Ando
Eu ando por este mundo
Apenas tentando ser legal
Dizem que vou me machucar
Se eu não for fria como gelo
Ando solitário
Pois a companhia que tive
Hoje não tenho mais
É um lá e outro aqui
E o que me falam , não querem o revide.
E as palavras tem peso
Que quando uma vez dita
Não há mais de ser eu mesmo
Talvez por isso seja eu o solitário
Cujo as amarras da vida ensinou
Do bobinho que eu era
Ao homem que sou
Ando sem rumo.
Nada faz sentido, me sinto vazia.
Tô um mix de emoções, mas não quero chorar.
Me sinto fraca.
Nem a bebida tá ajundando, só faz me sentir mais pessima comigo mesma.
Vou enlouquecer.
A morte parece agradavel, confortavel e amiga.
Minha mente não para.
Pensamentos de todo tipo me atigem.
PAREM, POR FAVOR!
PAREM, POR FAVOR!
PAREM, POR FAVOR...
Me deixem em paz...
Quero minha paz de volta...
Sinto que só um peso pra todo mundo.
Minha ansiedade tá no limete.
Não sei mais o que fazer.
Fingir tá ficando cada vez mais difícil.
Eu não tô bem.
Isso é nítido.
Pelas ruas
Pelas ruas da cidade
Ando a pensar
Observo a sociedade
Os vários modos de andar
Na calçada a criança
Que está a brincar
Sinto a esperança
Na inocência do olhar
Lembro da pequena idade
Em que era inocente
E sinto uma saudade
Que me deixa bem contente
Tenho fé na criança
Que mora dentro da gente
Tem amor e perseverança
No coração e na mente
A vida fico a observar
Sua beleza fico a admirar
Maldade também posso ver
Mas a bondade há de vencer
Na praça um casal
Que está a namorar
Como é belo o amor
Toda forma de amar
As pessoas caminhando
Os velhinhos conversando
Os cachorros e seus donos
Juntos felizes passeando
As árvores e suas sombras
E os pássaros cantando
Em um lindo céu azul
As nuvens se desenhando
A imensa luz do sol
Faz do mundo um girassol
Criação humana e Divina
Se misturam em cada esquina
A vida fico a observar
Sua beleza fico a admirar
Maldade também posso ver
Mas a bondade há de vencer
Alan Alves Borges
Livro No Olhar Mergulhei
Ter nascido no Vale do Mucuri nas Minas Gerais é sinônimo de sabedoria e honradez; por isso, ando de cabeça erguida para ensinar a todos os valores dessa gente íntegra, de coração bondoso e comprovada honestidade.
Está fazendo silêncio dentro de mim.
Eu ando calada, falando menos, contando as palavras, usando apenas as necessárias, economizando a voz e sinto que faz silêncio dentro de mim.
Poderiam dizer que é paz ou vazio, não penso que seja. É um momento sem respostas.
Tanto mudou em tão pouco tempo que nenhuma das afirmações de outrora servem pra agora.
Direi o que então? Que não sei como será o amanhã!? Que as certezas construídas, quando desconstruídas levam muito mais do que as respostas? Elas levam um pouco da gente que precisa se recompor.
O meu silêncio é semente. É o momento em que não dá pra ver que há uma vida nova surgindo, olhando de fora não dá pra imaginar que algo novo já vive ali, mas está lá.
Olho ao redor e vejo pouco do que via, olho no espelho e me questiono se dá pra ver em mim esse silêncio todo.
O meu silêncio é descanso, de tantas falas que viraram apenas vento. É descanso do quanto eu sempre pensei que deveria saber responder tudo.
As vezes as perguntas são muitas, em outros dias parece que as respostas existem aos montes, mas de fato há esse interregno em que perguntar não adianta, responder não faz sentido.
Não que eu não quisesse algumas respostas, não que eu tenha algumas perguntas, mas é que realmente não é possível entender se eu deveria as querer.
Então me deparo com uma nova realidade, que não acredito que dure muito, mas por enquanto, o que eu tenho é silêncio enfim.
Meu Eu se Perdeu
Meu Eu se perdeu por aí
A procura do seu Eu!
Ando sem rumo certo, por montanhas, desertos
Tanto faz. Sem você não importa onde estou
Todos os dias são iguais.
Sou capaz de ficar de frente comigo e não me reconhecer
Estou um andarilho apagado sem brilho
A procura de você
Onde estou Eu, se souber me fale pelo
Pelo amor de Deus!
Onde estou Eu
Nos pensamentos na memoria se perdeu.
Sigo chorando, não sei se estou
Indo ou voltando, mas lembro
e sei que te amo!
Se encontrar comigo não vai me reconhecer
Eu não me reconheço sem você.
Se meu Eu não te encontrar
Não vou sobreviver
Traga seu Eu para perto do meu
Ou vamos enlouquecer.
Me chamam de insano
sem você, E u não estou em
Nem um plano!
Eu te amo, te chamo
É meu Eu louco a procura do Seu
por todos esses anos
Procurei tanto que me perdi
Agora nem um de nós está aqui!
Eu ando meio triste, não queria que assim fosse, eu não demonstro amor, então, por favor, me demonstre...
Sou do Vale do Mucuri. Ando cercado de sabedoria e trago a tiracolo a honradez de um povo de bom coração
Quem sou eu?
" me diga com quem tu andas que direi quem tu és"?
Ando com pessoas adúlteros, enganadores, com ladrões,com mentirosos, fofoqueiros,com bajuladores, com preguiçosos...
Ou
Ando com pessoas fiéis, com honestos, com caridosos, com verdadeiros, com trabalhadores, com os honrados...
Agora sabe quem és tu?
Ando sem disponibilidade para errar
E com foco em fazer das minhas escolhas, sucesso!
Sigo com a alma grata e em paz
"Ando em um mundo, onde pessoas tem icebergs em cima de suas cabeças, a comunicação se esvaziou, a empatia acabou, a lei do osso retornou"
O meu labor é sofrer, caminhando vou por aí.
Na triste estrada tortuosa nela ando com pavor.
De tanto em tanto penso às vezes em desistir.
Pois, enxugo meu pranto lembrando do amor.
Do sofrimento mais sofrido é disso que vivo.
Buscando em vão beijos o amor desfalecido.
Quem sabe o temor tomou conta do eu cativo.
Que se movimenta com um coração dolorido.
Pensando e andando pela sinuosidade da vida.
Vou perdendo as contas dessa vida sofrida.
Que há tempos vem sendo o meu eterno labor.
Viveria uma linda história de contos de fadas.
Porém, não a minha, pois ela é desconcertada.
Seguindo ando lastimando o meu pobre labor.
Quando o desespero bate em minha porta, ando por estradas incertas e me deparo com encruzilhadas duvidosas, meu único alento é comer e dormir, comendo me sinto vivo, e dormindo não tenho consciência de que vivo.