Abelhas
Quando as flores findam,
As colmeias gritam sem néctar,
O quê sobrou pra mim?
A amargura de uma flor, enfim!
Sonda-te ó minha mente,
Sabes o que tu fizeste?
Fumaça, fogo, ácido úrico,
gritos e gemidos, triste fim!
Se das verdes gramas
Tu desfaz a clorofila,
Com destreza as aniquilam,
Em seu nome as outorga!
A ABELHA E A ROSA
Cleómenes Campos
Balouçava-se ao vento uma rosa vermelha,
em que um raio de sol punha um reflexo louro;
viu-a, pelo perfume, uma pequena abelha,
e começou a lhe sugar o pólen de ouro.
As abelhas, irmãs aladas das mulheres,
são todavia insatisfeitas e curiosas.
Ora, eu tinha num vaso uns botões rosicleres,
que, por ser de papel, nunca seriam rosas.
Ela porém supões que fossem verdadeiras;
e, deixando o jardim, onde havia outras flores,
voou sem ver por sobre todos os canteiros,
na atração singular dos botões rosicores.
Minha janela estava aberta por acaso.
Ela entrou a zumbir. Mas fechei-a nessa hora.
E a pobre, assim que viu a mentira do vaso,
pensou na linda flor que deixara lá fora.
Foi-se à vidraça a olhar; tentou fugir… e nada:
estava presa em minha sala silenciosa.
E, dois dias depois, achei-a inanimada,
na mesma posição, inda fitando a rosa.
Ó alma, que a ambição vai levando à cegueira:
não te esqueças da abelha ambiciosa e iludida!
- não deixes nunca a tua rosa verdadeira
pelos falsos botões que encontrares na vida!
#MARIA-#SEM-#VERGONHA
Tal qual maria-sem-vergonha flor...
Mesmo sem entender muito bem por que...
Sem vergonha, é isso que sou...
Vício que nunca me curei...
Que se agarra ao meu coração...
Inunda meus pensamentos...
Brotando em qualquer chão...
Fico aqui esperando...
Uma volta que não existe...
Um acaso que virá...
Desejo que persiste...
Esperei e vejo minha vida passar...
Nem sempre me notam...
Mas estou eu cá...
Apenas uma desculpa...
Permito me arriscar...
Quietinho em meu canto...
Aguardando alguém me amar...
Insistente sei que sou...
Dádiva da esperança por Deus ofertada...
Não me vêem beija-flores...
Nem abelhas a me polenizar...
Talvez não seja tão ruim assim...
Não tanto me faz sofrer...
No abandono das noites frias...
Ou nos dias a transcorrer...
Me permito ser algo a mais...
Quando o vento me acaricia...
Por ser flor singela...
Em quantidade enfeito viela...
A ninguém devo nada...
Sou apenas uma Maria...
Maria-sem-vergonha...
Na beira da calçada...
Sandro Paschoal Nogueira
Por que eu não falei das flores?
Por que eu não falei das flores?
Que na primavera desabrocharam
Com cores incríveis, e aroma doce
E muitas abelhas aproveitaram.
Por que eu não falei das flores?
Azul, lilás, amarela ...
Multicores que logo seduz
Aos olhos, um arsenal de aquarela.
Por que eu não falei das flores?
Verdadeira companhia da alma,
Que resgata a infância, numa nostalgia
Embalando a consciência, já calma.
Por que eu não falei das flores?
Já é findada a estação,
Primavera! O seu retorno aguardo
Fazendo do pesar, a minha canção!
#Um #cinza #nublante #no #céu...
Mais a frente um destino...
Sob as árvores sozinho...
Ouvindo o canto dos passarinhos...
O olhar segue um vasto horizonte...
Perdido adiante...
Sereno cai lentamente...
E a brisa tão contente...
Traz perfume no ar...
Rosas, jasmins, madressilvas...
Muitas flores a bailar...
Abelhas e beija-flores...
Também põe-se a dançar...
Envolto em meus ais...
Aonde somente Deus me vê...
Sozinho e triste...
Fico lembrando de você...
E na hora incerteza que me cerca...
Soliturno...
Sem amigos...
Invoco o tempo para conversar comigo...
A vista embaça...
Pelas lágrimas do coração...
Tudo foi embora...
Velhas árvores, tachos de doces...
Bolos de chocolate...
De lenha...o antigo fogão...
Já não tem o pastel...
A empadinha de palmito com camarão...
Os seresteiros de outrora...
Que na calçada...cantavam...
Com muita emoção...
O bate-papo...
O disse me disse...
De todo final de semana...
Perdeu no tempo...
Sobrou a saudade...
Da tenra idade...
Vão-se os anos que não voltam mais...
Hoje tudo é tão rápido...
Mal amanhece e já é noite...
E no quintal aqui sentado...
Só tenho uma certeza...
De que Deus está ao meu lado...
Sandro Paschoal Nogueira
A memória não foi
apagada de toda
a estupidez envenenada,
A espatódea nunca foi
a verdadeira culpada,
A abelha pousa nela
se quiser,
Da sua estupidez só
se salva quem puder.
Seria cruel não te valorizar,
não te prestar um amor fiel,
tens um mel de um intenso adoçar
que as abelhas até tentam,
mas não conseguem copiar.🍯
Chegam as colheitas, arregaço as mangas,
a cresta, o simpósio de tantos afins;
colmeias perfeitas, abelhas sem zangas,
mais o Santo Ambrósio na Casa Martins.
A vida é dos fortes que assim se alimentam,
sem medo ou receio dos bons dias maus,
benditas as sortes, as lidas que aventam
um homem no meio de quarenta graus.
Na fruta madura, com risos e queixas,
subo ao escadote, meto mãos à obra,
em grande cultura apanho as ameixas
e faço um pinote com a força que sobra.
Depois a vindima, depois do granizo,
no fino entrelinho de parra alquimista,
pra baixo, pra cima, há sempre um sorriso
feliz é o vinho que dá Boa Vista.
Faço o que ninguém aqui quer fazer,
levanto a enxada a dois metros de altura,
e vou mais além, onde a terra quer,
desde madrugada nesta vida dura.
No contrabalanço sem logro, sem preço,
colho esta virtude vivida a retalho,
e pra ter descanso que também mereço,
só peço saúde, respeito e trabalho.
O mel é uma substancia muito doce e de pobre valor nutritivo, é fabricado nas colônias pelas abelhas operarias que vivem cerca de 60 dias. O néctar produzido nas colméias, é a geléia real, produzidas só pelas abelhas rainhas que vivem em media 8 anos. Assim é a vida, o trabalho honesto do trabalhador, seguem princípios morais e educacionais de trabalhadores mas os ricos e milionários, aprenderam enriquecerem sem principio algum e ter uma vida boa e prospera com famílias ricas. E assim a natureza revela sua melhor aula.
Abelhinha listradinha
zuniava, zuniava
sozinha pela estrada
procurava mas não achava
o abelhudo que a amava
Abelhinha solteirinha
zumbiava que zumbiava
de roseirão a roseirinha
procurava mas não encontrava
o abelhão que ela amava
Abelhinha douradinha
zoava que zoava
de cravo em cravo sussurrava:
— Onde encontrar o meu amado?
Abelhinha queridinha
pelo céu vá voar
zoar zoar zoar
de flor em flor
até encontrar o seu amor
20/02/2014.
Tudo é óbvio.
A mosca não voará para o mel, a abelha não voará para o esterco, o porco não sairá da lama.
Não há estrada sem destino.
Repetir diariamente as mesmas coisas, sem perceber que há outras possibilidades, é como um computador sem conexão a internet.
O passarinho livre, se for preso em uma gaiola, vai morrer tentando se libertar, mas o passarinho que nasceu em uma gaiola, mesmo que ela não esteja trancada, ele ficará ali até morrer.
O mundo é a minha gaiola.
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