Açúcar
-Um café bem quente, forte e sem açúcar, por favor.
-Engraçado isto.
-O quê é engraçado?
-Uma menina tão jovem como você ter estes gostos, amargos.
-Ah sim, fiquei assim depois que fui magoada, depois que bebi o amor, conheces?
Talvez a última mente jovem liderada pelo doce açúcar, pela doce sutileza do drama junto ao café amargo derramado no assoalho antigo. Ela seguiu um caminho diferente – diferente do caminho traçado pelas jovens comuns – que a fez caminhar em uma direção sutil e magnífica, delicada o bastante para afastar o interesse dos jovens comuns. Uma compatibilidade de rimas, linhas, palavras rabiscadas que tornam-se vivas e vividas. Ler suas frases acaba se tornando um vício, vê-la cultivando pequeninos sonhos, pequenas memórias, pequenas esperanças e pequenos prazeres. Ao sentir o aroma desta rosa deslumbrante. Que fascínio! Um grande mistério, palavras incógnitas me prendem até o fim. Neste jogo de letras, que antes embaralhadas fiquei viciada, não consigo mais sair. Algo dentro de mim, me força a continuar, conhecê-la mais afundo, compreendê-la, talvez seja eu uma idiota, talvez eu esteja sendo incoerente, uma tola com xícaras na mão que se afunda cada vez mais em melancolia e nostalgia.
Sonhos de Açúcar
Meus sonhos, todos
são feitos de açúcar.
Eu até, sou feita de açúcar!
Uma doçaria imensa
de amarguras.
Uma Hipoglicemia
constante de vida!
Meus sonhos se esvaem
ao amanhecer da chuva.
Meus sonhos,
são feitos de açúcar!
Um sorriso torto, um abraço dado. Uma xícara de café com uma pitadinha de açúcar. Três passos a diante, uma sombra se mexe. A cadeira cai com um súbito pulo. Risadas e risadas em meio à surpresa do encontro repentino. Três despedidas, uma mesma saudade. Quatro beijos, todos infinitos. Nove toquinhos no braço, noventa olhadas na mão à procura de vestígios de amor. Um olhar ao redor, uma vida se passando aos olhos. Algumas falas, o mesmo sentimento. Um sofá, duas pessoas. Um só amor.
Toda noite tem a sua estrela, todo dia tem a sua nuvem, todo doce tem sua colher de açúcar, todo amargo tem seu limão, todo salgado tem sua pitada de sal, todo mendigo tem seu papelão, todo rico tem seu conversível ... e eu tenho nada, e só terei quando tu se apresentar a mim, minha futura mulher.
E o meu café amargo que você sempre esquecia que estava sem açúcar…Do que eu mais sinto falta, é do seu sorriso tímido me dizendo que as pessoas não entenderiam nunca a nossa conversa, e que antes de te conhecer melhor eu já sabia que tanta aproximação assim iria resultar nisso. Nessa coisa sem nexo, parece brincadeira de criança, parece roda gigante da qual parou na metade de seu percurso giratório. A gente parece a crítica de um crítico e um programa sem graça de sábado que passa na televisão depois da meia noite. Mas mesmo com todas essas disputas de quem é mais idiota que a outra, eu vejo seus olhos meio vermelhos de tanto chorar e dizendo que ninguém, absolutamente ninguém quer ver a gente tão junto.
Se for para vender sonhos, que sejam os de farinha e açúcar.
Vivemos em uma sociedade estagnada a vender barato o que não tem preço. E como diria um Alguém que fala mais alto do que eu: vivemos tentando comprar sem se vender. Nossa sociedade criou o seu peso e sua medida, criou um sistema de trocas para que fosse possível criar-se um comércio, e a grande commodity do momento somos nós, humanos, mercadoria em estado bruto.
Nobel criou a pólvora e sentiu-se realmente um grande mal-feitor, apesar da boa intenção, mas ele deveria descansar em paz, e deixar esse peso para um senhor rabugento que criou os humanos, ou para o precursor da idéia infeliz de posse. Creio que de tudo que os humanos pensam possuir, sua grande aquisição foi a estupidez. Querem possuir construções, objetos, animais, e outros animais de sua espécie. E depois de possuí-los, sua vida torna-se monótona, e em meio ao tédio que é a vida desses animais, eles passam a competir por quantidade, qualidade, agregando um valor alto a seus brinquedos projetados por seu instinto humano. E quando tudo isso se torna realmente valioso, são os objetos que passam a possuí-los. Pode parecer ficção científica, mas a realidade que é realmente inacreditável. O mundo que os humanos criaram está contra eles, e estabeleceu-se o caos.
A coisa está tão feia, que tudo vale ouro, a nova moda é vender seus sonhos, e sabe-se lá o que se compra com esse dinheiro depois. Desprendendo-se de toda hipocrisia, todos devem ser capazes de encontrar algum pequeno negócio feito por tolice. Quantas carreiras não foram trocadas pela administração, dá dinheiro! Ou por aquela que irá garantir um cargo na empresa do papai, dá dinheiro! Dinheiro que depois gastam com analistas por serem eternamente atores, jogadores de futebol, cineastas, e dançarinos frustrados. Mas, nem tudo é tão barato quanto uma casa no Guarujá.
Quantas vezes os homens se trocam por papéis que não pagarão satisfação enlatada,
Extra! Extra! Vendem-se sonhos, pureza, dignidade, consciência limpa, honestidade, esperança, atitude, o pai, a mãe, o filho. Seus valores também têm valor ($).
O planeta aquecendo e os homens congelando: a comida, os sonhos, e os sentimentos.
Vendem o que é passível de lhes causar uma tal felicidade, e compram maneiras de se auto-destruirem, seus corpos, suas almas e suas aspirações. E totalmente decadentes os humanos se projetam perfeitos, criando padrões de beleza e de vida que escravizam pessoas, e não as deixam perceber que esses animaizinhos primitivos vendem seu conteúdo para comprar uma bela embalagem. Propaganda é tudo.
Alfajores são alfabetos argentinos feitos de maisena, farinha de trigo, açúcar, manteiga, ovos, fermento em pó e essência de baunilha por confeiteiro iletrado.
Estou aprisionado
entre duas gotas de chuva.
Meu coração de açúcar, amedrontado, se acanha
enquanto o céu desaba.
Oi, vim ver se você tem um copinho de açúcar pra me arrumar, sabe o que é? É que a minha vida anda muito amarga ultimamente.
Eu gosto do ácido, do forte e do sem açúcar. Eu gosto de gente ácida, que não tem medo de falar o que pensa e ser quem acha que é, gente forte que supera as dificuldades sem tratá-las como o fim do mundo e de gente sem açúcar, porque simpatia demais me causa diabetes.
Nem tão doce quanto o açúcar.
Mas também não tão amargo quanto o fel.
Que seja cheio, mas que não transborde.
Que mate a fome, mas que deixe aquele gosto de quero mais.
Não sei vocês, mas eu iria gostar mais de ouvir o vizinho me pedindo uma xícara de açúcar do que ouvir mais um eu te amo de alguém.Ouvir o pedido de açúcar do vizinho é mais sincero, pena que que é tão raro isso acontecer.
O que pensam que isto é? Uma história de Mills e Boon, a dupla Água com Açúcar? Sinto muito, mas se esse é o tipo de roteiro no qual estão interessados, então sugiro que leiam um livro diferente.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Doce
- Poemas sobre Frutos
- Pão de Açúcar
- Cana de Açucar
