Versos do Luar
As 5 virtudes de um camisa 10 de sucesso:
Persistência;
Autenticidade;
Autoconfiança;
Coragem;
Foco.
FELICIDADE A DOIS
Se querem a felicidade a dois
não casem pela aparência –
esta é como bijuteria:
com o tempo perde o brilho...
Se querem a felicidade a dois
não casem por interesse –
pois se a dificuldade vem e demora,
a afetuosidade logo vai embora...
Se querem a felicidade a dois,
pra toda vida, e da cor do arco-íris,
se assumam pra um cuidar do outro,
que só assim, serão mais felizes!
Novas situações geram novos comportamentos, e de repente, você se surpreende, descobre que o melhor lugar para se estar é onde Cristo esta!
Com nossa família, desempenhando o verdadeiro ministério, juntos, aprendemos que o que importa não é onde estamos e sim onde ELE está!
Nunca estamos sozinhos, pois somos habitação Dele!
Sendo assim, estejamos com quem realmente nos ama, sem interesses, sejamos completos e felizes com ELE!
Quanto tempo já estávamos distantes? bem mais que 2 mts...
Quantas máscaras já usávamos antes? Uns, até coleção tinham...
De qual abraço estamos falando? se muitos, nem a mão estendiam...
Enquanto procuramos causas, motivos, culpados, nunca entenderemos a razão...
MORRE POR INTEIRO
Tem os que nunca partem
Vive em nossas lembranças
Da nossa nostalgia vão além
Alimentam nossas esperanças
Nesta passageira caminhada
Tecem fios de teia de amor
Forrando por toda estrada
O carinho, o afago, o calor
À distância nesta separação
É temporária, bem breve
Que conforta o coração
Faz desta ausência leve
Se partiu, deixou verdades
Norteou de afabilidades... (a vida!)
A emoção! Perpetuando afinidades
Pois morre por inteiro quem não deixa saudades.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Junho, 01 de 2010, 09’13”
Rio de Janeiro, RJ
VELHO GOIÁS
Olha os ipês no cerrado, mais belos
Do que as da estação da chuvarada
Tão antigos, tanto mais belos, nada
mais magnificante... e tão singelos!
Os brancos, os rosas e os amarelos
Nos galhos, a cantiga da passarada
E o frágil das flores no chão arriada
É o velho Goiás nos seus paralelos
Toca o berrante, boiadeiro e boiada
Carro de boi, os seus causos e viola
Assim, assim vão todos pela estrada
No suor da terra a mão do capataz
Cidade grande e também a aldeola
É o espírito do chão do velho Goiás...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
CREPÚSCULO NO CERRADO
Na tarde do cerrado, rubra o horizonte
Pulsa, nos arbustos de galhos tortuosos
O fim do dia. Em cheiros tão saborosos
No crepúsculo tropical, de poética fonte
Tudo, entre rútilos, vermelhes fragosos
Raspando a luz no seu total desmonte
Gerando sombras e enigmática ponte
No breu, vozeando coros lamentosos
A lua, se apresenta com seu alvo manto
Cercada no céu por um véu de casimira
Desenhando o anoitecer com ternura...
Dentre todas as criaturas, meu espanto
Por tão dadivoso encanto, que se expira
No fugaz beijo, inicia a noite, tão escura.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Se você está tentando mudar alguém, isso lhe rouba a paz.
Você fica insatisfeito consigo mesmo porque não está no nível espiritual em que gostaria de estar? Será que você tenta se mudar?
É claro que devemos cooperar com o Espírito Santo no tocante ao trabalho que Ele está fazendo em nossa vida. É Ele que nos traz a perfeição e a maturidade. Não podemos fazer isso por nós mesmos. Porém, essa é mais uma das áreas em que tentamos fazer o que não nos é possível fazer.
Qual é o sucesso que vem tendo em tentar mudar essas coisas?
Será que isso não lhe causa frustração e com isso você perde a sua paz? Antes deveria descansar em Deus, esperando nele e aguardando o tempo dele, confiando-lhe aqueles que fazem parte da sua vida e até mesmo o seu próprio ser.
Nostalgia
Como quisesse amado ser, deixando
O coração sonhador, espaço em fora
A paixão, sem olhares e sem demora
Vestir tua quimera e partir em bando
Excêntrico senso, tonto, malversando
O tempo e a hora, sem valia: e, agora
Que passou, sente a solidão, e chora
E implora, a aura antiga recordando...
E, o agrado rebelando compungido
Atrás, volta carente de convivência
Do abraço com calor e de amante
E assim, nos versos andei perdido
- Já! pranteio a dor em reverência
Murmurando o amor daqui distante
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
PAIXÕES
Amores, latejo em ti, nas saudades, por onde
Estive! e sou estórias, e rasto, e madrugadas
E, em recordações, o meu coração responde
Num clamor tal ao vendaval e folhas levadas
Daqui do cerrado, e teus cipós, e tua fronde
Gorjeiam as melodias, e desenham estradas
Na memória, onde, além, o passado esconde
Da pressa, e as doces perfumadas alvoradas
Recordo, choro em pranto, eram dias felizes
No prazer, tal uma flor, de ti, pimpo e exulto
E eu, suspirando, poeto loas com cicatrizes
Tu golpeada e finda, - e eu fremirei sepulto:
E o meu silêncio cravado, em vão, tal raízes
Se estorcerão em dor, penando sem indulto.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
NATAL, CHEGOU!
Ah! Natal, soam sinos na noite iluminada
Ecoam cânticos vivos de cândida poesia
E toda a vida palpita em festa, em alegria
Na modesta estrebaria, de divina morada
Sobre a palha, sem rendas, ou dourada
Seda, o Menino Deus, nasceu de Maria
E dos pobres, oferendas, numa romaria
Entre os animais, singeleza, mais nada!
Não nasceu entre pombas reluzentes
Presentes os humildes e a paz do luar
Cheio de graça, nume dos diferentes
Jesus nasceu! pra nós ensinar a amar
Sobem os hinos de louvores torrentes
Foi para os pobres seu primeiro olhar...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
um poema à hora do almoço
um poema à hora do almoço
degustado na inspiração
rezo o Pai Nosso,
em gratidão
e neste esboço
um poema na refeição
mastigado entre folhas
arroz e feijão
rimas nas escolhas
agrião
alface
almeirão
servido com vinho de classe
é hora do almoço
o pensamento na sua direção...
alvoroço.
prato pela metade
mastigação
ansiedade
chega sobremesa na opção,
não
somente o café.
e a conta!
afinal de conta
o coração
pensa em você!
agitado pra te ver.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
08/08/2018, 12’00”
Cerrado goiano
CAFÉ DA MANHÃ
Quero um afago simples
Tal um pingado, pão e manteiga
Na ingenuidade, sem porquês
Com a doçura e palavra meiga
Dum bom dia! Sem a obrigação
Do perfeito, tal feito, duma cantiga
Degustada pelo coração.
Na sua fome de encontrar...
E então, neste dejejum
Pra quem acabou de levantar
Sirva o amor, não ímpar, mais um
No café da manhã, e sim, um par
Cheio de olhar, ao afeto comum
Antes da rotina começar.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, agosto
Cerrado goiano
Não te rendas, não cedas
ainda que o sonho te queime.
Aprendas a apagar as labaredas,
do fado. Insista, queira, teime...
A vida tem curvas e alamedas.
Veja a cor do por do sol, diversidades.
Adoce as frutas azedas.
Viver tem sempre possibilidades.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2018
Cerrado goiano
CHACAL
Ó Cerrado! ó velho de bravura!
Ó cruel e implacável vastidão!
Que propina solidão ao coração
E ao silêncio lágrimas mistura!
Pois a melancolia, onde é chão
Abre em secura, arde a tristura
Na quietude tal duma sepultura
A dor viva de um atroz bordão!
Tal o contraste! agridoce figura
Aridez, e flores na contramão
De saudades no vazio em jura!
Ó Natureza! Ó Divina criação
Alegria e tristeza em conjuntura
Nasce a privação e brota a ilusão...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
início de setembro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Minha terra, richiamo
Ah! Quem há de gabar, recordação impotente e escrava
O que o presente diz, o que a saudade escreve?
- Cutucas, sangras, pregadas nas lembranças, e, em breve
Olhas, desfeito em espanto, o que te encantava...
Passou, andou, e é num veloz turbilhão, a ilusão forjava;
Ilusões. Um dia na inocência, hoje já não mais serve,
A forma, e a realidade espessa, a lembrança leve,
De pureza, canduras, numa quimera que voava...
Quem a prosa achará pra poetar o conteúdo?
Ai! Quem há de falar as saudades infinitas
Do ontem? e as ruas que omitem e agiganta?
E o suspiro muda! e o olhar surdo! o andar mudo!
E as poesias de outrora que nunca foram ditas?
Se calam nas recordações, e morrem na garganta...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
20 de janeiro, 2019
Araguari, Triângulo Mineiro.
Paráfrase Olavo Bilac
A TRISTURA
Iracundo, de má sorte, rubicundo
No cerrado, rabisca dor na escrita
Brada gemidos na secura maldita
Erigindo um cântico corcundo
Imundo, profundo e tão desdita
A mágoa verte gosto moribundo
A cólera vinga no fado furibundo
Poetizando a lágrima anafrodita
E nesse fecundo olhar em febre
Rasga o peito tal caçada lebre
Uivando agrura sem candura
Nas minhas profundezas, pesar
A trava alma no sereno a chorar
E a ventura rimando com tristura
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Início de agosto de 2018
Cerrado goiano
Deixe a vida saborear naturalmente, aprecie a força do anoitecer...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
07/06/2014.
QUASE REVELAÇÃO
Deixa que o rimar da poesia enfim devasse
A tua emoção tão íntima e tão sem enredo
Que terias posto de lado, se, mais cedo,
Toda covardia que sentes se revelasse...
Chega de ilusão! Pronuncie-as sem medo
As tais prosas, já tão visíveis em tua face
Deixadas em teus passos por onde passe
Marcadas, e tão apontadas com o dedo.
Então: não posso mais! Chega de rodeio
Estou cheio, em devaneio, e tenho fome
No coração, aprisionado, e tão imerso...
Escuto o dito nome, o amor, leio e releio
E já fatigado, que no peito me consome.
Que quase confesso neste patético verso!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, setembro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Vem a tarde, chega à noite valsando em melancolia
Onde o vento entre as secas folhas no tardar rodopia
E o tempo e saudades no peito se fazem em sinfonia
Pra haver outra tarde, outra noite, haver outro dia...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
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