Abismo

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Quando calamos toneladas de verbos para não entrar em polêmicas desnecessárias é porque vemos com clareza, que, infelizmente a maioria não tem entendimento de texto.
Mal leem algo e já opinam, se arvoram em analistas de algo que nem assimilaram.Querem mesmo é ter razão, mas felizmente numa poesia autoral e verdadeira nada pode ser mudado. O poeta é rima, é criador e criatura e tem licença poética para cumprir sua missão. Tão boa ela é, faz mergulhar em nuvens ou voar sem asas sobre abismos, faz colher as miríades e iluminar seu próprio caminho !
Mesmo que siga só, tropeçando em vírgulas e adjetivos, ele segue. Foi escolhido pela arte, não a escolheu, é um pupilo que respira e expira a poética, noite e dia.

Inserida por neusamarilda

⁠Desejo em Negação
Escrevo sobre os sentimentos que desvendam o que arde em ti,
mas tu, com os olhos em silêncio, me negas.
O desejo é ser devorada, mas temes a entrega.
Dizes ser incapaz de despir-te, de te deixar conduzir.
Mas, no jogo dos sentimentos, tua pele grita.
A carne exige o que a mente recusa.
O tempo é o tempo, mas o desejo é sempre o agora.
Tu me lês, me sentes, mas não confessas os teus desejos.
Há medo nos teus gestos,
mas o abismo do teu querer me chama.
E eu, sem pudor, me perco nele,
em busca do que te faz tremer em orgasmos.
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Augusto Silva

Inserida por augusto_silva_1

⁠Eu não sofro, meu amor...
Espero-te apenas...

Os ventos me arrastam...
Não é fácil amar o vencido...
Amo e não sou amado...

Onde hoje me sentei a perguntar...
Que sortilégio a mim próprio lancei?
Tenho esta contemplação...
Mas não chego a desfazer...
Das velhas ilusões que achei no meu caminho...

No desolado coração...
O vácuo mudo adormece o meu pensamento...
Porque na noite, farto de sofrer…
Interrogando o destino...
A sua sombra escondida...
Procuro e não encontro...

E perante esse abismo...
Da única realidade no momento possível...
Escondendo os meus gritos...
Continuo a te esperar...

Sandro Paschoal Nogueira

⁠Espuma de Aço

Passei fome —
como quem mastiga a ausência com os próprios dentes.
Passei frio —
como se o mundo tivesse esquecido meu nome.

Tive medo de dormir,
como se o sono fosse um portal sem volta.
Temi ser incendiado por mãos anônimas,
esfaqueado por sombras sem rosto,
baleado por silêncios armados.

Achei que a qualquer instante
me enjaulariam por crimes que só a miséria conhece.
Achei que o azar me atravessaria como um carro sem freios.
Achei que acordaria num hospital,
com tubos dizendo o que restou de mim.

Tive pensamentos que se transformaram em presságios.
E presságios que bateram à porta como visitas indesejadas.
Coisas que temi… e que vivi.

Nunca imaginei sentir esses medos.
Nunca imaginei que seria a morada deles.
Mas eu os enfrentei —
não com bravura,
mas com a entrega de quem não vê saída.

Fechei os olhos,
não para fugir,
mas para pular.

Como quem salta de um avião sem paraquedas,
mergulhei no invisível,
me entregando a Deus com a fé de um desesperado.

Os dias passaram como segundos —
e os segundos, como preces sufocadas.

Quando enfim toquei o solo,
não havia pedra, nem asfalto,
mas um vazio que me acolheu.
Como se o próprio abismo
tivesse mãos.

Não foi ele que me segurou.
Foi a ausência do medo.
Foi o sangramento interno de um coração que desistiu de resistir
e se dissolveu —
espuma de aço.

Espuma: porque já não pulsa.
Aço: porque já não quebra.

Sem emoção,
mas também sem dor.
Sem esperança,
mas longe do pavor.
Nem vivo, nem morto —
apenas desperto.

⁠As Dores da Rosah

Rosah nunca foi comum, não encaixava nas molduras das outras meninas, nem seguia o compasso dos passos ensinados.
Preferia girar…
até que o mundo girasse com ela, até que tudo perdesse forma, e só restasse o silêncio rodando no peito.

Tinha dias em que ela deitava no chão frio,como quem pedia à terra um abraço. Amava o gelado ,era como se o frio dissesse:
"Você ainda sente, você ainda está aqui."
Carregava dores escondidas atrás dos olhos. Olhos que já viram demais, toques que não foram carinho, palavras que machucaram como faca.
Ela aprendeu a engolir o grito, a sorrir mesmo quando só queria desaparecer.

Mas não, Rosah não desapareceu.

Ela floresceu com cicatrizes, sim, mas flores ainda assim, fez da sua dor um jardim indomável, fez do seu silêncio um poema.

Hoje, ela ainda gira.
Gira como dança sagrada,
como ritual de libertação.
Gira porque o mundo tentou prendê-la, mas ela escolheu voar.

E quando toca o chão frio com os pés, não é fuga é reencontro. É ela dizendo pra si mesma:
"Estou viva. Estou aqui. E sou minha."

Rosah é feita de céu e abismo, de memórias duras e coragem suave.
Ela foi ferida, mas não foi vencida, é diferente, sim e ainda bem.

Porque no mundo de tantos iguais, ser Rosah…
é um milagre que ninguém pode apagar.

Inserida por RosahyarahAlves

⁠Ao abrir as portas da minha vida ao tédio recebi um visitante ainda mais incomodo, o vazio, não sei se eles são um casal ou um ser só, mas estão sempre juntos.

Inserida por Rosario

⁠No vázio, vemos apenas a nossa propria existência, vemos sua insignificancia, vemos nossa ignorância de nós mesmos, vemos as influências externas, vemos o que mais fugimos e tememos. O abismo é o reflexo do que somos e não contemplamos.

Inserida por Rosario

⁠Sinto que o apego está a dar sua última respiração e uma nova fase com uma nova pessoa esteja próxima, não sou mais o mesmo de antes, obrigado abismo, obrigado oh pessoa que deixou de me amar, obrigado meu querido irmão e minha querida amiga por me aconselhar e acolher.

Inserida por Rosario

⁠"Se à noite numa estrada sem iluminação você tiver a ciência de um grande buraco no caminho, e uma pessoa que você ama muito estiver indo na direção daquele abismo, o que você faria? É por isso que anunciamos com amor Jesus Cristo ao próximo."

Anderson Silva

Inserida por AndersonSilva777

⁠Palavras Não São Só Palavras

Se ao menos pensasses
nas palavras que lançam dos teus lábios
como flechas nuas,
sem rumo,
sem compaixão...

Se soubesses o peso
de cada sílaba que despejas,
em corações que só querem abrigo...

Se tivesses o dom
de desenhar as palavras
sem fazê-las sangrar
em quem te ouve e te ama...

Se teu olhar não moldasse
pensamentos frágeis,
se tua voz não ditasse
verdades que rasgam...

Se, ao menos,
guardasses em silêncio
o que não constrói,
o que não consola...

Se tuas verdades
não viessem cruas
nos momentos
em que o outro
mal consegue respirar...

Demorei —
mas hoje entendo:
palavras não são só palavras.

São pontes ou abismos.
Cura ou cicatriz.
Amor ou fim.

Inserida por WisleneCardoso

Para o ser humano desperto, que integra a sua natureza, a IA é ponte.
Para o ser humano adormecido, vivendo apenas para o externo, a IA é abismo.
Eu escolho ser desperto!

Inserida por RuiOscarMuhlbach

⁠Ecos do Nada

Prometeram sentido — tarde demais.
O altar já estava em ruínas,
e a fé, como um fantasma que jaz,
sorria com suas mentiras finas.

Ergui minha alma como quem cospe sangue
em direção ao céu rachado.
Mas só ouvi o eco que nunca responde
e o silêncio, de novo, ensurdecido e alado.

A moral — um teatro de bonecos partidos,
pendurados em cordas de culpa e dor.
Choram por virtudes que nunca existiram,
rezam por um bem que fede a horror.

O tempo é uma piada repetida
contada por cadáveres em festa.
E a verdade? Uma prostituta envelhecida,
sábia demais para ainda ser honesta.

Nada é profundo. Tudo é abismo raso.
E quem ousa olhar… afunda.
Pois pensar é morder o próprio atraso,
e viver, uma doença sem cura, vagabunda.

Inserida por higor_capellari

⁠Entre o céu e a terra, tento começar,
Mas meu pensamento insiste em se espalhar.
Não sei bem o que quero expressar,
Talvez me falte a fé pra acreditar.

Mas uma força interna, que não sei explicar,
Faz meu peito esbravejar, faz palavras voar.
Sentimentos se agitam, uma leve emoção,
Por favor, meu coração, pulsa com paixão!

Nesta manhã sem sol, procuro o brilho no ar,
Mas a angústia vem me ofuscar, me fazer desencantar.
Por mais que as palavras tentem brotar,
A tristeza as veste, como o céu a chorar.

E como ontem, tudo parece sem sentido,
Eu peço a Deus, com o coração partido:
"Permite-me sair desse abismo, Senhor,
Não pulando, mas resgatando o amor,

Aquele que um dia me trouxe tanta alegria,
Delírio, talvez, mas era minha fantasia."
Eu sei que preciso continuar a andar,
Um passo de cada vez, no caminho a trilhar.

Este momento parado me afoga em solidão,
Mas Deus, me permita sonhar outra canção.
E mesmo que a voz emudeça, eu hei de seguir,
Com o céu como guia e a terra a me ouvir.

Que o sol volte a brilhar no meu caminhar,
E que, em cada passo, eu reencontre meu lugar.

Na minha queda, gravei na memória quem estendeu a mão e quem, com frieza, me empurrou ainda mais para o abismo.

Inserida por SergioPersi

⁠Ó, meus demônios, sombras que me habitam,
Formas retorcidas de um eu que não quis,
Vós, que me arrastais para abismos sem fim,
E me aprisionais em celas de aço frio.

Medo, imenso abismo, que me devora,
Onde a esperança se afoga e a razão se perde,
Tu, que me paralisa e me aterroriza,
Transformando meus sonhos em cinzas mortas.

Insegurança, tua voz ecoa em meus ouvidos,
Sussurrando dúvidas e plantando espinhos,
Tu, que me roubas a paz e a alegria,
E me faz duvidar de cada passo que dou.

Mas eu vos desafio, demônios e abismo,
Não me curvarei diante de vossa tirania,
Lutarei contra vós, com todas as minhas forças,
E conquistarei a liberdade que me pertence.

Em minhas veias corre um rio de rebeldia,
Que alimenta a chama da esperança que me habita,
E me impulsiona a enfrentar cada desafio,
A fim de construir um futuro mais bonito.

Ó, universo, testemunha minha luta,
E concede-me a força para superar,
Os obstáculos que se erguem em meu caminho,
E alcançar a luz que me guia.

Inserida por fabricio_ferreira

⁠Destruição, rancor, vidro despedaçado,
um fio de moeda que, ao vento da tristeza, se corrói.
Esse fio de metal, queimado pela fúria do fogo,
torna-se fragilidade, quase papel.

O papel vira cinza, e da cinza retorna à natureza.
A natureza, polissêmica, guarda o rancor de ter perdido,
lança-se aos ventos, e sob os ventos encontra o mar.

Mas o mar não é consolo, apenas abismo.
Ele toma tudo e faz afundar.

Inserida por gildersonsantos


A atração física, fogo que devora,
Um toque, um olhar, a carne que implora.
É desejo em chamas, queima e arrebata,
É o corpo que grita, é o instinto que mata.
Mas a atração mental, tempestade serena,
É profundidade que nos envenena.
É o cérebro que toca onde a pele não chega,
É a mente que invade, é onde a alma se entrega.
A física, tempestade, que arrebenta e se vai,
A mental, o terremoto que fica, que cai.
Uma é furor, um arrepio que se desfaz,
A outra, um abismo onde o amor se refaz.
No corpo, a atração é grito, é paixão,
No espírito, é silêncio, é a revolução.
A física nos chama com urgência, com pressa,
A mental nos prende, nos envolve, nos pressiona e confessa.
A atração física nos consome, nos queima,
Mas a mental nos conquista, nos acende e nos trema.
Do impulso ao abismo, do toque ao segredo,
É na mente que moramos, é ali que nos perdemos.

Inserida por Matetentaluma

⁠Há momentos em que me vejo,
não como o mundo me enxerga,
mas como sou, na essência crua.
Só, no abismo do próprio ser,
sinto minhas formas dissolvendo-se,
enquanto sombras me envolvem,
sussurrando angústias que crescem.
Luto, me debato contra o vórtice,
mas a cada golpe desferido,
afundo mais dentro de mim.

Inserida por abhaybrazao

⁠A Palavra e o Silêncio

Falo—e a palavra corta o ar
como lâmina sem rosto,
como flecha sem alvo.
Quem a escuta? Quem a sente?
Quem lhe dá forma dentro do peito?

Dizê-las é rasgar o silêncio,
como quem fere a pele da água
e espera que o mundo responda.
Mas o mundo nem sempre escuta.
Ou escuta mal,
como um espelho partido
onde o rosto já não se reconhece.

Escrevo—e a tinta sangra no papel,
mas o que digo não é o que fica,
o que fica não é o que sou.
Entre mim e o outro há um abismo,
uma distância que a voz não vence,
um eco que se perde na sombra.

Às vezes são lâminas,
abrem sulcos na carne do tempo,
fazem sangrar quem as ouve.
Outras vezes, são leves demais,
tocam, mas não ficam,
morrem antes de nascer.

Quisera eu que a palavra fosse ponte,
mas tantas vezes é muro,
ferro, pedra, ruína.
Tantas vezes, o que fere não é o grito,
mas o silêncio depois dele,
o vazio onde o sentido se afoga.

E no entanto, insisto.
Porque dizer é resistir à solidão,
é lutar contra o escuro do não-entendimento,
é desafiar a noite com um nome,
mesmo que ninguém o repita.

⁠Somos o eco do que escolhemos em silêncio — e o mundo, apenas um espelho que repete nossos abismos.

Inserida por Roses_Of_The_Shadow

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