Ah Saudade
Ah... Se os seus olhos pudessem visualizar o amor, não mais esqueceriam; mas o amor é imperceptível!
Ah... Se a sua boca pudesse exigir a reciprocidade do amor, não mais pronunciaria a dor;
Ah... Se as suas mãos pudessem tocar o amor, não mais o soltaria... Só que o amor é intangível;
Ah, Sei lá! Como eu posso começar?
Eu não gosto de ter que me explicar
porque eu não vou saber o que falar
e é muito ruim não saber como se expressar.
E mesmo se eu tentasse,
o que eles dizem?
O que eles dizem quando eu choro de barriga cheia, e
Quando eu grito e faço meu drama?
Ah! mas se eles ao menos soubessem
que mesmo se eu quisesse…
Se eles compreendessem
e se alguém viesse,
Eu não estaria me sentindo assim, de certa forma.
Educadamente, aproximou-se e reabotoou um dos meus botões.
Ah, se ela soubesse que eu queria mesmo é que ela os desabotoasse!
Girassol! Ah! Girassóis!!!
Como são lindos e fascinantes.
Grandes e belos!
Uma explosão de amarelo,
Que brilha, ilumina e traz energia!
Girassois, ah! Girassóis!!!
Que aprendemos ser como tu és,
que em meio a escuridão,
Guardam seu brilho,
Para quando o sol chegar
se virar e iluminar.
Brilhar, brilhar, brilhar!
Em todo seu amuderecimento,
Buscando luz, buscando sol,
Ah girassol!!!
Obra linda do Criador
que te fez com Amor.
Tormenta
Ah... então isso não
poderia ser chamado de tormenta?
Toda essa angústia, essa perdição
que me fragmenta...
Essa dor... essas lágrimas...
Que juntas, em um dia de chuva como esse, ficam quase
tão refrescantes quanto hortelã e menta.
Aninha, você é de direita ou de esquerda? Ah! Meu caro; acredito que o mundo é bem mais que duas opções!
ROTA
Há tanto desejo, há tanta poesia lá fora
E de que serve, ah paixão, tanta riqueza
Se aqui ao meu lado não te possuo agora
E na solidão: distância, aflição e rudeza
Na lembrança a dura saudade do carinho
De grudar-me nos teus beijos molhados
Atar-me ao teu cheiro suave e mansinho
E juntos, em um só suspiro, enamorados
Os dias vão, e vai cada segundo embora
No alvoroço palpitam as emoções vazias
Tudo se arrasta, e a aurora tanto demora
Mas, de que presta essa sensação remota
A incitar o doce afeto com cruéis utopias
Quando o nosso amor está em outra rota
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27/09/2021, 19’27’ – Araguari, MG
INCERTEZA
Não sei onde um dia li,
Ou será que escrevi, ah, sei lá,
Ora mudanças,
Ora o tempo,
Grandes lembranças,
Se não afloradas,
Se vão com o vento,
Então, sejas fiel,
As tuas certezas,
Para que não se afogue,
Em suas tristezas.
Ah. A ansiedade.
Causa um medo análogo ao medo.
Com crueldade
Consome-nos tarde ou cedo.
Seus monstros são reais .
Outros imaginários.
Mas ambos tiram a paz
E mudam itinerários.
O corpo vai reagindo...
Das mais diversas maneiras:
Sono fugindo,
Dores, palpitações, canseiras...
E de tanto apedrejar o coração
Traz consigo a depressão..
Robson Alves.
Ah! Como é suficiente a certeza do coração
Não para proliferar a arrogância
Mas para distribuir o que realmente for bom
E se alguém cair, seja solidário
Estenda as suas mãos, demonstre ser um homem apaixonado
E eu não falo em relacionamento, mas falo do que realmente é feito todos os meus sentimentos
Porque cair todo mundo um dia cai
Não para para se sentir menor, mas para aprender sempre algo mais
Então, saiba reconhecer o valor do seu coração
Porque se você prestar atenção... Vai ver que a sua natureza é ser um homem bom!
Ah, meu Livro de Referências é vasto e o acesso para não repetir erros, assim como acesso o meu Depósito de Metas para manter o rumo. Um é o passado, o outro o futuro e o presente (lindo nome) é onde me interesso em pensar e Viver.
Ah se eu tivesse o poder do teletransporte, te levaria para qualquer lugar longe de toda ou qualquer tristeza que estivesse estacionada em seu coração, nesse ou em qualquer outro momento, talvez te levaria para jogar pedras no mar, se ainda assim estivesse triste, te levaria para algum lugar nas montanhas, desses que aparecem em cenas de filmes de romance para ver de perto as estrelas, e se ainda não fosse suficiente, simplesmente te abraçaria forte e lhe diria "Vai passar e sempre que precisar eu voltarei"...
Ah se eu pudesse!
Ah, se eu pudesse entender
Esse teu olhar
Quando encontra o meu
Fala
Doce é sonhar, é pensar que você,
Gosta de mim, como eu de você...
Mas a ilusão,
Quando se desfaz,
Dói no coração de quem sonhou,
Sonhou demais... de umas coisas que eu não posso acreditar... que dizem os seus olhos.
Ah se eu soubesse o que verdadeiramente sei!
Tais conhecimentos não me deixam saber.
Ah se eu soubesse que o que tenho por aqui são só vozes, que me levam para onde todos vão...
Se eu soubesse que tudo é nada, quando não tenho o todo, na verdade, tudo é andar contra a maré.
Ah se eu soubesse que o que tenho são gordices de conhecimentos, e só, eu continuaria sonhando, sonhando, imaginação sem fim, para uma realização a eternidade.
Longe do tempo me conheço, consigo ouvir, me sentir, respirar sem dores de preocupação…
E aqui me pergunto, por que parei de sonhar?
Se o motivo de sonhar não está no tanto de conhecimento que eu tenho, e sim no que eu sou!
Mas, quem eu sou? O que me motiva? O que me faz feliz?
Ah se eu soubesse que as vozes que soam por aqui, não me levam para nem um lugar, e se descido ouvi las, me sinto como alguém que se igualaria a areia do mar, como quem não tem um lugar para descansar, puxado pelas correntezas mudando de lugar sem parar!
Ah quem vive assim, se isso é saber, não me encontro neste lugar!
Pois o que é que te faz mentir pra ti?
O que começa não termina, a quem escolhe se machuca, de um relacionamento nada dura!
O que é que é movido pelo vento e nunca volta ao seu estado natural?
Ah se eu soubesse, teria o discernimento do amor e as percepções fariam sentido, veria com razão o sentido de união, perdão, humildade e sensatez!
Entenderia os desafios da vida, os sentimentos bons doces e amargos, onde as coisas não se resumem em um beijo no rosto e um abraço.
Desafios da vida em busca de sentidos se resumem em lutas e cansaço.
O doce do beijo e o amargo do tempo que se foi, de inocência!
Não me sentiria num estado onde sou empurrado pelo tempo!
Construiria minha vida sobre a rocha onde nem o vento em fúria, nem o tempo, nem vozes, nem a depressão do passado, nem os anseios do futuro, me tirariam do meu lugar!
Trocaria meus pensamentos, minhas palavras, viveria na completude do desejo e realização, ouviria a voz de quem sempre esteve perto, um som como uma fonte de águas vivas a jorrar em seus rios, sentiria a presença de estar em plenitude!
Desfrutar desta sublime glória, não por aquilo que eu conheço, e acredito, mas sim pela real abundância que sempre esteve aqui, sempre, o tempo todo!
Um tempo sem hora, um tempo sem passado e futuro, mas sim o tempo do agora.
A bondade, o perdão, o amor me seguirão pelos séculos sem fim!
É, abalaria o meu ego, veria que nada faria pela força dos meus braços,
esqueceria de tudo que sei, para poder entender o verdadeiro sentido de viver e saber.
Conhecimentos não me deixam saber e sonhar, me tira a razão e a luz de quem “eu sou”, essência como uma folha caída no chão vinda de uma árvore sem raiz forte, aos poucos se seca e evapora!
Não desista de sonhar!
ah ela mexeu comigo,
Quando chegou de mansinho,
Chegou e me deixou suave,
Quando ela se foi deixou saudade.
O nosso Poema
Amor!
Esse é aquele poema.
Lembra?
Ah!
Se bem falando,
É o poema que te prometi desde a primeira vez que te toquei..
Você,
Com jeito de menina mimada e rendida.
Teus olhos fixaram nos meus...
E me lembro como se fosse agora..
Lhe prometi que iria fazer um poema sobre nós...
Olha ele aqui...
Vontades opostas,
Tudo começou com um olhar e um bom dia.
Orgulhosa, faceira e se fazendo de difícil, descobri o número do seu telefone...
Para não chamar sua atenção,
Resolvi te ligar quinze dias depois...
Naquele momento,
Eu para um lado, fui..
E você para o outro, se foi..
Se foi e nem de ti me despedi.
E não nos vimos mais.
Desgostos,
Desgostos por esperar tanto tempo para o oportuno momento para eu decidir fazer a primeira ligação...
Até quê...!
Você atende e curiosa disse;
-- Alô!
Oi, Sou eu..
---- Eu quem ?
Eu!
---E esse eu tem nome?
Tem!
Me chamo curioso,
Um curioso incomum...
-- Olá Sr curioso, quanta honra em conhecer um homem com esse nome incomum.
Naquele momento, eu não podia rir..
E tive que me manter com esse nome durante três meses....
Mas, falávamos todos os dias por telefone...
Até que chegou o dia de me apresentar para você em pessoa..
Quando descobriu que era eu, você bate seus quatro dedos das mãos em sua boca e disse;
---- Não acredito que é você, nossa, estou surpresa..
----Durante esse tempo todo, jamais imaginei que era você..
----Porque agiu assim?
Agi,
Agi sim desse modo para provar-te que não sou o que muitos dizem..
Dizem que sou tudo, menos um homem de boa índole...
Esse suspense todo foi por minha conta,
Achei que tudo iria dar certo,
Ouvia falar tanto de você também..
Mas como não sou de dar ouvidos para comentários,
Fiz, faço e faria tudo de novo...
E você, se jogou em meus braços me chamando der seu amor...
E repetiu inúmeras vezes, meu amor, meu amor,
Meu terno e eterno amor...
Depois disso,
Marcamos outro encontro,
No primeiro toque,
Rolou o esperado com tudo que tinhamos direito...
Satisfeita,
Te prometi um poema...
Promessa cumprida.
Estamos agora contando estrelas.
Está aqui...
Esse,
É o nosso poema...
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Ah, Line to Stretch
Sem dar nome aos bois e quiçá às vacas, em um momento em que minha ex perguntou: "você nunca me traiu, mesmo?". "- Não, nunca! Não porquê você não merecesse, quem não merecia era eu, ser igual a você".
Ah ,como amo meu silêncio
é canto de romaria em berço esplêndido
é recanto de poeira em orvalhos e ventos
é bailado de cisne em meus pensamentos
é ninho de paz de mãos dadas comigo
é cais de borboletas em bando de melodia
é repouso de anjos passeando por entre paredes vazias.
