Vinho: textos e poesias que celebram sua essência
Amor é como um bom vinho que deve ser guardado no coração, mas se o coração não estiver limpo ele azeda.
O vinho
Às vezes fico pensando no vinho e em seu significado. O vinho deveria ser Registrado como bem imaterial. Afinal, vinho só fica bom quando tomamos com pessoas especiais, no clima especial, com o acompanhamento certo. Chega a ser pecado tomar o vinho por tomar. Vinho é escolha! Do sabor, da uva, do perfume, do acompanhante, do acompanhamento, da música... Vinho não é uma bebida simples, não é banal. Por mais que a vontade dele apareça, a gente, que entende que maior que a bebida é o significado, não consegue sentir prazer em tomar um vinho sozinho. Porque será?
Noite, lua, estrela, céu, mar, um lugar bem alto, um cobertor, duas taças, um vinho, uma música suave que vem do carro, beijos, abraços, pernas entrelaçadas e muito amor no ar!
Quero ser a fumaça em seu trago
O envelhecer do teu vinho
O tira-gosto em sua boca
A sua fantasia mais louca.
Um pouco de vinho não altera minha mente ..
Tem muita gente que morre ou que está doente .
Eu aproveito a vida até o último segundo ..
bebo .. rio .. danço .. canto ..
E muita gente por aí ouvindo lamentos ..
Em frente ao espelho ..
Vendo um rosto velho e cansado ...
[...]
E assim caminha o mundo !
Pegue sua taça de vinho, ponha sua mascara, você já está no baile mesmo. Beba o hidromel dos sátiros e dos faunos, deixe que a loucura báquica recaia sobre você. Se despesa dos seus pudores, dos seus conceitos moralistas e retrógrados. A musica entrará por seus ouvidos e deleitarão sua alma. Cante e dance, e faça o que mais sentir vontade, você vai morrer de qualquer jeito. Aproveite.
Tim Tim.
Desespero
Imortalidade viceral
Desejo de vinho e cartas embaralhadas
Foi quando as vozes me disseram
O que o destino me reservou que acreditei
As janelas estão fechadas
Sem caminho e bagagem
Estou atada aos teus pés
O lençól vem em minha direção
Um fantasma sem predileto
Um canto obscuro na sala pequena e mórbida
Não tenho roupas para sair
Desse labirinto
Minhas unhas se partiram nas paredes
Não vejo escadas
Nenhuma porta para abrir
Parem com seus cantos
Vocês me ferem
Estou em prantos
Meu telhado cai ferozmente ao chão
Há poeira por todo lado
Escritos de ancestrais
Imagine como pereço
Nesse escuro longitudinal
Cortes e gritos inflamados
Montes em forma de morcegos
Asas abertas para estrilhaçar meu rosto
Pedaços meus em todo caminho
Eu não conseguirei me reatar
Tragam um pó
Onde eu seja só mais pó
E esvoace no céu
Pintando as estrelas e ofuscando seu brilho
Partam e me dêem paz!
Caruaru, 22 de maio de 2008
Ellen Miranda
Eu quero mesmo é um mergulho no vinho, quero ouvir nossa canção lá no fundo em contraste aos sussurros em meus ouvidos.
Eu quero sentir teus lábios de sabor agradável a me envenenar.
Eu quero os afagos que só nossa cópula sabe germinar.
Passou a semana santa
Todo mundo já rezou
Foi pras missa fez louvo
Tomou vinho e tomou fanta
Eu afinei a garganta
Pra fazer esse programa
É uma vez por semana
O forro é dos melhor
Pra quem gosta de forro
Se balançe na cadeira
É o forro da porteira
Não perca um minuto só
Não entenda e nem queira e se entender, peço-te, como um gole de vinho tinto, me beba e embriague-se de mim. Não canse e nem me coloque fora, apenas fique louco de mim, tenha cede de mim e me escreva como jamais ousaram fazer.
