Aflição
Caindo das alturas
Que loucura foi o susto que levei, caia duma altura desmesurada, achei que estava crescendo do lugar que despenquei, até porque minha genitora, segurando a velha vassoura de linda bruxa e me dizia: que quando se caia em sonho era porque se crescia. Porém, das alturas alguém me puxa com volúpia estupidez. Era um sonho medonho, pois, não tinha tempo nem pra ficar tristonho, qual tamanha rapidez. Acho que fora visitar Deus, e caia dos céus e vinha ao beleléu, havia perdido o meu belo chapéu naquela ventania, meu Deus que agonia, afinal o que foi que aconteceu? Bem, nesse momento de tormento somente Deus segura o troféu no firmamento. Eu corajoso pra dedéu agora parecia um atormentado bedel às contas com tamanha confusão numa convulsão escolar. Não é por falar, na verdade sentia estar indo às profundezas do inferno, pois, sentia um frio de rigoroso inverno, que aos poucos acendia um leve calor de horror. Com aquele medo tenebroso, caia vigoroso, então tudo se transformou, mudando de pato pra ganso, ao sentir, como passe de mágica, uma paz celestial, com a gloriosa esperança que a tornasse perenal, enquanto, pairava no ar ao pousar nos braços de Morfeu; e me vi nos braços seus. Então acordei feliz sem saber bem o que aconteceu...
Não sei o que foi que fiz se foi o que quis, e nesse quiz tudo em mim cresceu, assim a sua vida pode mudar tudo por um triz.
O sua aflição pode estar no fim, vai por mim, e siga a sua intuição. Pode despencar do inferno para um paraíso eterno.
A vida é mágica!
jbcampos
Não aflitai-vos em angustia, pois tudo que se deriva dela vem da ansiedade e desejo dos que não perecem a boa forma de vida.
O amor é a maior fonte de felicidade de um ser humano porém pode ser este também, a maior fonte de sofrimento e aflição.
OLHOS INSONES
O coração surdo martela as paredes
Gélidas com sua dolência em gritos sombrios...
O medo aperta a garganta, estrangula teu nome!
Amaríssima solidão derrama-se em calafrios
noturnos,
E todos os olhos de um ciúme insone
Fazem campana atônitos,
Escoltando o telefone
Adormecido para o mundo, indiferente, mudo e frio.
Dor que nem fogo apaga
Que prevalece do desejo do saber
Que me impede de viver
Sem saber o que faça.
Digo às folhas o que sinto
Não sei se haja alguém que as leia
Mas agora pouco importa
O futuro o dirá.
Raiva, fúria tudo isto me trazes
Tu, Ò dor que me afogas
Que da alegria me libertas
Mesmo com o fogo lá fora.
Se não estivesse só…
Não sei,
Não estamos todos?
Fingindo-se e iludindo-se
Não somos nada além de sós.
LAMPADÁRIO
Somos luzes a iluminar várias vidas...
Qual luz temos a oferecer?
Como luz branca iluminamos corpos amorfos,
luz que atravessa o prisma e colore em sete cores a alma.
Como luz negra escancaramos os defeitos,
descortinamos o mais íntimo segredo.
Nossa luz quente relaxa nos momentos de aflição
Nossa luz fria ativa nos momentos de depressão
Quanta luz!
Por acaso acha que não é farol a guiar, dar diretriz?
Não é isso que sempre se quis?
Tua luz há de servir para alguma coisa
Mesmo sendo:
Pouca luz
Uma partícula
Fagulha
Lume
Vagalume
Centelha incandescente,
constante, permanente.
Luz é permuta eterna até se apagar
e dar lugar a um outro clarão
"Têm horas que o nosso peito está tão sobrecarregado que nem mesmo entendemos a causa da aflição. Não sei bem se as costas dividi o peso do mundo com o coração, às vezes me gera essa indagação."
Tem gente que faz tempestade em copo d'água. O desespero não ajuda em nada. Nem tudo que reluz é ouro. Nem tudo que parece ser um grande problema de fato é. Na verdade, os problemas sempre trazem oportunidades de crescimento e aprendizado.
Portanto, quando surgir um novo problema, não o veja como algo ruim, mas como uma oportunidade de crescimento.
Silêncio
Há silêncio como resposta,
e aquele melhor do que ferir,
mas tem outro que é treva,
quando a aflição é urgente.
É o que apaga o sorriso,
espalha o frio de angústia,
congela a esperança,
e esculpe a saudade.
Derrete como gelo,
todos os sonhos,
e faz da ausência,
um profundo vazio.
A mágoa é como um amontoado de dejetos dentro da alma. Perdoar é ir em direção à toda essa podridão malcheirosa e desagradável, tendo que remexe-la e retirá-la com às próprias mãos. Para alguns é mais fácil não tocar em nada disso, mas eu prefiro limpar os dejetos, antes que o mau cheiro se espalhe e contamine todo o meu ser.
Das contrições
Entre o gostar e o querer
há um mal sofrível:
o se arrepender...
vem a tristezas atônita
e o peito vazio
vem sentimentos de noites
sem amanhecer
e as vísceras sangram, aflitas
à cruciação
não existe o que mais fazer...
toda dor traz suas sementes
nem todo céu é de encantos
nem todo rio é de encontros
nem todo verso quer rimas
nem todo chão dá poesia
nem há amor que se plante
em terreno baldio.
Há momentos que minha mente entra em uma ilusória calmaria, breves momentos em que a angústia fica, por mínimo que seja, aliviada. Porém quando os pensamentos e lembranças, aqueles tão temidos que você daria tudo para ter a fórmula secreta para esquecer, chegam... eles parecem me apedrejar com toda a força que existe, sinto um vazio que um dia já foi preenchido, uma aflição que jamais fora sentida pois não tinha espaço para tal sentimento. Meu único aliado é o tempo que poderá aliviar essas sensações nada agradáveis.
"Sinto-me ter nascido para a eternidade. Creio em Deus, se não seria eu uma pessoa aflita com uma alma profundamente angustiada"
Aquilo que um dia achei que era amor, na verdade era apenas ilusão, aquilo que um dia pensei ter volta, me amedronta até hoje, aquilo que achei que daria fruto, hoje apenas seca, aquilo que um dia achei certo... hoje percebo que era o mal escondido. Tudo aquilo que é belo, pode na verdade ser um monstro, escondido em um belo sorriso...
