Alma do Guerreiro
Existem momentos que a alma grita por silêncio. Pela busca da contemplação mística interior. Olhar com olhar de calma o íntimo e descobrir como o amor repercute no peito.
Algumas paixões nunca se vão.
Ficam guardadas no recôndito da nossa alma.
E por vezes trazemos de volta as doces lembranças do que foi eternizado em nosso coração.
Minha alma aflita entre razão e emoção
Meu desejo de ser tua e de mais ninguém
Passos descompassados insistem em te encontrar
Olhos ansiosos almejam te olhar
Quero te abrigar todo em meu ser
Contar meus segredos
Expor meus defeitos
Sonhar um sonho a dois
Aqui agora e além
Sem me importar com o que virá depois
Eu, você e mais ninguém.
Oceano
Não tenhas pressa.
Pra ti guardei minha total descoberta.
Um amor sereno
e alma liberta.
Navegaras em águas mansas.
Serei sereia,
levarei-te nas profundezas
do meu doce encanto.
E deitarás sereno,
no meu pacífico oceano.
Desértica alma
Tempestade de ilusão
me encobre a visão
Sede de oásis
onde deixei meu coração
Busca frenética
por abrigo
entorpecendo a razão
Memórias tolas espalhadas
que me foge pelos vãos
Pensamentos e delírios
repousando a solidão.
Lava/da/ alma
Não tenho a passividade dos que tem fé
Nem a conformidade dos que creem
Não tenho a aceitação dos que esperam
O prêmio de consolação
Por vezes até tento ter
Mas fala alto meus instintos
Explosivos e repentinos
Que me fazem blasfemar (ou cobrar)
O que a vida fez de mim
Ou o que eu fiz da vida
São paralelas tão minhas
Tenho que encarar
No despertar de todo dia
As cobranças em brasas ditas
Queimando o leito facial
Feito lavas salgadas da alma
Que tantas dívidas a serem pagas
Por estranhas criaturas
Colocadas num mesmo espaço
Confinadas num abraço
O amor é latente
As brigas presentes
A morte indigente
Os corpos...pressentem
(Nane-11/12/2014)
