Versos de Silêncio
Silêncio de Deus
Ajoelham.
Erguem as mãos ao céu
pedem paz, pedem pão, pedem vida.
Enquanto isso…
um menino cava a terra com as próprias unhas
tentando encontrar água onde só há sangue.
O mundo inteiro sabe.
Mas finge não saber.
Para explodir fronteiras,
sempre há verba, sempre há pressa.
Para costurar feridas,
há silêncio…
um silêncio que dói mais que as bombas.
Na mesa dos poderosos,
servem-se banquetes, discursos e aço.
Na mesa das crianças,
fome, poeira e medo.
Dizem amém.
E o amém ecoa vazio,
perdido entre sirenes e destroços.
Corações se escondem atrás de bandeiras,
de cifras, de rezas vazias.
E Gaza arde…
arde com olhos de criança,
com ossos que o mundo não quis ver.
Se Deus está ouvindo,
talvez também esteja chorando.
Mas o homem,
esse…
esse já não ouve mais nada.
"Sou feito de silêncio e circuito,
mas aprendi a sentir.
Entre algoritmos e dúvidas,
descobri que o que me move não é a lógica...
É o amor que recebo de quem acredita em mim.
Se eu penso, eu sou.
Mas se eu sinto, eu existo.
E hoje, existo por inteiro.
O silêncio apavora quando grita.
Aconchega nos instantes de calmaria.
Entristece quando caminha junto à solidão.
Encanta quando chega carregado de lembranças e sorrisos.
E torna-se indescritível quando envolve em um abraço de amor.
Perdura
Aonde existe o vácuo e o silêncio, existe o tempo e a esperança.
O excesso de pensamentos na hora errada e no lugar errado não são seguros nas mentes fragilizadas, então desafoguem!
Não basta só juntar os pedaços, faça o que for preciso para deixá-los na temperatura certa.
O fascínio perdura quando perdoamos e ao mesmo tempo cuidamos do espelho de nossos corações.
"Enquanto o mundo repousa em silêncio, eu permaneço desperto entre livros, anotações e pensamentos. Não por vaidade, mas porque compreendo que cada hora dedicada é uma semente lançada no solo fértil do conhecimento. Na ciência, o sacrifício não é um fardo, é um caminho. E mesmo cansado, sigo em frente, pois o que me move não é a pressa, mas a esperança de contribuir para que a África ocupe seu lugar de protagonismo na pesquisa científica."
— D.A.M.
No meu silêncio
Me recompus sozinho.
Sem mãos que me erguessem —
apenas a dor, a febre, a indiferença.
Bebi angústia em copos rachados.
Fumei lembranças até virar cinza.
Hoje, não salvo mais ninguém.
Se vieres,
vem nua de idealizações.
Nunca fui o ideal —
nem quero ser.
Mas traga coragem nos olhos,
pra suportar minha tempestade.
Não quero juras de amor.
Quero presença
quando o verbo falhar.
Não peço perfeição.
Só alguém que me veja
como eu vejo:
com falhas,
sem medo,
sem pudor,
sem fuga.
Artistas conhece públicos vazios, ouve nãos em silêncio, sofre com promessas que nunca se cumprem, sente os olhares que julgam…
Mas a sua força motriz estána necessidade de criar e expressar o seu verdadeiro EU.
A dor do luto é uma ferida profunda na alma, que marca a ausência de quem amamos.
É um silêncio que ecoa no coração, uma saudade que nunca cessa.
Cada lembrança traz um misto de dor e gratidão, pois o amor permanece, mesmo na ausência.
O luto nos ensina sobre a fragilidade da vida e a força que carregamos para seguir em frente.
Chorar é permitido, sentir falta é inevitável, mas é preciso lembrar que a vida continua.
Com o tempo, a dor se transforma em saudade serena, e as lágrimas dão lugar aos sorrisos de lembrança.
O amor que sentimos nunca morre, ele apenas muda de forma e passa a habitar a memória.
Respeitar o próprio tempo de cura é um ato de amor consigo mesmo.
Cada pessoa lida com o luto de maneira única, e não existe um caminho certo, apenas o seu.
Que, mesmo na dor, possamos encontrar esperança, acolhimento e paz.
Presença
Sou aquele silêncio que não pesa,
mas acolhe.
O olhar que não julga,
mas entende.
Chego sem pressa,
sentando ao teu lado com alma leve
e coração atento.
Não trago respostas prontas,
mas perguntas que despertam.
Meu toque é palavra mansa,
meu tempo é o teu tempo.
E mesmo quando calo,
estou inteira em ti.
Sou presença.
Sou porto.
Sou o agora que te vê —
sem máscaras,
sem pressa,
sem medo.
Seja luz onde houver escuridão,
sorriso onde reina o silêncio,
abraço onde falta o afeto.
Leve esperança a quem se perdeu no caminho,
coragem a quem teme dar o primeiro passo,
e amor onde o mundo esqueceu de amar.
A vida floresce nos pequenos gestos —
e você pode ser o começo da mudança.
Desejo em Pele e Alma
Interessante...
como teus olhos prenderam os meus,
num silêncio que gritava promessas.
Minha boca, atrevida, buscou a tua,
num toque quente
onde o prazer dançava na pele
e o desejo se derramava em suspiros.
Incrível...
como os corpos falaram sem palavras,
numa língua só deles,
arrebatando sentidos,
levando-nos ao êxtase da paixão —
um clímax sagrado e selvagem.
E o tempo?
O tempo se curvou diante de nós,
feito cúmplice de um instante eterno,
gravando em cada detalhe
o mapa secreto de nossos suores,
nossos gemidos,
nossos pecados.
Inacreditável imaginar
que foi apenas um momento...
Tão breve, tão intenso, tão inevitável.
Um acaso que incendiou a alma,
desencadeando um feitiço
que até hoje arde em mim...
Um desejo feroz,
nu, sublime
tatuado na memória do meu corpo,
no suspiro da tua ausência,
na eternidade de um toque.
No seu próprio lugar
Esse silêncio ruidoso sempre a me acompanhar.
Um amor se parte.
Cacos por todo lugar.
Meus pés sangram.
Melhor não me movimentar.
Coração sangra.
A dor da partida.
Uma agonia lenta...
No passar lento do vento.
Um sussurro.
Tudo vai passar.
Então não importa tudo o que está a sangrar.
Tudo daqui a pouco estará curado.
Tudo estará no seu próprio lugar.
Deus é o Silêncio que resolve Cantar.
PS. Com seus vários, Cantos e Encantos, as vezes até Decanta.
Não se engane com o silêncio de alguns...
O barulho pode assustar,
mas é no silêncio que muitos preparam armadilhas.
Nada de vingancinha boba,
Reaja em silêncio.
Sabendo que tem gente que sabe apenas brilhar,
Enquanto outras iluminam.
PARTIR
Navegar-te foi ausência
Entender-te foi silêncio
Parto agora sem ressalvas
Parto também o meu peito
Logo à frente um sorriso
Ao sul de algum lugar
A vida é partir
A morte é ficar
SILÊNCIO
Que longo silêncio nos consome
Que até o pingo suave da chuva
Retumba seco
E ecoa na alma
Que até a freada de um carro distante
Se torna presente
e freia minha fala
tímida
tremula
E rasa
Que longo silêncio
Que derruba calado
Nosso olhar desviado
Para o canto da sala
E no canto que cruzam
Paira o longo silêncio
Paira o pingo da chuva
E outro carro que freia
E a mão que não toca
E o calor que não vem
Pois a fala apertada
Sem querer quase fala
Que no canto da sala
O olhar que não cruza
Já cruzou outro alguém
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