Amizades Antigas
Eu gosto de corações sujos e mentes inquietas.
As almas antigas que conheceram vidas difíceis.
São essas, que lançam o brilho mais maravilhoso sobre as vidas alheias.
Desconfio dos que se dizem serenos.
No canal do patriotismo, na casa do vigor, sem antigas chamadas, cobertas por notícias, sem as malícias dos julgamentos políticados, em transparências de oposições, somos pelos clínicos benzedores e curandeiros elétimos, tudo é sentimento em era vinhetal.
Ajuste os fonemas das antigas analógicas, antes de subir prá digital, e, voe sempre em alta, até dançar, pairar, por alegrias aqui, no canal da gratidão, em o estar com sábia noção espacial.
A lenda viva de um guerreiro e poeta vilafranquense que nasceu numa das cidades mais antigas da Europa que ele simplesmente se dedicou à arte militar, psicologia, filosofia e á poesia. Topo da pilha do monte gordo, em que tínhamos as nossas aventuras e desejos ardentes e apaixonantes. Esses azuis da cidadezinhadesde 1212 fazíamos fogueiras e cantávamos nas grutas. Rei da colina, poeta e conquistador do miradouro e das lezirias. Esses azuis da cidadezinha estão derretendopelos céus do amor.
Hoje olhei as fotos antigas.
Resolvi relembrar você.
Senti aquele frio na barriga novamente.
Percebi mais uma vez que fiz a coisa certa.
Mas mesmo assim senti sua falta, vi o quanto te amei e o quando você ainda machuca.
Mas respirei fundo, me segurei e comecei a escrever.
Fui colocar no papel minha agonia.
Agonia em silêncio, sem escândalos, sem revolta, sem palavras.
Resolvi colocar em um texto todos os males que você me fez.
Relembrar em letras as noites em que não dormi, as lágrimas que chorei e o quanto supliquei.
Lendo tudo que escrevi, vi o quanto você foi cruel.
Vi que de tudo que prometeu nada cumpriu.
Que todos os juramentos eram em falso.
Que todas as verdades eram mentiras.
O castelo desmoronado que estou reconstruindo não será em vão.
A fortaleza inabalável que se ruiu está sendo preparada novamente.
Vou continuar descobrindo novos horizontes.
Olhar para trás novamente jamais.
Sei que no fim de tudo vou escutar a canção da vitória.
As fotos antigas vou queimar, as lembranças não mais lembrar.
Desta armadilha vou me libertar, e mesmo no fim de tudo, este aperto que sinto por dentro mais uma vez vai deixar de me apertar.
Segurar em mãos firmes, descobrir um novo começo.
Deixar acontecer, e em outros braços me abraçar.
Tá todo mundo se renovando, as dores antigas indo embora, ganhando reciprocamente amor . E eu? Onde está a tampa pra minha panela? O chinelo dos meus pés cansados? A metade da minha laranja? Cade? Isso é tudo que eu procuro no momento. Quero sim.
Soneto Sem Titulo
As noites em claro parecem não ter fim
Nem mesmo antigas poesias encurtam o tempo de sofrimento
Os minutos se vão vagarosamente
Aumentando ainda mais a sensação de vazio
As noites infinitas devoram a alma
Morre-se aos poucos, lentamente noite após noite
A frieza da solidão não tem compaixão
Dilacera o coração.
O coração que pulsa cada vez mais triste
Que bate valente
Que sofre com a dor, sem amor
Amor que nunca conheceu
Que nunca sentiu
E nem sabe se existe.
A humanidade vive de culturas primitivas, tão antigas que a humanidade não sabia nem escrever, mal mal conseguia se comunicar, não tinha o domínio da agricultura. E vivia exclusivamente da caça, e não sabia se quer fazer ou controlar o fogo.
Alguém acha que em pleno século XXl ainda há espaço para a humanidade continuar seguindo essa cultura como sendo a verdade absoluta.
Ao nos depararmos com as histórias antigas, registradas em fotografias, marginalizadas pela distância que cada uma delas nos trazia, era possível viver novamente aquele ontem tão distinto, tão deixado de lado pelas bordas desse novo infinito. E há quem diga que o amor não cheira a naftalina...
Ando ouvindo músicas antigas, remoendo o passado, sentada sozinha pelos cantos, desacompanhada de diversão, me arrastando por caminhos estranhos, tendo pensamentos tristonhos, desregulada, desesperada, apaixonada, discriminada, não correspondida, sonhando sonhos a dois, vivendo minha vida depois. Passeando em vales desencantados, sondando caminhos inalterados.
Homem não é aquele que deixa de ser criança e sim aquele que troca brincadeiras antigas por novos amores.
Sabe aquelas fotos não tão antigas ? Isso, aquelas que as legendas eram pra eternidade ?! Então, essas que se olhava e o os olhos brilhavam. É, são as mesmas que agora você olha e a lágrima que brilha nos seus olhos.
As vezes você olha pra elas e milhões de coisas se passam na sua cabeça, tipo : eu poderia ter feito melhor, eu poderia ter sido mais compreensivo, eu poderia ter aproveitado mais esse momento. Mas também se pensa : eramos tão fiéis e continuamos sendo mesmo na distância, construímos juntos uma linda amizade e estamos terminando ela juntos novamente.
Até que vai chegar o dia em que você vai se acostumar com aquele sentimento, e no futuro só vai ter lembranças boas, e as lágrimas que tomavam conta dos olhos vão sumir, e daí você vai poder dizer : Eu tive amigos que me fizeram felizes e me amaram o tempo que nos foi permitido.
O que faz as pessoas acordarem e abrirem seus olhos são as histórias antigas de amor, aquelas canções que deixam desejos de contos de fadas nos lábios, a busca incessante por alguém que os completem não para , as feridas saram , um dia saram . Ainda não parei de olhar o céu... Costumo usar como manto o vento da noite, o orvalho ainda bate e surra meu corpo enquanto vago sob o luar da madrugada. Quantos amantes cortejam suas damas? Quantos romances são desfeitos de uma hora pra outra? Li por ai que o que você tem que fazer tem que se feito e ninguém vai fazer por você, mesmo que ninguém perceba ou dê valor, tem que ser feito... É seu papel. Quantas vezes você chorou sozinho? E quantas incompreensões foram postas a você? Quantas vezes disse que amor não existia e que ele é só fase? Mas no dia seguinte, essas antigas histórias ainda o fazia respirar? Senti vendo o filme “Cartas para Julieta” Algo que aos poucos me foi tomado, acreditar no amor, isso mesmo, nunca existiu ou existirá certo e errado, apenas o tempo que era pra ser, mas aprender a nos conformar que eles tem que ficar só um pouco e ir, partir, é estranho. Toma então o que tem de ser tomado, rouba para ti, apaga o ruim, deixa o bom, é complicado ser grande quando existe um fundo infundado em si, mas como disse acima: Tem que ser feito. Julieta e Romeu os cortejo, cortejo tal história, essa de paixão, essa de desejo, abraço-os por inteiro, poderei eu então fechar meus olhos segura de que um braço não me soltará? Terei a valentia de me jogar novamente? Insegura? Aos poucos respirar se torna fácil, assim como a muitos por aí, desejo-lhes não parar tão cedo de acreditar, e se o fizer, peça-me uma rosa, não te darei ela porque já tem dona, mas quem sabe plantarei outra flor a próprios punhos, girassóis? Lírios? Não sei, talvez invente uma espécie nova, mas tirarei de você um lindo sorriso de canto de boca.
Esse clima de verão me faz lembrar das minhas antigas férias. Tardes jogadas no tempo ao som de desenhos animados e filmes de ação, comida de todos os lados, uma preguiça sem fim. Minha expectativa para comprar o material escolar era imensa, lembro-me detalhadamente do cheiro da papelaria. Ainda fico ansiosa com detalhes, sinto o friozinho na barriga de pensar na véspera de volta às aulas. Último ano. Sei que vai deixar rastros. Último ano. Sinto em meu sangue mais uma nova responsabilidade. Último ano. Queria voltar a ser um feto indefeso e semi-formado, no ventre da minha mãe.
Quando olho fotos antigas, sinto falta do passado, mais não abro mão do presente, afinal quem vive de passado é museu.
