ampulheta do tempo
Com seus grãos de areia.
Cada segundo; minuto; hora; ano
Pode ser perdido ou ganhado a cada grão.
Rodam sem parar.
A cada último grão o tempo passa.
Tudo que vi agora é passado.
Não posso voltar atrás, se eu à pudesse parar ficaria presa; paralisada.
Não há nada que posso fazer.
O tempo tem que passar.
Os grãos tem que cair.
E quando chegar o último grão
Estarei esperando...
Para que tudo se reinicie.
Para que tudo comece de novo.
Para que o ciclo continue.
Porque assim é a vida.
O tempo tem que passar.
E temos que vivê-lo...
Até o dia do nosso último grão...
Cair...
Na imensidão desse mar ouço da areia as ondas a suas melodias cantar. Sinto a brisa fria , o vento soprar que o outono ao ir e o inverno a chegar.
“…Somos como grãos de areia ou poeira cósmica em meio a toda essa vastidão, não somos nada.
Mas ao mesmo tempo fazemos parte desse Todo e se faltasse apenas um de nós ele jamais estaria completo.
Então somos peças fundamentais nesse grande quebra-cabeça da existência, somos tudo.
E nesse paradoxo, seguimos nosso caminho com a incumbência de encontrar o ponto de equilíbrio da eterna dualidade entre sermos tudo e nada ao mesmo tempo."
- Flávia Filgueiras
Sentada na areia
Aguardando o meu
Pensamento voltar.
Distante ele vagueia
Sobrevoando em alto mar
Meu corpo livre
Entregue ao sol
Que me aquece e bronzeia.
A brisa leve, me arrepia
Enquanto me tateia.
Os meus cabelos soltos,
Como os pensamentos,
Se despenteiam...
Liberdade de pensar e sentir
Que me norteiam
E eu permito por amar essa sensação.
Distante
A gaivota pisoteia a areia
(Olhos flébeis)
Triste,
como os dias cinzentos,
na beira de um mar
que, distante,
ondeia sem rumo.
Há uma âncora enferrujando
os tempos
e o horizonte vai escurecendo.
O crepúsculo náutico
é tedioso.
A gaivota sumiu
-Mas há o barulho das ondas -
O mar parece adormecer.
Eu canto, solitário,
sem cantos de sereias,
enquanto meus olhos,
úmidos,
esperam o amanhã.
Moacir Luís Araldi
(Do livro Abstratos poéticos)
Oh, amor que escapou pelos dedos,
Como areia fina que se esvai,
Te busquei e não te encontrei,
Agora desejo sentir-te em mim,
Mesmo que seja tarde.
