Ando
Ando infeliz.
Não que seja culpa de alguém.
São os pesos das escolhas.
Os pesos das ações.
Não de alguém — mas minhas.
Cada dia que passa, o peso chega e dói ainda mais nos meus ombros, já machucados nesses anos.
É como ser um fardo pra mim mesma.
É como ser um fardo que ninguém quer carregar.
Só existo eu por mim.
Me sinto presa a uma vida da qual nem lembro quando assinei esse contrato.
Deveria ter pensado mais...
Teria poupado tanta dor e sofrimento.
Não teria lágrimas nos olhos,
Nem sorrisos forçados,
Tentando mentir pra mim mesma que consigo dar mais um passo,
Se eu parar para respirar a cada movimento que dou.
Me vejo no espelho da vida
E, sinceramente, tenho vergonha de mim.
Minha família não me ama como eu precisava.
Meu marido é ignorante.
Só pensa em si e me deixa aos trapos.
O único amor que conheci de verdade é o da minha filha.
Sinto que nasci pra servir meus inimigos — e conviver com eles.
Jesus… até quando?
Até quando tenho que chorar calada?
Até quando vão me invalidar?
Estou a um ponto de acabar com minha vida com minhas próprias mãos…
Nem que seja em palavras, como estou fazendo agora:
Sozinha, na minha própria casa.
Só eu, uma xícara de café amargo
E gritos contidos, enquanto engulo amarguradamente cada gole.
Amor
Eu ando por aí à procurar
Alguém que me tire o ár
Que não me faça lembrar
Que não importa mais o que eu faça
Não dá pra fugir
Sempre penso em ti
É que eu sou de baixa categoria. Confundo quem me confunde, amo meus antigos amores, ando com quem me odeia; simplesmente baixa categoria. Me deixo levar pelos caminhos sem saber o que me espera em cada curva deles; me arrisco - às vezes até demais - talvez não seja uma ideia tão boa me deixar levar pelo toque do meu coração... baixa categoria, né?
Pessoas me dizem o quão boa sou, mas falariam a mesma coisa quando conhecessem minhas cicatrizes, minhas dores, meus pensamentos, o meu lado errado? Talvez não. Pessoas só falam o meu lado bom como se eu fosse o produto mais caro das lojas, mas qual o motivo de não falarem de uma vez o meu lado errado? Eu não sou perfeita! Eu sou algo de baixa categoria.
Meus olhos castanhos são como qualquer um pelo mundo, meu corpo é só mais um entre bilhões de pessoas, minha voz não é nada, meus olhos são falhos, meu sorriso comum dentre vários, mas minha alma... minha alma é algo que é incomum entre diversas pelo mundo, talvez seja isso que me caracteriza ou o que faz as pessoas gostarem de mim, mas já que ela é minha, ela é tão confusa, tão cheia de enigma, existe alguém que vá me entender? Existe alguém que vai mesmo ligar para um produto de tão baixa categoria? Dúvidas atrás de mais dúvidas.
Eu sou só mais uma dentre diversas outras cacheadas pelo mundo, mas as ondas do mar do meu cabelo de baixa categoria vai marcar suas história de boa forma ou não?
Só mais uma poesia confusa.
Tem horas que me encontro
E me acho decidido
Mas tem horas que percebo
Que ando meio perdido.
Gélson Pessoa
Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN
14/07/2025
Meu Amigo
Para amigos não existe tempo
É estrada sem direção
Eu ando do seu lado
Você só lado do meu coração
A distância e o tempo podem passar
De você viu sempre lembrar
Um churrasco na tua casa
Longas conversas, boas risadas
Diz que és meu amigo
Mas é caso sem solução
E se foi Deus quem me deu
Vou te levar como irmão
Eu ando com o coração... e Deus firma meus passos.
Fé é isso: confiar antes de entender.
Janice F. Rocha
" qu@ando olhei para seu miocárdio, encontrei- o partido e frio.
Então, isso me fez ficar triste e chorar.
Se me perguntarem como estou, responder-lhes-ei: ando como uma foto pendurada na parade, tão subitamente sozinho como remoto.
Saudades de mim
Ando com muitas saudades de mim.
Dos banhos de chuva na infância;
Dos tempos de colégio;
Das amigas de calçada;
Do namoro no portão;
Da casinha de portas verdes com muro baixo de pedrinhas;
Do pé de jambo na frente da casa!
Da grande imagem de São José à porta como a saudar todos que lá adentravam;
Das borboletas coloridas que voavam alegres sob o jardim florido da minha mãe;
Do bolo de carimã da Nega;
Das festas de junho e das adivinhações;
Do bairro que me viu crescer e casar...
E da menina que virou mulher, e hoje só quer sentir saudades...!
Haredita Angel
29.04.17
TEMPO EM PÓ
Demétrio Sena - Magé
Ando muito sem onde; sem caber;
há um poço insondável no meu peito;
um doer que nem sinto, por ser tanto,
que definho de muito não sentir...
É um vago voar sobre o vazio,
uma forte fraqueza que me gasta,
sinto frio no meio do calor,
numa vasta e sombria e compressão...
Toco a massa da própria inexistência;
minha essência não é essencial
nesta sombra que nada justifica...
Olho em volta, sem algo para ver,
pois viver é coar o tempo em pó,
pra tomar um café com solidão...
... ... ...
Respeite autorias. É lei
ando sem forças
sem saber qual direção seguir
em meio ao caos
a tempestade balançando o barco
o medo vem
coração abalado,
tudo dissipa
a paz retorna
quando Jesus chega
acalmando meu viver.
Ando sentindo a sua falta.
Caminho pelas ruas, visito alguns bares e no final da noite encontro os lábios de um outro alguém.
Ando sentindo a sua falta em cada beijo que não é o seu.
por velhas avenidas
ando a recolherfragmentos de mim
cada passo é uma viagem
ao encontro do que fui
e do que sou
Ainda ando pensando em você
Notável que eu não consegui te esquecer
Nítido, que você alivia meu sofrer
Até cheguei a sentir saudade
Ando também aprendendo o silêncio. Hoje entendo que quando uma tempestade parece querer se aproximar, preciso manifestar a calma, para com doçura olhar bem dentro do olho do furacão. Aprendi que, assim, posso escolher se será uma luta que vale a pena travar. Se será uma tempestade, que na rua, enfrentarei seu despertar. Mas quando se descobre certos silêncios, às vezes é necessária essa busca por um teto. Essa busca por se acolher e se proteger do mundo caindo sobre sua cabeça. Não, não vale a pena enfrentar certas tempestades e sair delas toda ensopada. Não, não vale a pena logo após pegar um resfriado. Quando se escolhe o que de fato vale a pena ser travado, se torna menos pesado viver vestindo a própria pele. Mesmo que nesse silêncio seja preciso ocasionalmente, engolir o próprio vômito.
Cair para frente
Eu ando, mas não sei para onde,
meus passos são ecos em ruas vazias.
O que antes fazia sentido, se perde,
o que antes era luz, agora é névoa.
Busco algo que nunca encontro,
um norte que me escapa das mãos.
Se existe um caminho, não o vejo,
só sinto o peso de continuar.
E quando tropeço, não há quem segure,
o chão me espera de braços abertos.
Mas mesmo assim, caio pra frente—
como se o destino zombasse de mim,
me empurrando sem me deixar parar.
Reciprocidade
Reciprocidade... Algo que eu nunca vou poder experimentar. Ando me doando tanto por um "nós" que nunca existiu... Quer dizer, pelo menos para você, não. Cresci carregando fardos alheios, me culpando por coisas que não eram minha culpa, pedindo desculpas por coisas que eu não deveria pedir e, por fim, sendo deixada. Até que você chegou na minha vida, com tantas falsas promessas, dizendo que nunca iria me deixar, fazendo com que eu me sentisse suficiente, especial e genuinamente amada.
Eu sou tão burra! Como pude pensar que eu seria, pela primeira vez, suficiente pra alguém? Isso nunca vai acontecer, mesmo que eu dê o meu máximo. Afinal, olha pra mim. Eu não sou o tipo de pessoa que as pessoas querem ter por perto, mesmo que eu me esforçasse ao máximo (como eu fazia por você). Agora que você já tem tudo o que queria e que está confortável... vai me deixar mais uma vez. Me sinto enganada, burra, inútil... Uma vez pensei que as coisas negativas que eram ditas sobre mim não eram verdade... Mas acho que são e sempre foram, e eu não queria aceitar.
Assim que você chegou na minha vida, eu soube que seria a melhor coisa ou a minha maior dor. E adivinha?
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