Vou Seguir meu Coracao
Eu digo: Oh, meu Deus, eu vejo você passando
Pegue minhas mãos, querida, e me olhe nos olhos
Como um macaco, eu tenho dançado a minha vida toda
E você implora para me ver dançar só mais uma vez
Tenho meus sonhos ao meu lado
Eu os mantenho no meu bolso para que, quando tiver a chance, eu possa arrancá-los e liberá-los
Eu estou aqui sentado
Um tanto entediado
Meu amigo está ocupado
E a garota que eu conversava
Bom... não trocamos nenhuma palavra
Estou sem fazer nada
Portanto comecei a escrever
Para simplesmente dizer
Que gostaria de estar em casa
Pois tenho um projeto
Mas ele ainda está incompleto
Sou eu, e eu sou meu.
Tenho orgulho de ser meu, tenho desejo de ser teu.
Mas será que consigo ser teu sem eu?
Acho que por isso não sou teu, receio ficar sem eu!
Os Cantos dos pássaros, os murmúrios das matas, percebi a solidão no meu silêncio.
Atenta, busquei entender a Vida. Sou um sopro de respiração gigante, e um nada perto de um pulmão de um pássaro.
Me amar não é assim tão fácil
Vem aqui meu mapa é seu espaço
Diz pra mim se é bom o que eu te passo
Eu já sei, eu já li nos astros
O meu desejo foi entender: a linha, a letra, a cor e o movimento.
Busquei por eles toda a vida.
Desenterrei ossos e abri corações. Ainda que elétrons não cheguem ao núcleo.
Procurei os traços; e tinta em toda parte.
Vi o mundo; e ele trouxe-me palavra como vento. Ainda perdido nas cores; fechado–e sem perceber; comecei a escrever.
Enquanto Deus for meu ar e minha terra,
meu sol e minha lua,
meu fogo e minha água, minha tempestade e minha bonança,
minha luz e minhas trevas, meu céu e meu inferno, minha altura e minha profundidade,
meu paraíso e meu Hades, minha Glória e minha desonra, minha beleza e minha feiúra,
meu anjo e meu demônio: ABSOLUTAMENTE NADA, poderá me abalar!
Meu Ceará
Terra do homi valente
Cabra macho range os dente
até o sol é mais quente
que quando bate na testa da gente
da até prum ovo fritar.
Meu Ceará tem coisas que não dá
pra contar pra toda essa gente.
Terra de boi e boiada
forró quadrilha e vaquejada
pamonha canjica e cachaça
festa no meio da praça
e muier pra namorar
Meu Ceará tem coisas que não dá
pra contar pra toda essa gente.
Terra que se arroxa o nó
mas as obra aqui é cada vez pior
existe aqui um tar de metrofor
que so Deus sabe quando é que vai acabar.
Meu Ceará tem coisas que não dá
pra contar pra toda essa gente
Terra de homi valente
menino anda descalço na areia quente
e graças a Deus que não fica doente
porque se ficasse nao tinha hospitar.
Meu Ceará tem coisas que não dá
pra contar pra toda essa gente
Marcelo Farias
Inveja
O outro olhou pro meu naríz
ficou com raiva por ser eu feliz
mas mais feliz e quem não vê
nem o outro e nem eu
apenas pra falar e mal dizer
Minha, fonte tua que jorra água que chega às minhas flores e intercepta as raízes no milagre do meu sangue que cruza a respiração das minhas células desde as tuas. Fonte tua de que vive a minha e onde nasço cada dia antes morto e agora ressurreto.
Meu bem
Me diz por que vc tá assim
Mostrando um sorriso sem fim
Me fala o que vc tá escondendo
Sei que o que vc sente tá doendo
No âmago do meu enternecimento, esbarro-me cotidianamente com a decrépita e impertinente aflição.
Agarro-me na credulidade e velejo na inquirição.
Atino a refutação veraz que me traz paz, seguindo com a mesma amabilidade de sempre! remando para os verdes campos do contentamento.
A CRIAÇÃO ATORMENTADA
Por baixo do fino tecido que envolve o meu travesseiro, ouço os ensurdecedores brados das letras que me perseguem incessantemente. Fragmentos de vozes fantasiosas, segredos do invisível e confidências do desconhecido, em falas soletradas pelo próprio sussurro do vento, fecundam-se no vago silêncio da madrugada, tornam-se vivas, constrangem os meus quereres, compelem a minha alma, dominam o meu corpo e clamam por liberdade. Frases anotadas no breu da memória, e blocos de anotações riscados dentro do meu multiverso letrado. E entre o mexido remexido do meu corpo contorcido, textos lidos, relidos e cravados, como quebra-cabeças rabiscados permeando as dobras do meu lençol amarrotado.
Rendo-me então aos gritos de vogais, aos ecos de consoantes, aos advérbios de tantas formas, e as mil formas de orações. Beijo a tortuosa face da noite, despeço-me do assossegado aconchego do meu cobertor, e entrego-me ao martírio mediúnico de trazer todo o desconhecido à tona.
Divido-me em infindáveis interrogações, espantosas exclamações, e escudo-me atrás dos imorredouros reticenciados três pontos, que se forjam dispostos paralelamente em uma linha, ladeando uma expressão qualquer. Entretanto, no vácuo apressado de parir vidas letradas, a perfeição do ensaiado faz-se sempre aberrante ao intento do parto: escrevo em tempos inexistentes, crio adjetivos fantasiosos, e nem sempre recorro aos artigos. Açodado, mastigo ditongos e anseio vômitos de tritongos, entre soluços de hiatos. Engulo vírgulas, regras e normas. Cuspo exclamações, pontos finais, reticências... Mas, sigo em jorros gráficos, emudecendo todos os traços fônicos que ressoavam dentro de mim até desvelar o desbalizado limite da criação.
Normalmente, é quando as mãos doem, a coluna grita, a vista embaça, e as ideias se decompõem na fadiga mental. Inobstante, adiante do esgotamento da carne, existe ainda o além. O ilimitável impulso de seguir adiante da digladiação física e extrafísica. Pois, quando se reduz aos apelos do corpo, não é o suficiente para os anelos da alma, e os músculos costumam se vingar em espasmos inquietantes na cama, formigamento nos pés, e pontadas finas na parte inferior do abdômen, envoltos ao reavivamento das vozes conclamando por novas palavras.
Vai-se o sono, o cigarro, o café e o sossego, enquanto a verve retorna ao oriundo centro do nada, e tenta – a cada afronte da tela em que os olhos ainda entreabrem – uma nova palavra. Vencido o cansaço, as pupilas reabrem, as ideias ressurgem, o dia clareia e o corpo inteiro em uma junção milimétrica dos dedos fazendo letras pelas mãos, e delas nascendo histórias, tornando-se uma extensão continua e sem emendas entre a fantasia, as palavras, a magia e o mistério divino do prazenteiro ato sofrível de escrever.
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