Acabar o Encanto
A beleza é um encanto e um feitiço.
Ela abre todas as portas com facilidade,
E tem o condão mágico de criar obstrução e não visão para toda sorte de mau caratismo.
É impressionante que a beleza,
Ainda que a saibamos efêmera,passageira, alicerce não suficiente para garantir as relações e conquistas, crie imediato perdão e contemplação apaixonada ante sua presença.
As vezes imagino meu bem, você vindo. Mas sabe? É como a brisa levada pelo vento, paira meu encanto e comparo o oceano com meu olhar. Pois assim, nesse contexto, quem sabe um dia vou te encontrar!
Tens um poema em cada olhar, jorra mel do canto... seduz em silêncio, esconde... reluz o encanto. É poesia em cada gesto, menino macho! Sou sereia em teu mar, amada... amante intocável, abstrata... perturbo, me esqueço!
Mas não é que alguém ouviu o que eu disse?
Como que por encanto, estou ouvindo
Os pingos de chuva caindo.
Como se pouco antes eu mentisse!
Vou falar baixinho, senão ela vai embora
E volta o silêncio de outrora...
(Mel 02/02/2911)
Mentir e omitir pode ser uma maneira de crescer e sobreviver, mas machuca a sinceridade,o encanto e a beleza de certos encontros.
Às vezes é melhor o silêncio, o abraço, os beijos. Nossos corpos incendeiam.
O toque de nossas energias reclama saciar o desejo contido pelo tempo.
Convenções sociais nunca fizeram as pessoas espontâneas felizes.
TROVA - 82
Quando eu a vejo, não escapo
Do desejo que consome!
Seu encanto é um cardápio -
E no entanto (eu) com fome!.
Não canto pois pelo vanto, canto por encanto, e as nuvens superando nas belezas atmosféricas enCantando, ativando, regenerando, vou levando e o mal dissipando, pois quem canta...
Encanto
Ó curvas lindas e sinuosas,
Por que desvirtuas o pensamento?
São muito lindas, porém perigosas,
Capaz de abalar um sentimento.
Curvas que o coração agita,
Tornando o pensamento compulsivo,
Expelindo do peito uma voz que grita,
Na euforia de um desejo explosivo.
Curvas que turvam a visão,
Veneradas por sua beleza,
Dos olhares famintos da ilusão,
Direcionadas com muita certeza.
Formas sutis com exatos traços,
Da mais tentadora carnal beleza,
Envolventes aos seus encantados laços,
Com força, habilidade e nobreza.
Curvas insinuantes e majestosas,
Chamariz de eloquente fascinação,
Por suas saliências virtuosas,
Provocando a mais louca sedução.
Ressaltando a mais definida imagem,
Com sua forma vital e poderosa,
Desnudando a mais bela paisagem,
Encobertas por vestes em tom de rosa.
Flor petálica, macia e melindrosa,
Cativante brilho regado de elegância,
Desfilando simpatia radiante e glamorosa,
Exalando o aroma a longa distancia.
Eternas imortais de origens vivas,
Majestade serena da escultura,
Em noites de luares contemplativas,
A chama da suprema formosura.
Diante do fascinante conjunto de beleza,
As mais belas não foram observadas,
Entre os singelos traços da delicadeza,
As curvas palavreais, dos lábios pronunciadas.
Du’Art 30 / 01 / 2016
METADES
Do inesperado
Deu-se o encontro
E fez-se o encanto
Que desfez-se em sonho
Que de tão impossível
Chegou ao fim
Não deixou metades
Porque nada estava inteiro
Só deixou desejos
Só deixou vontade
Só deixou saudade
Em mim...
Perco-me
No encanto dos teus olhos,
me inquieto, sem que venhas
a sentir.
O carmim dos teus lábios
marcam trilhas em meu corpo.
Me abandono, te contemplando.
É bom sentir este apetecer,
teus cabelos lisos, com uma
rosa neles posta, me faz sonhar,
melhor ainda, faz eu em ti, me perder.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
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