Aprende que ser Flexivel
Em meu ser habitam borboletas; sou um esqueleto onde a carne se agarra teimosamente. O espelho, meu adversário inclemente, reflete os vestígios do que penso ser tristeza, expelidos em náusea. Transformo-me em um abismo de desejos, mergulhando no turbilhão de culpa, onde o que entra, borboletas querem expelir.
"Quero ser reconhecido pelo que eu tenho; e não orgulha-me naquilo que penso de min ou no que os outros pensam. É totalmente diferente: Aceitar elogios e não orgulha-se de si mesmo; mas está feliz em ser reconhecido pelo que você é."
"Não é suficiente ser bom é necessário colocar em evidência a inteligência: como disse Henry Ford -- Todos tem, mas poucos usam. O uso dela faz as pessoas diferentes, porém o uso para o mal pode levar o indivíduo para prisão ou ter que prestar contas na hora da contrição" Ademar de Borba
Às vezes, a gente não consegue perdoar alguém porque quem precisa ser perdoados somos nós mesmos, por dar mais valor do que o que a pessoa merecia, por amar incondicionalmente, por termos sido ingênuos, por acreditar cegamente e principalmente por ter ignorado os sinais de que estava dando mais do que recebia
A vida consiste num descobrimento de propósito e missão, partindo de um ser imperfeito e limitado para com um ser perfeito e ilimitado, sendo este acima do que a mente humana é capaz de compreender por completo.
A realidade é que o ser humano não sabe viver.
A vida é volátil e nós, sem calibrar a balança, privilegiamos os bens materiais, descurando as pessoas e os relacionamentos afetivos.
Nada nos resta, o dinheiro será gasto, os bens móveis acabam por se deteriorar e os imóveis vão andar de mão em mão, a única coisa que irá subsistir são as lembranças, os momentos partilhados e para sempre guardados na memória daqueles que conosco os vivenciaram.
A real sucessão é aquela que provém da saudade, a única capaz de nos manter entre os "vivos", especialmente após a nossa partida.
21/05/2024
O tempo, tudo ameniza, ou quase tudo!
As frustrações passam a ser pequenos percalços;
As vitórias passam a ser boas lembranças;
As quedas são momentos de superação;
As tristezas tornam-se menos dolorosas;
A única coisa que o tempo não fragiliza, é a saudade. Saudade de um amor real, de alguém que está sempre ao teu lado, nos bons e maus momentos, um filho!
04/07/2024
Eu sou gaúcha, mas nunca fui particularmente entusiasta de ser gaúcha. Na infância, vestia o traje de prenda, cantava músicas típicas e dançava na escola, como se fosse algo lúdico. Achava que, num mundo globalizado, pertencer a uma região era coisa do passado. Acreditava que éramos todos cidadãos globais e pós-modernos. Mas então vi minha terra arrasada, as ruas por onde caminho alagadas, o bar onde costumo ir com meus amigos debaixo d'água, o centro da cidade, onde há apenas duas semanas houve carnaval, inundado. Vi as cidades arrasadas, as pessoas com barro nas pernas e lágrimas nos olhos. Vi a água levar tudo, tudo, da minha gente. Foi aí que percebi o quanto pertenço ao Rio Grande do Sul. Pertenço à gente que amo, aos meus conterrâneos, e a dor de todos é minha também.
Li no jornal uma carta de uma senhora narrando a enchente de 1941. Enquanto ela descrevia a água subindo no centro de Porto Alegre, nos bairros Navegantes, São João, Menino Deus, nas ruas de Praia de Belas, com o Pão dos Pobres sendo evacuado, eu sentia um arrepio. Parecia que ela estava narrando minha própria experiência. Solidária, ela me deu voz e as suas palavras devolveram as minhas. Então, ela usou o termo "flagelados" para descrever aqueles que perderam tudo. Aquilo me assustou, achei forte. E me dei conta de que é uma das palavras que dá dimensão do que estamos passando. Um estado debaixo d'água, com milhões de flagelados. Não falo apenas daqueles que perderam suas casas ou entes queridos, falo de todos nós que estamos em estado de choque diante dessa tragédia. Dos meus amigos que saíram às pressas de casa, dos que perderam tudo, dos animais nos telhados, do vizinho idoso que vai comigo buscar água no espelho da Redenção, com nossos carrinhos de feira. E uma semana parece um século.
Há um mês atrás, quando a vida era feliz, estava no Rio de Janeiro e vi a exposição que Ailton Krenak realizou a curadoria, no CCBB. Lá tinha uma imagem de dois meninos e um homem num barquinho. Só se via a copa das árvores e muita água. Estavam sobre a aldeia onde moravam. Fiquei comovida, imaginando como seria passar por isso. Achei que entendia, que minha empatia alcançava. Eu estava errada. Eu não sabia de nada. A tragédia não se empresta. E o que posso fazer, como Krenak fez, é contar. O que quero dizer é que vamos viver, vamos reconstruir.
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